terça-feira, 8 de março de 2011

Produção de alimentos precisa crescer 40% em 20 anos, diz estudo

A produção global de alimentos deve ser aumentada em cerca de 40% nas próximas duas décadas para evitar o aumento da fome global, indica um estudo britânico divulgado nesta segunda-feira.

O levantamento Foresight Report on Food and Farming Futures, encomendado pelo governo do Reino Unido, levou dois anos para ser finalizado e envolveu 400 especialistas de 35 países.

"Sabemos que nas próximas duas décadas a população chegará a cerca de 8,3 bilhões de pessoas", disse John Beddington, um dos cientistas responsáveis pelo estudo.

"Temos 20 anos para produzir cerca de 40% a mais de comida, 30% a mais de água potável e 50% a mais de energia", completou.

Beddinton afirma que uma das dificuldades de se mudar o sistema atual é que "ele funciona para a maioria das pessoas, mas os que estão em risco têm menos influência nas tomadas de decisões".

Recomendações

O estudo enfatiza a necessidade de mudanças na agricultura para que o aumento na produção não comprometa a sustentabilidade.

Os pesquisadores dizem que não há “solução única” para o problema e que sua resolução deve ser o resultado do esforço conjunto em várias frentes, combinando o aumento da produção sustentável, de alimentos e energética, com as preocupações com mudanças climáticas.

Para isto, os cientistas recomendam não descartar uso de tecnologias como modificações genéticas, clonagem e nanotecnologia.

O relatório britânico também recomenda mecanismos para que governos e produtores de alimentos prestem contas a respeito de seus progressos na redução da fome, no combate às mudanças climáticas, na degradação ambiental e no aumento da produção alimentícia. (BBC)

Preço global dos alimentos bate novo recorde em fevereiro, diz ONU

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) informou nesta quinta-feira que o índice de preços de alimentos chegou ao seu nível mais alto desde que a agência começou a medi-lo, em 1990.

O Índice da FAO, uma medida dos preços de alimentos básicos no nível internacional, alcançou uma média de 236 pontos em fevereiro, uma alta de 2,2% em relação a janeiro e o índice mais alto em termos reais e nominais desde que a instituição baseada em Roma começou a monitorar os preços.

De acordo com a FAO este índice registrou alta pelo oitavo mês consecutivo.

A agência informou ainda que os preços globais de cereais sofreram um grande aumento, com os preços de exportação dos grãos mais importantes apresentando uma alta de 70% em relação a fevereiro de 2010.

A FAO aponta como causa deste aumento o declínio na produção global de cereais em 2010 e a crescente demanda.

Cereais e petróleo

O Índice de Preços de Cereais, que inclui os preços dos principais alimentos básicos como arroz, trigo e milho, aumentou 3,7% em fevereiro, o nível mais alto desde julho de 2008.

A FAO também informou que o Índice de Preços da Carne alcançou uma média de 169 pontos em fevereiro, alta de 2% em relação a janeiro.

Este número contrasta com o Índice de Preço do Açúcar, que chegou a uma média de 418 pontos, um pouco abaixo do registrado no mês anterior, mas ainda 16% mais alto do que em fevereiro de 2010.

Além dos aumentos, a agência da ONU também teme a possibilidade de aumento do petróleo, que pressionaria ainda mais o setor de alimentos.

"Altas inesperadas do preço do petróleo podem piorar uma situação que já é precária nos mercados de alimentos", afirmou David Hallam, diretor da Divisão de Comércio e Mercado da FAO. (BBC)

UMA HOMENAGEM AS PIONEIRAS NA LUTA POR UM MUNDO MELHOR ONDE PREVALEÇA OS DIREITOS IGUAIS



Divisão de trabalho perpetua desigualdades entre homens e mulheres

“A pobreza no Brasil tem sexo” costuma dizer a presidenta Dilma Rousseff em alusão ao fato de as mulheres estarem predominantemente nos estratos mais pobres da sociedade brasileira. Segundo os dados em análise na Coordenação de Igualdade de Gênero do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais da metade das famílias com filhos chefiadas por mulheres (53%) são pobres; ao passo apenas 23,7% das famílias com filhos chefiadas por homens estão nessa condição.

“Quando a mulher é chefe de família, esta tem muito mais chance de estar na pobreza do que quando a estrutura familiar tem como chefe um homem”, confirma a economista Luana Simões Pinheiro, do Ipea.

A razão da pobreza feminina está na divisão do trabalho. As mulheres são historicamente incumbidas das tarefas domiciliares, como cuidar dos filhos e, no mercado de trabalho, ocupam os postos de mais baixa remuneração, dando preferência às atividades que permitam continuar cuidando de casa e dos filhos.

Os dados analisados pela economista foram levantados pela Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (Pnad 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Segundo a mesma pesquisa, o rendimento médio das mulheres (R$ 786) é 67,1% do rendimento médio dos homens (R$ 1.105), a despeito de terem escolaridade média maior (7,4 anos de estudo contra 7 anos dos homens).

Uma série com dados da Pnad montada pelo Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (IETS) mostra que nos últimos 20 anos houve alguma melhora na relação entre os rendimentos médios de homens e mulheres. Em 1992, o rendimento das mulheres era de menos de 60% e em 2001, 65%.

Apesar da evolução, é possível ainda notar, na maioria das atividades econômicas, que as mulheres ganham menos do que os homens. Conforme análise publicada pelo IBGE com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (dados 2009) sobre trabalhadores com curso superior ou com ensino médio completo, as mulheres ganham menos se trabalham na indústria, no comércio, na prestação de serviços, na administração pública e nos serviços domésticos.

A administração pública e os serviços domésticos são as duas únicas atividades em que as mulheres são maioria das pessoas empregadas (94,5% e 63,2%, respectivamente). “Com certeza não são cargos de direção na administração pública. As mulheres estão agora começando a ocupar esses cargos”, avalia Eliana Graça que é assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e voluntária do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).

Em sua opinião, as mulheres são maioria na administração pública por causa dos concursos. “A questão da discriminação não aparece e elas se dão bem nessa seleção, que costuma ser isenta.”

