terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Base de Alcântara faz lançamento de foguete de treinamento no Maranhão


Wilson Lima/AE

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, realizou no início da tarde desta segunda-feira, 6, o lançamento do foguete de médio porte Improved Orion, como parte da primeira etapa da Operação Maracati II, cujo objetivo é realizar testes de equipamentos de aferição do CLA e prepará-lo para o lançamento do VSB-30, neste sábado, 11. A partida do VSB-30 é a segunda etapa da Operação Maracati II.

O foguete permaneceu no ar por 5 minutos e 16 segundos e atingiu uma altura de 104 quilômetros, caindo a uma distância de 73 quilômetros da costa. Os testes desta segunda-feira ativeram-se aos meios de rastreio e sistemas de telemetria do CLA.

O diretor-geral do centro, coronel Ricardo Rodrigues Rangel, classificou a operação como um sucesso. "Tudo ocorreu conforme o esperado. É um padrão realizar a contagem regressiva simulada que ocorreu hoje e, como vimos que havia a possibilidade de fazer o lançamento já neste momento, nós o fizemos", disse Rangel.

O lançamento do Improved Orion deveria ter acontecido na manhã do sábado passado, mas foi adiado em função de atraso no transportes de alguns equipamentos. O Orion é um foguete de treinamento monoestágico, movido a propulsão sólida e concebido em parceria entre o Brasil e a Alemanha, com 5,7 metros de comprimento e 500 kg. Essa foi a terceira operação do Orion em bases do País. A primeira ocorreu em 2008, no Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI) e a segunda, no próprio CLA, em maio do ano passado.

A expectativa agora gira em torno do lançamento do foguete de sondagem brasileiro VSB-30, marcado para o início da tarde deste sábado. Nesse processo, serão realizados aproximadamente dez experimentos do Programa Espacial Brasileiro de Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB) e também da Agência Espacial Alemã.

A primeira janela de lançamento está prevista para às 15h (horário de Brasília) de sábado. Caso as condições climáticas sejam desfavoráveis, uma nova janela será aberta para domingo, também às 15h. "Nossa expectativa é de que as condições de vento ajudem a realizar esse lançamento já no sábado", afirmou Rangel. Por outro lado, se as condições climáticas forem extremamente favoráveis, existe também a possibilidade de o lançamento ser antecipado em 1 hora no sábado.

O último lançamento de um VSB-30 no CLA para realizar experimentos do Programa Brasileiro de Microgravidade ocorreu em julho de 2007. Na época, o foguete alcançou 280 km, com uma velocidade de 7 mil m/s em um tempo de voo de aproximadamente 6 minutos. Apesar de a carga útil não ter sido recuperada na época, os experimentos puderam ser acompanhados pelo sistema de telemetria do CLA. Nesse voo, o foguete também obteve a qualificação plena do VSB-30.


Em discussão, a política de saúde pública no Brasil



Rudolfo Lago e Renata Camargo

Em julho, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) teve a oportunidade de participar de uma reunião do Conselho Político do presidente Lula. Assistiu, estarrecido, a um apelo dramático do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Na frente do presidente, ele fazia, segundo Perondi, "apelos dramáticos" por mais recursos. Segundo o deputado, Temporão usava imagens fortes, falava em "pilhas de cadáveres". Os recursos pedidos, porém, não vieram na proporção que o ministro da Saúde gostaria.

Perondi é bastante crítico. Embora reconheça a importância dos investimentos em políticas sociais e nas grandes obras do PAC, Perondi avalia que essas prioridades aconteceram em detrimento da saúde, segmento que, na sua avaliação, foi esquecido pelo governo Lula.

Lula anuncia veto a nova divisão dos royalties do pré-sal

Edson Sardinha

O presidente Lula adiantou hoje (7) que vetará parcialmente a proposta que prevê a redistribuição dos royalties do petróleo entre todos os estados e municípios, e não apenas entre os produtores. Em entrevista no Rio, Lula afirmou que o Congresso descumpriu o compromisso feito anteriormente para evitar que estados produtores, como o Rio de Janeiro, o Espírito Santo e São Paulo, percam recursos com o novo modelo de partilha.

“Eu pretendo, ao receber a proposta do Congresso, vetar e colocar a medida provisória que foi a razão do acordo para que eles votem, no próximo ano, no Congresso Nacional”, declarou. O projeto, aprovado semana passada pela Câmara, aguarda apenas a sanção do presidente Lula para virar lei.

O acordo anterior ao qual o presidente se refere mantém a arrecadação dos estados produtores e redistribui os recursos oriundos da produção do pré-sal. "Só temos que torcer pelo seguinte: que a Petrobras tenha toda a sorte do mundo de tirar todo o pré-sal e a gente tenha governantes que distribuam de forma justa todas as riquezas do pré-sal. Se isso for feito, tenho certeza de que nós estaremos vivendo muito melhor", ressaltou Lula.

A nova regra de distribuição de royalties do petróleo prevê que, descontada a parcela que cabe à União e aos municípios afetados pela exploração, os demais royalties serão divididos em 50% pelos critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 50% pelos critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Pela distribuição atual, os estados produtores do Rio de Janeiro e Espírito Santo e a União ficam com 92,5%.

De acordo com o projeto aprovado pelo Congresso, as perdas dos estados produtores serão compensadas pelo governo federal. Logo após a aprovação do texto semana passada, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), se disse "confiante no veto presidente" à nova regra de distribuição de royalties. Em entrevista à rádio CBN, Cabral disse que a aprovação dessa proposta representa “a falência do estado do Rio”.

