quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PRIVATARIA DO PT

Por Maria Lucia Fatorelli

Em meio a insistentes ataques da grande mídia à “corrupção” de autoridades dos três poderes institucionais, uma verdadeira corrupção institucional está ocorrendo no campo financeiro e patrimonial do país, destacando-se:

- PRIVATIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS

- PRIVATIZAÇÃO DE JAZIDAS DE PETRÓLEO, INCLUSIVE DO PRÉ-SAL

- PRIVATIZAÇÃO DOS AEROPORTOS MAIS MOVIMENTADOS DO PAÍS

- PRIVATIZAÇÃO DE RODOVIAS

- PRIVATIZAÇÃO DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

- PRIVATIZAÇÃO DE FLORESTAS

- PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, e muitos outros serviços essenciais, que recebem cada vez menor quantidade de recursos, haja vista a luta de 20 anos pela implantação do piso salarial dos trabalhadores da Educação, a recente greve dos policiais na Bahia, ausência de reajuste salarial para os servidores em geral, entre várias outras necessidades não atendidas, evidenciadas recentemente na tragédia dos moradores do Pinheirinho, em São Paulo, enquanto o volume destinado ao pagamento de Juros e Amortizações da Dívida Pública continua crescendo cada vez mais.

Qual a justificativa para a entrega de áreas estratégicas ao setor privado? Por que criar um mega-fundo de pensão para os servidores públicos do país quando os fundos de pensão estão quebrando no mundo todo, levando milhões de pessoas ao desespero? Por que leiloar jazidas de petróleo se a Petrobrás possui tecnologia de ponta? Por que abrir mão da segurança nacional ao entregar os aeroportos mais movimentados para empresas privadas e até estrangeiras? Por que privatizar os hospitais universitários se esses são a garantia de formação acadêmica de qualidade? Por que privatizar florestas em um mundo que clama por respeito ambiental? Por que deixar que serviços básicos sejam automaticamente privatizados, a partir do momento em que se cortam recursos destas áreas?

O que há de comum em todas essas privatizações e em todas essas questões?

O ponto central está no fato de que o beneficiário de todas essas medidas é um ente estranho aos interesses do povo brasileiro e da nação. Os únicos beneficiários têm sido o setor financeiro privado e as grandes transnacionais.

Então, por que o governo tem se empenhado tanto em aprovar todas essas medidas contrárias aos interesses nacionais?

E o que diz a grande mídia a respeito dessas medidas indesejáveis? Não divulga a posição dos afetados e prejudicados por todas essas medidas, mas promove uma completa “desinformação” ao apresentar argumentos falaciosos e convincentes propagandas de que o Brasil vai muito bem e que a economia está sob controle.

Ora, se estamos tão bem assim, qual a razão para rifar o patrimônio público? Por que esse violento round de privatizações partindo justamente de quem venceu as eleições acusando a privataria?

Na realidade, o país está sucateado. Vejam as estradas rodoviárias assassinas e a ausência de ferrovias; a desindustrialização; o esgotamento de nossas riquezas; as pessoas sem atendimento hospitalar, com cirurgias adiadas até a morte; os profissionais de ensino desrespeitados e obrigados a assumir vários postos de trabalho para sustentar suas famílias; o crescimento da violência e do uso de drogas.

É inegável o fato de que o PIB brasileiro cresceu e já somos a sexta potência mundial, mas o último relatório da ONU mostra que ocupamos a vergonhosa 84ª posição em relação ao atendimento aos direitos humanos, de acordo com o IDH (1), o que é inadmissível considerando as nossas imensas riquezas.

Algo está muito errado. Não há congruência entre nossas riquezas e nossa realidade social. Não há coerência entre o discurso ostentoso e a liquidação do patrimônio nacional.

Dizem que temos reservas internacionais bilionárias, mas não divulgam o custo dessas reservas para o país, o dano às contas públicas e ao crescimento acelerado da dívida pública brasileira que paga os juros mais elevados do mundo.

