sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Exoneração de cacique revolta kaiapós em MT

Fátima Lessa

Cuiabá - Índios pressionam pelo retorno do cacique kaiapó Megaron Txucarramãe à coordenação regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Colíder (MT), exigem a revogação de portaria e ameaçam protestar em Brasília caso não sejam atendidos. Os kaiapós ocupam a sede do órgão naquele município e exigem a saída "imediata" do coordenador substituto do cacique, Sebastião Martins. Os trabalhos na sede estão paralisados. A ação foi pacífica e não houve feridos.

"Eles entraram e pediram para que eu saísse", disse Martins. Raoni também participou do ato de retirada do substituto. Os kaiapós querem a revogação da portaria de exoneração do cacique publicada em 28 de outubro. Megaron é sobrinho do cacique Raoni, um dos mais influentes das comunidades indígenas do País. Por telefone, os kaiapós disseram que "até agora a Funai de Brasília não se manifestou".

Em nota, as lideranças indígenas dizem que querem e pedem que "Megaron Txucarramãe continue à frente do cargo de Coordenador Regional de Colider-MT por entender que ele é a pessoa mais apropriada para defender e lutar por nossos interesses e direitos, como sempre vem realizando, sem medir nenhum esforço para realização dessas ações".

Para eles, a saída do cacique é um golpe na luta em defesa das causas indígenas: "A Funai não tem conseguido representar nem defender os índios, e agora, exonera um índio que, dentro da Funai, defendia os índios. Prova dessa insatisfação geral é que várias nações indígenas estão se manifestando contra essa decisão".

Foz do Iguaçu: Comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos

Em comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP) realizará neste sábado (10) um ato público no bairro Morumbi. O ato contará com atividades culturais como música, teatro, sarau de poesia, rap, dança, exposições e varal de protesto.

O objetivo do evento é denunciar as situações de descaso nas áreas de saúde do trabalhador. Um dos problemas mais recorrentes em Foz do Iguaçu, ao qual o CDHMP tem realizado denúncias, é com relação à saúde física e psíquica do trabalhador.

“Temos presenciado casos de exploração de mão-de-obra de maneira em regime de semi-escravidão, como o que acontece com operárias de indústrias de confecções, de frigoríficos e de caixas de supermercados”, aponta trecho do manifesto divulgado pela entidade.

O documento elaborado pelo Centro de Direitos Humanos cobra das autoridades ações de prevenção às doenças que mais atingem os trabalhadores, não apenas ações curativas, como têm sido aplicadas atualmente.

O ato público acontecerá a partir das 19 horas, na Avenida Mário Filho, ao lado da Escola Emílio de Menezes, no bairro Morumbi. Participe. Levante a sua voz! Mais informações pelo telefone (45) 9962-2963, com José Elias Aiex Neto, médico psiquiatra e membro do CDHMP; ou pelo telefone 9941-6969, com o jornalista e presidente do CDHMP, Aluízio Palmar.

Comissão de Anistia reconhece que Estado perseguiu e matou Marighella

Brasília, 06/12/2011 (MJ) - Na segunda-feira, dia 05 de dezembro, a Comissão de Anistia deferiu a anistia de Carlos Marighella, durante a 53ª Caravana em Salvador. O processo chegou à Comissão a pedido de Carlos Augusto Marighella, o filho, e Clara Charf, a viúva. Marighella, que foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), morreu assassinado no ano de 1969 em São Paulo.


A família de Marighella não solicitou reparação econômica, apenas reconhecimento da perseguição do militante. A Comissão optou por julgar o pedido de anistia nessa data para integrá-lo às comemorações do centenário do nascimento de Marighella.


Segundo análise dos conselheiros da Comissão, está comprovado que o Estado agiu de maneira ilegal contra a vida de Mariguella, privando-o de seus direitos políticos, de sua liberdade, forçando-o à clandestinidade e, finalmente, executando-o.