Deputados rejeitam urgência para votar bingos


Renata Camargo

O plenário da Câmara rejeitou há pouco o requerimento de urgência para votar o projeto que legaliza os bingos e caça-níques no país. Em votação tumultuada, 226 deputados votaram pela urgência. Para que a proposta pudesse ter prioridade na pauta, era necessário o apoio de 257 parlamentares.

A votação do requerimento estava acordada entre líderes de partidos. O tumulto se deu porque deputados favoráveis à matéria queriam também acordo quanto à aprovação do requerimento. A votação do projeto que libera os bingos e caça-níqueis no Brasil entrou no acordo para votação de projetos prioritários para o governo. Entre eles, os projetos do pré-sal, analisados na semana passada.

Sem o requerimento de urgência não há mais garantias de que o PL dos bingos será votado neste ano. Os deputados estabeleceram como prioridade a apreciação do projeto que modifica a Lei Kandir e a proposta do Fundo de Combate à Pobreza. Favoráveis aos bingos já colocam o acordo em cheque.

Polêmico, o projeto libera o funcionamento bingos e uso de máquinas de caça-níqueis em todo o Brasil. Hoje ambos são proibidos no país. A proposta também prevê repasse de 17% das receitas das casas de bingos para a saúde, cultura, esportes e segurança pública e 1% para as demais áreas.

Paulino Viapiana é o novo secretário de Cultura.

Meus parabéns ao amigo!

Foi mais do que merecido!

O Paulino além de ser bem preparado para a função é do ponto de vista político para o Beto e para todos nós uma pessoa intelectualmente progressista, muito organizada e de extrema confiança!

Até que enfim a Secretaria da Cultura saíra do marasmo imposto pela Vera!

Currículo:

Jornalista pós-graduado em Marketing. Foi diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo, diretor de Comunicação e Relações Institucionais na TIM Celular Sul, coordenador de Marketing na Secretaria de Estado da Comunicação Social e assessor de Comunicação e Marketing da Telepar. É presidente da Fundação Cultural de Curitiba. Nasceu em Antônio Prado (RS), tem 50 anos.

Beto Richa anuncia novos nomes da equipe de governo

O governador eleito do Paraná, Beto Richa, anunciou nesta terça-feira (7) o nome de oito novos integrantes de sua equipe de governo.

Novos integrantes do governo Beto Richa:

Cassio Taniguchi — PLANEJAMENTO
Engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica.
Um dos responsáveis pela implantação da Cidade Industrial de Curitiba nos anos 1970, foi diretor-presidente da Urbs, empresa de Urbanização de Curitiba, e presidente Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Nos anos de 1995/96 foi secretário de Estado do Planejamento. Foi prefeito de Curitiba por dois mandatos, entre 1997 e 2004. Natural de Paraguaçu Paulista (SP), tem 69 anos

Faisal Saleh — TURISMO
Empresário em Foz do Iguaçu, fundou o Instituto Polo Internacional Iguassu, que reúne instituições para fomentar a integração e o desenvolvimento da região da fronteira. Participou da criação e da direção do Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu, do Iguassu Convention & Visitors Bureau, da Câmara de Comercio Paraguaio- Americana e do Centro de Importadores e Comerciantes Del Alto Paraná, entre outras insituições ligadas à integração e ao turismo. Nasceu em Ponta Grossa.

Fernanda Richa — FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Bacharel em Direito, presidiu a Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba (2005-2008 e 2009-2010), o Colegiado de Gestores Municipais de Assistência Social, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Municipal da Assistência Social e o Conselho Deliberativo do Fundo Municipal de Apoio ao Deficiente (FAD). Foi vice-presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa de Curitiba. Nasceu em Curitiba, tem 47 anos.

Jonel Nazareno Iurk — MEIO AMBIENTE
Natural de Ponta Grossa, é engenheiro civil, mestre em Ciência do Solo. Tem experiência na área de meio ambiente, com ênfase em conservação da natureza e desenvolvimento sustentado, atuando principalmente nos seguintes temas: ecoturismo, unidades de conservação, gestão ambiental e licenciamento ambiental. Foi superintendente do Ibama no Paraná entre 1995 e 1999. Tem diversos trabalhos técnicos sobre meio ambiente publicados. Tem 55 anos.

Paulino Viapiana — CULTURA
Jornalista pós-graduado em Marketing. Foi diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo, diretor de Comunicação e Relações Institucionais na TIM Celular Sul, coordenador de Marketing na Secretaria de Estado da Comunicação Social e assessor de Comunicação e Marketing da Telepar. É presidente da Fundação Cultural de Curitiba. Nasceu em Antônio Prado (RS), tem 50 anos.

Reinaldo de Almeida Cesar — SEGURANÇA PÚBLICA
Natural de Ponta Grossa, é delegado de Polícia Federal, bacharel em Direito, pós-graduado em segurança Pública. Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal. Foi chefe da divisão de cooperação internacional da PF e responsável pelo escritório central da Interpol no Brasil. Trabalhou no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Foi advogado e professor de Direito Penal na UFPR, chefe de Gabinete do Governador do Paraná e Secretário de Administração e Negócios Jurídicos da Prefeitura de Ponta Grossa. Tem 45 anos.

Ricardo Barros — INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Engenheiro civil, foi prefeito de Maringá (1989-1993), vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná e membro do Conselho Superior de Infra-Estrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Em 1994, foi eleito deputado federal e, desde então, reeleito sucessivamente. Em 2010, recebeu 2.190.539 votos para o Senado. Nasceu em Maringá, tem 51 anos.

