domingo, 24 de outubro de 2010

Beto Richa participando do comício pró Serra no Rio de Janeiro

Do blog Tuka Scaletti:

Beto Richa participou neste domingo de uma caminhada e de um comício na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao lado de José Serra, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Índio da Costa e Itamar Franco. O ato de campanha do candidato à Presidência pelo PSDB reuniu milhares de pessoas no tradicional ponto turístico do Rio. “Chega de escândalos. Fica até difícil recapitular, são três ou quatro por semana”, disse Serra, durante o discurso. Ele defendeu “um governo que tenha caráter, que se traduza na verdade e na honestidade”.

Richa está “de corpo e alma” na campanha de José Serra. Em menos de uma semana, acompanhou o candidato a presidente de seu partido em três grandes cidades do Paraná: Londrina, Maringá e Ponta Grossa. No sábado, liderou uma carreata de 500 carros pelas ruas da CIC, da Fazendinha e do Portão.

“O grande diferencial do Serra são suas realizações”, afirmou Richa. “Serra tem experiência comprovada como administrador. Um homem que já administrou o segundo e o terceiro maiores orçamentos do país, os do governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo, que fez uma revolução na Saúde como ministro, saberá enfrentar os grandes desafios do Brasil.”

Está prevista a participação de Richa em atos de campanha de Serra em outros estados.

Novas evidências apontam para os dois amigos de Lula como agressores do Serra

Do blog do Lúcio Neto:
Os dois amigos de Lula que comandaram a agressão ao candidato José Serra, nesta quinta, no centro de Campo Grande, no Rio Janeiro, foram identificados como Sandro Alex de Oliveira Cezar, mais conhecido como Sandro Mata-Mosquito, que vem a ser Secretário Geral do SINTSAÚDE - Sindicato dos Trabalhadores em Combate as Endemias e Saúde Preventiva do Rio Janeiro e o outro que é visto à esquerda do presidente é José Ribamar de Lima, diretor do mesmo sindicato.

O SINTSAÚDE vem sendo usado pelos dois para apoiar a candidatura da petista Dilma. Usam recursos e meios do sindicato, mantido com verbas federais, para beneficiar a candidata do governo. Como se não bastasse a máquina do Governo Federal envolvida até o pescoço, as ações desmedidas do presidente da República, o candidato José Serra ainda tem contra si os sindicatos de classe ligados à CUT.

É a campanha mais irregular da história do Brasil desde os tempos de Cabral.
Assistida de forma passiva pelos poderes que se omitem em reprimir essas manifestações.

Entendo que o PSDB deveria fazer um movimento para que organismos internacionais venham acompanhar o processo eleitoral brasileiro. O PT quer ganhar as aleições no grito. Para isso, conta com a criminosa participação dos institutos de pesquisas e dos veículos patrocinadores.

Veja na seqüência o uso do sindicato pelo Sandro Mata-Mosquito e José Ribamar para organizar os manifestantes que agrediram ao Serra:

No Paraná, Justiça aplicou R$ 3,2 milhões em multas durante a eleição


Bruna Maestri Walter
O descumprimento à lei na disputa eleitoral gerou R$ 3,2 milhões em multas no Paraná. O valor corresponde ao total de infrações constatadas durante a campanha estadual pelo Tri bunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) aos candidatos, partidos, coligações, associações, meios de co municação e blogueiros. O TRE fez o levantamento a pedido da Gazeta do Povo.