Eliana lembra que muitas mulheres incluídas na administração pública trabalham como professoras. Na maior parte dos níveis de magistério, as mulheres prevalecem, chegando a ocupar 97% das vagas na educação infantil, 82,2% do ensino fundamental e 64,1% do ensino médio, de acordo com dados do Ministério da Educação (Sinopse do Professor da Educação Básica, 2010).

Para Eliana Graça e Luana Simões Pinheiro, a redução da discriminação no mercado do trabalho depende, no plano privado, da redistribuição dos afazeres domésticos entre homens e mulheres; e na esfera pública, de mais investimento do Estado em políticas sociais que tenham como objetivo “emancipar as mulheres”. “Não vamos conseguir isso com política universal”, disse a assessora do Inesc. (Agência Brasil)

Mulheres brasileiras ainda lutam para conquistar direitos iguais

Apesar das leis, dos avanços e das inúmeras conquistas, as mulheres continuam lutando por seu espaço. No Brasil, ainda há muito o que ser feito para que o “sexo frágil” alcance a igualdade e os mesmos direitos que os homens.

Em 1962, o Estatuto da Mulher Casada permitiu que as brasileiras nesta condição exercessem livremente uma profissão sem necessitar da permissão do marido. Atualmente, as mulheres têm liberdade na escolha da profissão e ingresso no mercado de trabalho, independentemente do estado civil.

A publicitária Juliane Melo, 24 anos, acabou de concluir o ensino superior e sonha em conquistar um lugar de destaque no mercado de trabalho. “A tendência é a mulher se equiparar aos homens. Além disso, a mulher é multifuncional, ou seja, cuida da casa, do filho e do marido e trabalha muito. No início da vida profissional, a mulher é preterida, mas depois é a qualidade do trabalho que vai contar”, acredita.

Há mulheres que, além de trabalhar fora, cuidam sozinhas de toda a família. A empregada doméstica Maria José Franco é um exemplo. Ela se divorciou quando os filhos ainda eram pequenos e, sem ajuda do ex-marido, assumiu a criação dos dois filhos, as despesas da casa e a rotina puxada do trabalho. Hoje, além dos filhos, Maria José cuida de quatro netas. “Sempre cuidei da minha família sozinha. Não é fácil. Sempre fui pai e mãe e trabalho duro para dar o que eles precisam. Meu filho casou e, agora, ajuda nas despesas de casa.”

As conquistas femininas superaram as barreiras culturais. Muitas mulheres passaram a exercer profissões antes consideradas próprias do universo masculino. É o caso da tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Rebeca dos Santos. Mesmo exercendo uma atividade tipicamente masculina, Rebeca não perdeu a feminilidade. Ela é casada e tem um filho de um ano.

Segundo ela, que é casada e tem um filho de 1 ano, somente em 1983 a corporação passou a aceitar mulheres em seu quadro. “A atividade de policial militar exige certo preparo e desempenho. Nesta profissão, o homem tem uma resposta mais rápida em muitas atividades A mulher tem de se adequar e sobressair”, afirmou Rebeca, que disse não ter sentido discriminação por parte dos colegas.

As profissões autônomas também já não são mais reduto masculino. Para a empresária e professora Teresa Santana, gerir o próprio negócio, obter sucesso e satisfação não é difícil, basta que a mulher tenha força de vontade e determinação. "Apesar de ainda vivermos em uma sociedade sexista, na qual a mulher a cada dia tem de provar sua competência, ainda é possível que a mulher se sobressaia em qualquer área de atuação." (Agência Brasil/Lílian Beraldo0

PROGRAMAÇÃO DA TERÇA FEIRA GORDA DE CARNAVAL NO LITORAL


ANTONINA
- Bonecos gigantes: 8 de março, às 20 horas na plataforma da Estação Ferroviária.

- Ponta da Pita: todos os dias de Carnaval haverá som mecânico à tarde.

MATINHOS
- Trios elétricos: 8 de março, às 20 horas, na Avenida Curitiba, nas proximidades da rotatória.

- Ressacão: 12 de março, às 22 horas, no Calçadão.

CAIOBÁ
- Trios elétricos: 8 de março, às 21 horas, na Avenida Atlântica.

MORRETES
- Festas: 8 de março, a partir das 20 horas, na Avenida Padre Saviniano, em frente à Estação Ferroviária, na Praça Rocha Pombo. Banda e Dj tocam samba e outros estilos.

PARANAGUÁ
- Bailes de fandango: 8 de março, às 22 horas, no Marcado do Café (Rua da Praia, s/n).

- Desfile: Escolas Campeãs, 8 de março, às 19 horas, na Avenida Arthur de Abreu. Ingressos: R$ 2 (sentado). Na área livre as pessoas ficarão em pé.

PONTAL DO PARANÁ

Ipanema
- Bandas: 8 de março, às 22 horas, na Praia Central.

Shangri-la
- Bandas: 8 de março, às 19 horas, na Praia Central.

Bonecos gigantes e escolas campeãs agitam terça-feira de carnaval no Litoral


O desfile das escolas de samba campeãs do carnaval de Paranaguá e a festa dos bonecos gigantes, em Antonina, são os destaques da terça-feira (7), último dia oficial de folia nas praias do Paraná.

A agremiação campeã do grupo de especial de Paranaguá - São Vicente - e a campeã do grupo de acesso - Leão da Estradinha - voltarão à Avenida Arthur de Abreu nesta terça-feira (8), a partir das 19 horas. Os ingressos custam R$ 2 para assistir sentado. Na área livre as pessoas ficarão em pé.

Quem está em Paranaguá também poderá curtir o baile de fandango, no Marcado do Café, às 22 horas.

Em Antonina, a festa será animada pelos bonecos gigantes. O evento será na plataforma da Estação Ferroviária, às 20 horas.

Os trios elétricos também agitam os veranistas no último dia de carnaval. Em Matinhos, a festa terá início às 20 horas, na Avenida Curitiba, nas proximidades da rotatória. O trio elétrico em Caiobá sairá às 21 horas, da Avenida Atlântica.