Tarcisio Mossato Pinto — IAP
Natural de Jacarezinho, desde 1984 é funcionário público de carreira do Instituto Ambiental do Paraná, onde trabalha na área de licenciamento e fiscalização ambiental na região do Norte Pioneiro. Coordenou os Estudos de Impacto Ambiental das usinas termelétricas de Figueira e Canoas 1 e 2. Contabilista, foi chefe do escritório regional do IAP em Jacarezinho Tem 44 anos.


Os anteriormente anunciados:

Durval Amaral — CASA CIVIL
Advogado, foi vereador e vice-prefeito de Cambé, chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Fazenda, consultor Técnico da Secretaria de Estado da Fazenda, secretário de Estado do Trabalho e Ação Social (1992 a 1994) e presidente do Conselho Estadual da Criança e Adolescente. Em 1990, foi eleito deputado estadual e, desde então, reeleito sucessivamente. Natural de Londrina, tem 51 anos.

Fernando Ghignone — SANEPAR
Formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Administração e Economia da Universidade Católica do Paraná. Foi Secretario da Cultura, Esporte e Turismo do Estado do Paraná (1983-1986), secretário de Atividades Sócio Culturais do Ministério da Cultura (1986). Presidente da Embrafilme S.A. (1987-1988) e secretário Municipal de Comunicação Social de Curitiba (2005). É diretor de Transportes da URBS S.A., em Curitiba. Natural de Curitiba, tem 60 anos.

Flávio Arns — EDUCAÇÃO
Vice-governador eleito, Flávio Arns é formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Mestre em Letras pela UFPR e Ph.D. em Lingüística, pela Universidade Northwestern, EUA. Foi eleito deputado federal em 1991, reelegeu-se em 1994 e 1998. Em 2002, elegeu-se senador e, no Senado, foi presidência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte e da Subcomissão da Pessoa com Deficiência. Natural de Curitiba, tem 60 anos.

Ivan Bonilha — PGE
Advogado (UFPR 1989), mestre em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi conselheiro estadual da OAB/PR e membro consultor da Comissão de Assuntos Legislativos do Conselho Federal da OAB. Ex-Procurador Geral do Município de Curitiba, integrou o conselho do Instituto dos Advogados do Paraná e foi vice-presidente do Fórum dos Procuradores gerais das capitais. Natural de São Paulo (SP), tem 46 anos.

José Richa Filho — INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
Engenheiro civil pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, pós-graduado pela Sociedade Paranaense de Ensino e Informática. Foi diretor administrativo e financeiro do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), do Paraná e diretor administrativo-financeiro da Agência de Fomento do Paraná S.A. Foi secretário Municipal de Administração da Prefeitura de Curitiba. Natural de Londrina, tem 46 anos.

Lindolfo Zimmer — COPEL
Engenheiro mecânico e economista (UFPR), com pós-graduação em administração industrial, é servidor público concursado da Copel desde 1965. Foi diretor de Marketing (2000-2003), diretor de Operação (1995-1999), diretor de Engenharia e Construções (1979-1982), presidente do Comitê de Gestão da Copel Telecomunicações e Copel Transmissão, membro do Comitê de Gestão da Copel Geração e Copel Distribuição, gerente da Divisão de Manutenção Mecânica da Diretoria de Operação, gerente da Divisão de Engenharia Mecânica da Diretoria de Engenharia e Construção, entre outros cargos de gerência e direção na empresa. Natural de Canoinhas (SC), tem 68 anos.

Luiz Carlos Hauly — FAZENDA
Formado em Economia e Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, foi vereador e prefeito de Cambé, secretário de Estado da Fazenda (1987 a 1990) e presidente do Conselho de Administração do Banco do Estado do Paraná. Em 1991, foi eleito deputado federal e, desde então, reeleito sucessivamente. Natural de Cambé, tem 60 anos.

Luiz Eduardo Sebastiani — ADMINISTRAÇÃO

Economista graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPr), cursou mestrado em Teoria Econômica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Servidor público estadual do Ipardes, desde 1981. Foi presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná, representante do Paraná no Conselho Federal de Economia e diretor de Transporte da URBS. É secretário municipal de Finanças de Curitiba e preside a Associação Brasileira de Secretários de Finanças das Capitais (Abrasf) . Natural de Curitiba, tem 50 anos.

Mounir Chaowiche — COHAPAR
Natural de Joaquim Távora, Norte Pioneiro. Administrador de empresas com especialização em consultoria empresarial e gestão pública. Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, onde foi gerente e superintendente em diversos municípios do Paraná. Presidiu a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), de 2006 a 2010. Natural de Joaquim Távora, tem 49 anos.

Michele Caputo Neto — SAÚDE
Farmacêutico, servidor público da Secretaria de Estado da Saúde desde 1985. Foi chefe de gabinete da Fundação Nacional de Saúde, chefe da Vigilância Sanitária Estadual, diretor geral do Centro de Medicamentos do Paraná e diretor dos Órgãos Produtores de Insumos e Imunobiológicos da Secretaria de Estado da Saúde. No Município de Curitiba, foi duas vezes Secretário Municipal de Saúde. É Secretário Municipal de Assuntos Metropolitanos. Natural de Maringá, tem 48 anos.