Somente os dois principais candidatos ao governo na eleição deste ano e as respectivas coligações foram multados em R$ 1,5 milhão. Osmar Dias (PDT) recebeu R$ 1,3 milhão em multas e Beto Richa (PSDB), R$ 138,3 mil. Os valores não são definitivos e ambos recorrem das decisões no próprio TRE-PR ou em instância superior, no caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Beto Richa: defesa tenta reverter multas de campanhaAdvogados dos concorrentes prometem reverter os valoresOs advogados das campanhas de Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) dizem que irão reverter os valores das multas. O advogado Luiz Fernando Pereira, um dos coordenadores jurídicos da campanha do pedetista, disse ontem que “é absolutamente improvável que as multas sejam mantidas nesses valores”. Leia a matéria completaPunições na internet ficaram abaixo do esperado A eleição deste ano foi marcada pela flexibilização do uso da internet, com os candidatos podendo fazer campanhas em sites e redes sociais. Com a liberação, temia-se o aumento das transgressões, o que acabou não ocorrendo, segundo a diretora da Secretaria Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Ana Flora França e Silva. “Não houve tantas transgressões quanto se pensou. Foi limitada”, afirma. A diretora explica que o número de multas devido à internet ficou dentro do normal. Ela considera que a ferramenta foi amplamente usada nesta eleição. Blogueiros foram multados na internet e um deles chegou a ficar temporariamente fora do ar durante a campanha, devido a uma decisão judicial. A empresa Google Brasil Internet chegou a ser multada em R$ 15 mil, de acordo com levantamento do TRE-PR. A ação foi ingressada pelo então candidato a deputado federal Wilson Picler, para que fossem retirados do ar páginas que traziam ataques contra ele. A Google recorre no Tribunal Superior Eleitoral.
Os valores somados das multas de Richa e de Osmar são 9 vezes superiores aos recebidos pelos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). A petista foi punida em R$ 53 mil e o tucano, R$ 70 mil. Os va lores não incluem infrações de partidos e coligações. O TSE aplicou ainda R$ 47,5 mil em multas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O TSE divulgou ontem o valor de R$ 170,5 mil em multas. Essa quantia corresponde a 80% das sanções aplicadas no total, segundo a assessoria de imprensa do órgão.

A maior multa aplicada pelo TSE na eleição presidencial foi de R$ 15 mil. No Paraná, o TRE chegou a aplicar uma multa de R$ 600 mil, por considerar irregular a distribuição de um panfleto pela equipe de Osmar Dias. Luiz Fernando Pereira, um dos coordenadores jurídicos do pedetista durante a campanha, afirma que está recorrendo de todas as multas e que conseguirá reverter os valores.

Motivos

Segundo a diretora da Secretaria Judiciária do TRE-PR, Ana Flora França e Silva, foram diversos os motivos das multas aplicadas na eleição estadual. “Tivemos de tudo um pouco: questões que diziam respeito a calúnia, difamação, ofensas pessoais cometidas em sites, em blogs”, exemplifica.

O TRE-PR não tem um relatório definitivo das punições aplicadas em eleições passadas. A percepção de Ana Flora é que o tribunal recebeu menos representações de irregularidades em 2010 do que em eleições anteriores. Nas eleições deste ano, 64 processos terminaram com a aplicação de multas.

Com base nos valores de campanha, o professor de Direito Constitucional e Ciência Política Carlos Luiz Strapazzon diz que o valor é irrisório, na comparação com o número de candidatos no pleito e o valor que eles arrecadam na campanha. Os sete candidatos ao governo do estado, por exemplo, tinham arrecadado R$ 21,9 milhões no total a um mês da eleição.

Para Strapazzon, as multas acabam tendo mais efeito moral do que financeiro. “Cometer multas é problema se forem continuadas e se a mídia perceber.” Segundo o professor, as punições devem ter dupla função: inibitória e pedagógica. “Não acho que as multas eleitorais têm essa característica”, diz.

Destino

O dinheiro gerado com as multas irá para as próprias legendas, por meio do fundo partidário, a principal fonte de renda para as siglas. Eneida Desiree Salgado, professora de Direito Constitucional e Eleitoral da Universidade Federal do Paraná, concorda com o destino do dinheiro, mas questiona como é feita a divisão do bolo. Hoje, 5% dos recursos são distribuídos igualitariamente entre os partidos. Os 95% restantes são distribuídos na proporção de votos obtidos na eleição geral para a Câmara Federal. “Talvez fosse interessante se o dinheiro das multas eleitorais fosse parcialmente ao fundo partidário e parcialmente a programas educacionais dirigidos ao cidadão.”

