quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Anita Garibaldi


Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Aninha do Bentão e posteriormente como Anita Garibaldi, nasceu em Laguna, atualmente Morrinhos – SC, em 30 de agosto de 1821, vindo a morrer com apenas 28 anos em 04 de agosto de 1849. Viveu pouco tempo, mas entrou para a história, numa época em que a mulher era vista como um ser submisso e de poucas decisões. Seus gestos de bravura e coragem, quando em defesa de seus ideais de liberdade, lhe renderam o título de Heroína dos Dois Mundos – que lhe foi atribuído em função de ter lutado primeiramente aqui no Brasil e ter morrido lutando na Itália, por sua unificação.

Anita era filha de Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus, de quem herdou a energia e a coragem pessoal, revelando desde criança um caráter independente e obstinado. Casou-se aos 14 anos por insistência materna, com Manuel Duarte de Aguiar. O curto matrimônio, sem afinidades e sem filhos, revelou-se um fracasso seguido de separação. Já aos 18 anos conheceu Giuseppe Garibaldi, que havia chegado com as tropas farroupilhas de Davi Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes para tomar a Laguna em julho de 1839, fundando a República Juliana dos Cem Dias. Garibaldi chegara a Laguna com fama de herói pelo grande feito que acabara de realizar ao transportar, por terra, as duas embarcações Farroupilha e Seival de Capivari a Tramandaí e pelo posterior salvamento do naufrágio da Farroupilha ao sul do Cabo de Santa Marta. A Revolução Farroupilhaeclodiu na noite de 19/09/1835, quando Bento Gonçalves da Silva avançou com cerca de 200 farrapos (ala dos exaltados, que queriam províncias mais autônomas, unidas por uma república mais flexível) sobre a capital Porto Alegre (que na época tinha cerca de 14 mil habitantes) pelo caminho da Azenha. A revolta deu-se como protesto contra os elevados impostos cobrados no local de venda (normalmente outros Estados) sobre itens (animais, couro, charque e trigo) oriundos das estâncias do Estado. Charqueadores e estancieiros reclamavam, ainda, de outros impostos: sobre o sal importado e sobre a propriedade da terra.

Daí surgiria um dos mais belos romances de amor e dedicação incondicionais. Com Giuseppe, Anita participa das lutas em Imbituba, na tomada de Laguna, e em Curitibanos, onde foi capturada. Conseguiu fugir e, em Lages, às margens do Rio Pelotas, atuou como enfermeira para os poucos sobreviventes.Da união de Giuseppe e Anita nasceram quatro filhos: seu primogênito Menotti, o único que nasceu no Brasil – Rio Grande do Sul; e nos anos seguintes Rosita, Teresita e Riccioti, que nasceram na capital uruguaia. Rosita morreu quando tinha apenas dois anos e meio, vítima de um ataque de difteria.

A morte prematura de Anita causou muito sofrimento não só a Giuseppe, mas também aos compatriotas italianos, liberais uruguaios, farrapos brasileiros e republicanos dos dois continentes. Muitas dúvidas ainda hoje restam sobre a doença que causou a morte de Anita. Um dos médicos que analisaram o ocorrido, Dr. Pietro Nannini, afirmou inicialmente que Anita foi vítima de uma grave febre perniciosa. Mais tarde, no entanto, faria referência à doença como uma febre terciária simples. Antes de chegar a Roma, tinha passado por Maremma, que havia sofrido uma invasão de anófeles, insetos que transmitem a malária. Naqueles dias, diversos soldados foram vitimados por esta doença. A tuberculose, lesão pulmonar, congestão intestinal e tifo das montanhas foram outras causas mortais atribuídas por diversos estudiosos e pesquisadores. As evidências, entretanto, apontam para o impaludismo.

Apesar de se tratar de uma heroína que morreu há mais de 150 anos, sua memória é guardada até hoje. Anita Garibaldi empresta seu nome a dois municípios em Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis, a uma Praça em Curitiba – PR, e a uma fundação que tem o objetivo de zelar e restaurar o acervo histórico, estimular a pesquisa e os aspectos culturais que tiverem relação com a vida de Anita Garibaldi. No Rio de Janeiro, existe também uma rua com o seu nome. A brasileira é citada inúmeras vezes em comunidades da rede de relacionamentos virtual Orkut, ferramenta muito utilizada por jovens na faixa dos 20 anos de idade, que com sua iniciativa e seus comentários mostram admirar e ter como exemplo os feitos dessa grande personagem. (ON)

Movimento ‘Fora Teixeira’ une torcidas rivais

Aconteceu neste sábado, 27, e domingo, 28, nos maiores estádio do Brasil uma das maiores ações coordenadas já vistas das torcidas organizadas do país contra a corrupção e os desmandos na administração do futebol pentacampeão do mundo. Torcedores de São Paulo a Florianópolis, do Rio a Fortaleza, de Belo Horizonte a Porto Alegre levaram faixas e cartazes para as arquibancadas pedindo a saída do cartola Ricardo Teixeira da direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da presidência do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL).

Nos últimos tempos o nome de Ricardo Teixeira vem sendo envolvido em uma série de escândalos que vão desde a acusação de recebimento de suborno no âmbito da Fifa até o favorecimento de parentes e amigos nos contratos com a CBF e com o próprio COL. A indignação contra a figura de Teixeira ganhou corpo após suas polêmicas declarações dadas recentemente à revista Piauí, entre as quais dizendo que estava “cagando” para as denúncias contra si.

Por outro lado, as torcidas organizadas dos maiores clubes do país, comumente associadas à violência no futebol e classificadas como agrupamentos de vândalos e brigões, vêm dando um grande exemplo de organização popular contra os desmandos dos poderosos.

