segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A milionária campanha do Osmar Dias

Mário Celso Petraglia

O candidato do PDT ao governo do Paraná, senador Osmar Dias, declarou à Justiça Eleitoral receitas parciais de R$ 9,7 milhões para sua campanha. Segundo o site G-1 do total até agora arrecadado pela candidatura Osmar Dias está já gastou R$ 9,6 milhões no primeiro mês de campanha. Os principais doadores da campanha do Osmar são pessoas jurídicas (R$ 5 milhões).

A arrecadação do Osmar representa quase cinco vezes a receita informada pelo seu principal adversário, o tucano Beto Richa, que declarou arrecadação de R$ 2,086 milhões, e praticamente 200 vezes o que foi gasto pelos candidatos dos partidos menores, cujos gastos no total não passaram de R$ 50 mil. O candidato Paulo Salamuni (PV) gastou R$ 42,3 mil. Luiz Felipe Bergmann (Psol) gastou apenas R$ 1.330 na campanha. Amadeu Felipe (PCB) arrecadou R$ 3 mil e gastou R$ 1,2 mil. Avanilson Araújo (PSTU) e Robinson de Paula (PRTB) não declararam nenhuma receita e despesa.

O grande arrecadador de fundos para a campanha do Osmar é o lernista Mário Celso Petraglia, que como o ex-governador Mário Pereira, coordenador geral da campanha do Osmar, é ligado ao grupo INEPAR. O grupo INEPAR é presidido pelo sogro do Petraglia, o também lernista Atilano Oms Sobrinho.

O Petraglia foi um dos personagens centrais da CPI dos Precatórios. A operação nascida de dentro do Banestado, que serviu como incubador de desvios do Bradesco e dos pequenos bancos que foram liquidados pelo Banco Central (BC) no rastro das denúncias feitas então pelos senadores Kleinubing (PFL-SC) e Roberto Requião (PMDB-PR).

O esquema de lavagem de dinheiro por meio da agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná, privatizado em outubro de 2000) em Nova York, que movimentou US$ 30 bilhões entre 1996 e 1999, foi utilizado para "esquentar" dinheiro dos principais casos de corrupção brasileiros da década de 1990.

Os principais agentes da investigação do caso foram o analista do Banco Central do Brasil Abraão Patruni Júnior, o delegado da Polícia Federal José Francisco Castilho Neto, a procuradora Valquíria Quixadá Nunes e o perito criminal federal Renato Barbosa.

Em 1997 o senador Osmar Dias proferiu este discurso no senado:

..."Acusaram o Presidente Mário Celso Petraglia de ser conivente com a corrupção no futebol, como também o estão acusando de participar de outras maracutaias no País como, por exemplo, na CPI dos Precatórios, na qual seu nome aparece constantemente - ele é o tesoureiro da campanha do Governador Jaime Lerner, do Paraná, e, portanto, tem o seu nome inserido em irregularidades em nosso País.

Apesar de tudo isso, não é justo que os torcedores, dos mais humildes à elite, sofram pela decisão que deveria, sim, banir do futebol os dirigentes corruptos, mas jamais impedir que um time de futebol exerça seus direitos. E a sua torcida é a maior prejudicada nessa história toda."...

O DISCURSO DO OSMAR NA INTEGRA:

http://www.senado.gov.br/senadores/senador/odias/trabalho/Discursos/Discursos/Discurso1997/970609.htm


Será que o discurso de ontem não vale mais para os Dias de hoje?

NO GOVERNO LULA O BNDES ESTÁ A SERVIÇO DO GRANDE CAPITAL NACIONAL E INTERNACIONAL

Carlos Lessa

Carlos Molina

Em vez de fortalecer a pequena e a média empresa, o que manteria e geraria mais empregos, como alavancaria a distribuição de renda, o governo Lula usando um dinheiro que é de todos, o do BNDES, aposta na formação de oligopólios, o que é danoso para a economia nacional por concentrar demais as riquezas nas mãos de poucos.

Enquanto as pequenas, médias e até grandes empresas abrem falências o Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, se refere ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como “o melhor banco do mundo”. Não é somente o Eike que tanto se beneficia do dinheiro barato emprestado pelo BNDES, pois outro grande exemplo de favorecimento ao grande capital são os empréstimos concedidos as empresas JBS e a Marfrig, que receberam da instituição oficial R$ 18,5 bilhões e assim passaram a serem grandes oligopólios no setor de alimentos. Estas grandes empresas, graças ao imoral apoio do governo Lula acabam por engolir as demais que atuam no mesmo ramo de atividade, mas que não recebem este tipo de apoio oficial.