Fernando Gustavo Knoerr, doutor em Direito do Estado e professor da Escola da Magistratura do Paraná, diz que o sistema deve ser mantido e que ele acaba sendo importante para ressaltar o papel dos partidos. “Os partidos bem ou mal cumprem uma função social relevante”, afirma.

Mais um escândalo envolvendo a Dilma: Intrigas de estado

Veja

Diálogos entre autoridades revelam que o Ministério da Justiça, o mais antigo e tradicional da República, recebeu e rechaçou pedidos de produção de dossiês contra adversários

Estamos a menos de uma semana das eleições e, como escreveu o correspondente Stuart Grudgings, da agência noticiosa Reuters, políticos e jornalistas correrão às bancas mais próximas para ver se será esta a edição de VEJA que vai abalar a liderança de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais. Embora a análise do funcionário da Reuters demonstre um total desconhecimento do que seja jornalismo, atividade em que os fatos fazem as notícias e não o contrário, ele acertou em seu diagnóstico a respeito da ansiedade que as capas de VEJA provocam no meio político. A reportagem que se vai ler a seguir não foge à regra. Ela revela, talvez da maneira mais clara até hoje, o tipo de governo produzido pela mentalidade petista de se apossar do estado, aparelhá-lo e usá-lo em seu benefício partidário. VEJA já havia demonstrado nas reportagens “O polvo no poder” e “A alegria do polvo” como a Casa Civil fora transformada em um balcão de negócios, em que maços de dinheiro vivo apareciam nas gavetas de escritórios a poucos metros da sala do presidente da República. A presente reportagem relata as tentativas ousadas de petistas de alto coturno de conspurcar um dos mais antigos e venerandos ministérios da República, o da Justiça.

“Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados.”
Pedro Abramovay, atual secretário nacional de Justiça, em conversa com seu antecessor, Romeu Tuma Júnior.

É conhecido o desprezo que o PT nutre pelas instituições republicanas, mas o que se tentou no Ministério da Justiça, criado em 1822 por dom Pedro I, ultrapassa todas as fronteiras da decência. Em quase 200 anos de história, o ministério foi chefiado por homens da estatura de Rui Barbosa, Tancredo Neves e quatro futuros presidentes da República. O PT viu na tradicional instituição apenas mais um aparelho a serviço de seu projeto de poder. Como ensina Franklin Martins, ministro da Supressão da Verdade, “às favas com a ética” quando ela interfere nos interesses políticos e partidários dos atuais donos do poder. VEJA teve acesso a conversas entre autoridades da pasta que revelam a dimensão do desprezo petista pelas instituições. Os diálogos mostram essas autoridades incomodadas com a natureza dos pedidos que vinham recebendo do Palácio do Planalto. Pelo que é falado, não se pode deduzir que o Ministério da Justiça, ao qual se subordina a Polícia Federal, cedeu integralmente às descabidas investidas palacianas. “Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados”, disse Pedro Abramovay, secretário nacional de Justiça, em conversa com seu antecessor, Romeu Tuma Júnior. Abramovay é considerado um servidor público exemplar, um “diamante da República”, como a ele se referiu um ex-ministro. Aos 30 anos, chegou ao Ministério da Justiça no início do governo Lula pelas mãos do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. A frase dele pode confirmar essa boa reputação, caso sua “canseira” tenha se limitado a receber pedidos e não a atender a eles. De toda forma, deveria ter denunciado as ordens impertinentes e nada republicanas de “produzir dossiês”.