Dizem que temos batido recordes com exportações, mas não divulgam que lá de fora valorizam os preços das chamadas “commodities” e o que fazemos: aceleramos a exploração dos nossos recursos naturais e os exportamos às toneladas. Mas quem ganha já não é o país, pois as minas, as siderúrgicas e o agrobusiness já foram privatizados há muito tempo.

Outra grande falácia é de que o Brasil está tão bem que a crise financeira que abalou as economias dos países mais ricos do Norte – Estados Unidos e Europa – pouco afetou o país. A grande mídia não divulga, mas a raiz da atual crise “da Dívida” que abala as economias do Norte está na CRISE DO SETOR FINANCEIRO.

A crise estourou em 2008 quando as principais instituições financeiras do planeta entraram em risco de quebra. Tal crise dos bancos decorreu do excesso de emissão de diversos produtos financeiros sem lastro – principalmente os derivativos -, possibilitada pela desregulamentação e autonomia do setor financeiro bancário. Embora tivessem agido com tremenda irresponsabilidade na emissão e especulação de incalculáveis volumes de papéis sem lastro, tais bancos foram “salvos” pelos países do Norte à custa do aumento da dívida pública, que agora está sendo paga por severos planos de ajuste fiscal contra os trabalhadores e crescente sacrifício de direitos sociais.

Apesar da monumental ajuda das nações aos bancos, o sistema financeiro internacional ainda se encontra abarrotado de derivativos e outros papéis sem lastro – tratados pela grande mídia como “ativos tóxicos”. Grande parte desses papéis foi transferida para “bad banks” (2) em várias partes do mundo, à espera de serem trocados por “ativos reais”, principalmente em processos de privatizações.

Assim funcionam as privatizações: são uma forma de reciclar o acúmulo de papéis e transferir as riquezas públicas para o setor financeiro privado.

Relativamente à privatização da Previdência dos Servidores Públicos, o Projeto de Lei PL/1992 cria o FUNPRESP que, se aprovado, deverá ser um dos maiores fundos de pensão do mundo.

Na prática, esse projeto se insere em tendência mundial ditada pelo Banco Mundial, de reduzir a participação estatal a um benefício mínimo, como alerta Osvaldo Coggiola, em seu artigo “A Falência Mundial dos Fundos de Pensão”:

“Com este esquema, o que se quer é reduzir a aposentadoria estatal de modo a diminuir o gasto em aposentadorias e aumentar os pagamentos da dívida do Estado.”

A dívida brasileira já supera os R$ 3 trilhões. A grande mídia não divulga esse número, mas o mesmo está respaldado em dados oficiais (3).

Os fundos de pensão absorvem grandes quantidades de papéis, pois funcionam trocando o dinheiro dos trabalhadores por papéis que circulam no mercado financeiro. Os tais “ativos tóxicos” estão provocando sérios danos aos fundos de pensão, como adverte Osvaldo Coggiola:

“… duas Argentinas e meia faliram nos Estados Unidos como produto da crise do capital, levando consigo os fundos de pensões lastreados em suas ações. Na Europa, a situação não é melhor. AOCDE advertiu sobre o grave risco da queda nas Bolsas sobre os fundos privados de pensão, cuja viabilidade está ligada à evolução dos mercados de renda variável: “Existe o risco de que as pessoas que investiram nesses fundos recebam pouco ou nada depois de se aposentar”.

O art. 11 do PL-1992 não permite ilusões quanto ao risco para os servidores federais brasileiros, pois assinala que a responsabilidade do Estado será restrita ao pagamento e à transferência de contribuições ao FUNPRESP. Em outras palavras, se algo funcionar errado com o FUNPRESP; se este adquirir papéis podres ou enfrentar qualquer revés, não haverá responsabilidade para a União, suas autarquias ou fundações.

PREVIDÊNCIA É SINÔNIMO DE SEGURANÇA. COMO COLOCAR A PREVIDÊNCIA EM APLICAÇÕES DE RISCO? Qual o sentido dessa medida anti-social?