A ação coordenada nas arquibancadas no fim de semana em que aconteceram os maiores clássicos do futebol nacional (Flamengo x Vasco, Corinthians x Palmeiras, Grêmio x Internacional, Cruzeiro x Atlético-MG etc) foi parte da campanha Copa com Prestação de Contas e sem Ricardo Teixeira, aprovada democraticamente em junho pelas 27 torcidas que compõem a Confederação Nacional das Torcidas Organizadas (Conatorg).

Havia grande expectativa de como a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro, iria se comportar diante dos protestos nas principais praças futebolísticas do país contra seu amigo Ricardo Teixeira. No fim, confirmou-se o boicote anunciado à voz das arquibancadas. Na transmissão do jogo Flamengo x Vasco, por exemplo, não se viu a festa da torcida na tela da Globo, como é de praxe, para que não se tivesse notícia sobre sua indignação.

‘Fora!’ não pode; ‘Filma eu’, pode

A Globo, que já se esmera em uma campanha para excluir os palavrões das músicas que se cantam a milhares de vozes nos estádios do Brasil, parece agora empenhada em fazer as vezes de censora de fato das arquibancadas.

Em São Paulo, a polícia apreendeu faixas contra Teixeira na entrada do estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente, mas muitas entraram escondidas dentro dos tênis de torcedores. As torcidas organizadas em luta contra a perpetuação de Teixeira e de seus desmandos à frente do futebol profissional no Brasil enfrentam ainda as tentativas de intimidação das federações estaduais amigas da atual direção da CBF.

A Federação Catarinense de Futebol (FCF) chegou a ameaçar de expulsão do estádio Orlando Scarpeli, onde aconteceu o clássico local Avaí x Figueirense no domingo, quem fosse pego com faixas ou cartazes da campanha Copa com Prestação de Contas e sem Ricardo Teixeira. O Ministério Público Federal local contestou a tentativa de censura dos protestos em Santa Catarina, e os torcedores do Avaí e do Figueirense entraram no estádio com o material amparados por uma liminar concedida pela Justiça Federal.

Curiosamente a FCF tentou justificar sua ameaça citando o artigo 13-A, inciso IV, do próprio Estatuto do Torcedor, onde está escrito que quem vai aos estádios não pode “portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”. Sobre o episódio, o jornalista Mauro Cezar Pereira, da ESPN Brasil, escreveu em seu blog:

“Qual o temor dos cartolas? Que inadvertidamente uma câmera de TV registre um desses cartazes, mesmo que por uma fração de segundo? Talvez. Mas será que aqueles que levam para a arquibancada cartolinas com os famosos “‘Filma eu’ serão expulsos?”, escreveu Mauro Cezar. (ON)

Seminário da Copel debate uso de microalgas para combustível

As potencialidades, perspectivas e desafios do cultivo de microalgas para a obtenção de biocombustível serão tratados ao longo desta quinta-feira (1o) em Curitiba, durante um seminário promovido pela Copel.

Participam do encontro, além de técnicos e estudiosos da Companhia, pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e de instituições acadêmicas como a Universidade Federal do Paraná, Unicamp (Universidade de Campinas) e Universidade Federal de Santa Catarina.

O diretor de engenharia da Copel, Jorge Andriguetto Junior, abre o seminário às 8h30 falando sobre a importância para a empresa das pesquisas envolvendo as fontes alternativas para a produção de energia. Seguem-se exposições técnicas relatando o andamento das experiências em torno das formas mais eficazes de produzir as microalgas e as espécies mais adequadas para a extração do biocombustível.

A Copel vem se dedicando ao assunto desde 2009, quando estabeleceu uma parceria com o Iapar e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (Fapeagro) para a implantação do Projeto Microalgas. Dessa associação resultou a instalação de um laboratório em Londrina voltado exclusivamente à pesquisa sobre microalgas. Uma exposição sobre os trabalhos ali desenvolvidos será feita no seminário pelos pesquisadores Diva de Souza Andrade e Arnaldo Colozzi Filho, ambos vinculados ao Iapar e coordenadores do projeto do qual participa a Copel.

O seminário sobre microalgas acontecerá no auditório do edifício-sede da Copel (Rua Coronel Dulcídio, 800, 10o andar, no Batel).

O QUE SÃO – As microalgas são organismos microscópicos que liberam oxigênio e produzem lipídios (óleos), carboidratos (açúcares) e proteínas, em diferentes quantidades de acordo com a espécie – são milhares as espécies encontradas na natureza. A maior parte das espécies realiza fotossíntese e, por isso, consome dióxido de carbono e necessita de luz para seu crescimento.

A produção de biocombustível por meio das microalgas, além de ecologicamente correta, tem um potencial muito maior do que as culturas tradicionais de oleaginosas. As microalgas têm potencial para produção de 70 toneladas de biomassa (de onde é extraído o biocombustível) por hectare/ano, enquanto a soja produz em média apenas 3 toneladas de biomassa por hectare/ano. Há várias técnicas de colheita de microalgas – entre elas, a filtragem do meio de cultivo, resultando numa massa que é secada e depois tratada por métodos mecânicos e químicos para, então, se extrair o óleo.

Em diversos países, as pesquisas envolvendo as microalgas vêm se multiplicando com o objetivo de estabelecer, de acordo com as peculiaridades ambientais e características do processo de cultivo, quais as espécies comercialmente mais adequadas para tal finalidade.