Mesmo um alto funcionário com excelente imagem não pode ficar ao mesmo tempo com a esmola e o santo. Em algumas passagens da conversa, Abramovay se mostra assustado diante das pressões externas e diz que pensa em deixar o governo. Não deixou. Existem momentos em que é preciso escolher. Antes de chegar ao ministério, ele trabalhou no gabinete da ex-prefeita Marta Suplicy, na liderança do PT no Senado e com o senador Aloizio Mercadante. Vem dessa etapa da carreira a explicação para a parte da frase em que ele diz “quase fui preso como um dos aloprados”. A frase nos leva de volta à campanha eleitoral de 2006, quando petistas foram presos em um hotel ao tentar comprar um dossiê falso contra José Serra. A seu interlocutor, Abramovay sugere ter participado do episódio e se arrependido, a ponto de temer pedidos semelhantes vindos agora do Palácio do Planalto. Ele disse que quase foi preso na época do escândalo e que, por isso, teve de se esconder para evitar problemas. “Deu ‘bolo’ a história do dossiê”, comenta. Em pelo menos três ocasiões, Abramovay afirma que não está disposto a novamente agir de forma oficiosa. E justificou: “...os caras são irresponsáveis”.

Os diálogos aos quais a reportagem teve acesso foram gravados legalmente e periciados para afastar a hipótese de manipulação. As ordens emanam do coração do governo — do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e da candidata a presidente, Dilma Rousseff. A conversa mais longa durou cinquenta minutos e aconteceu em janeiro deste ano, no gabinete do então secretário nacional de Justiça e antecessor de Abramovay no cargo, Romeu Tuma Júnior. Os interlocutores discutem a sucessão do ex-ministro Tarso Genro. Ao comentar sobre o próprio futuro, Abramovay revela o desejo de trabalhar na ONU. Em tom de desabafo, o advogado afirmava que já não conseguia conviver com a pressão. Segundo ele, a situação só ia piorar com a nomeação para o cargo de Luiz Paulo Barreto, então secretário executivo, pela falta de força política do novo ministro, funcionário de carreira da pasta, em que também angariou excelente reputação. “Isso (o cargo de ministro) é maior que o Luiz Paulo. (...) Agora eles vão pedir... para mim... pedir para a Polícia (Federal)”, desabafou.

Procurado por VEJA, Abramovay disse: “Nunca recebi pedido algum para fazer dossiês, nunca participei de nenhum suposto grupo de inteligência da campanha da candidata Dilma Rousseff e nunca tive de me esconder — ao contrário, desde 2003 sempre exerci funções públicas”. Romeu Tuma Júnior, seu interlocutor, porém, confirmou integralmente o teor das conversas: “O Pedro reclamou várias vezes que estava preocupado com as missões que recebia do Planalto. Ele me disse que recebia pedidos de Dilma e do Gilberto para levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo”. Acrescentou Tuma: “Há um jogo pesado de interesses escusos. Para atingir determinados alvos, lança-se mão, inclusive, de métodos ilegais de investigação. Ou você faz o que lhe é pedido sem questionar, ou passa a ser perseguido. Foi o que aconteceu comigo”, afirma o ex-secretário, que deixou a pasta em junho, depois que vieram a público denúncias de que teria relacionamento com a máfia chinesa. Tuma Júnior atribui a investigação contra si — formalmente arquivada por falta de provas — a uma tentativa de intimidação por parte de pessoas que tiveram seus interesses contrariados. Ele não quis revelar quais seriam esses interesses: “Mas posso assegurar que está tudo devidamente documentado”.

O clima de desconfiança no Ministério da Justiça contaminou até o mais alto escalão. A certa altura das conversas, o chefe da pasta, Luiz Paulo Barreto, manifesta suspeita de que seu subordinado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal, o espione. Em inúmeras ocasiões, Barreto revelou a seus assessores não ter ascendência sobre Corrêa. O ministro chega a expressar em voz alta sua desconfiança de que o diretor da PF tem tanto poder que se dá ao luxo de decidir sobre inquéritos envolvendo pessoas da antessala do presidente da República. Um desses casos é relatado por Barreto em conversa no seu próprio gabinete, ocorrida em meados de maio. À sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, Barreto fala sobre o possível indiciamento de Gilberto Carvalho, braço direito do presidente Lula. Em 2008, a PF interceptou telefonemas em que o chefe de gabinete da Presidência conversava com o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos investigados na Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas.