O requerimento dos familiares está devidamente enquadrado na Lei 10.559/02 e fundamenta-se em mais de 150 volumes de processo arquivados no Superior Tribunal Militar (STM) que comprovam a perseguição. Há também o processo nº 202/96 da Comissão de Mortos e Desaparecidos e certidão de 106 páginas enviadas pelo Arquivo Nacional, que demonstram como o perseguido político foi alvo de ações ilegais de diversos setores do Estado.


Marighella iniciou a militância aos 18 anos de idade quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro. Preso em 1936 e 1939, foi eleito deputado federal Constituinte em 1946 e, no ano seguinte, foi cassado e entrou na clandestinidade. Foi preso novamente pelo DOPS em 1964. No ano de 1968, fundou a ALN e no ano seguinte foi assassinado.

Vigias de rádio da família de Barbosa foram pagos pela prefeitura, diz CEI

O relatório final Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades no pagamento de funcionários da empresa de segurança Centronic, apresentado nesta quinta-feira na Câmara de Londrina, apontou que dois vigias teriam sido pagos com recursos da prefeitura para trabalhar na Rádio Brasil Sul, que pertence à família do prefeito Barbosa Neto (PDT).

O documento, apresentado pelo relator e vereador Roberto Kanashiro (PSDB), pede a cassação do prefeito por infração administrativa. Por conta da conclusão, será pedida a abertura de uma Comissão Processante (CP) contra o prefeito. O presidente da CEI, Roni Alves (PTB), confirmou em plenário a informação. Outro problema apontado no relatório é que a prefeitura pagava por vigilantes, mas recebia o serviço de vigias. Os vigilantes custam mais caro do que os vigias.

Aberta em maio deste ano, a comissão investigou os contratos firmados entre a prefeitura de Londrina e a empresa de segurança, que prestou serviços ao município de 2006 a 2009. Quem assinou o contrato na época foi o então secretário de Gestão Pública e hoje vereador Jacks Dias (PT). Dias, só reapareceu no plenário depois da apresentação do relatório, agora terá que responder sobre as denúncias para a Comissão de Ética da Casa. (GP)

AS 3 FALÁCIAS DOS SENADORES PARA NÃO DAR MAIS DINHEIRO PARA A SAÚDE -


Gilson Carvalho

Na noite do dia 7 de dezembro de 2011 o parlamento brasileiro, em sua casa magna, o senado, priva a saúde de mais recursos para salvar o povo brasileiro.

Os SENADORES DA REPÚBLICA – NUM GESTO ANTI REPUBLICANO -RETIRARAM R$32,5 BI ANUAIS DA SAÚDE – O QUE JÁ HAVIAM APROVADO POR UNANIMIDADE EM VOTAÇÃO ANTERIOR. Negaram seu próprio projeto, nascido no Senado e pelos Senadores aprovado.

A) O FATO EM VÁRIOS CAPÍTULOS:

1º) Regra do quantitativo do dinheiro para a saúde pública vigorando há 11 anos, segundo determinação da EC-29 de setembro de 2000. As três esferas de governo devem colocar em saúde os seguintes valores mínimos:

União – a cada ano um recurso equivalente ao total empenhado no ano anterior, aplicada a variação nominal do PIB.

Estados – 12% de seus impostos.

Municípios – 15% de seus impostos.

2º) Há nove anos (fevereiro de 2003) o deputado Roberto Gouveia apresentou o PLC 01/2003 no Congresso propondo que se alterasse a fórmula de cálculo dos recursos da União para a saúde, fixando em 10% de sua Receita Corrente Bruta para se equiparar à forma de cálculo de Estados e Municípios, base receita. Para estes ficaria mantido respectivamente o mesmo percentual da receita: 12 e 15%.

3º) O Senador Tião Viana em 2007 – no mesmo tom da proposta de Gouveia – propôs os 10% da RCB, escalonados em 8,5% para o primeiro ano, 9% para o segundo, 9,5% para o terceiro e 10% para o quarto ano. Este projeto foi aprovado por unanimidade no Senado em abril-maio de 2008.