O carnaval em Morretes terá início às 20 horas, na Avenida Padre Saviniano, em frente à Estação Ferroviária, na Praça Rocha Pombo. Banda e Djs tocam samba e outros estilos.

Em Ipanema e Shangri-la, também em Pontal do Paraná, bandas fazem a festa, nas praias centrais de cada balneário, a partir das 22 horas.(GP)

Antonina recebeu o "glamour" das Escandalosas


O tradicional Desfile das Escandalosas em Antonina, Litoral do Paraná, reuniu cerca de 40 mil pessoas na noite desta segunda (7), segundo a organização do evento. Quem foi até a Avenida do Samba se divertiu e prestigiou temperatura agradável, além da animação e o glamour das protagonistas da noite, os homens vestidos de mulher, com direito até mesmo a maquiagem e esmalte.

Toda a produção justificava a vontade de participar do concurso. Quem se inscreveu teve uns minutinhos de fama para desfilar e sambar na frente do palco e viveu a expectativa de saber a colocação. Os três primeiros colocados levaram prêmios entre R$ 50 e R$ 300. Foram 69 candidatos inscritos na categoria escandalosas, voltados a homens vestidos de mulheres e nove na categoria formosas, dedicada às drag queens.

Entre as Escandalosas o prêmio ficou para o grupo As frenéticas. Os seis homens se vestiram de rosa e capricharam na maquiagem para garantir. Ano passado quatro deles já haviam participado da festa em Antonina fantasiados de vagaianas. “Para este ano mudamos a fantasia depois de ter uma ideia vendo um programa de tevê”, conta Romildo Russi, empresário de 45 anos e um dos integrantes do grupo, formado em Curitiba. O dinheiro do prêmio já tem destino certo. “Vamos ter que pagar a costureira que fez as roupas”, afirma.

Linda Power levou o prêmio entre as Formosas, protagonizada por Patrick Oliveira, ator de 37 anos que veio de São José dos Pinhais, região metropolitana. “Valeu muito a pena todo o trabalho vir aqui e a uma hora que levei para me arrumar”, conta. Ele ressaltou a felicidade de ganhar um prêmio inesperado, já que disputou pela primeira vez o concurso.(GP)

Infraero registra 48 voos atrasados e 234 cancelamentos


Dos 1.782 voos previstos até as 17h de hoje (7), 234 foram cancelados (13% do total) e 48 registraram atrasos de mais de meia hora, segundo balanço da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

O Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG), foi o que mais registrou atrasos: dez dos 88 voos programados até as 17h partiram ou chegaram após o horário previsto. Já o número de voos cancelados foi maior no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Dos 168 voos previstos para o terminal até o fim da tarde desta segunda-feira de carnaval, 53 foram cancelados.

O movimento deve aumentar a partir de amanhã (8), quando começa o retorno após o carnaval. Segundo a Infraero, até sexta-feira (10), cerca de 3 milhões de passageiros deverão passar pelos aeroportos brasileiros, movimento 14% maior que o registrado no carnaval de 2010.

Sobe para 166 total de mortes nas estradas federais


Subiu para 166 o número de vítimas fatais nas estradas federais de todo o País, de acordo com dados divulgados na manhã desta terça-feira pela Polícia Rodoviária Federal. Ontem foram registradas mais 37 mortes, 410 acidentes e 310 feridos.

Também foram realizados 5.867 testes para verificar o nível de álcool no sangue dos motoristas, sendo que 184 apresentaram resultado positivo. Foram presas 85 pessoas por embriaguez. Ao longo da segunda-feira, 27.639 veículos e pessoas foram fiscalizados e 186 carteiras de habilitação foram recolhidas.

A Operação Carnaval 2011 da Polícia Rodoviária Federal termina amanhã e tem como meta fiscalizar cerca de 23 mil veículos/pessoas por dia.

Dia Internacional da Mulher: por que essa data é comemorada no dia 8 de março?


Há mais de uma versão para a origem do Dia Internacional da Mulher, mas todas remetem a greves de trabalhadoras de fábricas têxteis desde a Revolução Industrial, no século 19. Em 8 de março de 1857, tecelãs de Nova York realizaram uma marcha por melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária e igualdade de direitos. Na época, a jornada de trabalho feminino chegava a 16 horas diárias, com salários até 60% menores que os dos homens.

Além disso, muitas sofriam agressões físicas e sexuais. Uma das versões do desfecho da marcha é a de que as manifestantes teriam sido trancadas na fábrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando cerca de 130 mulheres. O fim mais aceito, porém, é o da interrupção da passeata pela polícia, que dispersou a multidão com violência. A versão do incêndio é, provavelmente, uma confusão com a tragédia da fábrica Triangle Shirtwaist Company, em 25 de março de 1911. O fogo matou mais de 150 mulheres, com idades entre 13 e 25 anos, na maioria imigrantes italianas e judias.

A falta de medidas de segurança do local - as portas teriam sido trancadas para evitar a saída das empregadas - foi apontada como o motivo do alto número de mortes. O episódio foi um marco na história do trabalho operário americano e está registrado no Fire Almanac ("Almanaque do Fogo"), publicado pela Agência Nacional de Proteção contra Incêndio dos Estados Unidos. No livro, não há qualquer referência ao tal incêndio de 1857. Vários protestos se seguiram nos 8 de março seguintes. Um dos mais notáveis - também reprimido pela polícia - ocorreu em 1908, quando 15 mil operárias protestaram por seus direitos.

Em 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, a alemã Clara Zetkin propôs que a data fosse usada para comemorar as greves americanas e homenagear mulheres de todo o mundo. A greve das trabalhadoras de Petrogrado (atual São Petersburgo), na Rússia, em 23 de fevereiro de 1917 (8 de março no calendário ocidental), também foi um marco da data. Hoje, ela é símbolo da luta pelos direitos da mulher, e foi oficializada pela Unesco em 1977.