LONDRINA – No laboratório instalado em Londrina, a equipe coordenada pela doutora Diva Andrade, do Iapar, já isolou mais de 120 exemplares de microalgas encontradas na região, e vem realizando testes para determinar as formas de cultivo e os ambientes e nutrientes mais adequados para a produção desses microrganismos. O objetivo é identificar microalgas que tenham crescimento rápido e grande concentração de lipídios que possam ser extraídos e utilizados como óleo combustível na forma de biodiesel.

As amostras são colhidas em lagoas da região Norte do Paraná e, por meio de técnicas adequadas, as microalgas são isoladas. Depois, são identificadas e estudadas em pequenos recipientes, a fim de definir quais as espécies mais promissoras e as melhores formas de cultivo. Posteriormente, elas serão cultivadas em pequena escala, crescendo em tanques abertos ou em recipientes fechados, que permitem maior controle das condições de temperatura e evitam a contaminação por outros microrganismos.

Governo do Paraná repassa verbas para construção de casas no Assentamento Contestado do MST, na Lapa

Na semana em que a Escola Latino-Americana de Agroecologia, sediada no Assentamento Contestado, na cidade da Lapa, completou seis anos, o Governo do Paraná, por meio da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), realizou o primeiro repasse de verbas no valor de R$ 154.820 para a construção de 15 unidades habitacionais. As casas receberão investimentos totais de R$ 464.400 e beneficiarão funcionários e famílias de assentados, que contribuem com a escola.

Segundo o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, o governador Beto Richa quer construir o maior programa de habitação rural da história do Estado. “Vendo um assentamento como o Contestado, onde há desenvolvimento e prosperidade, temos a certeza de que devemos investir no campo. Não mediremos esforços para que as famílias de pequenos agricultores permaneçam em suas propriedades produzindo os alimentos que servem a todos nós”, acrescentou.

Ainda de acordo com Chaowiche, o trabalho desenvolvido no assentamento da Lapa deve ser levado a todo o Estado. “Temos que levar os bons exemplos para que a agricultura familiar se desenvolva cada vez mais para que possamos voltar aqui em dez anos para construir casas para os filhos do assentados que estão aqui hoje”, disse.

O prefeito da Lapa, Paulo Furiatti, disse que também trabalha a habitação como prioridade e que tem no Governo do Estado um parceiro para melhorar a vida das famílias que vivem no campo. “Desde que assumi tenho o assentamento e a habitação, tanto na cidade como no campo, como assuntos importantes e urgentes. Agora com o apoio do governador Beto Richa, que trata a política de forma republicana, faremos casas e daremos sustentação à população que vive no campo”, enfatizou.

Paulo César Brizola, coordenador do Assentamento Contestado e da Cooperativa Terra Livre, explicou que o assentamento existe há doze anos e hoje conta com 108 famílias, numa área de 3.180 hectares. “Temos uma produção agrícola e pecuária com a participação de mais de 500 pessoas que vivem aqui. Nossos setores são bem organizados e hoje contamos com condições de infraestrutura com água encanada e luz elétrica. Agradecemos pela construção destas moradias e continuaremos lutando para que a nossa caminhada evolua ainda mais”, pontuou.

Nilton Guedes, superintendente regional do Incra, afirmou que a Cohapar está trabalhando com empenho para atender todos os pedidos e anunciou recursos de R$ 8 mil para melhorias no assentamento. “Percebemos o empenho com que o presidente da Cohapar vem tratando a habitação no Paraná e nós do Incra queremos firmar a maior parceria com o Governo do Estado já vista na história. Trazemos este recurso para regularizar o assentamento e promover melhorias junto com as casas da Cohapar”, adiantou.

Paulo Malaquias, gerente geral da Caixa Econômica Federal da Lapa, parabenizou a comunidade pela conquista e disse que ela representa o início de um trabalho em parceria com os governo estadual e federal. “A parceria que temos vai fazer com que a habitação rural seja levada aos assentamentos e a vida de tantas famílias assentadas melhore e possamos dar mais condições para os responsáveis pela produção agrícola do Estado”, acrescentou.

O coordenador do MST no Paraná, Roberto Baggio, afirmou que os assentamentos têm três frentes de desenvolvimento: produzir comida e gerar renda, promover a educação para todos e organizar a comunidade para resolver seus problemas. “O papel do governo é dar condições e estimular cada vez mais o desenvolvimento dos assentamentos. Vemos aqui um povo que batalha e cresce cada vez mais. Estas moradias possibilitarão que outras pessoas venham contribuir com o Contestado”.

Hamilton Serighelli, assessor de assuntos fundiários do Governo do Paraná, afirmou que o governador Beto Richa quer transformar os assentamentos do Paraná em modelo para o Brasil. “Estamos tirando do papel vários projetos que estavam parados há anos. Entendemos que reforma agrária é uma questão social e não deve ser tratada com a polícia, mas sempre em parceria para promover cada vez mais o desenvolvimento”, argumentou.

Luís Clóvis Schomes, coordenador da Escola, disse que as casas vão melhorar a vida das pessoas que trabalham e não têm moradia. “Com moradias no assentamento podemos trazer mais pessoas para trabalhar aqui e contribuir ainda mais com a formação dos alunos, filhos dos assentados. Buscamos uma vida melhor para nossos descendentes e esta iniciativa do Governo do Estado é o reconhecimento de uma luta que temos há anos”, destacou.

Franciane Lourenço Gotardo trabalha na Escola e mora com o marido e dois filhos de favor na casa de um assentado. Os dois estudaram na primeira turma da Escola e hoje trabalham na elaboração de novos projetos. Para ela, ter a casa própria é um sonho antigo. “Temos que agradecer à Cohapar, pois esta nova gestão está empenhada em nos ajudar. Já tínhamos até pensado em sair daqui. porque morar de favor ou em alojamento com as crianças não é fácil”, afirmou.