O gráfico a seguir revela por que a Previdência Social tem sido alvo de ferrenhos ataques por parte do setor financeiro nacional e internacional: o objetivo evidente, como também alertou Osvaldo Coggiola, é apropriar-se dos recursos que ainda são destinados à Seguridade Social para destiná-los aos encargos da dívida pública.

As diversas auditorias cidadãs em andamento no Brasil e no exterior, bem como a auditoria oficial equatoriana (2007/2008) e a CPI da Dívida no Brasil (2009-2010) têm demonstrado que o único beneficiário do processo de endividamento público tem sido o setor financeiro.

No Brasil, o gráfico a seguir denuncia o privilégio da dívida, pois a dívida absorve quase a metade dos recursos do orçamento federal, o que explica o fabuloso lucro auferido pelos bancos aqui instalados, enquanto faltam recursos para as necessidades sociais básicas, tornando nosso país um dos mais injustos do mundo.

R$ 708 bilhões: Orçamento Geral da União de 2011 – Executado – Total: R$ 1,571 trilhão

Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida.

Nota: o valor de R$ 708 bilhões inclui o chamado “refinanciamento” ou “rolagem”, pois a CPI da Dívida Pública comprovou que parte relevante dos juros é contabilizada como tal. Para mais informações ver http://www.divida-auditoriacidada.org.br/config/artigo.2012-01-15.2486469250/document_view

É urgente unir as lutas contra a privatização do que ainda resta de patrimônio público no Brasil, pois é para pagar a dívida pública e preservar este modelo de “Estado Mínimo” para o Social – e “Estado Máximo” para o Capital – que as riquezas nacionais continuam sendo privatizadas.

Notas:

1) IDH: Índice de Desenvolvimento Humano

2) Bad Banks: instituições paralelas, criadas para absorver grandes quantidades de “ativos tóxicos” que alcançaram volumes tão elevados que passaram a comprometer o funcionamento do sistema financeiro mundial. Até mesmo o G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo) chegou a pautar, na última reunião ocorrida em Cannes, a preocupante questão do Sistema Bancário Paralelo.

3) Ver o artigo “Os Números da Dívida” em:

http://www.divida-auditoriacidada.org.br/config/Numerosdivida.pdf/download

*Maria Lucia Fatorelli é economista e coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida.

Website: www.divida-auditoriacidada.org.br


PMs acusados de matar juíza Patrícia Acioli vão a júri popular

Os 11 policiais militares (PMs) acusados de envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioli vão enfrentar o júri popular. A decisão foi reafirmada nessa terça-feira pelo juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, responsável pelo caso.
Simão não acatou os recursos da defesa dos policiais, que tentava evitar o julgamento dos militares pelo Tribunal do Júri. “O caminho jurídico decorreu do convencimento do juiz quanto à materialidade dos fatos e da existência de indícios de autoria, coautoria e participação dos denunciados no evento. Mantenho hígida [saudável] em todos os seus termos a decisão de pronúncia”, destacou o magistrado no despacho publicado na página do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na internet. Na mesma decisão, o magistrado também negou a transferência dos acusados para outras cadeias, conforme pretendia a defesa, alegando problemas de saúde. “No momento, não autorizo transferência de preso para outras unidades. Supostas enfermidades devem ser examinadas pela direção da unidade prisional”. A juíza Patrícia Acioli foi morta em uma emboscada no dia 11 de agosto de 2011, com 21 tiros, na frente da casa dela, em um bairro da região oceânica de Niterói. Os acusados são policiais militares que estavam lotados no Batalhão de São Gonçalo. Eles serão julgados por homicídio qualificado e formação de quadrilha. (AFP)

lembrando as "Diretas Já": A gente somos inútil

Entrega do IRPF começa dia 01/03: 15 documentos para ter em mãos no IR 2012; bancos enviarão dados por e-mail

O prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2012 (ano-calendário 2011) começa apenas no dia 1º de março, mas o download do programa estará disponível quase uma semana antes. O contribuinte poderá baixar o software a partir das 18 horas do dia 24 de fevereiro no site da Receita Federal. A organização dos documentos, no entanto, já pode começar agora.