Situação atual da mulher no Brasil

deve oportunizar a reflexão sobre as conquistas obtidas pelas pessoas do sexo feminino, lembrando também que, em várias partes mais conturbadas do mundo, elas continuam oprimidas e submetidas à servidão imposta por sociedades atrasadas e machistas, inclusive na brasileira. Sujeitas à barbárie e atrocidades covardes derivadas de interpretações religiosas esquizofrênicas e tresloucadas.

Já no Brasil, apesar dos avanços representados pela Lei Maria da Penha, que combate e pune os crimes de violência doméstica, a mulher ainda é vítima da intolerância e preconceito. Atualmente, é fato, bem menos do que antes.

Todavia, essa busca pela igualdade social, política e econômica por parte das mulheres brasileiras não se pode jamais arrefecer enquanto luta permanente. E que precisa contar com o apoio e o engajamento dos homens de mente mais aberta e esclarecida, capazes de ver a mulher como parceira e não como subalterna. Ou simples objeto sexual. Ou uma doméstica barata, de baixo custo, para pilotar o fogão e o tanque de roupa, se exaurindo nas tarefas da casa e nos cuidados com os filhos e com o próprio companheiro.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos aqui as mulheres correspondem a 41% da População Economicamente Ativa (PEA) e mais de um quarto das famílias são chefiadas por elas. Mas nem tudo são flores. Pela pesquisa, as mulheres possuem maior nível de escolaridade que os homens, porém não ocupam funções compatíveis com sua formação, além de ter remuneração menor se comparada ao sexo oposto.

Uma nova crise do petróleo?

Os preços do petróleo têm a irritante habilidade de causar explosões na economia mundial, e o Oriente Médio quase sempre foi o responsável pela faísca inicial. O embargo ao petróleo árabe em 1973, a Revolução Iraniana em 1978-79, e a invasão do Kuwait por Saddam Hussein em 1990 são lembranças dolorosas de como a inflamável mistura de geopolítica e geologia pode causar estragos. Com protestos se espalhando pelo mundo árabe, outro choque do petróleo estará a caminho?

Existem sérias razões para preocupações. O Oriente Médio e o norte da África produzem mais de um terço do petróleo mundial. Os tumultos na Líbia mostram que uma revolução pode rapidamente atrapalhar o fornecimento de petróleo. Mesmo enquanto Muammar Khadafi se mantém em sua determinação delirante, e os países ocidentais debatem a possibilidade de proibir os vôos sobre a Líbia, a produção de petróleo do país caiu pela metade com a fuga de estrangeiros do país. A disseminação dos tumultos representa uma ameaça maior ainda. A reação dos mercados foi surpreendentemente modesta. O preço do Brent cru teve um aumento de 15% com a escalada da violência na Líbia, chegando a US$ 120 no dia 24 de fevereiro. Mas a promessa de um aumento na produção da Arábia Saudita fez com que os preços voltassem a baixar, atingindo US$ 116 no dia 2 de março – 20% acima do preço no início do ano, mas longe dos recordes de 2008. A maioria dos economistas está otimista: o crescimento global pode sofrer um ou outro atraso, mas nada capaz de atrapalhar a recuperação econômica do mundo rico.

Isso mascara outros dois grandes riscos. Em primeiro lugar, uma séria crise no fornecimento de petróleo, ou mesmo o medo de que isso aconteça pode fazer com que os preços disparem. Em segundo lugar, petróleo mais caro poderia gerar inflação, que por sua vez, geraria uma repressão monetária que estrangularia a recuperação. Os estragos poderiam ser grandes dependendo do talento dos banqueiros centrais.

Ações, sauditas e estabilidade
Até agora, os choques no fornecimento foram minúsculos. A turbulência na Líbia reduziu a produção global de petróleo em um mero 1%. Em 1973, esse número chegou a 7,5%. O mercado atual do petróleo tem várias defesas. Os governos têm estoques, algo que não tinham em 1973. Reservas de petróleo comercial são mais amplas do que durante o auge dos preços em 2008. A Arábia Saudita, o banco central do mercado do petróleo, tecnicamente tem capacidade suficiente de substituir a Líbia, a Argélia, e uma série de outros pequenos produtores. E os sauditas já deixaram claro que estão prontos para assumir esse papel.

Ainda assim, mais interrupções no fornecimento ainda são uma possibilidade. A indústria do petróleo é extremamente complexa: levar o tipo certo de óleo ao lugar certo, na hora certa, é crucial. E há ainda a própria Arábia Saudita. O reino tem muitas das características que foram motivos de protestos em outros países, incluindo uma legião de jovens sem perspectiva. Apesar de gastar US$ 36 bilhões calando dissidentes, o regime repressor encara demandas por reforma. Um pequeno sinal de instabilidade já seria capaz de espalhar o pânico no mercado do petróleo.

Mesmo com interrupções no fornecimento, os preços sofrem pressão de uma segunda fonte: o declínio das reservas. Com a economia mundial crescendo com força, a demanda por petróleo está ultrapassando os aumentos na oferta disponível. Logo, qualquer distúrbio no Oriente Médio acelerará e exagerará um aumento de preços que já acontece.

Qual será o efeito disso? Há um conforto no fato de a economia mundial ser menos vulnerável aos danos da alta nos preços do petróleo do que era nos anos 1970. A produção global é menos suscetível aos problemas do petróleo. A inflação está mais baixa e os salário muito menos propensos a seguir aumentos de preços induzidos por crises energéticas, logo, os bancos centrais não terão que responder com tanta força. Mas menos vulnerabilidade não significa imunidade.

Petróleo mais caro implica em uma transferência dos consumidores do petróleo para os produtores, e, uma vez que os produtores tendem a economizar mais, isso significa uma queda na demanda global. Uma regra geral é a de que uma aumento de 10% nos preços do petróleo cortará uma de ponto percentual do crescimento global. Com a economia mundial crescendo a 4,5%, isso sugere que o preço do petróleo terá que ter um aumento impressionante, provavelmente ultrapassando seu recorde de 2008, de quase US$ 150 o barril, para derrubar a recuperação. Mas mesmo um pequeno aumento irá diminuir o crescimento e aumentar a inflação.