Em um dos diálogos, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, e o então secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior conversam sobre a origem do poder do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa — que teria conseguido, entre outras coisas, evitar o indiciamento de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.
Gláucia de Paula
O Gilberto (Carvalho, chefe de gabinete da Presidência) foi indiciado?
Ministro Luiz Paulo Barreto
O processo foi travado. Deu m... (...) O negócio do grampo. O Luiz Fernando falou pra não se preocupar.
Gláucia de Paula
Tem certeza disso?
Ministro Luiz Paulo Barreto
O ministro Márcio (Thomaz Bastos) que me contou isso. O Gilberto (Carvalho) me contou isso.
Tuma
Esse cara tem alguma coisa, não é possível (...)

O ministro, que diz ter tido conhecimento do indiciamento pelo próprio Gilberto Carvalho, revela que o diretor da PF promoveu uma encenação para iludi-lo, numa manobra para mostrar que seu poder emanava de fora da hierarquia do Ministério da Justiça. A conversa toma um rumo inesperado. Um dos interlocutores fica curioso para saber a fonte real de poder de Luiz Fernando, que lhe dá cobertura até para desafiar seu próprio chefe sem temor de represálias. “Ele deve ter alguma coisa...”, afirma. Procurado, Luiz Paulo Barreto informou que não comentaria nada antes de ter acesso ao áudio da conversa. Gilberto Carvalho negou que já tenha feito algum pedido a Pedro Abramovay, a mesma resposta de Dilma Rousseff. As conversas e sua vinda a público funcionam como o poder de limpeza da luz do sol sobre os porões. Elas são reveladoras da triste realidade vivida por instituições respeitadas quando passam a ser aparelhadas por integrantes de um projeto de poder.

Outra demonstração disso surgiu na semana passada, quando a Polícia Federal forneceu a mais recente prova de quanto pode ser perniciosa a simbiose entre partido e governo. Na quarta-feira, depois de revelado que o ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr., integrante do “grupo de inteligência” da campanha de Dilma, foi o responsável pela violação do sigilo fiscal de Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB, o militante petista Lula, atualmente ocupando a Presidência da República, anunciou ao país que a PF faria revelações sobre o caso — antegozando o fato de que um delegado, devidamente brifado sobre o que deveria dizer, jogaria suspeitas das patifarias de Amaury Ribeiro sobre os ombros do PSDB. Mais uma vez, a feitiçaria dos petistas resultou em um tiro no próprio pé. Nunca aprendem que, uma vez aberta a caixa de Pandora, os fantasmas escapam e voam sem controle.

Em junho passado, VEJA revelou que o comitê de campanha de Dilma Rousseff arregimentou um grupo de arapongas para espionar o candidato José Serra, seus familiares e amigos. A tropa começou os trabalhos com o que considerava um grande trunfo, um dossiê intitulado “Operação Caribe”, produzido por Amaury e que narrava supostas transações financeiras de pessoas ligadas ao PSDB. As únicas peças do dossiê fajuto que não podiam ser lidas no Google haviam sido obtidas de forma preguiçosa e venal, compradas de bandidos com acesso a funcionários da Receita Federal — e pagas com dinheiro vivo. Os dados fiscais violados serviram de subsídio para o tal relatório que circulou no comitê de campanha. Como “previu” o militante petista que ora ocupa a Presidência da República, horas depois de sua entrevista apareceram as tais “novidades”. Um delegado anunciou que, com a identificação de Amaury, o caso estava encerrado, já que o ex-jornalista, ao violar o sigilo, ainda era funcionário do jornal O Estado de Minas, portanto não haveria nenhuma ligação com a campanha do PT. O delegado Alessandro Moretti foi o escolhido apenas para comunicar à nação as graves revelações obtidas pelo trabalho policial — formalmente ele não participou do inquérito. A lealdade no caso era mais vital do que o profissionalismo policial. Número dois na diretoria de Inteligência da PF, Moretti é produto direto do aparelhamento na Polícia Federal.

