terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dirceu X Palocci: ganha força a briga pelo poder

AE

Os dois 'generais' do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reeditam a queda de braço que travaram no primeiro mandato do PT para definir a fisionomia do governo
A 35 dias da eleição, os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci disputam os rumos de eventual novo governo comandado pelo partido, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Depois de emitir sinais contrários à possível indicação de Palocci para a Casa Civil, Dirceu luta agora para impedir que ele volte a ditar os caminhos da economia, a partir de 2011.

Os dois "generais" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reeditam a queda de braço que travaram no primeiro mandato do PT para definir a fisionomia do governo. Abatido pelo escândalo do mensalão, no ano de 2005, e cassado pela Câmara, Dirceu vislumbra perda de influência se Palocci - ex-ministro da Fazenda - assumir a Casa Civil sob Dilma.

A preocupação não é à toa: cabe ao ministro da Casa Civil coordenar a equipe, o que lhe dá muito poder e pode torná-lo candidato natural ao Planalto. Foi o que ocorreu com a própria Dilma, puxada para o cargo após a queda de Dirceu. Nove meses depois, em março de 2006, Palocci também caiu, no rastro da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Embora se movimente nos bastidores para evitar que o antigo colega vire uma espécie de "primeiro-ministro" de Dilma, Dirceu sabe que pode perder a aposta. Motivo: Palocci é um dos principais coordenadores da campanha e, além de tudo, tem Lula como padrinho. O plano do presidente é reabilitar o ex-titular da Fazenda na cena política.

Se Palocci for para a Casa Civil, o grupo de Dirceu - que quer empurrar o deputado para o Ministério da Saúde - espera uma "compensação". Sob o argumento de que "o governo Dilma não pode ter a cara do ajuste fiscal de Palocci", aliados do ex-chefe da Casa Civil defendem, agora, a permanência de Guido Mantega (PT) na Fazenda em dobradinha com "alguém de esquerda" no Planejamento.

CUPULA DO PMDB REAGE A TENTATIVA DE LULA(PT) IMPOR NELSON JOBIM NO LUGAR DE TEMER


Vencido o primeiro passo de dar vida própria à sua criatura política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um novo desafio: controlar o apetite do PMDB no próximo ano. Se a vitória da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, se confirmar, o vice Michel Temer (PMDB) deve renunciar ao cargo de presidente do partido, abrindo espaço para um sucessor. Lula gostaria de ter um aliado de confiança no comando do PMDB para conter a sanha por cargos e espaço em um eventual futuro governo Dilma.

Para controlar o PMDB, governo sonha em emplacar o ministro Nelson Jobim no comando do partido Foto: Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, é considerado o presidente do PMDB dos sonhos para o petista. Não seria a primeira vez que Lula tentaria emplacar seu atual ministro da Defesa no comando do PMDB. Em 2007, o governo encampou o movimento, mas não teve sucesso. Apesar do apoio de Lula à candidatura de Jobim, o ministro carece de aliados no partido para ganhar cacife interno e chegar ao comando da legenda.

Os peemedebistas, no entanto, são unânimes em repelir qualquer tentativa de "intervenção" petista na executiva. Na ausência de Temer, a avaliação é de que o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) será o presidente do partido até o início de 2012. "Ninguém vai antecipar a eleição para presidente do partido. E Jobim nem é parte da executiva", resume o ex-ministro e deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), que concorre ao governo da Bahia sob a benção de Lula.

Falta de licitação para o transporte intermunicipal vai parar no Ministério Público


A Secretaria de Estado dos Transportes informa que no dia 23 de agosto passado, foi encaminhado, através do Departamento de Estradas de Rodagem, o seguinte ofício a Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná, Sra. Adriana Vanessa Rabelo Camara:
Senhora Promotora:
Em atendimento ao ofício nº 1368/2010, relativo ao protocolo 11917/2009, através do qual nos são solicitadas informações relativas à atual fase do processo de licitação para a concessão das linhas de transporte intermunicipal de passageiros, informamos:
a. os estudos técnicos referentes ao certame estão sendo elaborados pela equipe do Departamento. Como o número de servidores é reduzido, os trabalhos ainda não foram terminados. Faltam os estudos financeiros de cálculo tarifário das linhas e o estabelecimento de critérios referentes à avaliação da capacidade técnica – pois a modalidade licitatória será concorrência por técnica e preço.
b. ao mesmo tempo – numa outra frente de trabalho – a Procuradoria Jurídica do DER está incumbida de formalizar o texto do Edital e a organização das audiências públicas que ocorrerão em prazo legal e suficiente para que a sociedade discuta as diretrizes do novo sistema;
c. de conformidade com §3º do art. 58 da Lei nº 11.445/2007, o DER tem o prazo limite de 31 de dezembro de 2010 para publicar o Edital e, de acordo com os prognósticos e trâmites internos, haverá efetiva condição de se cumprir a determinação legal;
Aproveitamos a oportunidade para manifestar os mais sinceros votos de estima e consideração.
Atenciosamente,
Milton Podolak Junior,

Mais da metade das famílias tem dívidas



A maioria das famílias brasileiras (54%) tem dívidas, segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado hoje. O valor médio é de R$ 5.427. Entre as 3.810 famílias entrevistadas em 214 cidades do país, 11,08% disseram estar muito endividadas. Já 26,25% avaliam que suas dívidas são pequenas. Para cerca de 15% das endividadas, o débito corresponde a aproximadamente metade do rendimento mensal. O valor considerado nessa análise é o total, mesmo que tenha sido parcelado. Já 23,5% têm dívidas entre uma e duas vezes o salário. Outros 16% têm entre duas e cinco vezes a renda mensal comprometida. Para outros 23%, a situação é ainda mais preocupante: o endividamento supera em cinco vezes a renda familiar mensal.

"Para resolver, vamos despolitizar o pedágio"


Transportadores aplaudem soluções de Beto Richa para os gargalos na infraestrutura do Paraná

Em sabatina com 100 empresários do transporte organizada pelo Sindicato e pela Federação das Empresas de Transportes de Carga do Paraná (Setcepar e Fetranspar), na noite de segunda-feira (30), Beto Richa encerrou sua apresentação sob aplausos. “Saio daqui convencido de que hoje o Paraná tem uma boa proposta, que envolve o diálogo entre o governo, a sociedade e o segmento produtivo para que o Paraná cresça”, afirmou o presidente do Setcepar-Ponta Grossa, Mauri Marcelo Bevervanço.

Beto voltou a afirmar que, ao assumir o governo, vai despolitizar a questão do pedágio, que no Paraná já foi alvo de ações eleitoreiras em duas ocasiões e nunca foi resolvido. “Eu vou chamar as empresas para uma conversa e vamos fazer prevalecer o interesse público, para termos uma tarifa adequada e retomar as obras para garantir a segurança dos usuários”, explicou. “O que falta hoje ao governo é vontade política, competência e diálogo para resolver. E isso eu tenho.”