4º) Lula, nos estertores da CPMF, mandou carta ao Congresso se comprometendo a colocar todo o dinheiro da CPMF como um dinheiro federal a mais para a saúde. De última hora e por disputa política, o Senado não aprovou e foi revogada a CPMF em 13/12/2007.

5º) A Câmara dos Deputados, ao receber o projeto aprovado pelo Senado, orientado pelo Governo, fez um substitutivo total: tirando da base de cálculo dos Estados o FUNDEB; reduzindo em cerca de 7 bi o dinheiro estadual para a saúde; criando a Contribuição Social da Saúde que acabou frustrada pois lhe foi tirada a base de cálculo; mantendo a forma antiga de calcular o montante federal para a saúde, na base da variação nominal do PIB (percentual do PIB).

6º) No Senado restaram dois projetos: o próprio do Senado e aquele totalmente modificado, enviado pela Câmara. O Senado poderia manter seu projeto (situação ideal) ou manter o da Câmara (péssimo) ou misturar os dois sem modificar nenhum artigo do texto.

7º) No dia 7/12/2011 o Senado brasileiro negou seu próprio projeto aprovado por unanimidade e adotou o projeto da Câmara retirando dele a CSS e a perda do FUNDEB.

8º) ISTO SIGNIFICA: NENHUM DINHEIRO NOVO PARA A SAÚDE DEPOIS DE UMA ÚLTIMA LUTA DE NOVE ANOS!!! SE CONTADA DO COMEÇO, QUASE QUARENTA ANOS. VERGONHA!!!

B) POR QUE A VOTAÇÃO DO SENADO FOI UMA VERGONHA?

A VERGONHA APROVADA ONTEM NO SENADO FOI BASEADA EM TRÊS FALÁCIAS – UMA EXTREMA BAIXARIA:

1ª FALÁCIA - QUANDO SE APROVOU O PROJETO DO SENADO EM 2008 EXISTIA A CPMF E HAVIA MAIS DINHEIRO. SEM CPMF, NÃO SE PODE APROVAR MAIS DINHEIRO PARA A SAÚDE.

Falácia do pronunciamento do Senador Humberto Costa – ex Ministro da Saúde e transformado em algoz da saúde. O projeto do Senador Tião Viana foi aprovado em abril-maio de 2008 e a CPMF caiu em dezembro de 2007. Como a queda anterior da CPMF, influenciou negativamente a aprovação posterior pelo Senado de mais dinheiro para a saúde?

A consciência da falácia do discurso do Humberto foi demonstrada de imediato e prontamente. Quando questionado do erro por outro senador, Humberto Costa, por já estar ciente e preparado para responder ao seu próprio engodo, tergiversou e disse que o projeto era de 2007, portanto anterior à queda da CPMF e naqueles meses de 2008 ainda se discutia a volta da CPMF!!!! Na primeira argumentação pegou o discurso treinado de número 1. Na segunda, questionado, tomou do discurso treinado número 7...

2ª FALÁCIA – SENADORES DA BASE DO GOVERNO QUE OCUPARAM A TRIBUNA ARGUMENTARAM, SUCESSIVAMENTE, QUE “O PROJETO QUE O SENADO QUERIA APROVAR IRIA TRAZER MAIS 7 BI PARA A SAÚDE – DE IMEDIATO!!!”

Argumento risível para o qual foram treinados usando o discurso pronto de número 2. Ora, nada tão falacioso: o projeto da Câmara não estava aprovado no Senado, portanto nem iria acontecer de per si. Segundo todos sabiam, deveria ser vetado pela imoralidade a partir de um erro de redação ocorrido na Câmara. Colocar que estavam aprovando mais dinheiro da saúde é uma falácia deslavada. Este dinheiro, dito a mais, existe no orçamento de 2011 e está programado para o ano de 2012. Nem virtualmente saiu. A falácia serviu para convencer os desinformados. Como convenceu! Este discurso serviu para apaziguar a consciência dos que não tinham plena consciência do que ocorria. Serviu para enganar os cidadãos eleitores!