Choque pode levar à ação
Nos Estados Unidos, a Reserva Federal terá que fazer uma escolha relativamente fácil. A economia norte-americana é incrivelmente vulnerável, graças a seu vício em petróleo (e os baixos impostos sobre o produto). Ainda assim, a inflação é extremamente baixa e a economia tem reservas de sobra. Isso dá ao Banco Central a liberdade de ignorar um aumento súbito nos preços do petróleo. Na Europa, onde o combustível recebe impostos mais pesados, o efeito imediato do petróleo mais caro é menor. Mas os Bancos Centrais já estão mais preocupados com os aumentos: isso explica o medo que eles exagerem em suas ações preventivas, e levem as frágeis economias europeias de volta à recessão.

Já no mundo emergente, o maior risco é a falta de ação. Petróleo mais caro gerará inflação, especialmente entre os preços dos alimentos – e a alimentação ainda representa uma enorme parte dos gastos da população em países como China, Índia e Brasil. É verdade que bancos centrais vêm aumentando as taxas de juros, mas eles tendem a agir depois da hora. As condições monetárias ainda são relaxadas, a expectativa de inflação aumentou.

Infelizmente, muitos governos nos mercados emergentes tentaram controlar a inflação e reduzir a fúria popular subsidiando os preços dos alimentos e dos combustíveis. Isso não apenas reduz a sensibilidade dos consumidores para o aumento dos preços, como poderiam ser caros para os governos preocupados. E esticaria o novo orçamento otimista indiano. Mas os maiores perigos estão no próprio Oriente Médio, onde os subsídios de comida e combustível são onipresentes, e onde os políticos os estão aumentando para controlar a turbulência popular. Importadores de combustíveis, como o Egito, têm pela frente uma espiral imoral e fadada á falência, de aumentos nos preços dos combustíveis. A resposta e livrar-se desses subsídios e focar na ajuda à população mais pobre, mas nenhum líder árabe deve propor tais reformas no momento.

Na pior das hipóteses, o perigo é circular, com petróleo mais barato e incerteza política alimentando um ao outro. Ainda que isso seja evitado, as previsões a curto prazo para a economia mundial são mais incertas do que a maioria imagina. Mas pode haver um lado bom: o resto do mundo pode, no fim das contas, lidar com sua vulnerabilidade. A lista de coisas a fazer é bastante conhecida, desde investir na infraestrutura para carros elétricos até taxar emissões de carbono. A crise do petróleo de 1973 transformou a economia mundial. Talvez uma crise em 2011 faça o mesmo – por um preço menor.(Opinião e Notícia)

GLAUCOMA: olhos sob pressão

Silencioso, o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo – 12,3% dos casos em adultos, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia – e pode atingir até 4 milhões de brasileiros. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 60 milhões de pessoas no mundo tinham glaucoma em 2010.

O problema intriga os oftalmologistas por não ter as causas totalmente desvendadas. “O glaucoma é pior que a catarata, que pode ser revertida por cirurgia. No glaucoma, não há reversão do quadro e o tratamento só freia o processo degenerativo e preserva a visão que resta”, explica Leonardo Poli, médico oftalmologista da Clínica Canto.

A dificuldade para identificar o problema acontece porque o glaucoma compromete a visão aos poucos. “A perda ocorre de modo lento e gradual, começando pela visão periférica até a pessoa não conseguir ver nada além daquilo em que foca os olhos. É um processo tão sutil que pode levar até 20 anos para o paciente perceber que não está enxergando de maneira adequada”, diz Leticia Tecchio, oftalmologista da Clínica Schaefer.

O principal fator de risco da doença é a pressão alta intraocular, um problema igualmente assintomático que costuma pegar muitos pacientes de surpresa: ela somente é identificada em check-ups de rotina com o médico oftalmologista. Também estão no grupo de risco pessoas de mais de 40 anos, negros, quem tem pais ou parentes próximos com glaucoma, quem faz uso frequente de medicamentos com corticoides, diabéticos ou quem tem altos índices de miopia.

“Em todas as consultas, fazemos exames específicos para medir a pressão e, em caso de alguma alteração, são feitos exames para detectar o glaucoma”, diz Marcelo Iwamoto, oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná.

Para evitar sustos e identificar cedo o problema, a dica dos especialistas é ir ao oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, principalmente entre as pessoas com mais de 40 anos ou que têm histórico de glaucoma na família.

Doença misteriosa

Apesar do número de estudos científicos sobre o assunto, o glaucoma não tem suas causas totalmente desvendadas. “Mesmo a hipertensão ocular sendo o principal fator de risco, há várias pessoas com pressão intraocular normal que desenvolvem a doença”, comenta Leticia.

Da mesma forma, alguns pacientes com pressão ocular limítrofe ou alta não apresentam glaucoma. “É imprevisível. Sabemos que a hipertensão ocular potencializa os riscos do problema, mas não temos como garantir se e quando isso vai acontecer”, explica Poli.

Tratamento

A principal forma de tratar o problema é com o uso de colírios para controlar a pressão intraocular. Caso eles não surtam efeito ou o paciente esteja com a doença em um estágio mais avançado, pode-se optar por uma cirurgia a laser ou com incisão para estagnar o processo de degeneração.

Tipos

Há cinco tipos diferentes de glaucoma. Veja quais são:

Primário de ângulo aberto: assintomático, é o mais comum e responde por cerca de 90% dos casos de glaucoma. Em geral, tem ação bastante lenta e a perda da visão é tão gradual que o paciente demora a perceber o problema se não consulta o médico oftalmologista regularmente.

De pressão normal: apesar de o paciente ter níveis de pressão intraocular normais, apresenta desgaste no nervo óptico e manifesta a doença. Não tem sintomas.

De ângulo fechado: de ação muito rápida, é caracterizado pelo aumento súbito da pressão intraocular e pode cegar em menos de uma semana. Pode apresentar sintomas como dor nos olhos, náuseas, visão borrada e vermelhidão ocular.