Governo do Paraná pagará progressões e promoções para servidores

O secretário da Administração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, reuniu-se nesta quarta-feira (31) com a presidente do Fórum dos Servidores Estaduais, Marlei Fernandes de Carvalho, e dirigentes das 13 entidades sindicais que compõem o grupo. Durante o encontro, Sebastiani confirmou a retomada da análise dos processos de promoções e progressões na carreira dos servidores. Também anunciou o pagamento dos pedidos acumulados da gestão anterior – em outubro para os processos das promoções e em novembro, das progressões. Participaram também da reunião a diretora de Recursos Humanos da secretaria, Solange Mattiello, e o superintendente do Sistema de Assistência à Saúde do Servidor (SAS), José Fernando Macedo.

São 14,4 mil pedidos de servidores paralisados na gestão passada. Estudos realizados pela secretaria mostram que o impacto financeiro será de cerca de R$ 7 milhões por mês na folha de pagamento, mais uma parcela de R$ 6 milhões referente ao acumulado no ano de 2010. A análise dos pedidos de promoção e progressão na carreira foi delegada aos grupos de recursos humanos das secretarias estaduais, por meio das resoluções de número 2238 e 2239, de 24 de agosto. O trabalho descentralizado garantirá maior confiabilidade na análise dos documentos de titulação dos servidores e maior agilidade no processamento dos pedidos.

Também foi discutida a situação dos benefícios concedidos no ano passado para 457 servidores estaduais que foram enquadrados em cargos superiores sem aprovação em concurso público. Segundo parecer da Procuradoria Geral do Estado, os enquadramentos desrespeitaram a Constituição Federal, o Estatuto dos Servidores do Paraná e a Lei 13.666/2002, que instituiu o Quadro Próprio de Servidores do Poder Executivo. A questão está em análise na Procuradoria.

Outro tema debatido com o Fórum foi o novo modelo do Sistema de Assistência à Saúde. O superintendente do SAS anunciou o resultado da pesquisa de satisfação, respondida por 15 mil servidores – dos quais 79% concordam com a adoção de um novo modelo com coparticipação financeira dos servidores. Entre os que preferem a manutenção do sistema atual, quase 100% têm plano de saúde particular.

Uma nova pesquisa de opinião será realizada, dessa vez apresentando detalhes da nova proposta. Uma reunião com a direção do SAS e os representantes das entidades sindicais ficou marcada para a próxima terça-feira (6), quando serão apresentadas informações prévias sobre os estudos do novo modelo. A próxima reunião do calendário mensal de encontros da secretaria com o Fórum ficou marcada para o dia 30 de setembro. Nessa ocasião, o governo apresentará proposta para mudanças no auxílio-alimentação.

Flávio Arns assinou a ordem de serviço para investimentos de R$ 105 milhões em educação


Flávio Arns, governador em exercício, assinou a ordem de serviço para investimentos de R$ 105 milhões em educação. Além de melhorias na infraestrutura na rede pública de ensino, os recursos serão utilizados também para a construção de novas escolas estaduais no Paraná.

No total, dez novas escolas de educação básica, cinco unidades de educação profissionalizante, beneficiando mais de 80 municípios, serão viabilizadas com o pacote de recursos. “É um grande investimento em educação em diversas localidades do Paraná e que vão representar a construção, remodelação e recuperação da rede pública de ensino.

Segundo o governador em exercício, que também é secretário de Estado da Educação, o Executivo vem adotando práticas de descentralização e, no caso da educação, as parcerias serão muito importantes para benefícios no setor de ensino. Arns destacou ainda o papel do Legislativo na aprovação da mensagem que equiparou o salário dos professores, que ocorreu ontem (30), por unanimidade, no Plenário da Casa. “Sempre colocamos a educação como prioridade absoluta.

"Agradeço aos deputados e à Assembleia, que tem sido parceira do governo, como neste caso da aprovação do projeto que equiparou o salário dos educadores. Estamos agora fazendo convênio com os municípios para estas importantes obras do Estado, com a construção e melhoria da infraestrutura das escolas”, afirmou.

Amanhã o Conselho de Ética da Câmaras Municipal de Curitiba apresenta o relatório sobre o caso Derosso

Vereador Francisco Garcez, presidente do Conselho de Ética

O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba vai divulgar amanhã o relatório final das investigações realizadas para averigua as denúncias em relação ao presidente João Cláudio Derosso.

O vereador Francisco Garcez, presidente do Conselho, ao ser questionado sobre as prováveis punições que poderiam ser aplicadas ao Derosso ele disse que ainda não teve acesso ao parecer final, que ainda está sendo elaborado pelo relator Jorge Yamawaki , mas disse que o relatório deve apontar para alguma punição.

Estudo vincula consumo de chocolate a redução de 30% em doenças cardíacas

O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, confirma resultados de investigações anteriores sobre o assunto que, de maneira geral, encontraram evidências de um possível vínculo entre o consumo de chocolate e a saúde do coração.

Os autores enfatizam, no entanto, que é preciso fazer mais testes para saber se o chocolate realmente causa essa redução ou se ela poderia ser explicada por algum outro fator.

A equipe da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, apresentou seu trabalho no congresso da European Society of Cardiology, nesta segunda-feira, em Paris.

Investigação

Vários estudos recentes indicam que comer chocolate teria uma influência positiva sobre a saúde humana devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do alimento. Segundo esses estudos, o chocolate teria o poder de reduzir a pressão sanguínea e melhorar a sensibilidade do organismo à insulina (o que ajudaria a evitar a diabetes).

Entretanto, ainda não está claro de que forma o chocolate afetaria o coração.