3ª. FALÁCIA – SENADORES SUBIRAM À TRIBUNA COM O DISCURSO DE MAIS DINHEIRO PARA A SAÚDE E AO FINAL DECLARAVAM SEU VOTO NA PROPOSTA DA CÂMARA... SEM MAIS DINHEIRO.


Uma contradição vergonhosa. Por que e para que? Estes parlamentares utilizaram-se do discurso 3, adrede preparado por terceiros e concluíam que, como defendiam mais dinheiro para a saúde iriam votar a favor do projeto da câmara. Justo o projeto que não acresceria nenhum tostão a mais para a saúde!!! Ignorância ou má fé para iludira seus eleitores?

C) RELEMBRANDO A HISTÓRIA:

Nossa história de militantes da saúde pública tem, em relação ao financiamento três grandes frustrações em meio a outras menores.

Para a aprovação do financiamento da saúde na CF se foram no mínimo 15 anos. Fomos frutados pelo grupo de economistas liderados por José Serra que não permitiu se fixasse dinheiro mínimo para a saúde no corpo da CF!

Depois da aprovação da CF ainda tínhamos esperança que se concretizasse esta definição na LDO de cada ano – frustrou-se pois apenas garantiram 2/3 do previsto, até FHC retirar esta determinação das LDOs. A chacota culminou quando o Ministro Brito retirou 250 milhões de dólares do financiamento da saúde (1993) referentes à Contribuição de Empregados e Empregadores sobre a folha (que sempre financiaram a saúde no INAMPS), sem nenhuma autorização legal.

Para a aprovação da Emenda Constitucional 29 foram necessários 13 anos (1993-2000) e fomos frustrados.


Para a aprovação da Regulamentação da EC 29 demoramos 9 anos (2003-2011). Estamos frustradíssimos.


Somando os anos e tomando a linha de base de 1973 já são quase quarenta anos de luta por mais dinheiro para a saúde de modo a que possa ser universal e integral.

Relembrando a questão política de nossas duas últimas derrotas na garantia do financiamento da saúde pública: definida, definitiva e suficiente.

ANO DE 2000 – Governava o PSDB e seus aliados. Estava em votação os recursos mínimos para a saúde a partir de um projeto do Deputado Eduardo Jorge (PT), outro do Mosconi deputado (PSDB) e outro do Pinotti, deputado (PMDB). Todos excelentes projetos. Na calada da noite os projetos originais foram desfigurados e aprovaram a atual forma de financiamento calculada no percentual do PIB para a União e em percentual da receita para estados e municípios. A desfiguração se deu ao diminuir o compromisso da União em menos da metade e aumentar os municípios em 50% (de 10 para 15% da receita) e os estados em 20% (de 10 para 12% da receita!).


O GOVERNO PSDB E SEUS ALIADOS VOTARAM CONTRA O AUMENTO DE RECURSOS PARA A SAÚDE.

ANO DE 2011 – Governava o PT e seus aliados. Havia uma proposta do Deputado Petista Roberto Gouveia defendendo que a União entrasse com 10% de sua receita para a saúde. A do Senador Tião Viana, no mesmo teor. Na “calada de um almoço” e depois na de uma noite, muda-se o projeto e fica como está o dinheiro da União calculado num percentual do PIB.


O GOVERNO PT E SEUS ALIADOS VOTARAM CONTRA O AUMENTO DE RECURSOS PARA A SAÚDE.

A PERGUNTA QUE NÃO CALA:

A POLÍTICA É A MESMA, INDEPENDENTE DE PARTIDO POLÍTICO? O QUE FAZ A DIFERENÇA IDEOLÓGICA É A POSIÇÃO ASSUMIDA DE SER GOVERNO OU OPOSIÇÃO?