A existência dos oligopólios na maior parte das vezes leva a cartelização da economia e isto é ruim tanto para o mercado como para o consumidor final.

A existência dos cartéis normalmente ocorre em mercados oligopolísticos, nos quais existem um pequeno número de empresas que atuam na produção de produtos homogêneos. Na prática quando há a formação do cartel as mega-empresas operam como se fossem um único monopólio, isto é, como se fossem uma única empresa.

Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros de um cartel também prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam no mercado. Cartéis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda de competitividade da economia com o um todo.
Segundo estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os cartéis geram um sobre preço estimado entre 10 e 20% comparado ao preço em um mercado competitivo, causando prejuízos de centenas de bilhões de reais aos consumidores anualmente.
No setor de alimentos, circula a crítica de que um dos pontos fortes de JBS e Marfrig são suas conexões políticas. Líderes num setor que exibe margens de retorno baixas e riscos altos, a avaliação do mercado é que essas empresas não teriam ido tão longe sem o BNDES.
O JBS comprou mais de 30 empresas nos últimos anos, enquanto o Marfrig adquiriu 14 companhias fora do País.
Cerca de três anos atrás, outro frigorífico importante, o Minerva, procurou o banco na tentativa de conseguir apoio para sua expansão. Saiu de mãos vazias. Enquanto isso, apoiado pelo banco estatal, o JBS tornou-se o maior produtor de carne processada do mundo.
A grande questão é que as verbas do BNDES saem do bolso do contribuinte. Uma das principais fontes de captação do banco é o Fundo de Amparo ao Trabalhador, com recursos do FGTS, que são recolhidos de forma compulsória. Com esse dinheiro, que rende apenas 3% ao trabalhador, o BNDES faz empréstimos de longo prazo pela TJLP, que está fixada em 6% ao ano.

A segunda fonte de recursos do banco tem sido o Tesouro Nacional. Neste caso, a conta é repassada a toda a sociedade, pois o Tesouro capta recursos a uma taxa maior do que a TJLP - a Selic, usada nos títulos emitidos pelo governo, está em 8,75% ao ano. "O BNDES recebe um dinheiro de pai para filho e deveria usá-lo em atividades nobres, para criar coisas novas, não para financiar o que já existe", disse à DINHEIRO o professor Carlos Lessa, que foi o primeiro presidente do BNDES no governo Lula.

Além disso, Lessa é também um crítico insuspeito por ser considerado um dos principais economistas alinhados com o pensamento "desenvolvimentista". Uma de suas principais queixas é o fato de o BNDES financiar só as grandes empresas nacionais e multinacionais, as que teriam pleno acesso ao mercado global de capitais e pelo porte que estas tem não deveriam serem o principal alvo de um banco de fomentos, que é o que deveria ser o BNDES.

O Lessa disse:

“Isto faz com que essas entidades colossais não tenham mais as suas raízes no seu país de origem, pois elas não operam mais tendo como referência um país chamado Brasil, mas sim a sua dimensão como empresa a nível mundial. Isso não reforça em nada o desenvolvimento brasileiro.”

Importações em disparada no Brasil


A desindustrialização causada pelo alto custo do dinheiro para o finaciamento industrial, os altos impostos, a alta da demanda de produtos industrializados, o artificial baixo valor do dólar e alto custo do real são os principais fatores que levaram a uma disparada das compras externas do Brasil, levando as importações a representarem 18,3% do consumo interno do país no segundo trimestre.

A proporção é muito superior aos 14,9% registrados no mesmo período de 2009, e se trata do nível mais elevado da série da LCA Consultores, iniciada em 2002.

Expansão acelerada

O volume importado cresceu 46,1% sobre o período de abril a junho do ano passado, expansão ainda maior que a de 37,8% do trimestre anterior.

A alta das importações ocorre com mais força em setores como têxteis, materiais eletrônicos e aparelhos de comunicação, metalurgia básica e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Altos juros: endividamento da população e a desindustrialização do país


Enquanto o povo se individa além do limite pagando duas ou até três vezes valor a vista nas compras a prazo e o Brasil se desindustraliza por causa das também altas taxas de juros, o que encarece o valor do dinheiro e assim impede o financiamento da estrutura produtiva, o que causa falências e desemprego no setor industrial, os bancos lucram como nunca. Neste triste processo de não desenvolvimento tecnológico produtivo o Brasil se torna um mero exportador de matérias primas e a cada dia importa mais os produtos industrializados.