A infraestrutura, que afeta diretamente o segmento de transportes, é um gargalo crítico, afirmou Richa “Vamos ter um Plano Estadual de Logística e Transporte, para atender a questão do porto de Paranaguá, que terá administração profissional; vai contemplar o Plano Aeroviário, para estruturar aeroportos regionais e o Afonso Pena; vai recuperar as estradas, pavimentar vias rurais e ligações entre municípios para escoar a safra, com 60 patrulhas rodoviárias”, disse.

Segurança

Em relação à segurança pública, tema de crescente preocupação no setor de transportes, de acordo com o presidente do Setcepar, Aldo Fernando Nunes, Beto disse que além de contratar aproximadamente 5.000 policiais, retomar o sistema de módulos e policiamento comunitário e construir novos presídios, vai promover parcerias com municípios, para implantar monitoramento de segurança por câmeras de vídeo. Diferentes organismos policiais, como a Interpol, a Polícia Federal e a União, serão parceiros para aumentar a vigilância sobre as fronteiras, por onde entram armas e drogas como o crack, que hoje está presente nos 399 municípios paranaenses, sem ser alvo de ações efetivas do governo estadual. “Teremos uma política pública eficiente e enérgica e vamos deixar claro que lugar de bandido é na cadeia, para que as famílias paranaenses possam ter paz”, disse.

Beto reafirmou que não é dono da verdade. Por isso, vai ouvir quem entende de cada área e enfrenta as dificuldades do dia a dia, para ajudar a construir um Novo Paraná. “No passado, por falta de diálogo, pela insegurança jurídica, pelo tratamento desrespeitoso com os empreendedores, as grandes empresas deixaram de se instalar no Paraná”, disse Beto. “Eu vou ser um leão na atração de investimentos que tragam ao Paraná empreendimentos para gerar riqueza, emprego e renda, como fizemos com o Curitiba Tecnoparque, com o programa de gestão Bom Negócio e os cursos de capacitação da Fundação de Ação Social, que beneficiaram mais de 200 mil pessoas.”

Ao fim do encontro a direção da Fetranspar entregou a Richa um documento com sugestões e necessidades do setor de transportes. No estudo a entidade sugere medidas como mais segurança para o transportador, melhorias nas estradas, revisão dos contratos de pedágios, realinhamento do ICMS, entre outros assuntos.

O presidente da Fetranspar, Luiz Anselmo Trombini, avaliou como bastante positivo o encontro. “Sabemos dos gargalos, vivemos isso na pele e podemos auxiliar na solução dos problemas. Queremos que os candidatos saibam o que acontece neste setor. Nós literalmente carregamos a economia nas costas e precisamos que os governos abram os olhos para esse setor tão importante que movimenta a economia”, disse Trombini.

O brasileiro só quer saber de consumo

Segundo Paulo Rabello de Castro, o cidadão parece disposto a aceitar imposto alto, mau ensino, fila do hospital, desde que tenha crédito.

Nunca tantos quiseram debater tão pouco. O brasileiro, de modo geral, parece conformado com nosso sistema político travesti, que, de dois em dois anos, ressurge com uma fachada colorida, com as mesmas musiquinhas, apelando para seu voto nos candidatos e temas mais absurdos. A isso chamamos, confiantemente, de sistema democrático de governo. Mas uma extensa máquina financeira eleitoral opera os interesses reais dos participantes desse “sistema”.

Na campanha de 2010, alguns contornos são originais. Primeiro, a derrota do debate e a vitória da carta branca. Segundo, a projeção do sucesso atual da economia brasileira como garantia de resultados futuros. Ambos têm implicações perigosas. Com a possível decisão em primeiro turno, temas de grande interesse nacional, como a carga de impostos, a qualidade da educação, o excesso de gastos correntes, o estado lastimável da saúde e o caos na infraestrutura, retornarão ao nível das declarações vagas, já que o voto se tornou plebiscitário. É um voto de confiança irrestrita, e nada mais. O cidadão parece disposto a aceitar o jugo do imposto, o ensino repetente, a gastança do político, a fila hospitalar, desde que não se mude o atual modelo que lhe ampliou o crédito para consumo ou o consignado sobre a aposentadoria magra.

A consequência do voto majoritário passivo, indiferente ao debate, desprovido do mínimo de emoção e pensamento próprio, traz sequelas ao cenário econômico. A menos que tenhamos a grata surpresa de ver na Presidência alguém disposto a bancar um processo de real transformação, a tendência será seguirmos atrelados à nossa vocação periférica de país provedor de matérias-primas ao mercado externo, forte consumidor interno e fraco poupador. Temos uma taxa de poupança, por exemplo, em torno de um terço da praticada na China, o que já explica a imensa distância entre nós e eles na capacidade de crescer. Estamos destruindo nossa capacidade de industrializar, debaixo de uma carga tributária extorsiva e desajeitada, um custo financeiro cronicamente elevado e um câmbio para lá de punitivo.

Esse é um modelo de alto consumo relativo, que produz verdadeiros milagres eleitorais, sempre que se consegue adequar a hora do gasto com o momento do voto. Aconteceu no primeiro mandato de FHC, quando bateu Lula em primeiro turno, às vésperas da quebra da economia, um pouco mais à frente. Desta vez, a história não se repete, felizmente, da mesma maneira porque temos um farto colchão de dólares no cofre. Mas será esse o caminho de uma nação que pretende colher o benefício de ter sua população chegando à idade adulta (em média, é claro) e dispondo de uma base econômica rica em áreas agricultáveis, em água e energia?

O cidadão parece disposto a aceitar imposto alto, mau ensino, fila do hospital, desde que tenha crédito

Uma conta rápida, projetando o Brasil dos próximos 20 anos, em 2030 – que é um pulo no tempo, mesmo no prazo de nossas existências –, revela que há “um Brasil a mais” para ser aproveitado por nós e pelas próximas gerações. Isso dependerá de o novo governo, instalado em 2011, entender sua missão de longo prazo no redesenho da capacidade de poupar e investir do povo brasileiro, aí incluindo o setor privado e famílias, e principalmente o próprio governo.

Esse “Brasil a mais” representaria um ganho de R$ 3,4 trilhões, até 2030, em acréscimo ao PIB projetado naquela data, caso consigamos aplicar aqui um regime de alto investimento. Em vez de duplicar, o PIB brasileiro poderia triplicar de tamanho até 2030. Essa diferença, em termos de redução de pobreza, de aumento geral de bem-estar e de projeção estratégica do país no conjunto mundial, é tão importante a ponto de determinar se o Brasil sairá ou não de uma posição relativamente periférica na história do século XXI.

Infelizmente, o modelo de democracia que praticamos exclui o debate e afasta, embora sem eliminar, a chance de adoção de transformações mais corajosas e rápidas, num país aparentemente sempre disposto a falar muito de mudanças necessárias – para que nada, de fato, saia do lugar.

Eike Batista, de bem com o poder


Por Carlos Tautz

A estratégia do empresário Eike Batista, que faz ações comunitárias espetaculares, financia eventos esportivos e aparece em programas de auditório, obedece a uma lógica agressiva de relações públicas.