Norberto Anacleto Ortigara — AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
Economista e técnico agrícola, desde 1979 é funcionário público de carreira da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, onde foi pesquisador, analista de mercado, diretor, diretor geral e secretário adjunto. Foi membro dos Conselhos de Administração da EMATER-PR, do CEASA-PR, da CLASPAR e da CODAPAR. Desde 2006, é secretário municipal do Abastecimento de Curitiba. Nasceu em Seberi (RS), tem 55 anos.

Jacson Carvalho Leite — CELEPAR
Administrador de empresas, foi secretário executivo e presidente do Conselho Estadual de Informática e Informações (CEI), presidente da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge) e assessor para Assuntos Institucionais da Companhia de Informática do Paraná. É diretor-presidente do Instituto Curitiba de Informática (ICI). Nasceu em Foz do Iguaçu, tem 58 anos.

Reinaldo de Almeida César será o secretário de Segurança Pública


Do blog do Campana:

Acabou o suspense. Reinaldo de Almeida César será o secretário de Segurança Pública de Beto Richa. Delegado da Polícia Federal. Reinaldo é filho de Djalma de Almeida César, que foi deputado e candidato a prefeito de Ponta Grossa.

Reinaldo foi secretário municipal da Prefeitura de Ponta Grossa. Tem o apoio de todas as correntes políticas da cidade. Hoje, ele preside a Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal.

DESPEJO EM PIRAQUARA: Sem ter aonde ir, famílias continuam amontoadas

GP

Amontoar os móveis que sobraram, improvisar uma cozinha e pendurar lonas para conter o frio. É essa a rotina de 70 das cerca de 350 famílias que viviam em uma área de proteção ambiental desocupada na semana passada, no bairro Guarituba, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Sem ter onde morar, parte dessas pessoas está em um abrigo provisório na quadra de esportes da Escola Municipal Henrique de Souza, mesmo local onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em 2007 no início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Naquele ano, Lula anunciou o investimento de R$ 1,25 bilhão em obras de saneamento, urbanização e ocupações irregulares no estado.

As obras do PAC estão atrasadas em Piraquara, segundo o prefeito Gabriel Jorge Samaha. Oitocentas casas devem ser entregues, mas as famílias desabrigadas não serão levadas para lá por não estarem inscritas em cadastros sociais. “Já tem fila de pessoas para essas casas. Foram três anos de análise de risco social. A única solução para o pessoal foi dar um abrigo temporário”, diz.

As famílias tinham até o último domingo para sair da escola, mas o prazo foi prorrogado por tempo indeterminado. A prefeitura forneceu cestas básicas e dois banheiros químicos para os desalojados. Porém, muitos estão sem banho há dias, já que não há chuveiro no local. Uma reunião com a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), cancelada ontem, deve acontecer hoje com participação da prefeitura e de moradores.

Uma das desabrigadas, Anair Vidal, está preocupada com a condição das crianças, entre elas sua filha Elisama, de um ano. “Ela tem bronquite e não consigo largar ela no chão para brincar porque tem muita poeira. Além disso, nos primeiros dias, muitas tiveram de dormir no chão, já que os colchões estavam todos molhados”. Beatriz Urch dos Santos está vivendo na quadra com o marido e os dois filhos. Ela conta que famílias que haviam conseguido abrigo na casa de parentes estão retornando para a escola. “Estamos improvisando do jeito que a gente pode para acolher”.

Uma cozinha com botijões de gás doados e fogão dos moradores foi montada no meio da quadra. A responsável pelo almoço, Leoni da Silva, afirma que os mantimentos fornecidos vão durar apenas dois dias. “Também estamos praticamente sem leite. Boa parte do que chegou nós já usamos para as crianças”, conta.

Brasil fica entre piores em ranking de ensino da OCDE

G1

Brasil segue entre os piores colocados em ranking internacional de ensino, divulgado nesta terça-feira (7). O país ficou com a 53ª colocação entre 65 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Feito com estudantes nascidos em 1993 matriculados em qualquer série a partir da 7ª série (8º ano) do ensino fundamental, o ranking é divulgado a cada três anos. Em 2009, avaliou 470 mil estudantes. Desse total, 20 mil eram brasileiros.

É avaliado o conhecimento de leitura, matemática e ciências dos adolescentes. O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), é quem aplica a prova do Pisa no país.

Com a média geral de 401 pontos, o Brasil ficou atrás de países como Bulgária, Romênia e os latino-americanos México, Chile e Uruguai. Fica à frente apenas da Colômbia, Kazaquistão, Argentina, Tunísia, Azerbaijão, Indonésia, Albânia, Catar, Panamá, Peru e Quirguistão.

O país ficou bem abaixo da média da OCDE, de 496 pontos. Os cinco melhores colocados são China (Xangai), com 577 pontos, Hong Kong, com 546, Finlândia e Cingapura, com 543, e Coréia do Sul, com 541.

Em relação às provas anteriores, o Brasil melhorou. O país teve média geral de 368 pontos em 2000, 383 em 2003 e 384 em 2006 e está entre os três que mais evoluíram desde 2000, atrás apenas de Luxemburgo e Chile. A melhora ocorreu também nas áreas de conhecimento avaliadas.

A melhor pontuação em 2009 foi de leitura, com 412 pontos, seguida por ciências, com 405 e matemática, com 386. Na área de leitura, que teve ênfase em 2009 na avaliação, o Brasil mostrou melhora de 19 pontos de 2006 para 2009, após cair dez pontos de 2003 para 2006.

De forma geral, segundo o ranking, as meninas tiveram desempenho melhor do que os meninos, com 403 pontos, contra 399. E o forte das alunas é a leitura.