Congênito: raro, atinge uma em cada dez mil crianças nascidas vivas. É uma doença grave que atinge os bebês e, por isso, os especialistas recomendam que os pais exijam o teste do olhinho, exame capaz de identificar o problema em recém nascidos. Os principais sinais são blefarosespasmo (piscar de maneira exagerada e descontrolada), fotofobia (sensibilidade à luz), globo ocular aumentado e lacrimejamento excessivo. Exige cirurgia.

Secundário: deriva de complicações de outros problemas ou procedimentos médicos, como cirurgias oculares, catarata, lesões nos olhos e diabete.

Movimento de retorno das praias é intenso nas BRs 376 e 277


O fluxo de veículos na BR-376 era intenso na volta das praias catarinenses na manhã desta terça-feira (8). Aproximadamente 1,6 mil carros por hora seguiam no sentido Santa Catarina-Paraná, por volta das 12 horas. O movimento normal varia entre 800 e mil carros por hora.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) estima que o movimento de retorno do Litoral de SC irá se intensificar no período da tarde. No sentido contrário, eram 700 carros por hora seguindo para Santa Catarina.

Com relação à BR-277, o tráfego também estava intenso nesta manhã no sentido Paranaguá-Curitiba, por volta das 11 horas. Eram 1,9 mil carros por hora subindo a Serra do Mar, de acordo com a concessionária Ecovia. Esse fluxo corresponde quase ao quádruplo do normal da rodovia, que é de 500 carros por hora em cada sentido da rodovia.

O movimento no sentido Litoral estava abaixo do normal, com 325 carros por hora em direção às praias paranaenses.

Segundo a Ecovia, o período de maior tráfego na volta das praias do estado será entre 10 e 21 horas desta terça-feira. Pode haver picos de até 3,1 mil carros por hora nessa faixa de horário.

Havia fila de caminhões em direção ao Porto de Paranaguá nesta terça-feira. Os veículos estavam no acostamento, do km 3 ao 54, no sentido Curitiba-Litoral. A fila vai do 3 ao 30, e continua do 50 ao 54.

Rodovias estaduais

O tráfego era alto na PR-407 na saída dos balneários de Pontal do Paraná, por volta das 10h30. Cerca de 670 carros por hora seguiam para Curitiba. Apesar do movimento, não havia registro de pontos de lentidão. O fluxo na rodovia irá aumentar após as 15 horas, segundo a Polícia Rodoviária Estadual.

Com relação à PR-412, cerca de 350 por hora deixavam Guaratuba. O movimento normal das PRs varia entre 150 e 200 carros por hora.

A PR-508 (Alexandra-Matinhos) e a PR-410 (Estrada da Graciosa) tinham tráfego normal na manhã de terça.

Não havia registro de acidentes ou pontos de lentidão nas BRs 277 e 376 e nas PRs 407, 508, 412 e 410 nesta manhã.(GP)

Com todo respeito que o Gustavo Fruet e o Luciano merecem: a quem interessa antecipar o debate eleitoral?



Com certeza não é a frente que hoje está detendo o poder municipal em Curitiba e o estadual no Paraná!

A praticamente um ano e meio da eleição para a prefeitura de Curitiba, que é o mais importante espaço eleitoral no estado, fora da pauta atual, já que falta muito para que a eleição aconteça, alguns interessados por fortes razões político eleitoral com caráter oposicionista tentam antecipar o que por claras razões da construção do desgaste do poder municipal atual ainda não se faz presente na discussão popular.

Além da oposição externa, por motivos internos de grupos, que forçam por todas as maneiras manipular o futuro com ações diversionistas no presente, cuja razão é ser a arma tática utilizada para reduzir a importância, embaçar o brilho e colocar em dúvida o êxito da atuação das forças que hoje detém o poder no Paço Municipal, já que a estadia neste pode credenciar, caso reeleito, ao atual ocupante do cargo a vôos mais altos nas futuras disputas ao governo, ou mesmo para a imposição do candidato a vice-governador em 2.014, caso o Beto venha a fazer um ótimo governo que o leve a reeleição. Com certeza o futuro vice do Beto herdará o direito político para ser o sucessor em 2.018.

Para a oposição o racha interno no agrupamento encabeçado pelo PSDB é o que desde já de melhor poderia acontecer no momento, pois dividindo o bloco hegemônico e isto eles tentam fazer com toda a maestria, fica mais fácil pela dispersão com o lançamento futuro de várias candidaturas oposicionistas garantir o segundo turno, onde estas forças oposicionistas marcharão em conjunto, o que a tática que sempre adotaram. A tática guerrilheira de forma várias frentes ataques unificadas pelo discurso estratégico de um comando central de frente oposicionista sempre trás resultados favoráveis a estas, pois antecipa o debate e expõem as mazelas e assim a oposição vai construindo a sua legitimidade perante a opinião pública.

A cobiça interna por espaços, estando acima do interesse do coletivo, para os situacionistas é o ácido que corrói as estruturas de defesa, e os leva a implosão pela diluição, já que dividida a força anterior que os levou ao poder se enfraquece, o que diretamente fortalece a oposição, já que está nisto encontra um terreno propício para penetrar no espaço vital de poder pela amplificação bombardeadora dos discursos corrosivos dos “dissidentes arrependidos”, que com certeza serão estimulados a formarem novas forças independentes, ou que também enquanto dispersos poderão serem coptados para se aglutinarem as forças da frente de oposição.

O Gustavo Fruet, tal qual o Alvaro, dissidente que hoje o estimula a dissidência, embora tenha sido um bom parlamentar, partidariamente sempre manteve o seu grupo a parte do coletivo e assim por falta de interação pouco investiu na construção partidária, e isto hoje o inviabiliza em seu projeto, pois a sua inserção dentro do PSDB curitibano é quase que nenhuma.