Espanta pela desenvoltura, mas, em essência, não tem nada de louca ou de nova. A estratégia do empresário Eike Batista, que faz ações comunitárias espetaculares, financia eventos esportivos e aparece em programas de auditório, obedece a uma lógica agressiva de relações públicas. Enquanto se projeta como o oitavo homem mais rico do planeta, namora belas mulheres que atraem o interesse da imprensa e assim constrói a imagem pública de empreendedor ousado e doador benemerente. Em verdade, tudo para azeitar imprescindíveis relações com a sociedade, com a mídia e, mais importante, com governantes, com quem cultivas relações políticas de velho tipo assistencialista.

Foi o caso da doação de R$ 100 milhões, anunciada nesta quarta 25, para construção de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas do Rio de Janeiro. UPPs são a menina dos olhos do candidato a e atual governador Sergio Cabral (PMDB) e foram incorporadas ao programa de governo da candidata a presidenta Dilma Roussef (PT). Ambos têm chances enormes de vencerem a disputa eleitoral logo no primeiro turno.

Eike sabe que seus negócios nos campos da mineração, petróleo e logística necessitam de licenças e de crédito dos governos. Ele acessa com frequência linhas de crédito de bancos públicos, como o BNDES, onde bons contatos já levaram o banco a se transformar em sócio de sua LLX, de logística. Eike sempre carece, portanto, daquilo que ele próprio define como um dos eixos de sua estratégia corporativa: engenharia política. E é por isso que, para ele, é necessário estar sempre bem na fita com o poder.

Há dois anos, contudo, essas ligações políticas foram estreitas demais e o levaram ser investigado pela Polícia Federal na Operação Toque de Midas, que também apontou sua proximidade com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo a PF, o grupo empresarial de Eike teria se beneficiado da cessão ilegal, pelo governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), de um terreno que em verdade pertence à União e onde seria instalada a sua mineradora MMX.

Também chamam a atenção seus negócios aparentemente pouco ortodoxos para quem investe no tradicional ramo da mineração. A compra do histórico Hotel Glória, na Zona Sul do Rio, e a administração da Marina da Glória, em frente ao hotel, são emblemática desse simulacro de modernidade. Assim como a construção da Cidade X, planejada pelo arquiteto Jaime Lerner, contígua ao Porto do Açú, no litoral norte fluminense.

De volta ao ramo original, a venda de parte da sua mineradora MMX à Anglo American permitiu que a gigante de capital inglês e sul-americano finalmente se juntassem às demais grandes do setor para disputar espaço no mercado brasileiro como plataforma de exportação a outros mercados no Brasil, provavelmente em conjunto à aproximação com a siderúrgica chinesa Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco), que também deve se instalar no Açú.

Ainda que a imagem pública de Eike seja o de um empreendedor dos tempos modernos, seu negócio é mesmo o da velha economia extrativista, de concepção convencional. Tecnologia de ponta e muito dinheiro dão escala mundial aos seus negócios, que também envolvem a compra e venda e situações privilegiadas de empresas. Mas, a rigor, mineração e exploração de petróleo são as atividades econômicas mais impactantes social e ambientalmente. Para levá-las adiante nesses tempos de câmbio climático e de aumento da consciência com o planeta, é necessária muita maquiagem verde e social.

No caso do óleo, ramo recente, outra vez Eike agiu à velha moda. Participou em dezembro de 2007 do leilão patrocinado pela Agência Nacional do Petróleo e arrematou por 1,4 bilhões de dólares 21 blocos para exploração de óleo nas bacias de Santos e de Campos (onde estão as imensas reservas do Pré-Sal). Ato contínuo, contratou cerca de 30 técnicos de alta qualificação da Petrobras (e repositório de estratégicas informações comerciais e geológicas) e foi atrás de Francisco Gros, ex-presidente do BNDES e da Petrobras, para compor o conselho da holding EBX. Por fim, contratou para esse mesmo conselho o próprio pai, Eliezer Batista, ex-presidente da Vale do Rio Doce.

Ousada, a ação de Eike pode até ser, mas de inovadora nada tem. Ainda se baseia na velha relação carnal entre Estado e capitalismo no Brasil.

Dos eleitores do PMDB, 47% votam em Beto Richa, e 41% em Osmar


O Datafolha colocou à disposição dos interessados estes outros dados da última pesquisa do instituto:

- 45% dos eleitores de Dilma Rousseff (PT) votam em Osmar Dias(PDT) e 42% em Beto Richa(PSDB).

- Dos eleitores do PT, 45% votam em Osmar e 41% votam em Beto Richa.

- Dos eleitores do PMDB, 47% votam em Beto Richa, e 41% em Osmar.

- Na espontânea, em que não é apresentado ao eleitor os nomes dos candidatos, sabe-se agora que Beto Richa tem 31% das intenções de voto, contra 18% de Osmar.

- Na estimulada, o resultado divulgado na semana passada foi de 47 para Beto Richa e 34 para Osmar.

O Datafolha ouviu 1.211 pessoas nos dias 23 a 24 de agosto. A pesquisa para o Governo do Estado, contratada pela RPC e Folha de São Paulo, está registrada no TSE com o protocolo 25.427/2010 e no TRE-PR com o número 19550/2010. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Índios e ribeirinhos unem-se contra construção de usinas


AE - Agência Estado
Cerca de 600 lideranças de ribeirinhos, pequenos agricultores, e indígenas das etnias Munukuru, Karitiana, Tupaia, Borari, Arara, Juruna, Xicrin e Kaiapo decidiram fechar aliança contra "as investidas" do governo federal na construção de projetos hidrelétricos nos rios Madeira, em Rondônia; Teles Pires, no Mato Grosso; Tapajós, no Pará; e Xingu, no Pará (Usina de Belo Monte). O encontro ocorreu em Itaituba, Pará.

Durante o evento, que contou com a presença do procurador da República no Pará, Felício Pontes, e de especialistas de diversas áreas, foram relatados os graves impactos sociais que já ocorrem em Rondônia e apontadas supostas ilegalidades que marcaram os processos de licenciamento e instalação dos projetos do rio Madeira e de Belo Monte. De acordo com o procurador, há nove ações civis públicas do Ministério Público Federal (MPF) que ainda tramitam na Justiça contra a Belo Monte, englobando o período de 2001 a 2010, e abordam irregularidades.

Segundo a assessoria do encontro, em Mato Grosso existem dezenas de projetos em andamento para construção de hidrelétricas. No rio Teles Pires estão projetadas a implantação de cinco usinas. Três delas em Sinop, Colíder e Foz do Apiacás. Segundo o MPF, outras duas - São Manoel e Teles Pires -, aguardam o licenciamento ambiental. De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2008/2017, todos estes empreendimentos estão previstos para começarem a operar em 2017.

Representantes dos atingidos pelas obras de Santo Antonio e Jirau descreveram a situação de miséria da população e problemas com aumento nos preços de alimentos, violência, prostituição e drogas.