Em uma tentativa de esclarecer a questão, o pesquisador Oscar Franco e seus colegas da Universidade de Cambridge fizeram uma revisão em grande escala de sete estudos sobre o assunto envolvendo cem mil pessoas, com e sem problemas no coração.

Os especialistas estavam particularmente interessados em avaliar os efeitos do consumo de chocolate sobre ataques cardíacos e acidentes vasculares (ou derrames).

Em cada estudo, a equipe comparou o grupo de participantes que comia a maior quantidade de chocolate ao resultado do grupo que comia a menor quantidade do alimento. Para evitar distorções, a equipe levou em conta diferenças de metodologia e qualidade dos estudos.

Cinco estudos encontraram uma associação positiva entre índices mais altos de consumo de chocolate e um menor risco de problemas cardiovasculares.

"Os índices mais altos de consumo de chocolate foram associados a uma redução de 37% em doenças cardiovasculares e uma redução de 29% na incidência de derrames em comparação aos índices mais baixos (de consumo)", os autores escreveram.

Não foram encontradas evidências significativas de redução em casos de falência cardíaca.

Os estudos não especificaram se o chocolate ingerido era meio-amargo ou ao leite. Entre os alimentos consumidos pelos participantes estavam barras de chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas contendo chocolate.

Segundo a equipe britânica, as conclusões do estudo precisam ser interpretadas com cautela, porque o chocolate vendido comercialmente é altamente calórico (contendo cerca de 500 calorias por cada cem gramas) e sua ingestão em grandes quantidades poderia resultar em ganho de peso, o que aumentaria os riscos de diabetes e doenças cardíacas.

Entretanto, os especialistas recomendam que, dados os benefícios do chocolate para a saúde, iniciativas para reduzir a quantidade de gordura e açúcar nos produtos deveriam ser exploradas.

Chocolate pode conter mais antioxidantes que suco de frutas, diz pesquisa

Cientistas vêm atribuindo aos antioxidantes - como os flavanoides, substância da classe dos polifenóis - um grande número de benefícios à saúde, entre eles a prevenção de males cardíacos, de alterações no sistema nervoso e até mesmo do surgimento de rugas.

No estudo, pesquisadores do Centro para Saúde e Nutrição da Hershey, uma companhia americana fabricante de chocolates, analisaram e compararam a capacidade antioxidante, o conteúdo total de polifenóis e o conteúdo total de flavonoides de sucos e pós de frutas, cacau em pó natural, chocolate amargo (com maior porcentagem de cacau do que o chocolate ao leite) e um pó industrializado para fazer chocolate quente.

As frutas incluídas no estudo foram açaí, romã, oxicoco (cranberry) e mirtilo (blueberry), chamadas de “superfrutas” devido às suas capacidades antioxidantes.

Debra Miller, uma das líderes da pesquisa, afirmou que, com base no valor nutritivo verificado no estudo, "as sementes de cacau devem ser consideradas uma 'superfruta' e produtos derivados do extrato de semente de cacau, como pó de cacau e chocolate escuro, como 'superalimentos'".

A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Chemistry Central Journal.

Chocolate quente

A análise demonstrou que a capacidade antioxidante do cacau em pó foi maior do que as dos pós de mirtilo, oxicoco e de romã, na comparação por grama.

Em relação ao chocolate amargo, a análise não mostrou uma capacidade antioxidante ou presença de polifenóis significativamente maior do que a do pó de romã, mas ela foi maior do que a de todos os outros pós testados.

Mas no chocolate amargo, como no caso do pó de cacau, a presença de flavonoides foi maior do que todos os pós de frutas e o achocolatado.

Na comparação com sucos de frutas, o chocolate amargo e bebidas feitas com o pó de cacau natural mostraram ter maior total de flavanoides. No total, o chocolate só perdeu em capacidade antioxidante e total de polifenois para o suco de romã.

Os cientistas também notaram que o achocolatado fabricado para fazer chocolate quente não tem tantos benefícios oxidantes.

O problema com esses pós é que eles passam por um processo de alcalinização para suavizar o sabor do cacau. Mas, neste processo, os compostos de polifenóis são destruídos.

"Os produtos feitos com cacau alcalinizado têm valores baixos de atividade antioxidante, conteúdo total de polifenóis e conteúdo total de flavonoides", afirma o estudo. (BBC)

Repórter não é Polícia; Imprensa não é Justiça

Por Ricardo Kotscho

Ao voltar de Barretos (ver post anterior), o meu correio eletrônico já estava entupido de mensagens de amigos e leitores comentando e me pedindo para comentar a reportagem da revista “Veja” sobre as “atividades clandestinas” do ex-ministro José Dirceu, um dos denunciados no processo do “mensalão”, que tramita no Supremo Tribunal Federal e ainda não tem data para ser julgado.

Só agora, no começo da tarde de segunda-feira, consegui ler a matéria. Em resumo, como está escrito na capa, sob o título “O Poderoso Chefão”, ao lado de uma foto em que Dirceu aparece de óculos escuros e sorridente, a revista faz uma grave acusação:

“O ex-ministro José Dirceu mantém um “gabinete” num hotel de Brasília, onde despacha com graúdos da República e conspira contra o governo da presidente Dilma”.

Para justificar a capa, a revista publica dez reproduções de um vídeo em que, além de Dirceu, aparecem ministros, parlamentares e um presidente de estatal entrando ou saindo do “bunker instalado na área vip de um hotel cinco-estrelas de Brasília, num andar onde o acesso é restrito a hóspedes e pessoas autorizadas”.

Nas oito páginas da “reportagem” _ na verdade, um editorial da primeira à última linha, com mais adjetivos do que substantivos _ não há uma única informação de terceiros que não seja guardada pelo anonimato do “off” ou declaração dos “acusados” de visitar o bunker de Dirceu confirmando a tese da “Veja”.