A principal mudança diz respeito aos informes de rendimentos financeiros. Este ano, os bancos têm autorização para enviar os dados apenas por e-mail ou internet banking, o que dispensa o fornecimento do informe em papel.

Apesar da nova regra, as instituições financeiras deverão manter um sistema de controle que permita o fornecimento do informe impresso, caso este seja solicitado pelo contribuinte.Os clientes que residem no exterior também passarão a receber as informações por meio eletrônico. No caso de conta conjunta, o documento terá o nome do primeiro titular, exceto quando os correntistas determinarem o contrário.

15 documentos importantes para declarar o IR:

1- Cópia da declaração entregue em 2011 (ano-calendário 2010)

2- Informes de rendimentos de instituições financeiras, bem como de salários, pró-labore, distribuição de lucros, aposentadorias etc.

3- Controle de compra e venda de ações, com apuração mensal de imposto

4- Recibos e notas fiscais relativos a despesas com saúde

5- Comprovantes de despesas com instituições de ensino

6- Recibos de pagamentos à previdência privada e oficial

7- Recibos de aluguéis pagos ou recebidos

8- Documentos que comprovem venda ou compra de bens em 2011

9- Recibos de pagamentos de prestação de bens como imóvel e carro

10- Documentos comprobatórios de dívidas assumidas em 2011

11- Comprovantes de despesas do livro-caixa (para prestadores de serviços autônomos)

12- Darfs de carnê-leão pagos

13- Comprovante de doações para fins de incentivos fiscais (Fundos da Criança e do Adolescente, Lei Rouanet, Audiovisuais etc.)

14- Todos os documentos acima referentes a dependentes, além do número do CPF de dependentes maiores de 18 anos e de todos os alimentandos.

15 – Dados da conta bancária para restituição ou débito das cotas do imposto

'Carperos' desistem de ocupar terras de colonos brasileiros no Paraguai

Norberto Duarte

Centenas de sem-terras paraguaios, chamados de 'carperos', desistiram de ocupar terras de colonos brasileiros situadas na fronteira e se retiraram do local, anunciou nesta quarta-feira o ministro do Interior do Paraguai, Carlos Filizzola.

Os 'carperos' abandonaram de forma pacífica as áreas próximas às propriedades particulares dos brasileiros e se instalaram em territórios públicos, em Ñacunday, departamento (província) do Alto Paraná, indicou o funcionário.

"Não houve incidente algum", assegurou o secretário de Estado, ressaltando que, desta forma, a ordem judicial de despejo foi acatada.

A saída ocorreu dias depois do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, afirmar que seu governo usará todos os meios legais para garantir a segurança dos colonos brasileiros e fazendeiros proprietários das terras.

"O governo rechaça qualquer ideia de violência ou justiça pelas próprias mãos proveniente de quem quer se seja e já instruiu a força pública a utilizar todos os meios disponíveis para assegurar a ordem pública e a segurança das pessoas", afirmou em um comunicado.

Os 'carperos' ameaçaram invadir várias terras que, segundo eles, possuem títulos falsos e fazem parte de bens obtidos durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).

Várias áreas ocupadas por colonos brasileiros "são terras fiscais que pertencem ao povo e devem ser confiscadas e distribuídas aos sem-terras", afirmou publicamente Belarmino Balbuena, líder do Movimento Campesino Paraguaio (MCP).

Por sua vez, porta-vozes de produtores colonos solicitaram garantias de segurança para trabalhar e produzir, garantindo possuir títulos legais das terras ameaçadas.

O conflito entre 'carperos' e produtores da área que faz fronteira com o Brasil começou depois de o governo descobrir irregularidades em títulos de grandes extensões de terras, segundo a Federação Nacional Campesina (FNC).

O embate tomou contornos críticos nos últimos quinze dias, depois que o presidente Fernando Lugo determinou a demarcação de terras paraguaias na fronteira com o Brasil. O argumento do governo paraguaio é checar se há brasileiros em terras que originalmente eram públicas. Foi a deixa para os sem-terra convocarem militantes a irem para os acampamentos do Alto Paraná pressionar pela expulsão dos brasiguaios.