A disparidade entre as dependências administrativas do país é grande. Estudantes de escolas federais tiveram as melhores médias, 528 pontos, que colocaria o Brasil entre os oito países melhor colocados. A nota das escolas particulares é de 502 pontos, entre os 20 melhores países. Já as públicas estaduais e municipais têm média comparada a dos sete piores países, 387 pontos.

"Deveria haver mais organização e deveriam exigir mais da gente, como acontece nas escolas particulares, com mais conteúdo, porque às vezes a gente fica com muita folga", afirma a estudante Maria Gabriela.

Avaliação

O Pisa avalia conhecimentos e habilidades que capacitam os alunos para uma participação efetiva na sociedade. A avaliação em leitura busca saber qual é a compreensão, o uso e a reflexão dos estudantes sobre textos escritos para alcançar objetivos. Já na matemática a intenção é medir a capacidade de atender suas necessidades no mundo para, por exemplo, expressar ideias bem fundamentadas.

PF prende pedófilos em Londrina



GP

Um advogado e um vendedor ambulante foram presos ontem em Londrina acusados de pedofilia. A Polícia Federal (PF) também fez buscas em Recife, Caxias do Sul e Salvador, onde outro homem foi preso. A identidade deles não foi revelada. A Operação Libras começou em 2009, quando a PF fez prisões em Santa Catarina e descobriu ramificações em outros estados. Em Londrina, recolheu discos rígidos de computadores, CDs, DVDs e pendrives com fotos e vídeos.

O vendedor aparecia em fo­­tos fazendo sexo com crianças e adolescentes. Foi autuado pelo crime de produção de pornografia infantil, artigo 240 do Estatuto da Criança e do Ado­lescente (ECA), com pena prevista de quatro a oito anos de reclusão. A transmissão das imagens pela internet não foi constatada, mas só a posse desse tipo de material já se configura crime. Autuado pelo artigo 241-B do ECA, o advogado po­­­de pegar pena de um a quatro anos de reclusão e multa.

WIKILEAKS: Julian Assange é preso em Londres

A polícia metropolitana de Londres informou por meio de um comunicado que o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, foi preso nesta terça-feira, 7, após se entregar para responder a uma investigação por crime sexual.

Assange tinha contra si um mandado de prisão emitido pela Suécia. O fundador do WikiLeaks é acusado de estupro e assédio sexual, mas nega todas as acusações.
A polícia de Londres informou também que Assange deve comparecer ao tribunal de magistrados de Westminster ainda nesta terça.

Desde o dia 28 de novembro o WikiLeaks vem causando polêmica ao divulgar documentos secretos do governo dos EUA. O site promete revelar ao todo mais mais de 250 mil papéis sigilosos da diplomacia norte-americana.

O tráfico no Rio e o crime organizado transnacional

Marco Aurélio Weissheimer/Carta Maior

Os verdadeiros chefes do narcotráfico no Rio de Janeiro são ligados à rede do crime organizado transnacional que movimenta no sistema bancário internacional cerca de 400 bilhões de dólares por ano. Esses são os grandes responsáveis pela violência e pelo tráfico de drogas e armas em todo o mundo. A situação que vemos no hoje no Rio reflete um quadro internacional, onde as polícias só conseguem apreender entre 3 e 5% das drogas ofertadas no mercado. É preciso ter em mente essa dimensão global do crime organizado na hora de buscar soluções para enfrentar o problema em nossas cidades. A avaliação é do jurista Wálter Maeirovitch, colunista da revista Carta Capital e ex-secretário nacional antidrogas da Presidência da República.

Compreender essa dimensão global é condição necessária para evitar discursos e propostas de soluções simplistas para o problema. Maierovitch dá um exemplo: “Os produtos principais do tráfico de drogas são a maconha e a cocaína. Tomemos o caso da cocaína. Sua matéria prima, a filha de coca, é cultivada nos Andes, especialmente no Peru, Bolívia, Colômbia e Equador. No entanto, a produção da cocaína exige uma série de insumos químicos e nenhum destes países tem uma indústria química desenvolvida. O Brasil, por sua vez, possui a maior indústria química da América Latina”. Ou seja, nenhum dos países citados pode ser apontado, isoladamente, pela produção da cocaína. Essa “indústria” tem um caráter essencialmente transnacional.

Novas tendências das máfias transnacionais

Presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais, Wálter Maierovitch é um estudioso do assunto há muito tempo. O livro “Novas Tendências da Criminalidade Transnacional Mafiosa” (Editora Unesp), organizado por ele e por Alessandra Dino, professora da Universidade Estadual de Palermo, trata dessas ramificações internacionais do crime organizado. A primeira Convenção Mundial sobre Crime Organizado Transnacional, organizada pela ONU, em 2000, em Palermo, destacou o alto preço pago ao crime organizado internacional em termos de vidas humanas e também seus efeitos sobre as economias nacionais e sobre o sistema financeiro mundial, onde US$ 400 bilhões são movimentados anualmente.

Em 2009, diante da crise econômico-financeira mundial, o czar antidrogas da ONU, o italiano Antonio Costa, chamou a atenção para o fato de que foi o dinheiro sujo das drogas funcionou como uma salvaguarda do sistema interbancário internacional. “Os bancos não conseguem evitar que esse dinheiro circule, se é que querem isso”, observa Maierovitch. A questão da droga, acrescenta, é muito usada hoje para esconder interesses geopolíticos. Muitos países são fortemente dependentes da economia das drogas, como é o caso, por exemplo, de Myanmar (antiga Birmânia), apontado pela ONU como o segundo maior produtor de ópio do mundo (460 toneladas), e de Marrocos, maior produtor mundial de haxixe.