Fiel a uma prática cada vez mais disseminada na grande mídia imprensa, a tese da conspiração de Dirceu contra o Governo Dilma vem antes da apuração, que é feita geralmente para confirmar a manchete, ainda que os fatos narrados não a comprovem.

Para dar conta da encomenda, o repórter se hospedeu num apartamento no mesmo andar do ex-ministro. Alegando ter perdido a chave do seu apartamento, pediu à camareira que abrisse o quarto de Dirceu e acabou sendo por ela denunciado à segurança do hotel Naoum Plaza, que registrou um boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial de Brasília, por tentativa de invasão de domicílio.

Li e reli a matéria duas vezes e não encontrei nenhuma referência à origem das imagens publicadas como “prova do crime”, o primeiro dos mistérios suscitados pela publicação da matéria. O leitor pode imaginar que as cenas foram captadas pelas câmeras de segurança do hotel, mas neste caso surgem outras perguntas:

* Se o próprio hotel denunciou o repórter à polícia, segundo “O Globo” de domingo, quem foi que lhe teria cedido estas imagens sem autorização da direção do Naoum?

* Se foi o próprio repórter quem instalou as câmeras, isto não é um crime que lembra os métodos empregados pela Gestapo e pelo império midiático dos Murdoch?

* As andanças pelo hotel deste repórter, que se hospedou com o nome e telefone celular verdadeiros, saiu sem fazer check-out e voltou dando outro nome, para supostamente entregar ao ex-ministro documentos da prefeitura de Varginha, são procedimentos habituais do chamado “jornalismo investigativo”?

As dúvidas se tornam ainda mais intrigantes quando se lê o que vai escrito na página 75 da revista:

“Foram 45 horas de reuniões que sacramentaram a derrocada de Antonio Palocci e durante as quais foi articulada uma frustrada tentativa do grupo do ex-ministro de ocupar os espaços que se abririam com a demissão. Articulação minuciosamente monitorada pelo Palácio do Planalto, que já havia captado sinais de uma conspiração de Dirceu e de seu grupo para influir nos acontecimentos que ocorriam naquela semana (6,7 e 8 de junho, segundo as legendas das fotos) _ acontecimentos que, descobre-se agora, contavam com a participação de pessoas do próprio governo”.

A afirmações contidas neste trecho provocam outras perguntas.

* Como assim? Quem do governo estava conspirado contra quem do governo?

* Por acaso a revista insinua que foi o próprio governo quem capturou as imagens e as entregou ao repórter da “Veja”?

* Por que a reportagem/editoral só publica agora, no final de agosto, fatos ocorridos e imagens registradas no começo de junho, no momento em que o diretor de redação da revista está de férias?

Só uma coisa posso afirmar com certeza, depois de 47 anos de trabalho como jornalista: matéria de tal gravidade não é publicada sem o aval expresso dos donos da empresa ou dos acionistas majoritários. Não é coisa de repórter trapalhão ou editor descuidado.

Ao final da matéria, a revista admite que “o jornalista esteve mesmo no hotel, investigando, tentando descobrir que atração é essa que um homem acusado de chefiar uma quadrilha de vigaristas ainda exerce sobre tantas autoridades (…) E conseguiu. Mas a máfia não perdoa”.

Conseguiu? Há controvérsias… No elenco de nomes apresentados pela revista como frequentadores do “aparelho clandestino” de Dirceu, no entanto, não encontrei nenhum personagem que seja publicamente conhecido como inimigo do ex-ministro Antonio Palocci.

O texto todo foi construído a partir de ilações e suposições para confirmar a tese _ não de informações concretas sobre o que se discutiu nestes encontros e quais as consequências efetivas para a queda de Palocci.

Não tenho procuração para defender o ex-ministro José Dirceu, nem ele precisa disso. Escrevo para defender a minha profissão, tão aviltada ultimamente pela falta de ética de veículos e profissionais dedicados ao vale-tudo de verdadeiras gincanas para destruir reputações e enfraquecer as instituições democráticas.

É um bom momento para a sociedade brasileira debater o papel da nossa imprensa _ uma imprensa que não admite qualquer limite ou regra, e se coloca acima das demais instituições para investigar, denunciar, acusar e julgar quem bem lhe convier.

Diante de qualquer questionamento sobre as responsabilidades de quem controla os meios de comunicação, logo surgem seus porta-vozes para denunciar ameaças à liberdade de imprensa.

Calma, pessoal. De vez em quando, convém lembrar que repórter não é Polícia e a Imprensa não é Justiça, e também não deveria se considerar inimputável como as crianças e os índios. Vejam o que aconteceu com Murdoch, o ex-todo-poderoso imperador. Numa democracia, ninguém pode tudo.

Ministério Público de São Paulo pede dissolução da Bancoop

O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo mandou ontem abrir ação civil pública para dissolução da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), nomeação de interventor judicial e afastamento imediato dos atuais integrantes da diretoria executiva e do conselho de administração.

A decisão foi unânime. Por 10 votos a zero, os procuradores de Justiça que integram o Conselho Superior impuseram massacre histórico à entidade criada em 1996 por um núcleo do PT ligado ao Sindicato dos Bancários.

A ação ficará a cargo de um promotor. É o mais pesado revés sofrido pela Bancoop desde que, no ano passado, a promotoria denunciou criminalmente a cúpula da cooperativa à Justiça, atribuindo a seus quadros principais formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e desvios estimados em R$ 100 milhões.