Programa Serra Presidente - 23/10 (tarde):

Programa do Serra exibido em 23/10:

Entrevista com o Aécio

Christiane Samarco/AE

A radicalização da campanha eleitoral levou o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) a se mover do discurso do pós-Lula para uma postura anti-Lula. Depois de passar oito anos provocando incômodos no PSDB por conta da boa relação pessoal com o Planalto, Aécio afirma agora que "por suas últimas atitudes, o presidente terminará seu governo menor do que iniciou", e mais: Sugere que Lula faça um "mea-culpa" depois da eleição, reconhecendo os "excessos" para assegurar uma transição "serena e pacífica", independentemente de quem seja o vencedor.

Em entrevista ao Estado, o senador mineiro confessa estar "decepcionado" com o chefe da Nação que "se despe da função presidencial e vira cabo eleitoral" para atacar o candidato da oposição. Mais do que uma queixa, ele diz que sua intenção é fazer um alerta em defesa da democracia e da paz na política. "Entre a chefia de Estado e a chefia de um grupo político, Lula opta claramente pela segunda e presta um desserviço àquilo que ele próprio ajudou a construir, que foi a democracia no Brasil", afirma. A seguir, a entrevista.

Como o senhor avalia o comportamento do presidente Lula nesta reta final da campanha?

É triste o figurino que o presidente resolveu vestir ao final desta campanha, com atitudes absolutamente impróprias e esquecendo que é o presidente de todos os brasileiros. Ele optou, como diz o Serra, por ser o presidente de uma facção. É triste e preocupante ver como as instituições de Estado se colocaram a serviço de um mundo político. A própria Polícia Federal, neste papel absurdo e ridículo que fez nestes últimos dias, criando versões que possam atender aos interesses do PT. A democracia que foi conquistada por tantos brasileiros não merecia, no momento de sua consolidação e amadurecimento, assistir a cenas como estas que não engrandecem o País. É desolador ver a forma como o presidente está terminando esta campanha.

.O senhor acha que o presidente está trocando a faixa presidencial pela camisa de militante partidário?

Sempre tive uma boa relação pessoal com o Lula que sempre busquei preservar. Eu reconheço os avanços que houve no governo dele mas, por estas últimas atitudes, o presidente Lula, passadas estas eleições, termina seu governo menor do que iniciou.

Isto compromete de alguma forma a relação entre governo e oposição na próxima administração, qualquer que seja o resultado da eleição?

O que me preocupa é que esta postura de dirigentes do PT e do próprio Lula, independentemente do resultado eleitoral, crie no País um clima de muito maior acirramento e radicalização, no período pós-eleitoral, do que seria adequado e se esperava.

No cenário atual, a transição para o próximo governo corre risco?

Não acredito que corra risco, mas buscar vencer o adversário é uma coisa, e tentar dizimá-lo, é outra. Quando não há palavra de equilíbrio e ponderação das maiores autoridades do País, recomendando cautela e prudência e esses exemplos não vêm de cima, é claro que o pós-eleição pode ser mais radicalizado do que seria bom para o Brasil, independentemente do vencedor.

No ponto em que a radicalização está hoje, dá para recompor as relações políticas entre petistas e oposição?

Todos nós que somos responsáveis temos que trabalhar nesta direção. Mas as últimas ações do presidente não contribuem e vão na direção inversa, a do acirramento. As últimas declarações dele foram imprudentes e equivocadas e não contribuem para o que é essencial: uma sucessão serena e tranquila, qualquer que seja o futuro presidente. Infelizmente, Lula não tem contribuído de forma positiva para sua própria transição.

Abertas as urnas, o senhor avalia que o presidente terá de fazer um gesto pela pacificação?

Acho que o presidente Lula acabará fazendo um mea-culpa, vai compreender que cometeu excessos nesta campanha e que sua figura representa muito mais que apenas um cabo eleitoral. Ele próprio fará um gesto para preservar sua imagem que é um patrimônio importante diante de tantos brasileiros que não votaram nele, mas que o respeitam, como eu próprio. Todos nós, independentemente do resultado eleitoral, temos que trabalhar para que a transição seja absolutamente serena e pacífica porque os governos passam e a democracia deve ser permanente".