Quadrilha que fraudava concursos é desarticulada


Agência Brasil

Uma quadrilha que fraudava concursos foi desarticulada hoje (16) pela Operação Tormenta, da Polícia Federal (PF). As investigações comprovaram que seis candidatos que já estavam na Academia da Polícia Federal se beneficiaram do esquema da quadrilha. Essas pessoas foram desligadas da academia e indiciadas por receptação e estelionato.

Os candidatos iriam se formar sexta-feira (18), na Academia de Polícia Federal, e depois seriam efetivadas como agentes da PF.

Além do concurso para agente da Polícia Federal, foram comprovadas fraudes nos últimos concursos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de auditor fiscal da Receita Federal.

Segundo o diretor de Inteligência da PF, Marcos Davi Salem, durante a aplicação da prova do concurso da OAB um dos fiscais verificou que havia anotações no caderno de provas de um dos candidatos, o que é proibido pelas regras do concurso, e recolheu o material. O fiscal verificou que as anotações eram respostas das questões da prova.

Sobre o concurso da Receita Federal de 1994, Salem explicou que na época foram divulgadas informações de fraude no concurso. Por meio de uma ação judicial, 41 pessoas foram autorizadas a fazer o curso de formação, no qual seria aplicada uma prova final. Como não conseguiram acompanhar o curso, elas pediram à quadrilha as respostas da prova. Foi nesse novo contato que a PF verificou a fraude. Por decisão da Justiça, essas pessoas teriam direito a uma indenização no valor de R$ 123 milhões por salários atrasados. A quadrilha receberia parte desse valor.

Os criminosos cobravam entre R$ 50 mil e US$ 150 mil para que os candidatos tivessem acesso aos cadernos de questões. Além disso, cobravam R$ 30 mil para fornecer diplomas aos candidatos.

Segundo o delegado da Polícia Federal que coordena as investigações, Victor Hugo Rodrigues Alves, os líderes da quadrilha já estão presos. As equipes da PF que executam os mandados de busca e apreensão já conseguiram reunir provas como pontos eletrônicos, cadernos de provas e grande quantidade de dólares. “Todo esse material será analisado”, disse o delegado.

Entre os líderes da quadrilha estão um policial rodoviário federal e um dono de universidade de São Paulo. A PF não citou o nome dessas pessoas.

O delegado disse ainda que a Polícia Federal já está ouvindo os candidatos beneficiados pelo esquema da quadrilha. Entre os beneficiários estão o filho do líder da quadrilha, sua nora, sua ex-mulher e amigos.

Eles serão indiciados por formação de quadrilha, quebra de sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos.

ALEP: Deputados da oposição denunciam o uso criminoso da máquina do governo do Estado para praticar terrorismo eleitoral a favor da candidatura Osmar


Na ALEP os deputados de oposição denunciaram o uso da máquina pública por parte do governo do Estado em um ato de terrorismo eleitoreiro ao praticar a calúnia e difamação contra o candidato Beto Richa. Sendo um exemplo o coordenador da Educação do Campo no N.R.E. de Laranjeiras do Sul, que mandou por email um texto calunioso contra o Beto Richa para todos os professores da região. O caso vai ser encaminhado ao Ministério Público para investigação sobre o uso da máquina pública na campanha. O deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB) colocou também sobe suspeição a Secretaria da Agricultura e o Detran. Ele disse:
“Estão usando desavergonhadamente o aparato do governo para favorecer uma candidatura. Faço um alerta porque não é possível que o governador Pessuti permita isso”,

UEL suspende estudantes por trote violento


Bonde

Dois alunos do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) estão, a partir desta segunda-feira (30), cumprindo pena de suspensão de todas as atividades acadêmicas por terem participado de trote violento contra calouros no início de 2009. As portarias com as suspensões foram assinadas pela reitora Nádina Aparecida Moreno, na última sexta-feira (27). Um aluno, do 4º ano do curso, cumprirá a suspensão de 15 dias e o outro, do 3º ano, está suspenso por 20 dias.

As punições foram impostas depois de aprofundada investigação realizada em duas instâncias: sindicância e processo administrativo. Nelas, os estudantes acusados foram ouvidos e tiveram amplo direito de defesa e recursos, dentro dos prazos legais. Os nomes dos alunos punidos não serão divulgados porque a UEL considera desnecessário este tipo de exposição pública.

No entanto, a reitora e a coordenadora do colegiado do curso de Agronomia, professora Débora Santiago, concordam que a falta cometida pelos dois estudantes foi grave e que a punição foi necessária. As sanções poderiam variar de uma simples advertência até a expulsão da Universidade. "Esta punição, necessária e justa, tem a função de deixar claro que a UEL não tolera trote violento; e que este tipo de atividade não fica impune aqui. Que ela sirva de exemplo aos nossos alunos para as futuras recepções a calouros", afirma a reitora.

Desmatamento é consequência. Pecuária bovina é causa



Reduzir o consumo de carne significa pensar na sobrevivência da espécie humana no planeta Terra. O alerta é de João Meirelles, presidente do Instituto de Ecoturismo do Brasil (IEB) e da ONG Peabiru, instituição que mantém o Parque Ecoturístico da Bodoquena, em Bonito, MS. Na entrevista a seguir, concedida, por telefone, à IHU On-Line, Meirelles diz que as discussões em torno do desmatamento, das mudanças climáticas e do aquecimento global devem atacar as causas, e não as conseqüências do problema. Isso significa combater a pecuária bovina extensiva, e não apenas o desmatamento. “O desmatamento não é causa de nada, ele é apenas o sintoma”, enfatiza.
Segundo ele, cerca de 40% da superfície aproveitada do planeta é ocupada pelo gado. No caso brasileiro, adverte, “a situação é muito mais grave porque dos 800 milhões de hectares do país, aproximadamente 200 milhões já são ocupados pela criação de gado”. Enquanto isso, argumenta, “a agricultura não ocupa nem 80 milhões de hectares”.

Meirelles menciona ainda que a Convenção do clima em Copenhague irá discutir apenas as consequências, e que os países que possuem florestas tropicais não têm poder de influência política. “Não tenho nenhuma esperança de que as florestas tropicais irão receber um tratamento especial em Copenhague”, lamenta. E dispara: “Não vejo nenhum movimento sério global de que isso passe a ser tratado com a atenção que merece. O debate de Copenhague está muito mais centrado na questão das cotas de carbono, e isso não chega na questão da proteção das florestas”.

João Meirelles é presidente da ONG Peabiru, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) com a missão de gerar valores para a conservação da biosociodiversidade da Amazônia.

Confira a entrevista:

O senhor diz em o Livro de Ouro da Amazônia que a pecuária bovina extensiva destruiu a Mata Atlântica, a Caatinga, consome o Cerrado e agora também está causando problemas na Amazônia. Nesse sentido, como a criação de gado tem contribuído para agravar as mudanças climáticas e a degradação do meio ambiente?

