terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher: por que essa data é comemorada no dia 8 de março?


Há mais de uma versão para a origem do Dia Internacional da Mulher, mas todas remetem a greves de trabalhadoras de fábricas têxteis desde a Revolução Industrial, no século 19. Em 8 de março de 1857, tecelãs de Nova York realizaram uma marcha por melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária e igualdade de direitos. Na época, a jornada de trabalho feminino chegava a 16 horas diárias, com salários até 60% menores que os dos homens.

Além disso, muitas sofriam agressões físicas e sexuais. Uma das versões do desfecho da marcha é a de que as manifestantes teriam sido trancadas na fábrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando cerca de 130 mulheres. O fim mais aceito, porém, é o da interrupção da passeata pela polícia, que dispersou a multidão com violência. A versão do incêndio é, provavelmente, uma confusão com a tragédia da fábrica Triangle Shirtwaist Company, em 25 de março de 1911. O fogo matou mais de 150 mulheres, com idades entre 13 e 25 anos, na maioria imigrantes italianas e judias.

A falta de medidas de segurança do local - as portas teriam sido trancadas para evitar a saída das empregadas - foi apontada como o motivo do alto número de mortes. O episódio foi um marco na história do trabalho operário americano e está registrado no Fire Almanac ("Almanaque do Fogo"), publicado pela Agência Nacional de Proteção contra Incêndio dos Estados Unidos. No livro, não há qualquer referência ao tal incêndio de 1857. Vários protestos se seguiram nos 8 de março seguintes. Um dos mais notáveis - também reprimido pela polícia - ocorreu em 1908, quando 15 mil operárias protestaram por seus direitos.

Em 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, a alemã Clara Zetkin propôs que a data fosse usada para comemorar as greves americanas e homenagear mulheres de todo o mundo. A greve das trabalhadoras de Petrogrado (atual São Petersburgo), na Rússia, em 23 de fevereiro de 1917 (8 de março no calendário ocidental), também foi um marco da data. Hoje, ela é símbolo da luta pelos direitos da mulher, e foi oficializada pela Unesco em 1977.

Situação atual da mulher no Brasil

deve oportunizar a reflexão sobre as conquistas obtidas pelas pessoas do sexo feminino, lembrando também que, em várias partes mais conturbadas do mundo, elas continuam oprimidas e submetidas à servidão imposta por sociedades atrasadas e machistas, inclusive na brasileira. Sujeitas à barbárie e atrocidades covardes derivadas de interpretações religiosas esquizofrênicas e tresloucadas.

Já no Brasil, apesar dos avanços representados pela Lei Maria da Penha, que combate e pune os crimes de violência doméstica, a mulher ainda é vítima da intolerância e preconceito. Atualmente, é fato, bem menos do que antes.

Todavia, essa busca pela igualdade social, política e econômica por parte das mulheres brasileiras não se pode jamais arrefecer enquanto luta permanente. E que precisa contar com o apoio e o engajamento dos homens de mente mais aberta e esclarecida, capazes de ver a mulher como parceira e não como subalterna. Ou simples objeto sexual. Ou uma doméstica barata, de baixo custo, para pilotar o fogão e o tanque de roupa, se exaurindo nas tarefas da casa e nos cuidados com os filhos e com o próprio companheiro.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos aqui as mulheres correspondem a 41% da População Economicamente Ativa (PEA) e mais de um quarto das famílias são chefiadas por elas. Mas nem tudo são flores. Pela pesquisa, as mulheres possuem maior nível de escolaridade que os homens, porém não ocupam funções compatíveis com sua formação, além de ter remuneração menor se comparada ao sexo oposto.

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