Suas observações são uma queixa ou o senhor faz um alerta ao País?

Acho que é mais um alerta e uma certa decepção de quem sempre reconheceu valores no presidente. Eu continuo reconhecendo, mas acho que ele ultrapassou os limites daquilo que seria adequado a um chefe de Estado. Entre a chefia de Estado e a chefia de um grupo político, Lula opta claramente pela segunda e não é algo que contribua. Com estas ações, ele presta um desserviço àquilo que ele próprio ajudou a construir, que foi a democracia no Brasil.

Oposição e até aliados do presidente sempre disseram que Lula é fundamental para impor limites aos grupos mais radicais do PT. Agora, como fica?

Quando Lula eleva muito o tom, ele incita os setores mais radicais do partido. O que fica é que seus liderados se acharam no direito de agir de forma ainda "mais irresponsável" e isto certamente é preocupante. O presidente deixa uma mancha em sua trajetória ao final de seu governo.

Isso muda o comportamento do PSDB na reta final da campanha?

A estratégia não muda, mas é o momento de deixar um alerta. Há preocupação. Não se sabe como os liderados do presidente Lula recebem esta sinalização do presidente. Vamos ficar na expectativa de que agressões não ocorram. De nossa parte vamos enfrentar isto sempre com muita tranquilidade e serenidade. A orientação do partido à militância tucana é para que não aceitem qualquer tipo de provocação nesta última semana de campanha.

A campanha está tensa em todo lugar e nisto incluo Curitiba

Beto Richa e José Serra em Curitiba, no calçadão da XV, no primeiro turno

Ontem a Frente Supra Partidária José Serra, sob o comando do jornalista e escritor Rafael de Lala e do Paulo Roberto, armou a sua barraca na Boca Maldita de Curitiba e o resultado foi além do esperado, tanto do ponto de vista do bom acolhimento das propostas do José Serra para o nosso Brasil, como por dar claramente o prestígio do Beto Richa, governador eleito, já que boa parte dos que a barraca se dirigiram em busca de materiais de campanha deixaram abertamente transparecer a força política deste grande eleitor do José Serra.
É impressionante como a população vê com carinho e proximidade a figura do Beto, que a todos cativa com seu espírito democrático, que se expressou em sempre ir ouvir diretamente a população em suas centenas de audiências públicas, como pelo seu acompanhamento direto em campo da ação do poder público, já que não é um político de gabinete.

Como não poderia deixar de ocorrer, já que o outro lado é contumaz nestes tipos de atitudes provocativas agressivas, ouve atos de provocação direta por parte dos que hoje defendem a candidatura Dilma. Eles não respeitando o espaço de quatro metros por quatro da barraca do Serra tiveram a atitude agressiva de colocar pessoas segurando bandeiras e outros xingando o Serra perto deste diminuto espaço, mas quanto mais eles xingavam e provocavam levavam aos eleitores a procurarem a pequena estrutura do José Serra. Os solidários eleitores viram nestas provocações a repetição de outros fatos, dos quais discordam profundamente, já que o debate deve ocorrer no plano das idéias. Estes que partem para as baixarias desrespeitosamente esquecem que o grande magistrado é o eleitor e este não gosta de ser coagido.

Fiquei participando do mutirão por perto de três horas e de lá sai gratificado pelo que vi, um povo lúcido querendo discutir, receber informações e sair da barraca com os panfletos e demais materiais nas mãos dispostos a irem buscar o votos decisivos para que mudemos este atual momento de descaminho em que se encontra o Brasil.

Pelo desenvolvimento político econômico, social e cultural do nosso povo, votamos em José Serra, o que saberá ter discernimento para manter o que é bom e coragem para mudar o que tem de ser mudado, doa a quem doer, mesmo que seja ir contra os interesses dos banqueiros, o que este atual governo não teve a vontade política de fazer na luta contra as altas taxas de juros.

 
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