NÃO SE TEM IDEOLOGIA, NEM IDEAIS, NEM CLÁUSULAS PÉTREAS DE PROGRAMA DO PARTIDO? O VOTO ESTÁ VINCULADO AO LADO PARA O QUAL SE MIGRA A CADA ELEIÇÃO?

COMEÇO A TER DÓ DE MEUS AMIGOS MILITANTES ANTIGOS DA CAUSA DA SAÚDE PÚBLICA, FIÉIS FILIADOS PARTIDÁRIOS, QUE TERÃO O DURO ENCARGO DE EXPLICAR ISTO A NÓS OUTROS, AOS MILITANTES PARTIDÁRIOS DA SAÚDE E A TODA A SOCIEDADE!

D) E AGORA JOSÉ?

Como será resolvida a falta de dinheiro para a saúde? O discurso de que a eficiência e melhor gestão resolverão é outra falácia, ou cortina de fumaça para encobrir o descompromisso do financiamento da saúde.

Estados e principalmente municípios, não suportam mais dar conta do recado de garantir saúde para todos com a decrescente participação da União. Municípios colocam em média 20% de seus recursos próprios em saúde quando o prescrito era de base 15%. Estados, ainda que alguns não cumpram mas estejam próximos de cumprir, vários deles estão também colocando mais dinheiro para a saúde que seu mínimo de 12%.

Quem trará mais dinheiro para os vários novos programas introduzidos pelo governo Dilma na saúde? Temos a certeza de que se não há dinheiro novo este deverá sair de ações que não serão feitas ou de ações cujos valores permanecerão congelados sem nenhum ajuste (Piso da Atenção Básica deveria ser no mínimo R$46 e está entre R$18 e 23!)

Os novo programas federais têm, infalivelmente a contrapartida municipal aumentada. Nenhum programa federal é auto-suficiente financeiramente; só funcionam com o aporte de dinheiro estadual e municipal: enfrentamento do crack; consultórios de rua; academias de saúde;comunidades terapêuticas etc. etc.

E) CONCLUINDO

VERGONHA! VERGONHA! VERGONHA!


NOVE ANOS DE UMA ÚLTIMA LUTA QUE RESULTARAM EM NADA! A MONTANHA PARIU UM CAMUNDONGO.


NENHUM TOSTÃO A MAIS DA UNIÃO PARA A SAÚDE!


COLOCARAM O BODE NA SALA (MENOS 7 BI DOS ESTADOS PARA A SAÚDE – APROVADO PELA CÂMARA) E AGORA TIRARAM O BODE DA SALA: VOLTARAM OS SETE BI QUE JÁ ESTAVAM NO ORÇAMENTO DESTE E NO PROJETO DO ANO QUE VEM! E, O PIOR, AINDA COMEMORAM QUE DERAM MAIS 7 BI PARA A SAÚDE.


A MELHOR COMEMORAÇÃO É A DO LADRÃO QUE DEVOLVE O PRODUTO DO FURTO E É CANONIZADO POR SER BONZINHO!


MAIS UM CAPÍTULO SÓRDIDO DA POLÍTICA BRASILEIRA TENDO COMO VÍTIMA O CIDADÃO NACIONAL, EXPROPRIADO EM SUA SAÚDE!!!


VERGONHA! VERGONHA! VERGONHA! ... E NÃO ME PEÇAM PARA COMEMORAR POIS NÃO O FIZ NA EC-29 (PRIMEIRO CONFISCO) E NÃO FAREI AGORA NA REG-EC (SEGUNDO CONFISCO).

Aumenta o número de crianças nascidas abaixo do peso no Brasil

Apesar da queda de 30% na mortalidade infantil entre brasileiros nos últimos dez anos, a sobrevivência dos bebês ao primeiro ano de vida não significa que uma criança saudável e plenamente desenvolvida veio ao mundo: um dos desafios para a saúde pública é diminuir o número de bebês nascidos com baixo peso – menos de 2,5 quilos –, ação que pode protegê-los da incidência de doenças crônicas na vida adulta. Em 2010, cerca de 240 mil crianças brasileiras nasceram com baixo peso. Esse número representa 8% do total de nascidos vivos no país e é 25% maior do que o índice de 1994.