Com desempenho muito ligado às perspectivas da economia brasileira, do crédito e do consumo, as empresas do setor financeiro voltaram a ser destaque na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O setor foi o que apresentou maior rentabilidade em julho, e analistas consideram que ainda há espaço para ganhos com os papéis.

Levantamento da consultoria Economatica mostra que a rentabilidade média das 35 ações do setor foi de 23,39% no mês passado. Desde o início de julho, alguns papéis registram alta de mais de 20%.

A AGONIA DO EMPRESARIADO NACIONAL:

Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos

ELEIÇÕES: EM QUEM VOTAR?

3/03/2010
O papel de uma entidade de classe como a ABIMAQ é de extrema importância para o desenvolvimento econômico e social de um País, na medida em que ela aglutina interesses comuns e de certa forma acaba se tornando um agente formador de opinião, seja em um universo diretamente relacionado, como é o caso da comunidade de fabricantes de máquinas ou em sua esfera de influência, no caso toda a cadeia envolvida no processo produtivo , e a própria imprensa que nos ouve em todos os momentos.

Assim, assumir uma posição favorável ao candidato A, B ou C é uma postura que envolve não apenas ideologia, mas também uma análise profunda das repercussões de tal escolha, no curto, médio e longo prazo .
Para isso, gostaríamos de solicitar aos associados que nos ajudem na tarefa de selecionar as melhores opções para o mercado de máquinas e equipamentos em particular, e para o País de um modo geral.

Este ano vamos nos engajar na tarefa de análise e reflexão de todos os candidatos envolvidos no processo eleitoral, inclusive, convidando-os ao debate dentro da nossa entidade, para que possamos posicioná-los sobre as nossas reais necessidades e ouvir de cada um deles sobre qual a sua proposta de política industrial para o nosso setor.

Nesse momento eleitoral é importante que tenhamos a oportunidade de passar aos candidatos, antes de formalizar o nosso apoio, quais são as nossas prioridades e, principalmente, o que o novo governo poderá fazer no sentido de evitar a decretação do fim da indústria nacional, revertendo o quadro de desindustrialização que se instalou no país.

Essa é uma tarefa afeta à formulação de uma política industrial que contemple a normatização da entrada de máquinas produzidas fora do País, disciplinando esse processo, tomando por base o princípio de que para nos tornarmos um País rico e forte, temos que ter um setor de bens de capital desenvolvido.

Precisamos passar aos candidatos e ouvir deles quais as propostas para a falta de isonomia que a indústria brasileira enfrenta em relação às máquinas importadas, que estão tomando conta do mercado nacional. Costumo sempre dizer que um empresário chinês jamais teria a mesma competitividade que possui se viesse produzir no Brasil, enfrentando as mesmas dificuldades que o empresário brasileiro (carga tributária, juros altos, câmbio, etc).
Este mês tivemos um acontecimento que nos deixou profundamente tristes e preocupados com o destino da indústria de máquinas e equipamentos instalada no País.

A ABIMAQ foi procurada por uma associada que há cinco anos teve que demitir 400 dos seus 500 funcionários e hoje importa máquinas da China para vender no mercado nacional, com placa produzida com seu nome e manual em português, por absoluta falta de opção. Ou ela fazia isso ou fechava as portas.
Esse fato deve estar acontecendo com muitas empresas do nosso setor, desempregando mão-de-obra nacional e gerando empregos e riqueza no exterior. Dessa forma, precisamos nos mobilizar no sentido de trazermos os candidatos para dentro da nossa entidade e apoiarmos aquele que oferecer a melhor plataforma para o nosso setor.

Mas para isso precisamos do apoio de todas as associadas, para fazer chegar a todo o País um alerta contra o processo de desindustrialização de que estamos sendo vítimas, não só a indústria de máquinas e equipamentos, mas o País como um todo. E esse alerta deve ser compartilhado por todos os setores da sociedade civil organizada para que possamos, através de uma única voz, tentar apontar um caminho para interrupção desse processo, que na prática pode significar a falência da indústria nesse País.

Precisamos de mudanças rápidas. Necessitamos de medidas que compensem as dificuldades que nos são impostas e esse ano será decisivo para a implantação de uma política industrial que atenda aos nossos interesses. E o candidato que tiver sensibilidade para isso, para criar uma política de desenvolvimento para o País com base no setor propulsor de qualquer desenvolvimento, que é o de máquinas e equipamentos, terá o nosso apoio.


