quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Governo do Paraná repassa verbas para construção de casas no Assentamento Contestado do MST, na Lapa

Na semana em que a Escola Latino-Americana de Agroecologia, sediada no Assentamento Contestado, na cidade da Lapa, completou seis anos, o Governo do Paraná, por meio da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), realizou o primeiro repasse de verbas no valor de R$ 154.820 para a construção de 15 unidades habitacionais. As casas receberão investimentos totais de R$ 464.400 e beneficiarão funcionários e famílias de assentados, que contribuem com a escola.

Segundo o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, o governador Beto Richa quer construir o maior programa de habitação rural da história do Estado. “Vendo um assentamento como o Contestado, onde há desenvolvimento e prosperidade, temos a certeza de que devemos investir no campo. Não mediremos esforços para que as famílias de pequenos agricultores permaneçam em suas propriedades produzindo os alimentos que servem a todos nós”, acrescentou.

Ainda de acordo com Chaowiche, o trabalho desenvolvido no assentamento da Lapa deve ser levado a todo o Estado. “Temos que levar os bons exemplos para que a agricultura familiar se desenvolva cada vez mais para que possamos voltar aqui em dez anos para construir casas para os filhos do assentados que estão aqui hoje”, disse.

O prefeito da Lapa, Paulo Furiatti, disse que também trabalha a habitação como prioridade e que tem no Governo do Estado um parceiro para melhorar a vida das famílias que vivem no campo. “Desde que assumi tenho o assentamento e a habitação, tanto na cidade como no campo, como assuntos importantes e urgentes. Agora com o apoio do governador Beto Richa, que trata a política de forma republicana, faremos casas e daremos sustentação à população que vive no campo”, enfatizou.

Paulo César Brizola, coordenador do Assentamento Contestado e da Cooperativa Terra Livre, explicou que o assentamento existe há doze anos e hoje conta com 108 famílias, numa área de 3.180 hectares. “Temos uma produção agrícola e pecuária com a participação de mais de 500 pessoas que vivem aqui. Nossos setores são bem organizados e hoje contamos com condições de infraestrutura com água encanada e luz elétrica. Agradecemos pela construção destas moradias e continuaremos lutando para que a nossa caminhada evolua ainda mais”, pontuou.

Nilton Guedes, superintendente regional do Incra, afirmou que a Cohapar está trabalhando com empenho para atender todos os pedidos e anunciou recursos de R$ 8 mil para melhorias no assentamento. “Percebemos o empenho com que o presidente da Cohapar vem tratando a habitação no Paraná e nós do Incra queremos firmar a maior parceria com o Governo do Estado já vista na história. Trazemos este recurso para regularizar o assentamento e promover melhorias junto com as casas da Cohapar”, adiantou.

Paulo Malaquias, gerente geral da Caixa Econômica Federal da Lapa, parabenizou a comunidade pela conquista e disse que ela representa o início de um trabalho em parceria com os governo estadual e federal. “A parceria que temos vai fazer com que a habitação rural seja levada aos assentamentos e a vida de tantas famílias assentadas melhore e possamos dar mais condições para os responsáveis pela produção agrícola do Estado”, acrescentou.

O coordenador do MST no Paraná, Roberto Baggio, afirmou que os assentamentos têm três frentes de desenvolvimento: produzir comida e gerar renda, promover a educação para todos e organizar a comunidade para resolver seus problemas. “O papel do governo é dar condições e estimular cada vez mais o desenvolvimento dos assentamentos. Vemos aqui um povo que batalha e cresce cada vez mais. Estas moradias possibilitarão que outras pessoas venham contribuir com o Contestado”.

Hamilton Serighelli, assessor de assuntos fundiários do Governo do Paraná, afirmou que o governador Beto Richa quer transformar os assentamentos do Paraná em modelo para o Brasil. “Estamos tirando do papel vários projetos que estavam parados há anos. Entendemos que reforma agrária é uma questão social e não deve ser tratada com a polícia, mas sempre em parceria para promover cada vez mais o desenvolvimento”, argumentou.

Luís Clóvis Schomes, coordenador da Escola, disse que as casas vão melhorar a vida das pessoas que trabalham e não têm moradia. “Com moradias no assentamento podemos trazer mais pessoas para trabalhar aqui e contribuir ainda mais com a formação dos alunos, filhos dos assentados. Buscamos uma vida melhor para nossos descendentes e esta iniciativa do Governo do Estado é o reconhecimento de uma luta que temos há anos”, destacou.

Franciane Lourenço Gotardo trabalha na Escola e mora com o marido e dois filhos de favor na casa de um assentado. Os dois estudaram na primeira turma da Escola e hoje trabalham na elaboração de novos projetos. Para ela, ter a casa própria é um sonho antigo. “Temos que agradecer à Cohapar, pois esta nova gestão está empenhada em nos ajudar. Já tínhamos até pensado em sair daqui. porque morar de favor ou em alojamento com as crianças não é fácil”, afirmou.

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