No Paraná, o crescimento no número de nascidos com baixo peso nesse período foi de 16%. No último ano, 12 mil paranaenses nasceram com menos de 2,5 quilos. Entre os 10 maiores municípios do estado, Ponta Grossa tem o maior porcentual de crianças nascidas nestas condições (10%).

O nascimento de bebês pequenos preocupa: o baixo peso é sinal de problemas no desenvolvimento do feto dentro do útero, com prejuízo para a formação dos órgãos e a possibilidade de aparecimento, no futuro, de doenças crônicas, como hipertensão, obesidade, diabete e osteoporose.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2009, as doenças crônicas não transmissíveis foram responsáveis por 72% das mortes no país. “A relação entre o peso ao nascer e as doenças crônicas, hipótese levantada pelo epidemiologista inglês David Barker, é o que existe de mais moderno nas descobertas da medicina fetal. Uma das maneiras de combater essas doenças é evitar que as crianças nasçam com menos de 2,5 quilos”, observa o obstetra e presidente da Comis­­são de Medicina Fetal da Federação Brasileira das Asso­­ciações de Ginecologia e Obste­­trícia (Febrasgo), Eduardo Sérgio Borges da Fonseca.

Os médicos explicam que, além da restrição de crescimento intraútero relacionada à nutrição do bebê por meio da mãe, crianças podem nascer magras devido a características genéticas e à prematuridade. Porém, os fetos com atraso no desenvolvimento durante a gestação (como no primeiro caso) são aqueles com mais chances de apresentar problemas crônicos no futuro. “A maioria das crianças com menos de 2,5 quilos nasce prematura. Porém, há crianças de nove meses que também nascem com baixo peso. Essa situação acontece devido ao aumento no número de cesáreas, à idade em que as mães engravidam, ao tabagismo da gestante e à dieta da grávida”, observa o presidente do departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Procianoy. Segundo ele, aos nove meses, o peso médio de um bebê saudável fica entre 3 e 3,2 quilos.

Dentro do útero, o metabolismo de um feto com restrição de desenvolvimento se programa para enfrentar adversidades: seu organismo passa a economizar energia e desacelera o crescimento, pois o bebê não apresenta reservas suficientes. Assim, os esforços do feto são direcionados para manter o funcionamento das glândulas suprarrenais e de órgãos vitais, como o cérebro e o coração – os demais órgãos, como rins e fígado, por não se desenvolverem plenamente, podem ter suas funções comprometidas.

“Todos os nutrientes são utilizados para que o bebê se mantenha vivo. Assim, ele não consegue crescer e ganhar peso. Mesmo depois de adulto, seu organismo vai estar programado para viver em situações de energia restrita, o que afeta o metabolismo de gorduras e pode acarretar diabete e obesidade”, explica a professora Regina Vieira Cavalcanti, do departamento de Pediatria do curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Cuidados se estendem aos dois primeiros anos

“Hoje o Brasil sofre com o número de hipertensos, diabéticos e obesos devido à falta de cuidados que teve com os nascimentos de nossos avós”, avalia o coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança, o médico epidemiologista Nelson Arns Neumann. A observação foi feita durante a Assembleia Nacional da entidade realizada em Curitiba no fim de novembro. No evento, a Pastoral pediu a seus colaboradores atenção especial aos primeiros mil dias de vida das crianças (os 270 dias da gestação mais os dois anos seguintes), considerados fundamentais para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas. “Nesse período, é definido como o metabolismo vai controlar a diabete e a pressão para o resto da vida”, observa Neumann.