A pecuária bovina extensiva depois da Segunda Guerra Mundial passou a ocupar uma extensão territorial no planeta muito acima do que é suportável. Hoje, segundo a FAO, cerca de 40% da superfície aproveitada do planeta estaria sendo ocupada pela pecuária bovina. No caso do Brasil, a situação é muito mais grave porque dos 800 milhões de hectares do país, aproximadamente 200 milhões já são ocupados pela criação de gado. Para entendermos a dimensão disso, a agricultura não ocupa nem 80 milhões de hectares. Esse é um fato grave, porque a maior parte territorial do país é destinada para a pecuária de corte.

Outro fator complicado é a mudança da pecuária para o Centro-Oeste e Amazônia. De 1970 para cá, existiam um milhão de cabeças de gado na Amazônia e hoje são 80 milhões e, se nada for feito, teremos 200 milhões de cabeças em menos de duas décadas. Essa é a grande preocupação. Houve um esvaziamento nos antigos estados tradicionais de produção de gado (Rio Grande do Sul e Santa Catarina) para a Amazônia, porque lá a lei não vale, e as questões ambientais, sociais e trabalhistas não são seguidas, o que gera um custo de produção muito menor.

A pecuária é uma péssima decisão da humanidade na medida em que é a proteína mais cara de se produzir e a que ocupa mais espaço territorial. Mais da metade da população do planeta não tem acesso à carne por questões de custo, mesmo quando os custos ambientais e sociais não são consideráveis. Então, temos um problema sério no planeta Terra, e não um caso específico na Amazônia.

Desmatamento

O desmatamento é um sintoma, é como medir a febre. Então, quando o governo se manifesta sobre o índice de desmatamento, ele está dizendo que “o doente está com febre”, mas ele averigua as causas. Hoje é reconhecido por diversos documentos científicos e técnicos que a pecuária bovina extensiva na Amazônia corresponde a mais de 85% do desmatamento. A soja é insignificante, não chega a 5%, e todas as outras causas juntas não somam 10% (garimpo, abertura de estradas, uso irracional da madeira). Então, o desmatamento não é causa de nada, ele é apenas sintoma. Por isso, não faz sentido combater o desmatamento. É ridículo tratar disso. Temos que averiguar porque a pecuária bovina está seguindo para a Amazônia, por que as pessoas querem consumir mais carne. Essa é a grande questão que temos de atacar; não é um tema isolado da Amazônia, é um problema mundial.

O Brasil está decidindo se será o maior exportador de carne. Essa é uma decisão de consequências enormes e não é compatível com o discurso de que precisamos conservar a Amazônia, buscar a sustentabilidade. A produção da pecuária bovina na Amazônia não chega a 100 quilos de carne ao ano por hectare. Qualquer criação de peixes chegaria a uma tonelada, tranquilamente. Isso mostra que não tem sentido ocupar 70 milhões de hectares da Amazônia para a pecuária bovina. Alguns alegam que a criação de gado corresponde apenas a 17% da floresta, mas essa área corresponde à soma dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Então, é uma área absurda em termos de país. Tudo isso para que? Para produzir carne de baixa qualidade, clandestina? Essa é a discussão que deve permear os debates no Brasil, e não discutir se o desmatamento aumentou ou diminuiu; isso é conversa de bar.

Em que medida a substituição da floresta por pastos contribui para o aquecimento global?

O desmatamento ocorre numa sequência de três, quatro anos. As queimadas se sucedem por muitos anos e não exclusivas da Amazônia. Sabemos que, no Brasil todo, durante a seca, acontecem queimadas. Essa é uma prática barata de limpeza do pasto e preparação de área agrícola e urbana. O acúmulo de CO2 é sério, o Brasil deve queimar por ano de 60 a 80 milhões de hectares. O boi em seu processo ruminante libera bastante metano, mas quando juntamos um rebanho global de 200 milhões de cabeças e a importância do gás metano no aquecimento global, percebemos que, no fim das contas, o Brasil contribui com 5 ou 6% do aquecimento global. A maior parte dessa responsabilidade não vem das indústrias, das termoelétricas ou dos carros, e sim do desmatamento, das queimadas e da geração de metano do gado bovino. O fato de existir pastagem aumenta brutalmente a quantidade de térmitas das formigas e dos cupins. A proliferação desses animais aumenta também a digestão da matéria vegetal, o que eleva também a quantidade de metano gerado por formigas e cupins. Então, não estamos fazendo essas contas.
Pensamos apenas na porcentagem desmatada, enquanto o importante é considerar os 60 milhões de hectares queimados, os 200 milhões de bois que geram metano e a quantidade de pasto que também gera uma quantidade de metano apreciada.

Os números revelam que a cota brasileira mundial estaria em torno de 70% e viria do desmatamento, das queimadas e estaria relacionada diretamente à criação de gado.

Assim, podemos observar o mau uso da terra pela pecuária bovina extensiva na Amazônia como a principal causa da contribuição brasileira para o aquecimento global. Esta é uma verdade aceita, embora os números não sejam precisos.

O gado e a opção brasileira

Não há dúvidas de que 70 milhões de hectares de desmatamento na Amazônia é uma burrice. Se isso está contribuindo com 1%, 2% ou 5% para o aquecimento global, não é tão relevante para o debate. O importante é saber se o Brasil continuará transformando a Amazônia num pasto. Queremos que o país se torne apenas um exportador de carne barata? Como a humanidade sobreviverá num mundo onde tem mais espaço para boi do que para pessoas? Essas são as questões relevantes que vão nortear questões menores. Para a Amazônia, o importante é saber o que o país quer desse local. Com certeza, o elemento boi na Amazônia é muito recente, e não paramos para discutir os impactos disso. Os beneficiários desse processo são muito poucos: 20 mil famílias se beneficiam da pecuária, o que é muito pouco dentro de um cenário local de 25 milhões de habitantes. Se analisarmos toda a criação de boi, encontramos mais 400 mil famílias. A maioria se tivesse outra opção, viveria de outra atividade.

É possível contornar essa situação sem prejudicar a criação de gado, ou, de fato, o consumo terá que ser reduzido? Alteração de hábitos de consumo pode favorecer as mudanças climáticas? Qual é sua proposta nesse sentido?

Quando a sociedade vegetariana e o movimento vegetariano mundial fala em não comer carne uma vez por semana, como a campanha de não comer carne nas segundas-feiras, estão tratando da nossa sobrevivência enquanto espécie humana no planeta Terra. A FAO alerta que 40% da superfície do planeta está sendo ocupada pela pecuária, e isso avança rapidamente a 2% ao ano.
Alguns ambientalistas propõem a certificação de carne bovina nos supermercados. Em que medida isso pode ajudar a reduzir o desmatamento na Amazônia?
Essa é uma medida interessante, mas não terá impacto nenhum no desmatamento. Primeiro, porque o boi transita ilegalmente no Brasil; segundo, porque mais de 70% do gado da Amazônia é irregular e ilegal. Isso vai resolver o problema de culpa das classes altas e médias, mas não resolve o problema de fato. Esse seria um processo sofisticado, mas não temos tempo, não temos mais 30 anos para esse processo ser implementado. São necessárias medidas mais radicais. Se estão proibindo o cultivo de cana-de-açúcar na Amazônia, por que não proibir também a pecuária em diversas áreas da floresta? Por que aceitar que os frigoríficos sejam fechados no Rio Grande do Sul e abertos na Amazônia? Isso não faz sentido; está distante do mercado consumidor e inviabiliza uma economia tradicional local.
Qual a importância das florestas para amenizar os impactos das mudanças climáticas? Elas devem ganhar destaque na convenção do clima em Copenhague?
Para que haja o desmatamento zero, são necessários desincentivos muito fortes sobre a pecuária. Temos que atacar as causas; continuamos a conversar sobre consequências. Copenhague está discutindo consequências que interessam a outros países e fazem pouco sentido para o Brasil.