Luiz Aubert Neto
Presidente

Amanhã o candidato José Serra estará no Porto de Paranaguá


Segundo o blog do senador Alvaro Dias o presidenciável José Serra vai estar no Porto de Paranaguá nesta terça-feira, dia 10, às 14 horas, para gravar programa eleitoral gratuito:

"Certamente o diagnóstico da situação portuária e suas propostas de modernizaçao dos portos serão os temas. Encontrará enorme fila de caminhões aguardando vez."

Dilma mente sobre o reajuste do salário minímo


No debate na Band a Dilma mentiu sobre o percentual de reajuste do salário mínimo durante o governo Lula. Nele a candidata governista apresentou um percentual de 74% entre 2003 e 2010, já os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam no período o porcentual real de apenas 53,67%.

Aliados de Dilma Rousseff nos estados arrecadam 63% a mais que seus adversários


O Globo

As campanhas a governador aliadas à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), levam franca vantagem no quesito arrecadação sobre as alinhadas ao principal adversário dela, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). A exemplo do que ocorre na disputa presidencial, os doadores têm enchido os cofres dos políticos próximos ao Palácio do Planalto nas eleições regionais, deixando a oposição, em alguns casos, descapitalizada.Levantamento do GLOBO sobre as prestações de contas parciais apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, nos 15 maiores colégios eleitorais do país onde há polarização entre apoiadores da petista e do tucano, a máquina governista amealhou 63,8% mais.

Receita libera consulta ao 3º lote de restituições do IR


A Receita Federal liberou nesta segunda-feira, às 9h, a consulta ao 3º lote multiexercício de restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física, incluindo os exercícios de 2010 (ano-base 2009), além da malha fina de 2009 e 2008.

Para saber se terá a restituição liberada nesse lote, o contribuinte pode acessar a página da Receita na internet ou ligar para 146 e informar o número do CPF.

No dia 16 de agosto, serão creditadas, simultaneamente, as restituições referentes ao exercício de 2010 e da malha fina de 2009 e 2008, por depósito bancário, para um total de 1,673 milhão de contribuintes, totalizando um montante de R$ 1,5 bilhão.

Para o exercício de 2010, serão creditadas restituições para um total de 1,628 milhão de contribuintes com imposto a restituir, totalizando um montante de R$ 1,426 bilhão, já acrescidos da taxa Selic de 3,40% referente ao período de maio a agosto. Desse montante, 15.113 contribuintes foram priorizados conforme Estatuto do Idoso, totalizando R$ 34,107 milhões.

Enquanto os grandes criminosos de "colarinho branco" ficam impunes juíza manda prender desempregada, mãe de 10 filhos, por calote de fiança

Folha de S. Paulo

Uma diarista desempregada, mãe de dez filhos, moradora de uma favela em Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, corre o risco de ser presa a qualquer momento se não pagar R$ 300 à Justiça. A informação é da reportagem de Afonso Benites publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL).

De acordo com o texto, a cobrança se refere à fiança por ela ter sido presa em flagrante e depois libertada ao tentar furtar roupas de um supermercado. O crime aconteceu no dia 30 de julho. Claudinéia Freitas Santos, 38, foi até um supermercado Carrefour e tentou furtar dez bermudas e dois sapatos para os filhos. Um segurança a flagrou e chamou a polícia.

Comovido com a situação da desempregada, o advogado Josué de Souza, que coincidentemente estava na mesma delegacia, decidiu ajudá-la. Sem cobrar nada, fez o pedido de liberdade. Ela foi solta no sábado à noite. Entretanto, para responder ao processo fora da prisão, ela tinha de pagar uma fiança de R$ 300.

Vivendo de doações e com uma renda de R$ 330 de um programa assistencial do governo, ela afirma que não tem como pagar esse valor. No fórum, Claudinéia redigiu uma carta dizendo que era pobre e que ela e o marido estavam sem emprego. Porém, a juíza Cláudia Ribeiro, que assumiu o caso, mandou prendê-la no último dia 5 por não ter quitado o débito.

Governo fará novo plano para Código Florestal

AE

Ministra do Meio Ambiente critica anistia a desmatadores e diz que apresentará proposta substitutiva ao polêmico relatório de Rebelo

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) pretende elaborar uma nova proposta de alteração no Código Florestal, para ser entregue ao Congresso até o final do ano. O objetivo é oferecer um substitutivo ao polêmico relatório apresentado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), aprovado recentemente em comissão especial na Câmara dos Deputados.

