quarta-feira, 31 de março de 2010

Gaia e a entropia humana geradora da destruição do meio


Com o advento da civilização o ser humano rompeu com ciclo natural da vida. Ao criar a parte o seu próprio meio este o afastou do conjunto da criação.
A natureza passou a ser vista como a seu dispor, como objeto de exploração como se não fizesse mais parte e sua exsitência não extivesse subordinada ao meio natural e os recursos orinundos deste não fossem finitos.

Isto se agrava com o advento da civilização judaico/cristã, pois com o conceito do ser humano "ser o filho de Deus feito a sua imagem e semelhança" rompemos em definitivo com a visão religiosa anímica, onde Deus estava em tudo e nós éramos parte do todo, visã oreligiosa está que servia como um freio a nossa capacidade destrutiva, e passamos a ver o "resto" com se tivesse sido criado para apenas nos servirmos.

Assim deixamos de estar a serviço da vida e de respeitar a mesma como parte de um todo, do qual a existência depende a nossa sobrevivência.

De predador do meio para a relevância do papel de predador da própria espécie é só um passo e para que isto ocorra como justificativa "toda guerra se torna santa" e o "demônio é o Deus que protege o meu inimigo".

Tal qual ocorreu nas cruzadas, onde o papa conclamava o povo para participar da "santa cruzada" contra os demônios infiéis hoje, mas que na realidade era uma guerra econômica imperialista, os pastores norte americanos "abençoam" os soldados para irem lutar contra os "demônios mulçumanos" a serviço do Islam.

Com advento da descoberta da penicilina e de outros produtos farmacêuticos o controle biológico natural é interrompido e a população mundial cresce de forma assustadora e com ela a necessidade de suprir as infinitas necessidades da espécie em um meio natural finito. Este também é outro grande fator para o aumento da agressividade pela geração de uma maior disputa entre os humanos em sua busca pela sobrevivência individual, o que gera o "darwinismo social" em uma sociedade burguesa contaminada pelos conceitos injustos da meritocracia em uma sociedade desigual, o que não passa da legitimação do "direito do mais capaz" sobre os demais. A violência no meio dos mais pobres é apenas a reprodução do modelo violento de sociedade imposto pelos mais "ricos e cultos", pelos mais "capazes".

Se somarmos estes fatores ao modelo de desenvolvimento calcado nas necessidades individuais, nos sonhos egoístas de consumo impostos pelo mercado, sendo que este foi construído em cima da exploração dos extremamente poluidores hidrocarbonetos, que são usados desde para a produção de energia a confecção dos objetos de consumo, temos um quadro ainda mais caótico nos apontando para a destruição total do meio ambiente e o fim deste modelo de desenvolvimento pelo caos total que se aproxima.

Se continuarmos neste caminho, que considero quase que irreversível e como espécie estamos fadados ao fracasso e com a destruição do meio ambiente pelos nossos atos ao destruirmos os nichos ecológicos também impomos a mesma condenação a outras espécies de vida.

Os povos da floresta, que vivem em equilíbrio com o meio, hoje quase extintos em suas culturas animistas, por se negarem a se sujeitarem ao nosso modelo “cristão ocidental” de desenvolvimento são vistos como “selvagens e vagabundos”, como “um empecilho ao progresso” e por isto são destruídos.

Gaia, a Terra, um dia reconstruirá a vida, mas não na forma como se manifesta hoje, pois grande parte das formas como ela existia ou existe pela nossa ação predadora já estão extintas ou a caminho da extinção.

O fim progressivo das outras formas de vida é o anúncio de como ocorrerá o nosso próprio fim.

Carlos Molina

 
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