O Luciano, pressionado, também não reage da melhor forma ao também antecipar a discussão sobre o que ainda não é a pauta principal para o seu agrupamento, e está é principalmente a de fazer uma ótima gestão, que o credencie a pleitear a reeleição. Uma coisa é manter as legítimas relações republicanas com o poder federal e por elas buscar o que nos é de direito enquanto importante participe na arrecadação de tributos federais e a outra é estimular, pela não negação, que isto é a abertura de um compromisso político de alianças no futuro. “Quem tudo quer nada tem”, diz a sabedoria popular, sendo um bom exemplo o que recentemente aconteceu com a campanha do Osmar, que formatou um palanque onde o “fogo amigo” foi a única realidade a imperar, o que pela dispersão das forças só serviu para a sua derrota.

Caso o bom senso da visão estratégica prevaleça o Gustavo e o Luciano irão acertar os ponteiros e o que na época estiver com melhores condições eleitorais será o candidato é o outro o vice. É ingenuidade acreditar nas boas intenções dos “novos amigos”, nos que hoje lhes oferecem a visão do paraíso, mas que na prática são os que lhes querem enviar para o inferno da derrota.

Nos dias de hoje com certeza o candidato mais viável para a frente governista ainda é o Luciano Ducci, pois herdou uma ótima imagem de gestão e com a intensificação do seu trabalho no comando da prefeitura, que está capitalizada e bem escorada em um grande calendário de novas obras e novos serviços a serem prestados pelo poder público, e o Gustavo, que embora bem votado saiu derrotado na eleição para o senado, seria o seu vice ideal, mas a política não é estática e só um bom trabalho enquanto prefeito não basta, pois o central sempre é o jogo político da formação da frente . isto passa em manter as atuais forças e pela qualidade na ampliação dos efetivos de forças politicamente ativas, o que não pode ser confundido com um amontoado internamente divergente e sem face própria.

O Gustavo, com as feridas da última batalha ainda não bem cicatrizadas, sendo estimulado pela oposição e por setores da situação a ser candidato, o que é um direito democrático que lhe assiste, ainda não tem um rumo a tomar e se torna um alvo fácil para os que querem voltar ao poder estimular as intrigas.

Setores do PMDB, que são anti-Requião, trabalham internamente para que este vá para o partido e isto é uma armadilha, já que caso consiga a legenda, o que não será fácil, terá o obstáculo instransponível da oposição interna da tropa de choque do Requião.

O PDT também tenta atrair o Gustavo, mas este além de ter as principais lideranças, no caso os vereadores, já apoiando o Luciano, do ponto de vista eleitoral é aqui um partido sem força, cujo agravante do pequeno tempo eleitoral na TV agrava o quadro.
O PV já disse claramente que terá candidato próprio, o que descarta a afirmação que circulou na imprensa de que este partido teria convidado ao Gustavo para ser o seu candidato, mas caso fosse verdade este também não seria o espaço partidário adequado, já que padece dos mesmos problemas e fraquezas eleitorais do PDT.
Até setores do PT acenam para o Gustavo para que este vá para legenda, o que é impossível, já que está ida o levaria ao enfrentamento de profundas contradições entre o “ novo presente” e o seu passado, que foi dedicado durante anos a construção do discurso anti-petista realizado pelo PSDB, o que lhe gerou sérias relações de desafeto dentro do outro campo político, como o descredenciaria junto ao seu próprio eleitorado, que veria este fato como uma alta traição e isto seria a sua destruição política.

Quando o Beto, em seu papel de moderador afirma para a reportagem da Gazeta que é a favor de respeitar as instâncias partidárias ao dizer: “devemos buscar o entendimento. A intervenção iria fragilizar o partido, fragmentá-lo. Outros ficariam insatisfeitos com a intervenção”, está correto, pois no PSDB curitibano não ocorreu nenhum fato que justificasse tal atitude. Caso ela fosse tomada seria uma medida de cunho oportunista golpista em nada diferente ao que o Alvaro tentou tomar internamente contra ele na eleição passada ao governo, quando aqui enfraquecido partidariamente pediu a intervenção do Diretório Nacional para impor na marra a sua candidatura.

Na reportagem dada a Gazeta o Beto também afirmou:

"É muito cedo para trazer essa discussão, que na minha avaliação é até extemporânea. Eu aposto – e vou concentrar todos os meus esforços e minha energia – na busca da conciliação. Todos concordam que o nosso grupo político é muito grande, muito forte e posso dizer, sem falsa modéstia, o favorito das eleições de 2012. Compreendemos também que, divididos, somos um tanto mais fracos e isso desperta o interesse de partidos que são nossos adversários."

“Intervenção é uma palavra meio pesada. Seria um gesto traumático e a pergunta que fica no ar é: que argumentos consistentes teriam para justificar uma intervenção? O PSDB de Curitiba é tido como um dos melhores ou o melhor e mais bem organizado do Brasil. Basta ver o desempenho do PSDB nas três últimas eleições aqui na capital. Então, é bom evitar falar em intervenção porque não há motivo para isso. Eu concentro as minhas energias para ter a união do grupo”.

Quando o repórte da Gazeta colocou para o Beto que ex-deputado Gustavo Fruet tem dito que: “se for eleito o diretório municipal, a candidatura dele fica inviável” e perguntou como ele encarava o posicionamento do pretendente a candidato ele disse:
“Eu entendo essa colocação do Gustavo. Mas é por isso que eu falo que devemos buscar o entendimento. A intervenção iria fragilizar o partido, fragmentá-lo. Outros ficariam insatisfeitos com a intervenção.”

Estão corretas as ponderações do Beto!

Richa não vê necessidade de intervenção no PSDB de Curitiba

Principal liderança tucana no Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) vive o dilema de apoiar um colega de partido (o ex-deputado Gustavo Fruet) na eleição de 2012 à prefeitura de Curitiba ou o ex-vice, fiel aliado e atual prefeito Luciano Ducci, que é de um partido diferente, o PSB. Nessa corrida pela preferência de Richa, Ducci parece ter largado na frente. Em entrevista à Gazeta do Povo, o governador demonstrou ser contra uma intervenção no diretório municipal do PSDB de Curitiba – atualmente com fortíssima tendência a dar suporte à reeleição de Ducci em detrimento de Fruet.