Segundo Izabella, o texto de Aldo Rebelo, que gerou controvérsia por anistiar produtores rurais que realizaram desmatamentos ilegais até julho de 2008, prejudica compromissos assumidos pelo Brasil perante a comunidade internacional, como as metas de redução dos gases de efeito estufa, e pode prejudicar as negociações brasileiras na Cúpula da Biodiversidade, a COP-10, que será realizada em Nagoya, no Japão, em outubro. Na ocasião, o Brasil pretende pleitear recursos internacionais para programas de conservação da fauna e flora.

"É inaceitável a ideia de anistiar quem desmatou de propósito. É como se as pessoas que cometeram crimes tributários fossem anistiadas pela Receita Federal", disse Izabella. "É como dizer: esquece a pendência e bola para frente", ressaltou.

Negociação sobre acordo climático sofre retrocesso na Alemanha


REUTERS

As conversações patrocinadas pelas Nações Unidas para um acordo internacional sobre a mudança climática andaram para trás em vez de avançar rumo a um tratado, porque os países fazem pouco progresso em seus compromissos para o corte de emissões de gases causadores do efeito estufa e acrescentam mais propostas ao documento de trabalho.

No encerramento da rodada de negociações em Bonn, nesta sexta-feira, 6, muito trabalho ainda resta a ser feito nas reuniões previstas para Tianjin, na China, e Cancún, México.

"Vim a Bonn na esperança de um acordo em Cancún, mas neste momento estou muito preocupado e vi alguns países se afastando do progresso feito em Copenhague", disse o enviado adjunto dos EUA, Jonathan Pershing.

Um novo texto em discussão chegou a 34 páginas, de uma proposta original com 17, à medida que novas propostas são acrescentadas e propostas antigas, reinseridas.

O texto-base contém um conjunto de propostas de resolução para o debate final em Cancún, marcado para novembro, e inclui o impacto da agricultura nas emissões, mecanismos para o mercado de carbono e a mecânica e os impactos de uma transição para uma economia de baixas emissões.

Um dos principais negociadores da União Europeia (UE), Artur Runge-Metzger, acusou alguns países que acrescentarem pontos ao texto num esquema de troca de favores, e disse: "É importante que em Tianjin esse espírito mude".

A chefe das Nações Unidas para as negociações, Christiana Figueres, disse que o texto não pode crescer mais e que algum progresso foi feito. "Se você olhar para o quadro geral, temos progresso aqui em Bonn. É difícil preparar uma refeição sem uma panela, e os governos estão muito Amis próximos de criar a panela", disse ela.

A Rede de Ação Climática, uma coalizão de cerca de 500 organizações sem fins lucrativos, disse que os chefes de Estado precisam dar a seus representantes diretrizes mais claras para que possa haver progresso em Cancún.

O ritmo das negociações diminuiu, com alguns países reabrindo questões que já haviam sido pactuadas no acordo de Copenhague, como o monitoramento e a medição das emissões dos gases causadores do efeito estufa.

"A discussão da mitigação retrocedeu e ficou mais polarizada". disse Gordon Shepherd, da ONG WWF.

O mecanismo de redução de emissões do desflorestamento e da degradação, ou "Redd", também virou alvo de um novo debate, agora sobre sua definição.

O aspecto financeiro também se converteu em uma área de disputa. O acordo de Copenhague, fechado em dezembro, determinou a meta de longo prazo de levantar US$ 100 bilhões ao ano, até 2020, para combater os efeitos da mudança climática e a meta de curto prazo de US$ 10 bilhões ao ano até 2012.

A arquitetura do arranjo financeiro não está clara, e Pershing disse que alguns países estão pleiteando verbas "fora da realidade".

Outro revés para as conversações surgiu da falta de uma legislação específica nos Estados Unidos. O Senado dos EUA abandonou o esforço para incluir cortes de emissões numa lei do setor energético.

Reeleição mistura agenda oficial de governadores com atos de campanha

AE

Já assimilada pela sociedade brasileira, a reeleição é reavaliada em cada disputa eleitoral, quando se tornam evidentes incongruências que podem minar a premissa básica da democracia de garantir competição em condições de igualdade entre todos os candidatos. O Estado acompanhou a agenda e a rotina dos 10 governadores que disputam a reeleição.