O Ministério Público suspeita que parte desse montante pode ter financiado campanhas políticas do PT. A Bancoop também está sob fogo de milhares de cooperados que alegam ter sido lesados por má gestão.

Advogados da Bancoop e do ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários, João Vaccari, negaram as acusações feitas pelo Ministério Público de São Paulo.



Ministério Público de São Paulo pede dissolução da Bancoop


O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo mandou ontem abrir ação civil pública para dissolução da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), nomeação de interventor judicial e afastamento imediato dos atuais integrantes da diretoria executiva e do conselho de administração.

A decisão foi unânime. Por 10 votos a zero, os procuradores de Justiça que integram o Conselho Superior impuseram massacre histórico à entidade criada em 1996 por um núcleo do PT ligado ao Sindicato dos Bancários.

A ação ficará a cargo de um promotor. É o mais pesado revés sofrido pela Bancoop desde que, no ano passado, a promotoria denunciou criminalmente a cúpula da cooperativa à Justiça, atribuindo a seus quadros principais formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e desvios estimados em R$ 100 milhões.

O Ministério Público suspeita que parte desse montante pode ter financiado campanhas políticas do PT. A Bancoop também está sob fogo de milhares de cooperados que alegam ter sido lesados por má gestão.


Advogados da Bancoop e do ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários, João Vaccari, negaram as acusações feitas pelo Ministério Público de São Paulo. (iG)

Achado cromossomo da magreza

Ano passado um grupo de cientistas europeus descobriu que a perda de uma pequena parte do cromossomo 16, já associada a problemas de aprendizado e sinais de autismo, aumenta brutalmente os riscos de obesidade grave. Em um novo estudo publicado nesta quarta-feira (31) no periódico científico Nature o mesmo grupo mostrou que a duplicação da mesma parte do cromossomo 16 está associada à magreza extrema e também a problemas de desenvolvimento. “Ficamos totalmente surpresos quando descobrimos ano passado que esta conhecida e já descrita deleção [no cromossomo 16] estava associada a uma forma de obesidade não descrita ainda e que era responsável por 0,5% dos casos de obesidade mórbida. E ficamos surpresos ainda quando descobrimos que a duplicação [do mesmo trecho do cromossomo 16], já associada a problemas psicológicos, também está ligada à excesso de magreza”, afirmou ao iG Jacques Beckmann, um dos autores do artigo, do Centro Universitário Hospitalar de Vaudois, em Lausanne, Suíça.

O estudo é mais uma constatação de que o excesso de magreza não é exclusivamente um fenômeno cultural, mas também genético. “O que demonstramos é que além dos fatores não genéticos há aqueles relacionados aos genes e que eles são muito significativos. Uma criança pode ter um índice de massa corporal muito alto [obeso] ou muito baixo [magreza extrema] não porque damos a ela muita ou pouca comida, mas por conta de seus genes, sem qualquer relação à conduta de seus pais. E enquanto nos casos de obesidade há uma grande preocupação em relação aos fatores genéticos quase nada é conhecido sobre o outro extremo, a extrema magreza. Este estudo começa a construir o caminho para se demonstrar as bases genéticas dela”, explicou Beckmann

Os pesquisadores também constataram que há outras características, além da extrema magreza, relacionadas à duplicação deste trecho do cromosossomo 16. “Outro fator surpreendente foi a variedade de fenótipos […] como circunferência da cabeça, autimo, problemas psicológicos. A questão é: estas características estão todas relacionadas ou seja a mesma mutação é responsável por todas elas ou é mera coincidência”, afirmou Beckmann. Um dos próximos passos do trabalho será identificar os genes que controlam essas características. (iG)

Madri tem restaurante mais antigo do mundo


Em 1725, um casarão madrilenho abria suas portas e seu forno a lenha para que cortesãos e viajantes famintos assassem os pedaços de cordeiro ou javali que levavam em suas bagagens.

Três séculos depois, a casa e o forno continuam no mesmo lugar como um templo de gastronomia. A Casa Botín, o restaurante mais antigo do mundo, segundo o Guinness World Records, tem uma história tão interessante como seus pratos.

"Naquela época, não se podia servir comida porque açougueiros e comerciantes se opunham. Havia pensões onde se oferecia o serviço de forno. Os hóspedes traziam o que iam comer", disse à BBC Carlos González, um dos herdeiros do restaurante.

Por trás da fachada de ladrilhos se abre um labirinto de pequenas salas, onde certa vez diplomatas americanos e soviéticos dividiram um leitão em plena Guerra Fria. Os atores Marcelo Mastroiani e Catherine Deneuve também jantaram e brindaram no local alguns anos antes de se separarem.

González mostra um canto decorado por uma pintura exibindo a Madri medieval.

"Esta era a mesa preferida de Hemingway. Ele gostava de sentar de costas. Aqui, ocorre a cena final de seu primeiro romance, O Sol Também Se Levanta", conta ele.

"Meu avô, que conversava muito com ele, tentou ensiná-lo a preparar uma paelha, mas eles chegaram à conclusão de que era melhor que ele seguisse com a literatura e meu avô, com as paelhas."

Celebridades

A palavra restaurante só surgiria anos depois, na França, associada a lugares luxuosos e elitistas.

"Não entramos na discussão sobre se há outro restaurante mais antigo. Cumprimos as condições exigidas pelo Guinness World Records: o mesmo nome e o mesmo uso."

Os irmãos González fazem parte da quarta geração de proprietários. Seus avós, de Valência, chegaram à casa em 1930.

Desde então, as mesas da Casa Botín já viram passar todo tipo de celebridade: Jacqueline Kennedy, Charlton Heston, Ava Gardner, Michael Douglas, Pedro Almodóvar, os reis espanhóis e até Ricky Martin.