A maioria dos 90 países que têm florestas tropicais é pobre e sem poder de influência política. Não tenho nenhuma esperança de que as florestas tropicais irão receber um tratamento especial em Copenhague. Temos que lembrar que as florestas tropicais ocupam 4% do planeta Terra, já ocuparam 9%. Perdemos desde a Segunda Guerra Mundial metade das florestas tropicais. Não vejo nenhum movimento sério global de que isso passe a ser tratado com a atenção que merece. O debate de Copenhague está muito mais centrado na questão das cotas de carbono, e isso não chega na questão da proteção das florestas. É claro que mecanismos como esse do REDD serão importantes, mas sozinhos eles não fazem diferença. Precisamos de políticas mais contundentes, e o Brasil tem cerca de 30% das florestas tropicais do planeta, e, então, ele tem uma responsabilidade maior sobre isso. No entanto, a política pública brasileira é muito conflitante. Por um lado, se tem um incentivo a grandes estradas, hidrelétricas e uma série de grandes obras com baixo nível de debate e, ao mesmo tempo, um discurso ambientalista sem muito resultado. Então, diria que estamos no pior momento da nossa história ambiental.

Qual é sua proposta de movimento sustentável para combater as mudanças climáticas e amenizar os impactos do aquecimento global?

Teria que haver uma mudança radical no consumo. As pessoas precisam reconsiderar o seu consumo de carne. Não estou dizendo que todos devem virar vegetarianos, mas é necessário diminuir brutalmente o consumo. O consumidor também precisa passar a exigir a origem dos produtos, não só da carne, mas do arroz, enfim. Temos que fazer o movimento do quilômetro zero: os habitantes do Rio Grande do Sul devem comer arroz plantado no estado. Não tem sentido comercializar um produto cultivado em Belém do Pará, e andar 8 mil quilômetros. Esse conjunto de ofertas tem que ser repensado globalmente. A carne é a questão central do Brasil. O espaço da pecuária bovina de 200 milhões de hectares e a baixa produtividade de uma cabeça por hectare ano, o baixo nível de emprego, a ilegalidade desse modelo devem nortear uma discussão no Brasil. Temos um Congresso de pecuaristas, mas precisamos discutir a retirada do boi da Amazônia, do contrário, qualquer outro movimento em relação ao aquecimento global, perda da biodiversidade, violência no campo, desmatamento, queimadas, será irrelevante.

Será possível mudar essa cultura do consumo de carne, ainda mais no Brasil?
A mudança de cultura das pessoas deve partir de uma consciência em relação ao futuro do planeta e da vida. Os alimentos que tomam a maior parte do nosso tempo e o maior custo na nossa vida precisam ser tratados de uma forma clara. Precisamos ter consciência do que estamos consumindo. Na medida em que temos essa consciência, passamos a observar as coisas de maneira diferente. Na hora em que estamos pilotando o carrinho de supermercado, estamos decidindo o futuro do planeta; não é lá em Copenhague. O que comemos define o futuro do planeta.

Existem várias proteínas animais que são mais saudáveis e energeticamente melhores para a produção: enquanto precisa de oito quilos de cereal para produzir um quilo de carne bovina, com metade disso se produz carne de frango, peixes. A questão é repensar. Dizer que o brasileiro não irá se adaptar a reduzir o consumo de carne é uma mentira, porque a cultura é um processo adquirido. Assim, temos duas opções: ou nos adaptamos a mudar com consciência ou seremos obrigados, pelas mudanças climáticas e as pressões mundiais, a mudar. É preferível que a sociedade mude de forma espontânea, gerando renda, valores e discussões. O planeta não suporta 7 bilhões de pessoas e 40% de sua superfície dedicada à pecuária. Isso é um luxo que atende a uma minoria de menos de 1 bilhão de pessoas. O Brasil ainda tem tempo de jogar o debate para frente, mas, em outros países, essa questão é muito clara.

Nós como consumidores e seres inteligentes temos que olhar para as prateleiras dos supermercados como aquela decisão mais importante da nossa vida. O nosso ato de compra, do que a gente faz muda a história do planeta. É assim que vamos combater o aquecimento global e salvar a Amazônia da irresponsabilidade dos pecuaristas. É no conjunto de atos que reside a nossa força de mudança. Esperar que o pecuarista mude não irá acontecer no prazo em que precisamos. Não podemos nos dar ao luxo de esperar. Precisamos de tratamento de choque, sim. Teríamos que discutir se o brasileiro quer ou não o boi na Amazônia através de um plebiscito.

PF E MPF DO MATO GROSSO DO SUL DEFLAGRAM OPERAÇÃO TELLUS



Foi deflagrada na manhã desta segunda-feira, 30, a Operação TELLUS, cujo objetivo é desmantelar esquema criminoso que atuava nos projetos de Reforma Agrária na região sul do Estado do Mato Grosso do Sul.

Para a Operação, foram mobilizados um total de 137 policiais e 51 viaturas para o cumprimento de 20 mandados de prisão e 25 mandados de busca. Os mandados são para as cidades de Campo Grande, Naviraí, Dourados, Itaquiraí, Ivinhema, Nova Andradina, Bataiporã e Angélica, no MS, e na cidade de Cosmorama, em SP.

De acordo com a PF, as investigações da Operação Tellus começaram há oito meses. Em 2007, o Incra investiu R$ 130 milhões na aquisição de quatro fazendas do Complexo Santo Antônio, em Itaquiraí. Cerca de 17 mil hectares foram desapropriados e distribuídos em quatro projetos de assentamento de sem-terra nos municípios de Santo Antônio, Itaquiraí, Caburei e Foz do Rio Amambai.

No fim de 2008, os lotes foram sorteados de forma irregular. Os melhores lotes foram reservados aos líderes dos movimentos sociais. Além disso, houve desrespeito ao cadastro prévio de acampados – a Relação de Beneficiários (RB), com a distribuição de 497 lotes a pessoas não habilitadas e a desconsideração de 425 pessoas habilitadas que não receberam lotes.

Segundo a PF, a quadrilha também vendia lotes ilegalmente. Alguns viraram sítios de lazer. Também houve recebimento de propina por parte de servidores do Incra para a exclusão de imóveis rurais do processo de avaliação para verificação de produtividade.

Participavam do esquema criminoso servidores do INCRA de Dourados/MS e de Campo Grande/MS, líderes de assentamentos e empresários fornecedores de produtos e serviços.