Prazos para pagamento do IPVA com desconto começam a vencer nesta quarta

Os prazos para o pagamento com desconto do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotivo (IPVA) vencem entre esta quarta-feira (8) e 24 de fevereiro no Paraná. A data depende do último número da placa (confira no box).

O pagamento parcelado será feito a partir de março. As parcelas seguintes vencerão em abril, maio, junho e julho.

Pagamento do IPVA com 5% de desconto:

Placa final 1 - Pagamento até o dia 8 de fevereiro

Placa final 2 - Pagamento até o dia 9 de fevereiro

Placa final 3 - Pagamento até o dia 10 de fevereiro

Placa final 4 - Pagamento até o dia 13 de fevereiro

Placa final 5 - Pagamento até o dia 14 de fevereiro

Placa final 6 Pagamento até o dia 15 de fevereiro

Placa final 7 - Pagamento até o dia 16 de fevereiro

Placa final 8 - Pagamento até o dia 17 de fevereiro

Placa final 9 - Pagamento até o dia 23 de fevereiro

Placa final 0 - Pagamento até o dia 24 de fevereiro

De acordo com governo do Paraná, são aproximadamente 3,8 milhões de veículos que pagam o tributo. A arrecadação do IPVA em 2012 deve ser de R$ 1,9 bilhão. Metade dos recursos arrecadados fica com os municípios nos quais os veículos estão registrados.

A alíquota para carros, caminhonetes e motocicletas é o equivalente a 2,5% do valor venal do veículo. Para ônibus e veículos de carga (como caminhões), além de veículos de empresas de locação ou que utilizem como combustível o gás natural, a taxa é de 1%.

O pagamento pode ser feito em qualquer banco ou nas lotéricas se o contribuinte tiver o boleto em mãos. O documento pode ser consultado e impresso por meio do site daSecretaria de Estado da Fazenda.

Nos caixas físicos do Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Sicredi é possível fazer o pagamento apresentando o número do Renavan.

Gastos de 2012

A Gazeta do Povo elaborou um calendário de gastos para facilitar o planejamento financeiro deste novo ano. O calendário traz os gastos previstos para cada mês do ano e apresenta os prazos para ter desconto no pagamento de impostos.

Estão abertas as inscrições para projetos da Lei Rouanet

As propostas culturais de interessados em obter recursos pelo mecanismo de incentivo fiscal da Lei Rouanet já podem ser enviadas pelo Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic). A apresentação das propostas pode ser feita até 30 de novembro de 2012 e no caso de aprovação, o proponente é autorizado a captar recursos junto a pessoas físicas pagadoras de Imposto de Renda (IR) ou empresas tributadas com base no lucro real visando à execução do projeto. O mecanismo de incentivo fiscal é uma forma de estimular o apoio da iniciativa privada ao setor cultural. As propostas podem ser apresentadas por pessoas físicas com atuação na área cultural (artistas, produtores culturais, técnicos da área cultural etc), pessoas jurídicas públicas de natureza cultural da administração indireta (autarquias, fundações culturais), e também pessoas jurídicas privadas de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos (empresas, cooperativas, fundações, ONGs, organizações culturais). Para os apoiadores do projeto, será possível ter o total ou parte do valor desembolsado deduzido do imposto devido, de acordo com percentuais previstos pela legislação tributária. No caso de organizações empresariais, até 4% do imposto devido, para pessoas físicas, até 6% do imposto devido.

Mais informações aqui

Crescimento baseado em commodities preocupa Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada - Ipea, afirma que a alta participação dos setores de uso intensivo de recursos naturais na economia torna difícil uma estratégia consistente de crescimento sustentável para o Brasil

A reportagem é de Fabiano Ávila e publicado pelo Instituto CarbonoBrasil com informações do Ipea e do Ministério da Ciência, Tecnologia - MCT, 07-02-2012.

