segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Altos juros: endividamento da população e a desindustrialização do país


Enquanto o povo se individa além do limite pagando duas ou até três vezes valor a vista nas compras a prazo e o Brasil se desindustraliza por causa das também altas taxas de juros, o que encarece o valor do dinheiro e assim impede o financiamento da estrutura produtiva, o que causa falências e desemprego no setor industrial, os bancos lucram como nunca. Neste triste processo de não desenvolvimento tecnológico produtivo o Brasil se torna um mero exportador de matérias primas e a cada dia importa mais os produtos industrializados.

Com desempenho muito ligado às perspectivas da economia brasileira, do crédito e do consumo, as empresas do setor financeiro voltaram a ser destaque na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O setor foi o que apresentou maior rentabilidade em julho, e analistas consideram que ainda há espaço para ganhos com os papéis.

Levantamento da consultoria Economatica mostra que a rentabilidade média das 35 ações do setor foi de 23,39% no mês passado. Desde o início de julho, alguns papéis registram alta de mais de 20%.

A AGONIA DO EMPRESARIADO NACIONAL:

Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos

ELEIÇÕES: EM QUEM VOTAR?

3/03/2010
O papel de uma entidade de classe como a ABIMAQ é de extrema importância para o desenvolvimento econômico e social de um País, na medida em que ela aglutina interesses comuns e de certa forma acaba se tornando um agente formador de opinião, seja em um universo diretamente relacionado, como é o caso da comunidade de fabricantes de máquinas ou em sua esfera de influência, no caso toda a cadeia envolvida no processo produtivo , e a própria imprensa que nos ouve em todos os momentos.

Assim, assumir uma posição favorável ao candidato A, B ou C é uma postura que envolve não apenas ideologia, mas também uma análise profunda das repercussões de tal escolha, no curto, médio e longo prazo .
Para isso, gostaríamos de solicitar aos associados que nos ajudem na tarefa de selecionar as melhores opções para o mercado de máquinas e equipamentos em particular, e para o País de um modo geral.

Este ano vamos nos engajar na tarefa de análise e reflexão de todos os candidatos envolvidos no processo eleitoral, inclusive, convidando-os ao debate dentro da nossa entidade, para que possamos posicioná-los sobre as nossas reais necessidades e ouvir de cada um deles sobre qual a sua proposta de política industrial para o nosso setor.

Nesse momento eleitoral é importante que tenhamos a oportunidade de passar aos candidatos, antes de formalizar o nosso apoio, quais são as nossas prioridades e, principalmente, o que o novo governo poderá fazer no sentido de evitar a decretação do fim da indústria nacional, revertendo o quadro de desindustrialização que se instalou no país.

Essa é uma tarefa afeta à formulação de uma política industrial que contemple a normatização da entrada de máquinas produzidas fora do País, disciplinando esse processo, tomando por base o princípio de que para nos tornarmos um País rico e forte, temos que ter um setor de bens de capital desenvolvido.

Precisamos passar aos candidatos e ouvir deles quais as propostas para a falta de isonomia que a indústria brasileira enfrenta em relação às máquinas importadas, que estão tomando conta do mercado nacional. Costumo sempre dizer que um empresário chinês jamais teria a mesma competitividade que possui se viesse produzir no Brasil, enfrentando as mesmas dificuldades que o empresário brasileiro (carga tributária, juros altos, câmbio, etc).
Este mês tivemos um acontecimento que nos deixou profundamente tristes e preocupados com o destino da indústria de máquinas e equipamentos instalada no País.

A ABIMAQ foi procurada por uma associada que há cinco anos teve que demitir 400 dos seus 500 funcionários e hoje importa máquinas da China para vender no mercado nacional, com placa produzida com seu nome e manual em português, por absoluta falta de opção. Ou ela fazia isso ou fechava as portas.
Esse fato deve estar acontecendo com muitas empresas do nosso setor, desempregando mão-de-obra nacional e gerando empregos e riqueza no exterior. Dessa forma, precisamos nos mobilizar no sentido de trazermos os candidatos para dentro da nossa entidade e apoiarmos aquele que oferecer a melhor plataforma para o nosso setor.

Mas para isso precisamos do apoio de todas as associadas, para fazer chegar a todo o País um alerta contra o processo de desindustrialização de que estamos sendo vítimas, não só a indústria de máquinas e equipamentos, mas o País como um todo. E esse alerta deve ser compartilhado por todos os setores da sociedade civil organizada para que possamos, através de uma única voz, tentar apontar um caminho para interrupção desse processo, que na prática pode significar a falência da indústria nesse País.

Precisamos de mudanças rápidas. Necessitamos de medidas que compensem as dificuldades que nos são impostas e esse ano será decisivo para a implantação de uma política industrial que atenda aos nossos interesses. E o candidato que tiver sensibilidade para isso, para criar uma política de desenvolvimento para o País com base no setor propulsor de qualquer desenvolvimento, que é o de máquinas e equipamentos, terá o nosso apoio.


Luiz Aubert Neto
Presidente

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