Ao longo das investigações, realizadas pela Polícia Federal de Naviraí/MS e pelo Ministério Público Federal de Dourados/MS foram colhidas provas que confirmam as seguintes irregularidades:

- fraudes na distribuição de lotes nos assentamentos do complexo Santo Antônio, em Itaquiraí/MS

- comercialização de lotes destinados à reforma agrária, com a regularização dessas transações pelos servidores do INCRA

- manipulação de concorrências para aquisição de produtos e serviços comprados para os assentamentos com verbas públicas federais

- recebimento de propina por servidores do INCRA para a exclusão de imóveis rurais de processo de avaliação para verificação de produtividade

Segundo estimativa do Ministério Público Federal, o dano causado pela organização criminosa ao erário federal atinge o montante de R$ 12 milhões.

Foram presas vinte pessoas, dentre as quais nove eram servidores públicos, oito assentados e e três empresários.

Balanço das apreensões:

Dez cheques;
R$ 59.940,00 (cinquenta e nove mil e novecentos e quarenta Reais);
Cinco armas e munições.

Beto vai apoiar comunidades terapêuticas para tratar dependentes químicos


Em reunião na tarde desta segunda-feira (30) com o padre Carlos Alberto Chiquim, secretário executivo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Paraná, e um grupo de religiosos católicos, Beto Richa se comprometeu a apoiar o trabalho de comunidades terapêuticas para tratar dependentes químicos

“Este grupo de lideranças manteve encontros com o senador Flávio Arns, seu vice, e juntos elaboramos propostas para ajudar seu plano de governo na área social e para que tenhamos uma porta aberta para o diálogo com o governo”, explicou padr Chiquim.

Richa lembrou que fez grandes parcerias com as organizações sociais na Prefeitura de Curitiba. “Um excelente exemplo de boa parceria em Curitiba é a administração dos Restaurantes Populares, feita pela Ação Social do Paraná, coordenada pelo Padre José Aparecido Pinto”, disse. “Conheço e valorizo o trabalho que a Igreja Católica faz, porque em algumas áreas é melhor do que o trabalho do poder público. E nossas portas estarão sempre abertas para quem está disposto a colaborar para ver um Paraná melhor”, afirmou.

Beto Richa vai aproveitar a boa experiência das comunidades terapêuticas mantidas pelas igrejas para tratar e recuperar dependentes químicos, problema que afeta as famílias e impacta diretamente nas ações ligadas à segurança e à saúde pública. “Onde existe a comunidade terapêutica é muito melhor para o governo, porque não precisamos investir em novas estruturas. Basta apoiar o trabalho existente”, afirmou Richa.

Os religiosos pediram atenção especial da política social para promoção dos mais pobres no Paraná, com ações para melhoria da distribuição de renda e fortalecimento dos pequenos agricultores, pequenas empresas e pela promoção do trabalho e emprego; outra proposta é o incentivo ao Turismo Religioso Sustentável, dando continuidade à Comissão de Desenvolvimento do Turismo e apoio aos Santuários do Paraná; propõem que o programa social do governo estadual atue de forma integrada com as obras sociais da igreja na promoção humana, com aporte de recursos em iniciativas como as casas de recuperação de dependentes químicos e na Pastoral Rodoviária, em Paranaguá; entre outras propostas.

Participaram do encontro os padres Carlos Alberto Chiquim (CNBB); Joaquim Parron (Província dos Missionários Redentoristas); Carlimar Gonçalves de Holanda (Diocese de Paranaguá); Primo Aparecido Hipólito e Celso Vieira da Cruz (Santuário Nossa Senhora do perpétuo Socorro); Ademar Maia (Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio); Marino Galvão (assessor da CNBB); Frei Anderson Lúcio Rosa e Geraldino do Espírito Santo (Comunidade Monte Castelo).

Plínio Arruda quer melhorar a qualidade do ensino público


O candidato do P-SOL à Presidência da República, Plínio Sampaio, disse que, caso eleito, pretende aumentar o repasse de recursos para melhorar a qualidade da rede pública de ensino e impedirá que as escolas privadas sejam lucrativas.

Para o candidato socialista, a diferença de qualidade entre as escolas públicas e as particulares é um dos motivos para a “perpetuação da pobreza” no país. Ele alega que uma criança que frequenta a rede pública tem menos chance de obter uma boa colocação no mercado de trabalho quando comparada com uma que estuda numa instituição privada.

“O que eu quero tirar é o serviço de instruir como se fosse mercadoria. Isso é que gera as escolas que são fábricas de diploma. Ninguém pode ficar rico educando criança”, afirmou.

Serra muda slogan e fala em 'hora da virada'

AE - Agência Estado

Depois de articular uma ofensiva política para fazer frente aos resultados das pesquisas de intenção de voto, a coordenação de campanha do presidenciável do PSDB, José Serra, traçou agora nova estratégia de comunicação. A investida conta com uma "tribuna popular" na internet e novo slogan, que traduz o momento por qual passa a campanha tucana: "É a hora da virada."

Agora a campanha passará a falar diretamente com o eleitor por meio de e-mail. Desde domingo, o site de Serra passou a ter nova cara. Foi criado um cadastro dos eleitores para mapear detalhadamente o perfil do internauta e saber qual seu assunto de interesse. Assim, a campanha acredita que conseguirá se comunicar mais diretamente, e de forma mais eficaz, com os interessados na candidatura tucana.

A iniciativa já é reflexo da contratação do consultor americano Ravi Singh, da Election Mall Tecnologies, que atuou na campanha de Juan Manuel Santos à Presidência da Colômbia.

O candidato a vice de Serra, Indio da Costa (DEM), foi o primeiro a estrear a investida por e-mail. Com o título "Vamos virar esse jogo", iniciou ontem tentativa de mobilizar eleitor. A mensagem de Indio dizia: "Serra precisa do seu apoio agora."

Sandra Cureau defende impugnação da candidatura de Roseana Sarney


A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, defendeu em parecer enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo, 29, a impugnação da candidatura de Roseana Sarney (PMDB-MA) ao governo estadual pela aplicação da Lei da Ficha Limpa.

O recurso pedindo a impugnação foi apresentado pelo ex-deputado Aderson Lago (PSDB-MA), que contesta a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) de deferir a candidatura de Roseana. No pedido, ele argumenta que a candidata é inelegível por causa da condenação em duas ações populares e em representação eleitoral.

Cureau indicou em seu parecer que a candidata do PMDB teria sido de fato condenada por "desvirtuamento de publicidade institucional" na representação eleitoral citada no recurso, o que acarreta inelegibilidade como previsto na Lei da Ficha Limpa.

No parecer, a vice-procuradora-geral eleitoral reafirma a constitucionalidade e a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010. "As causas de inelegibilidade, assim como as condições de elegibilidade, devem ser aferidas no momento do pedido de registro da candidatura", afirmou.

O recurso será avaliado pelo ministro Hamilton Carvalhido, relator do caso no TSE. As informações são do MPF.