A constatação é que há uma mistura generalizada da rotina de candidato à de titular do cargo, e boa parte deles se vale do horário de trabalho para fazer campanha. Não há, na Lei Eleitoral, nenhum dispositivo que impeça um governador candidato à reeleição de fazer campanha durante o expediente.

O que a lei proíbe é que o governador use a máquina administrativa, como carros oficiais e funcionários, em favor da sua campanha. Se o uso da máquina é comprovado, pode ser determinada até a cassação do eventual novo mandato conquistado.

"É difícil e complicado definir quando um candidato a governador ou a presidente está agindo de forma ilegal ou deixando de cumprir suas obrigações, uma vez que a lei determina a possibilidade de reeleição sem deixar o cargo", diz o advogado Fernando Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral. "Cada um deles deve ter o bom senso de evitar que as atividades de campanha prejudiquem o trabalho no cargo que ocupam."

Segundo Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, ex-procurador regional eleitoral de São Paulo, a maior preocupação da Justiça Eleitoral é quando os candidatos à reeleição não só misturam agendas, mas usufruem das estruturas administrativas, como pessoal e instalações para fazer campanha. Contra a reeleição, ele acredita que "é estranhíssimo" a lei exigir a desincompatibilização somente quando o agente político disputar outro cargo.

"É ruim (a mistura de agendas), mas não é ilícito. As pessoas se conformaram com a reeleição e com a não exigência de desincompatibilização. O único espaço que resta é a crítica cidadã", afirma.

Uma nova reforma eleitoral deve uniformizar as regras para a desincompatibilização, prega o advogado Silvio Salata, da Comissão de Estudos Eleitorais e de Valorização do Voto da OAB-SP. "Se um secretário tem que se desincompatibilizar, o mesmo deve ser exigido de um governador." Infelizmente, completa ele, a emenda da reeleição "não definiu bem a questão do exercício do mandato na reeleição".

O governo Lula e a dívida interna e externa


Em vez de investirmos em saúde, educação, moradia, serviços que em qualquer país onde os governantes são sérios são oferecidos pelo Estado, como também investirmos no desenvolvimento industrial tecnológico o governo Lula continua destinando as riquezas do Brasil ao pagamento das dívidas externa e interna, e isto sem ao menos fazer uma profunda auditoria sobre as mesmas.

No ano passado, foram pagos aos banqueiros R$ 380 bilhões da dívida pública, segundo a Auditoria Cidadã da Dívida. Isso significa 36% de todo o orçamento geral do país, ou ainda quase cinco vezes mais do que se gastou com saúde e educação juntas. Apesar disso, a dívida pública segue aumentando. No total, Lula já pagou mais de R$ 2 trilhões em juros e amortização da dívida pública, nos últimos dez anos. Diante desse valor astronômico, é impressionante escutar o governo dizer que não tem dinheiro para acabar com o fator previdenciário ou conceder reajuste aos servidores públicos.

Se auditarmos as dívidas e com isso termos argumentos que provam o quanto os juros das mesmas são um roubo, e assim mudarmos mos a forma como é feito o pagamento dessa dívida imoral e ilegal, será possível duplicar o orçamento gasto com o que é realmente importante, com o que é justo e estratégico para o Brasil.

As contas dos candidatos ao Senado


JE
Com maior volume financeiro, a candidata ao Senado Gleisi Hoffmann (PT) não economizou na primeira etapa da campanha. Ela conseguiu gastar R$ 913,4 mil, enquanto o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) nada gastou. Gleisi foi a candidata que mais arrecadou de todos os que disputam para o Senado e a que mais gastou – principalmente com a contratação de pessoal de campanha, publicidade em material impresso, locação de bens imóveis e publicidade em placas, estandartes e faixas. A arrecadação de Gleisi foi de R$ 367,5 mil – o que significa que ela ainda está no prejuízo.

Roberto Requião (PMDB) foi o segundo que mais gastou e arrecadou: R$ 325 mil de receitas e R$ 94,2 mil de despesas (serviços prestados por terceiros, produção de programa de rádio e TV, locação de imóveis).

O deputado federal Ricardo Barros (PP), que disputa uma vaga ao Senado, arrecadou R$ 20 mil e gastou apenas R% 5 mil.

Gustavo Fruet (PSDB) só tem receita até agora: R$ 30 mil.

O único outro candidato que declarou gastos foi Valmor Venturini (PSOL) que arrecadou e gastou R$ 450 até agora. Os dados estão no site de divulgação de prestações de contas do TSE.

 
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