Tráfico de armas sem controle

Uma grave dificuldade adicional que os governos enfrentam para combater o narcotráfico é que ele anda de mãos dadas com o tráfico de armas. O Brasil é um dos maiores produtores de armas leves do mundo. Em 2009, a indústria bélica nacional atingiu o recorde do período, com a fabricação de 1,05 milhão de revólveres, pistolas e fuzis, segundo dados da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército. A falta de controle sobre a circulação de armas, observa Maierovitch, é um problema grave. Quando um carregamento com armas sai de um porto brasileiro, explica, exige-se um certificado de destinação. Mas, depois que o navio sai do porto, perde-se o controle. O certificado diz, por exemplo, que as armas vão para Angola. Mas quem garante que, de fato, foram para lá? Esse certificado serve para que, então? – indaga o jurista.

O quadro que vemos hoje no Rio, insiste Maierovitch, precisa ser amplificado para que possamos ver todas essas conexões com o crime organizado transnacional, que atua em rede com nós funcionando como pontos de abastecimento e distribuição. Essas redes são flexíveis e estão espalhadas pelo mundo, acessíveis a quem assim o desejar. Há várias portas de entrada para ela e identificar suas ramificações não é tarefa simples. O jurista cita o caso da cocaína. Cerca de 90% da cocaína consumida hoje nos Estados Unidos vem da Colômbia e entra no país pelo México. E 90% das armas utilizadas pelos cartéis mexicanos vêm dos Estados Unidos. Ou seja, há duas vias de tráfico na fronteira entre EUA e México: por uma circulam drogas e pela outra, armas.

Pacificação x Militarização

Neste cenário global de expansão e ramificação do crime organizado, Maierovitch considerou surpreendente e muito importante a recente ação policial no Rio de Janeiro, na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Essa ação, destaca, traz elementos importantes que devem marcar a ofensiva contra o crime: reconquista de território, retomada do controle social nas comunidades, garantir cidadania e liberdades públicas à população que vive nestas áreas. A política que vem sendo implementada pelo governo do Rio, acrescenta, está baseada num conceito de pacificação e não de militarização como ocorreu, por exemplo, no México, onde o governo de Felipe Calderón colocou o Exército na linha de frente da guerra contra o narcotráfico e está perdendo essa batalha, com um grande número de vítimas civis.

No Rio, prossegue, o que houve foi uma reação a ataques espetaculares cometidos pelo tráfico, mas a política é pacificadora. “No início do governo de Sérgio Cabral fui um crítico à política que ele estava implementada e que seguia essa linha adotada no México. Mas agora a política é outra e merece apoio. Maierovitch critica o que chama de “ataques diversionistas” contra o governo estadual, que o acusam de favorecer as milícias ao focar sua ofensiva no Comando Vermelho e no Amigos dos Amigos. “Esse diversionismo só favorece o crime organizado. Há territórios que estão sendo retomados e rotas de tráfico interrompidas. É possível e fundamental reestabelecer a cidadania no Rio de Janeiro”, defende.

Trata-se, em resumo, de uma luta permanente, global e em várias frentes, onde cada metro de terreno conquistado deve ser valorizado e cada derrota imposta ao crime organizado servir como aprendizado para maiores vitórias no futuro. Maierovitch conclui: “A Itália é a terra da máfia, é verdade, mas também se tornou a terra da luta contra a máfia. Precisamos aprender com essas experiências.”

A querida Jeniffer

Ontem foi um dia de profunda agonia mesclado com uma incomensurável alegria no grande final dessa sua, e nossa, jornada acadêmica, que soube conduzir com grande maestria desde o primeiro dia na UNIBRASIL até o seu TCC. A minha querida filha ao ter o seu projeto examinado por uma honesta e rígida banca se saiu muito bem no Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo, obtendo 8,5, com seu livro Escondidos na Multidão - Histórias Anônimas na Realidade Social do Centro de Curitiba.

Jeniffer Costa Pimenta, 21 anos, ainda uma menina, está graduada. Ultrapassou uma entre tantas barreiras ainda a serem ultrapassadas durante a longa vida que espero que tenha e que com certeza terá, mas também conseguirá superar a todas outras, pois vontade focada é o que não lhe falta. Desde pequena isto é uma das principais características de sua personalidade. Sempre agindo com dedicação e humildade. Ela nunca foi uma pessoa competitiva no sentido egocêntrico da palavra, não poderia ser diferente,pois a sua formação básica foi humanista e assim ela nunca se colocou acima dos conjuntos sociais de que fez ou faz parte. Ela aprendeu que o competir tem de estar subordinado ao compartilhar. Nesta semana a sua maior preocupação não era nem com si mesma e sim com as amigas e amigos que tiveram uma maior dificuldade acadêmica durante o período de duração do curso. Ela acompanhou todas as bancas examinadoras por que passaram os seus colegas e com elas e eles sofreu junto. Todo dia ela chegava a nossa casa ou alegre ou infeliz pelos resultados alcançados pelos que com ela durante quatro anos compartilharam a mesma sala de aula.

