quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Achado cromossomo da magreza

Ano passado um grupo de cientistas europeus descobriu que a perda de uma pequena parte do cromossomo 16, já associada a problemas de aprendizado e sinais de autismo, aumenta brutalmente os riscos de obesidade grave. Em um novo estudo publicado nesta quarta-feira (31) no periódico científico Nature o mesmo grupo mostrou que a duplicação da mesma parte do cromossomo 16 está associada à magreza extrema e também a problemas de desenvolvimento. “Ficamos totalmente surpresos quando descobrimos ano passado que esta conhecida e já descrita deleção [no cromossomo 16] estava associada a uma forma de obesidade não descrita ainda e que era responsável por 0,5% dos casos de obesidade mórbida. E ficamos surpresos ainda quando descobrimos que a duplicação [do mesmo trecho do cromossomo 16], já associada a problemas psicológicos, também está ligada à excesso de magreza”, afirmou ao iG Jacques Beckmann, um dos autores do artigo, do Centro Universitário Hospitalar de Vaudois, em Lausanne, Suíça.

O estudo é mais uma constatação de que o excesso de magreza não é exclusivamente um fenômeno cultural, mas também genético. “O que demonstramos é que além dos fatores não genéticos há aqueles relacionados aos genes e que eles são muito significativos. Uma criança pode ter um índice de massa corporal muito alto [obeso] ou muito baixo [magreza extrema] não porque damos a ela muita ou pouca comida, mas por conta de seus genes, sem qualquer relação à conduta de seus pais. E enquanto nos casos de obesidade há uma grande preocupação em relação aos fatores genéticos quase nada é conhecido sobre o outro extremo, a extrema magreza. Este estudo começa a construir o caminho para se demonstrar as bases genéticas dela”, explicou Beckmann

Os pesquisadores também constataram que há outras características, além da extrema magreza, relacionadas à duplicação deste trecho do cromosossomo 16. “Outro fator surpreendente foi a variedade de fenótipos […] como circunferência da cabeça, autimo, problemas psicológicos. A questão é: estas características estão todas relacionadas ou seja a mesma mutação é responsável por todas elas ou é mera coincidência”, afirmou Beckmann. Um dos próximos passos do trabalho será identificar os genes que controlam essas características. (iG)

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