Campanha de Marina mudará estratégia de comunicação


DAIENE CARDOSO - Agência Estado
Sem avançar nas pesquisas de intenção de voto, a coordenação de campanha do PV à Presidência da República decidiu mudar a estratégia de comunicação para fazer com que Marina Silva chegue ao segundo turno. A aposta da coordenação é tirar o foco da apresentação de propostas para apontar as diferenças entre a candidata verde e seus adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). "Não vamos mudar no sentido de fazer uma campanha agressiva, vamos realçar as diferenças", contou o coordenador-geral da campanha, João Paulo Capobianco.

Ele negou que os coordenadores de Marina tenham sido atingidos pelo clima de derrota e informou que só depois de 3 de outubro (1º turno das eleições) a Executiva do PV se reunirá para definir o futuro do partido caso Dilma ganhe a disputa já no primeiro turno. "A eleição não está definida, a dinâmica eleitoral está ocorrendo e nós temos o melhor time", disse.

A coordenação do PV admite que o cenário é muito favorável à candidata do PT, que os números e a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito estão "surpreendendo a todos" e que alguns colaboradores acreditam que a situação é irreversível, mesmo com um mês de campanha pela frente.

"Vamos trabalhar dobrado porque existe uma janela de oportunidade. Nós estamos no jogo, indo para as semifinais e queremos estar na final", disse o coordenador ao questionar a capacidade de sustentação da candidatura petista nos atuais índices de votação. "Não vamos fazer como o Dunga (ex-técnico da seleção brasileira de futebol), voltar no segundo tempo com a mesma estratégia. Vamos disputar até o último segundo do segundo tempo", completou.

Segundo Capobianco, embora Marina não tenha conseguido evoluir nas pesquisas, a candidata não perdeu eleitorado, como era previsto caso Dilma crescesse. Atualmente Marina varia entre 7% e 10% nas sondagens de intenção de voto, de acordo com os principais institutos, o que é considerado pela coordenação como uma "adesão consistente" e, portanto, um resultado animador. "Quem tem que se preocupar é quem está perdendo voto", avaliou.

Rádio e TV

A mudança na estratégia de comunicação já deve ser vista nas próximas propagandas de rádio e TV. Com pouco tempo nas mídias eletrônicas tradicionais (1 minuto e 23 segundos), a campanha conta com a capilaridade da candidata na internet (mídias sociais como Facebook, Orkut e Twitter), entrevistas e debates. É consenso dentro da campanha que de Marina já se saiu bem ao "quebrar o plebiscito" entre Dilma e Serra e consolidar seu nome como terceira opção de voto, mas que há uma despolitização nesta eleição e um desequilíbrio estrutural das campanhas.

"Concordamos que o País está num bom momento, mas é justamente no bom momento que a gente (eleitor) tem que ter mais responsabilidade", ressaltou Capobianco, ao defender a eleição de alguém que apresente um plano estratégico ao País.

A partir de agora, a ideia é mostrar, de uma forma clara e eficiente, que Marina valoriza a qualidade e seus adversários prezam pela quantidade, explica o coordenador. Capobianco descarta definir um "alvo preferencial" na nova estratégia, uma vez que pesquisas internas no PV indicam que Marina tem potenciais eleitores entre os dilmistas e serristas. "De forma alguma vamos jogar a toalha."


A cada 15 segundos uma mulher é agredida


O dado acima faz parte de uma triste e alarmante estatística da Fundação Perseu Abramo sobre a violência doméstica no Brasil, mesmo tema da palestra integrante da Sipat - Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, da Paraná Clínicas. Quem ministrou a apresentação foi a 1ª Tenente Dentista da Polícia Militar do Paraná, Luci Belão. A tenente pode fazer essa avaliação com segurança. Ela trabalha oficialmente com vítimas desde 2007.

Pelo medo de denunciar, não se sabe ao certo quantas são as vítimas. O que se sabe é que o número deve ser muito maior do que o relatado. Genericamente, pode se perceber uma predominância de violência familiar entre mulheres de classes mais baixas, normalmente empregadas domésticas ou donas de casa, casadas ou em união estável. Luci conta que, até dez anos atrás, a idade média dessa mulher variava entre os 29 e os 39 anos. Hoje, essa idade vai dos 20 aos 39 anos.

Pode-se dizer que, para essas mulheres, sair de casa tem sido mais seguro do que ficar no ambiente doméstico. Na palestra, a tenente relatou que o número de agressões nas ruas chega a ser nove vezes menor do que os registros de violência em casa. “O homem agressor, desse modo, aprende a ser violento em casa, enquanto cresce, enquanto as mulheres aprendem a serem submissas”, explica Luci.

Reiquião é barrado na escada


Do Paçoca com Cebola:

Mesmo longe do governo, Roberto Requião de Mello e Silva, não perde a sede de poder.

Neste sábado, no distrito de Lerrovile, em Londrina, ele chegou com grande atraso na cerimônia de implantação de dois novos assentamentos.

No palanque, líderes do MST, ministros do Desenvolvimento Agrário, o presidente do Incra e outras autoridades, mas nenhum político em campanha.
Requião chegou acompanhado da esposa e foi logo subindo na escada de acesso ao palco.

Ao chegar ao último degrau, um representante do MST pediu que ele retornasse e aguardasse, porque só depois do final da cerimônia oficial com autoridades é que ele poderia ter acesso ao palco.

Requião desceu meio sem graça, mas desceu. Só depois, com o fim da solenidade, é que a penca de candidatos que estavam por lá foram convidados a subir no palanque para discursar.

Paul Allen processa AOL, Apple, eBay, Facebook, Google, Yahoo...


Célio Yano, de EXAME.com

A empresa Interval Licensing, criada pelo cofundador da Microsoft Paul Allen em sociedade com David Liddle, abriu nesta sexta-feira (27) um processo contra nada menos que 11 empresas de tecnologia alegando que elas teriam violado quatro patentes registradas em nome da companhia.

Todas as notícias de Tecnologia Estão citadas como rés no processo as empresas AOL, Apple, eBay, Facebook, Google, Netflix, Office Depot, OfficeMax, Staples, Yahoo! e YouTube, que é uma subsidiária do Google. As patentes dizem respeito à invenção de um navegador "com uma aplicação particular para navegar por informação representada por dados audiovisuais" e a sistemas de busca e e-commerce. No processo, a Interval anexa inclusive uma tela do Google de 1998 que mostra o nome da empresa entre os colaboradores na seção de créditos.

Ao site TechCrunch, um porta-voz do Facebook rebateu as acusações de forma breve: "Acreditamos que esta ação é completamente sem mérito e iremos combatê-la vigorosamente", disse. O Google, por sua vez, criticou a atitude de Allen de "competir nos tribunais ao invés de no mercado".

"Este processo contra algumas das mais inovadoras empresas americanas reflete uma tendência infeliz de pessoas que tentam concorrer nos tribunais ao invés de no mercado. Inovação - não processo - é uma das maneiras de trazer ao mercado os tipos de produtos e serviços que beneficiam milhões de pessoas ao redor do mundo".

 
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