Na semana que findou, e principalmente ontem, que era o dia D, as lembranças sobre a sua caminhada permearam os meus pensamentos e aquela menina hiperativa da infância voltou como um filme na minha mente e chorei, pois me lembrei de tantos bons momentos da vida em família e estes quem nos propicia são principalmente os filhos, que nos fazem deixar de pensarmos em nós mesmos e assim atingirmos a maturidade enquanto ser coletivo. A vida em família é principalmente doação e dedicação, e isto é cuidar, amparar. Eles crescem observando os nossos acertos e erros e nós com eles, pois ao vermos os seus desenvolvimentos enquanto seres humanos em formação temos o direito de ter acesso ao que foi as nossas existências individuais e aos erros e acertos dos que quem nos criou cometeram nesta trajetória e assim superamos as mágoas e revivemos as grandes alegrias do passado.

Doce Jeniffer, você como a Bruna e o Wellington nos dão razões para viver e lutar e o carinho e a gratidão que nos devolvem faz com que as nossas duras vidas se tornem em uma caminhada agradável, a sensação de que estamos acertando enquanto pretensos mestres na escola da vida.

É bom ver que a doçura de vocês no trato com os pais, tios, irmãos, primos e amigos vem não dá fragilidade de quem teme a vida e sim da força de quem sabe o quer, do respeito aos valores humanistas que herdaram.

Parabéns minha querida, pois se demos alguma contribuição ela é pouca perto do todo que você como um ser integral representa, pois se ao mesmo tempo somos frutos do meio temos por obrigação construir a nossa própria síntese e isto você consegue fazer com sabedoria!

Fico muito grato por você fazer parte de nossas vidas!



Do amigo da Je e de todos nós:

Assinado por Allejo (http://www.allejo.com.br)