Divulgado na última sexta-feira (3), o Comunicado do Ipea nº 133 - Produtividade no Brasil nos anos 2000-2009: análise das Contas Nacionaisafirma que a produtividade do trabalho no país manteve-se praticamente estável entre 2000 e 2009, com variação anual de 0,9%. Mas o que mais salta aos olhos no relatório é o papel destacado da agropecuária, que registrou crescimento de 4,3% e da indústria extrativa, com 1,8%.

“Estes setores, de reduzido efeito multiplicador sobre o restante da economia e de baixo valor agregado, impõem obstáculos a uma estratégia de crescimento sustentado no longo prazo, sobretudo se a distribuição da produção estiver se concentrando. Para um país que necessita ampliar suas condições de competitividade externa, essas características devem ser vistas como, no mínimo, preocupantes em uma estratégia consistente de desenvolvimento industrial e econômico”, afirma o comunicado.

O quadro geral que Ipea passa é que o Brasil está sendo um fornecedor de commodities do mercado global. Assim, o país arca com os passivos ambientais das atividades de uso intenso dos recursos naturais e ainda gasta para importar bens produzidos com a nossa matéria-prima no exterior.

O Instituto também alerta para o fato da economia brasileira ter demonstrado baixo dinamismo em termos de produtividade do trabalho. Se for excluído 2009, ano que o Brasil sofreu os impactos da crise econômica internacional, a indústria extrativa aumentou sua participação em 5,9%, enquanto que a indústria de transformação sofreu uma queda de 2,5%. Outros setores, como gás e construção civil caíram ainda mais, 3,4%.

“É importante ressaltar que o desempenho agregado da indústria só não foi pior por conta do crescimento médio anual de 1,8% da indústria extrativa, haja vista que a indústria de transformação e os outros setores industriais apresentaram variação negativa da produtividade no período.”

O comunicado pede por uma maior diversificação da estrutura produtiva, apesar de apontar de que não existem indícios de que isso venha a acontecer nos próximos anos.

“A elevada instabilidade internacional por conta da crise financeira, que se manifesta, entre outros, pela retração do comércio internacional e por uma maior aversão ao risco por parte de empresários e consumidores, exige um maior dinamismo da relação produto/trabalhador e uma maior diversificação da estrutura produtiva, mas isso não ocorreu nos anos 2000 e não há indícios de que ambas essas trajetórias sejam revertidas no curto prazo.”

Gabriel Squeff, técnico em Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac), acredita que o grande problema é a falta de inovação tecnológica, que estaria acontecendo na economia brasileira como um todo.

De acordo com dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, os gastos com pesquisa e desenvolvimento no Brasil são muito baixos, com apenas 1,19% em relação ao PIB em 2009. Países como o Japão, com 3,44%, Alemanha, 2,82%, e China, 1,54%, estão bem à nossa frente.

Outro dado interessante, que revela a ausência de cultura para inovação no Brasil, é o número de pedidos de patentes de invenção depositados no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos. Enquanto o Japão fez mais de 81 mil pedidos em 2009, a China quase sete mil, o Brasil não passou de míseros 464.

Segundo Squeff, a manutenção dos resultados apresentados pelo Ipea é preocupante quando se almeja um desenvolvimento calcado na indústria e na sustentabilidade. Nesse aspecto, ele ressaltou que o Brasil necessita ampliar suas condições de competitividade externa.

O Ipea conclui que a concorrência com produtos chineses torna este cenário ainda mais grave.


INTEGRA DO COMUNICADO DO IPEA:

http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/120203_comunicadoipea133.pdf


Festival de Teatro de Curitiba divulga espetáculos da Mostra Oficial

Os espetáculos que participam da Mostra Oficial da 21ª edição do Festival de Teatro de Curitiba, que acontece entre 27 de março e 8 de abril, foram divulgados na manhã desta quarta-feira (8). Os destaques são as peças “O Libertino”, de Jô Soares, “Palácio do Fim”, de José Wilker, “Gargólios”, de Gerald Thomas e “Hécuba”, de Gabriel Villela.