Muitos deles provaram as especialidades do restaurante: leitão e cordeiro assados.

"Eles são assados lentamente no forno à lenha, que é a alma do restaurante", conta Carlos González, de pé ao lado do mesmo forno onde Jean Botín assava as carnes na Madri do século 18.

"É um prato típico da região de Segóvia. Em um dia vendemos entre 40 e 50 leitões e entre 15 e 20 cordeiros."

E o Botín não teve apenas clientes famosos, mas funcionários também. Segundo o Guinness, Francisco de Goya trabalhou ali lavando pratos antes de se tornar um pintor renomado.

A casa também tem as marcas de momentos importantes na história da Espanha. Mostrando um cano entortado na fachada, Carlos González conta que aquilo foi resultado da Guerra Civil.

"Deixamos assim para lembrarmos. Uma bomba caiu na casa ao lado e a destruiu por completo. Por pouco, não estaríamos mais aqui."


Bombardeios

Ainda não havia estourado a Guerra Civil espanhola e a rua central dos Cuchilleros, onde fica a casa de quatro andares, era cheia de cantinas e amoladres de facas, que deram o nome à rua.

Por toda parte havia adegas e caves centenárias que serviram de abrigo quando os bombardeios começaram.

"O restaurante não fechou, seguiu servindo comida", conta González.

Algumas das cavernas subterrâneas no local datam de 1580, muito antes de haver ali a casa.

"Sabemos que funcionava como taverna, mas não sabemos o nome. No começo do século 18 chegou a Madri Jean Botín, um cozinheiro francês que decidiu montar uma pensão com forno no local", explica Arturo González, irmão de Carlos.

"As construções de mais de dois andares tinham que hospedar os cortesãos que chegavam a Madri. Botín pagou por uma isenção e assim pode se dedicar exclusivamente à gastronomia", diz Carlos González.

Castelo medieval 'grafitado' quer manter obras de brasileiros

Acusado de extração ilegal de minérios, norte-americano é preso em Morretes

O Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde apreendeu, no sábado (27), materiais utilizados para prática de extração mineral no rio Nhundiaquara, em Morretes.

Os produtos pertenciam a um homem, natural dos Estados Unidos. Além dos materiais, a equipe apreendeu 0,1 grama de ouro.

Durante patrulhamento aquático rotineiro as equipes receberam uma denúncia, via telefone, denunciando a mineração ilegal. Com as informações os policiais militares ambientais se deslocaram até a região indicada e encontraram um homem com trajes adequados realizando o processo de separação de um minério dourado, que constatado posteriormente foi identificado como ouro.

O homem, que não fala português, teve os materiais apreendidos: uma bomba de sucção Honda, um traje especial para mergulho, calça impermeável, peneiras plásticas pequenas, bateias plásticas (instrumento semelhante a um funil, utilizado para separação dos minérios), detector de metal com fones de ouvido, óculos para mergulho, lanterna de capacete, mangueira snorkel (tubo utilizado para respiração), e óculos de mergulho.

Como se trata de uma pessoa com origem estrangeira, a aplicação das medidas pertinentes ao delito é diferente. O homem foi conduzido juntamente com os materiais ao Posto Ambiental de Morretes, onde os policiais militares contaram com o auxílio de um intérprete, durante as conversações o homem disse às equipes que era médico e exercia a extração de minério como hobby e não sabia que esta prática era ilícita no Brasil.

Conforme a documentação apresentada pelo estadunidense o retorno para os EUA é no próximo domingo (28), entretanto, devido ao desacordo com a legislação brasileira, o homem terá que comparecer a uma audiência no próximo dia 30 de setembro para prestar esclarecimentos à Justiça. As equipes do 3º Pelotão do BPAmb da 1ª Companhia do BPAmb informaram a ocorrência para a Polícia Federal (PF) já que o homem não tem nacionalidade brasileira.

Os policiais federais solicitaram à PM o encaminhamento do rapaz para a Delegacia de Polícia Federal (DF) bem como utilizaram a documentação elaborada pelos policiais militares do Posto de Morretes. Além dos materiais apreendidos, os PMs encontraram em posse do estrangeiro 0,1 grama de ouro, o que configura a extração ilegal. A partir de agora, os trâmites legais para a resolução da ocorrência são de responsabilidade da PF. (Correio do Litoral)

Estudantes da UFPR põem fim à greve e desocupam a Reitoria

Os estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram na terça-feira (30), em assembleia que terminou por volta das 23 horas, finalizar a greve e desocupar o prédio da Reitoria, onde estavam concentrados desde a última sexta-feira.

Segundo a estudante Clarissa Viana, 20 anos, do 3º ano de Direito, a assembleia ocorreu tranquilamente, e contou com a presença de quase 500 alunos. A discussão pôde ser conferida ao vivo, pela internet, e contou com o apoio de diversos alunos que acompanhavam pelas redes sociais.

Foi aceito o documento apresentado pela Reitoria, em resposta aos 16 itens exigidos pelo movimento estudantil. Confira: http://www.acs.ufpr.br/pauta_estudantes.pdf

Apesar de nem todas as pautas terem sido atendidas, os estudantes consideram uma vitória o desfecho da greve. "Foi uma grande conquista do movimento estudantil, a mais importante dos últimos 20 ou 30 anos. Agora vamos continuar acompanhando as pautas dos servidores e docentes", afirma.

Desocupação

Ainda pela manhã, uma comissão encabeçada pela Reitoria realizou uma inspeção no prédio desocupado pelos alunos, que aguardavam acampados no pátio. Segundo a Assessoria de Comunicação da UFPR, o prédio foi deixado em boas condições. (GP)

 
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