O nome está propositalmente colocado como um pseudônimo, para que antes de se saber quem escreve, se saiba o que ele sente, o que o levou a comentar algo nesse espaço. A vida me ensinou, embora eu ainda não possa comprovar isso com toda a sua profundidade e veracidade, que se preocupamos, um pouco mais do que apenas com a gente, enquanto se tem pais, e mais especificamente mãe, e depois que se tem filho, no nosso caso depois que se é pai. tenho convicção disso, enquanto filho, porque minha mãe ainda, felizmente, é viva. Se eu não for pai antes de ela morrer, teria a ciência do que é viver no tempo intermediário, quando as atitudes não precisam ser exatamente pensadas. Depois de ser pai, ou até extendendo para o ser avó, volta-se, eu suponho, a se preocupar com coisas que vão além do seu próprio umbigo. Acho que tudo isso pode se resumir num exemplo simplório: tomar vacina. Enquanto sua mãe é viva e depois que você é pai, você vai tomar a bendita vacina, não porque você acha que deve, mas porque confia que ela te dará saúde, e vai manter você vivo, porque a última coisa que você quer é morrer e deixar de ver sua mãe ou sua filha. Enquanto você está na fase intermediária, me parece que tanto faz quanto tanto fez. Ninguém parece que precisa tanto de você. Antes de continuar, e aproveitando para pedir desculpas se me saio meio ou muito prolixo, preciso recorrer a Bertold Brecht, que é no mínimo, mais privilegiado intelectualmente que minha pessoa: "Há homens que lutam um dia, e são bons; Há outros que lutam um ano, e são melhores; Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; Porém há os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis". Conheço Jeniffer Pimenta há quase exatos quatro anos. Nos vimos, se comprimentamos, pela primeira vez no dia 5 de fevereiro de 2007. E entendendo quem é essa menina, como bem colocado no post, e por isso penso que posso fazer algumas ponderações. Luta é um verbete que reflete nesse menina, nesse hoje jornalista. Ela sempre lutou, em todos os dias que pude conviver com ela, por seus objetivos e não me veem a cabeça algum relevante que ela não tenha conhecido. Me passa por alto, agora, o fusca cor-de-rosa que ela ainda não dirige. Mas me refiro a objetivos mais factuais, jornalisticamente falando. Em nossas infindáveis e generosas conversas, pude aferir que seu caráter de luta, de perseverança não é casualidade, não sorte, diria o meu pai que é "berço". Antes de conhecer o nobre Molina que assina este blog, eu já podia saber das lutas, dos desafios, de alguém que pelo menos entrou nas faculdades de engenharia, economia, direito, etc. se eu não muito me equivoco; que precisou morar numa Casa de Estudantes Universitários. De alguém que criou e se deu de corpo e alma para três grandes filhos. De alguém que, na figura de pai, não só precisa se vacinar todos os anos como precisa ser exemplo, ser espelho, ser altivo, não esmorecer. E aí, mesmo antes de apertar a mão firme desse "prosador e versador" pude ter a consciência de onde vem essa Jeniffer, será que ela é mesmo um anjo, que ela é mesma de verdade, que ela é mesma autêntica... Para que então, eu possa seguir, e recorrer outra vez a Brecht, que fala dos imprescindíveis. Não consigo hoje em dia, avalizar outra palavra que defina o que representa Jeniffer Pimenta na minha vida. Da generosidade dessa figura ímpar, sublime, bondosa, confidente, amorosa, especial, única. Que, como naturalmente, eu sinto ser uma irmã, porque filho único frustrado que sou não consigo mensurar outra maneira o sentimento que tenho por ela. Acho que um irmão ama outro irmão da maneira que eu, respeitosamente, amo ela. E que muito me honrou no dia em que quis dividir comigo a luta do TCC. Esse desafio colossal, que nos atormenta por pelo menos quatro semestres, ininterruptamente. Se me é permitida a liberdade de uma parte, devo dizer de quantos não foram os amigos, colegas de academia, que não chegaram até minha pessoa para dizer, nos últimos 30, 40 meses, sei lá eu, que "era para a gente estar fazendo o tcc juntos". Mas de maneira nenhuma eu poderia colocar qualquer companhia na frente dela, ou do contrário, como farei agora, só poderia me formar sozinho. Porque não foram menos os que já confessaram o quanto parece e transparece ser bonita e sincera esta amizade. Se algo me deixou feliz nos últimos semestres foi dividir com Jeniffer Pimenta o tcc. Qualquer instante a mais perto dela é sempre um privilégio, uma alegria, uma euforia no meu coração. Saber da confiança dela em mim é um dos motivos que me fazem levantar de manhã, ir dormir a noite, mesmo sendo tão difícil para um notívago como eu. Até o dia em que aconteceu algo diferente do previsto, uma falha, uma lacuna, minha reprovação e minha impossibilidade de acompanhá-la, seguir em frente ao seu lado. Foi um baque. Não inesperado, afinal você sabe tão bem quanto eu, que apenas colhemos o que plantamos. O meu dilema é que perdi a mão. Me deixei entorpecer, falhei como homem, como aluno, como companheiro. Deixei de tomar a vacina, mesmo tendo mãe. Fui egoísta, preocupado com meu umbigo, pagando para ver, numa gíria qualquer. Tinha toda a liberdade de fazê-lo. Não até isso prejudicar alguém que além de mim. Ainda mais sendo a prejudicada que é, quem sempre foi. Ninguém sabe o que passou pela minha cabeça, ninguém pode dimensionar nem por um milímetro o que eu senti, como ainda hoje meu coração fica apertado; não sei se por prepotência ou arrogância, não me arrependo, mas me sinto magoado, derrotado, um ser humano menor. A lágrima que vi cair pelo rosto de Jeniffer Pimenta numa das primeiras vezes que nos reencontramos foi o tiro mais ferrenho no meu peito. E não por culpa dela, mas por minha ignorante incompetência. Não me sinto preocupado, o que talvez seja um erro, em terminar a faculdade mais tarde, depois de um semestre. Sinto-me aturdido por decepcionar, entristecer, colocar uma dúvida em quem confia em mim, e gosta de mim. Professores, colegas que chegam e dizem "não é possível, não consigo acreditar". Mas nada me desgosta, me chateia mais que ter decepcionado, desapontado, traído a Jeniffer, depois de tudo que ela fez e sempre continua fazendo. E isso, por óbvio, se estende a todos que estão ao redor dela, aos quais grande parte eu não consegui dirigir uma palavra depois de tudo ter passado, muito por falta de coragem minha, não por qualquer natureza de medo, porque não é caso, mas por vergonha, por saber do tamanho do prejuízo e dos problemas que eu causei. Tudo ainda está latejando, obstinadamente, dentro do meu peito. Como se tudo tivesse acontecido ontem, há uma hora. Mas algo conseguiu me confortar, em uma parte. Ler o livro, assistir a banca, e ver como o resultado foi muito além do que eu planejava para o tcc. Honestamente, não poderia ter sido melhor, nem eu não teria feito tão bem. Sei de quantos sonhos dela eu apaguei e atrapalhei, mas se há algo positivo fica a certeza de que essa etapa ela já passou, está formada, e está, a partir de agora, em uma classe privilegiada de brasileiros. Mais ainda, fica claro para quem quiser enxergar, que naquela dupla inseparável das últimas carteiras da sala de jornalismo da UniBrasil, nunca e jamais poderia ter sido eu a cabeça matriz, condutora. É inegável que somamos forças, mas é mais insofismável que ela era muito imprescindível na dupla do que eu. Mas esse julgamento de valor a parte, relembrando os momentos na sala, só posso externar aqui o meu orgulho, minha alegria, minha satisfação de ter dividido uma cadeira na academia com Jeniffer Pimenta. Falo com o peito estufado que sou contemporâneo dela na graduação, que por causa dela me motivei a seguir em frente na faculdade, mesmo quando tinha certeza que não queria mais, queria largar, que tive dúvidas. Apenas saber da existência dela, já resolve grande parte dos meus dilemas, das minhas fraquezas, me conforta e me conforta muito, que pessoas como ela, ser humanos como Jeniffer Pimenta existem e, se não mudarem o mundo, terão feito ele melhor, diferente, novo. E como acho inestimável o valor da família, a Jeniffer só poderia ter o círculo familiar que ela tem. Que nas vezes em que compartilhei da presença apenas reforcei minhas convicções a respeito dela. Que tudo não é acaso. Que ela tem a mãe, ou irmãos, o noivo que tem. E aqui em especial, o pai. O grande homem que comanda essa família e muito me inspira, apenas em ouvir sua filha falar dele. A querida Jeniffer, como bem define o título, aproveito aqui o espaço, para agradecer, por tudo e tudo que fez e continua fazendo por mim, porque não sou merecedor de uma amizade tão valorosa quanto a sua. E ao dono deste blog que criou a filha que criou, constituiu a família que constituiu. Me perdoem o desabafo, me perdoem o tamanho do texto, quem é sabe como jornalista adora escrever; e eu sou absolutamente mais capaz de me expressar por palavras escritas do que por palavras faladas... Se me permitem, confesso que enquanto a Jeniffer existir vou continuar me vacinando. E não consigo terminar sem registrar que agradeço, todos os dias, por me darem a gentileza de entrar em vossas vidas; feliz o dia, que eu escolhi a UniBrasil como primeira opção no Enem. As mais sinceras saudações de

Cleverson Dias Bravo

 
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