Durante coletiva de imprensa, em Curitiba, a organização do evento também divulgou que o preço dos ingressos será de R$ 50 (inteira). O início das vendas é no dia 17 de fevereiro nos quiosques do shoppings Mueller, Palladium e Barigui.

A abertura da Mostra Oficial terá apresentação gratuita da montagem espanhola Los Pájaros Muertos. O Festival de Curitiba também conta com a programação da mostra paralela "Fringe", "Mostra XXX", "Guritiba", "Risorama", "De Repente", "Palco e Plateia", "Mish Mash" e a feira "Gastronomix".

Confira os espetáculos que fazem parte da “Mostra Oficial” do Festival de Curitiba, em 2012:

» Los Pájaros Muertos Direção: Marcos Morau (Espanha)

» A Peça do Casamento Direção: Pedro Brício Elenco: Guida Vianna e Dudu Sandroni

» Essa Febre Que Não Passa Realização: Coletivo Angu de Teatro e Atos Produções Artísticas Elenco: Ceronha Pontes, Hermila Guedes, Hilda Torres, Márcia Cruz, Mayra Waquim, Nínive Caldas e Helijane Rocha

» Estamira – Beira do Mundo Direção: Beatriz Sayad Elenco: Dani Barros

» Fausto ComPacto Direção: Marcos Azevedo Elenco: Luiz Damasceno, Selma Egrei, Ricardo Homuth e Thiago Codinhoto

» Hécuba Direção: Gabriel Villela Elenco: Walderez de Barros, Flávio Tolezani, Fernando Neves, Leo Diniz, Luisa Renaux, Luiz Araújo, Rogério Romera, Nábia Vilela e Marcelo Boffat

» Licht+Licht Realização: Cia de Ópera Seca Direção: Caetano Vilela Elenco: Fabiana Gugli, Germano Melo e Wagner Antônio

» Luis Antonio – Gabriela Realização: Cia. Mungunzá de Teatro Direção: Nelson Baskerville Elenco: Marcos Felipe, Lucas Beda, Sandra Modesto, Verônica Gentilin, Virginia Iglesias e Day Porto

» Eclipse Realização: Grupo Galpão Direção: Jurij Alschitz Elenco: Chico Pelúcio, Inês Peixoto, Julio Maciel, Lydia Del Picchia e Simone Ordones

» Julia Realização: Cia. Vértice Direção: Christiane Jatahy Elenco: Julia Bernat, Rodrigo dos Santos e Tatiana Tiburcio

» Namíbia, Não! Direção: Lázaro Ramos Elenco: Flávio Bauraqui e Aldri Anunciação

» O Libertino Direção: Jô Soares Elenco: Cassio Scapin, Luciana Carnieli, Luiza Lemmertz, Tânia Casttello, Erica Montanheiro e Daniel Warren

» Palácio do Fim Direção: José Wilker Elenco: Antonio Petrin, Camila Morgado e Vera Holtz

» Rosa Direção: Ana Paz Elenco: Debora Olivieri

» Gargólios Direção: Gerald Thomas

» De Verdade Direção: Marcio Abreu

» Caravana – Memórias de um Picadeiro Realização: Circo Roda Direção: Chico Pelúcio

» O Casamento Realização: Fodidos Privilegiados Direção: João Fonseca

» Escravas do Amor Realização: Fodidos Privilegiados Direção: João Fonseca Elenco: Sérgio Marone e Juliana Baroni

» Wii Previsto de Nós Outros Direção: Lara Pinheiro

» Judy Garland – O Fim do Arco-Íris Direção: Möeller & Botelho

» Nem um Dia se Passa Sem Notícias Suas Direção: Gilberto Gawronski

» Ah, a Humanidade!, e Outras Exclamações Direção: Murilo Hauser

» Obituário Ideal Direção: Thiare Maia e Rodrigo Nogueira

» Equus Direção: Alexandre Reineke

» Aquilo que meu Olhar Guardou para Você Realização: Grupo MagiLuth Direção: Luiz Fernando Marques

» O Idiota Direção: Cibele Forjaz

» O Jardim Direção: Leonardo Moreira

 
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