A intervenção chegou a ser cogitada pelo presidente estadual do PSDB, o deputado Valdir Rossoni. Isso evitaria que os tucanos de Curitiba, liderados pelo vereador João Cláudio Derosso (presidente municipal do PSDB), fechassem desde já o apoio a Ducci.

Apesar disso, na avaliação de Richa, não existe motivo para a medida. “Seria um gesto traumático e a pergunta que fica no ar é: que argumentos consistentes haveria para justificar uma intervenção?”, questionou o governador. O posicionamento de Richa seria um sinal de que ele não estaria tão disposto a abandonar o projeto de apoiar a reeleição de Ducci para apostar numa candidatura própria do PSDB.

Os integrantes do partido que defendem a intervenção afirmam que, se mantida a eleição do novo diretório municipal, marcada para o dia 20, o destino do PSDB em 2012 já estaria selado: apoiar a reeleição de Ducci. Nos próximos dias, Richa deve se reunir com Rossoni e com Derosso para tratar do assunto.

Derosso seria um dos principais defensores da aliança com o PSB e já teria orquestrado o diretório municipal para isso. Os comentários nos bastidores são de que o vereador estaria interessado na vaga de vice da chapa de Ducci. Derosso, no entanto, nega. “Em nenhum lugar você vê uma declaração minha de que o partido deve apoiar o Luciano. O que eu defendo é que sejam cumpridas as regras partidárias e tenhamos a eleição interna para definir o novo diretório.”

Apesar da negativa de Derosso, é evidente a preocupação de parte dos tucanos com a reeleição dele para a presidência do diretório municipal. Na semana passada, o deputado estadual Mauro Moraes – candidato tucano à Assembleia Legislativa mais votado na capital – se reuniu com Rossoni para tratar do assunto. Moraes faz parte do grupo que acredita que a eleição do diretório significará o apoio automático a Ducci.

Gustavo Fruet faz a mesma avaliação. “Se houver a definição do diretório, ficará evidente que há pouco espaço para uma candidatura própria do PSDB”, afirma Fruet, que cobra um posicionamento do partido. “Se eu não for candidato, tem que ficar claro o motivo. E só não serei candidato se não houver vontade e apoio do partido.” Rossoni já afirmou que o PSDB não poderá negar a legenda a Fruet caso ele realmente queira ser candidato. Mas o ex-deputado só admite se candidatar caso conte com o apoio de todo o PSDB. Por isso, na avaliação dele, a intervenção no diretório neste momento é tão importante.

A pressa e preocupação de Fruet por uma definição do partido se explica pela experiência do ano passado. Os tucanos esperaram até o último momento por uma resposta de Osmar Dias (PDT) ao convite para que ele disputasse a reeleição ao Senado na chapa de Richa. Apenas depois da negativa de Osmar – que preferiu ir para a disputa pelo Palácio Iguaçu, mas só anunciou isso no último momento –, o partido abriu espaço para Fruet se candidatar ao Senado. O tucano considera que essa demora foi um dos motivos para sua derrota nas urnas.

No entanto, embora não tenha saído vitorioso, Fruet se cacifou para a disputa do ano que vem. Na capital, foi o primeiro colocado entre os candidatos ao Senado, com 646,8 mil votos. Além disso, ele conta com a orientação da cúpula nacional do PSDB, de que o partido deve lançar candidatos em todas as cidades em que tiver chances de vencer em 2012.

Entrevista

Beto Richa (PSDB), governador do Paraná

O PSDB vive hoje uma polêmica sobre a eleição de 2012, se terá candidato próprio ou se apoiará a candidatura à reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB). Na avaliação do senhor, qual deve ser a tendência do partido?

É muito cedo para trazer essa discussão, que na minha avaliação é até extemporânea. Eu aposto – e vou concentrar todos os meus esforços e minha energia – na busca da conciliação. Todos concordam que o nosso grupo político é muito grande, muito forte e posso dizer, sem falsa modéstia, o favorito das eleições de 2012. Compreendemos também que, divididos, somos um tanto mais fracos e isso desperta o interesse de partidos que são nossos adversários.

O senhor acredita na possibilidade de intervenção no diretório municipal do PSDB?

Intervenção é uma palavra meio pesada. Seria um gesto traumático e a pergunta que fica no ar é: que argumentos consistentes teriam para justificar uma intervenção? O PSDB de Curitiba é tido como um dos melhores ou o melhor e mais bem organizado do Brasil. Basta ver o desempenho do PSDB nas três últimas eleições aqui na capital. Então, é bom evitar falar em intervenção porque não há motivo para isso. Eu concentro as minhas energias para ter a união do grupo.

O ex-deputado Gustavo Fruet tem dito que, se for eleito o diretório municipal, a candidatura dele fica inviável. Como o senhor encara esse posicionamento?

Eu entendo essa colocação do Gustavo. Mas é por isso que eu falo que devemos buscar o entendimento. A intervenção iria fragilizar o partido, fragmentá-lo. Outros ficariam insatisfeitos com a intervenção.

Quem ficaria insatisfeito com a intervenção?

O que foi dito pelos vereadores [de Curitiba] é que eles não aceitam a intervenção. Eles afirmam que trabalharam pelo partido, pelo crescimento e o fortalecimento das zonais por toda a cidade. Eles se sentiriam agredidos com um gesto traumático como a intervenção. O importante, então, seria buscarmos o entendimento. Acredito que para ao próprio Gustavo não interessa ser candidato de qualquer forma, com o partido dividido. Então, ao meu ver, não interessa a ninguém, nem a Luciano, nem a ele [Fruet], uma intervenção dentro do PSDB. E o meu papel hoje é lutar por esse entendimento. Eu aposto nisso e acho que é a medida mais inteligente. Tanto para o grupo que tem mais simpatia pelo Luciano como pelos simpatizantes do Gustavo.(GP)

 
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