Os dois primeiros anos de vida são importantes porque consistem em uma das fases mais rápidas do crescimento humano. “Trata-se de um momento em que o organismo é muito imaturo. Passar bem por esses anos dá uma espécie de garantia de crescimento mais saudável”, diz Renato Procianoy, presidente do departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Para recuperar o peso e a altura de um bebê nascido com menos de 2,5 quilos, não é preciso realizar intervenções médicas complexas. “Ele vai precisar de mais atenção no aleitamento materno e da garantia de uma alimentação sem problemas, com retornos mais precoces ao pediatra e acompanhamento do peso”, observa a professora Regina Vieira Caval­canti, da UFPR.

Porém, ainda que os pais fiquem ansiosos e preocupados diante de um bebê magro, o ganho rápido de peso nesse período deve ser evitado, pois está relacionado ao desenvolvimento de hipertensão, diabete e problemas coronários. “As pessoas estão muito apegadas à imagem do “bebê johnson”, gordinho. Cabe ao médico incentivar uma dieta parcimoniosa, com aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, sem qualquer tipo de complementação alimentar”, diz o obstetra Eduardo Borges da Fonseca.

Neumann ressalta que crianças nascidas com baixo peso têm, até os 2 anos de idade, tendência a sofrer um efeito rebote na balança, associado à ocorrência de doenças metabólicas em adultos. “Elas costumam engordar mais rápido do que as crianças que nasceram com o peso adequado, o que traz consequências, como a obesidade, pois seu organismo se preparou para viver com uma estrutura pequena, que não comporta o ganho de peso rápido”, explica.

Mãe não precisa comer por dois

Durante a gestação, a mãe é a única fonte de alimento para o bebê, mas não é preciso comer por dois para garantir o desenvolvimento da criança. “O excesso de peso pode acarretar o desenvolvimento de diabete gestacional e problemas de oxigenação cerebral para o bebê. A gestante obesa tem dificuldades de contração no parto normal e a cesárea é delicada devido à dificuldade de cicatrização”, explica a especialista em nutrição ma­­terno-infantil e coordenadora do curso de Nutrição das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), Cynthia Passoni.

Segundo ela, o consumo de nu­­trientes por uma gestante deve ser 15% a 30% maior nos nove meses de gravidez. O ideal é comer de três em três horas, para que a mãe e o feto recebam nutrientes de forma constante. No entanto, mesmo uma alimentação equilibrada não fornece todos os nutrientes necessários para o bebê. “A complementação da dieta é feita com ácido fólico, para a formação do tubo neu­­ral do bebê, e ferro, para a ma­­nutenção da imunidade e prevenção da anemia”, observa Cynthia. (GP)

Juiz penhora combustível no terminal da Catallini

O juiz Marcos Vinícius da Rocha Loures Demchuk, da 5ª Vara da Fazenda Pública, aceitou pedido da Secretaria da Fazenda do Paraná e determinou a penhora de nafta pertencente a uma distribuídora e uma processadora de petróleo, para cobrir dívida de R$ 14 milhões.

As empresas haviam oferecido à Receita Estadual precatórios para garantir a dívida e não os substituíram por outras garantias quando verificou-se que não eram válidos. No processo de número 0002105-91.2011.8.16.0179, o juiz deu prazo de 30 dias para que as empresas decidam se pagam as dívidas ou a permanência do bloqueio.

Recentemente a Secretaria da Fazenda cancelou a inscrição estadual de cinco empresas distribuidoras de combustíveis por causa de débitos tributários que ultrapassam R$ 460 milhões. Cada uma delas, em separado, tem uma dívida ativa executável que supera o capital social.

Concurso Público da Cohapar será realizado no próximo domingo

O concurso público para preencher 96 vagas na Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) será realizado no próximo domingo (4), das 9h às 12 horas. A comissão organizadora recomenda aos candidatos que cheguem cedo ao Campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Rua Imaculada Conceição, 1.155 Prado Velho – Curitiba/PR), local onde serão aplicadas as provas. Os portões estarão abertos a partir das 8 horas e serão fechados às 8h45.

São 12.048 inscritos para os cargos de Advogado Júnior, Analista de Sistemas Júnior, Arquiteto Júnior, Assistente Social Júnior, Contador Júnior, Engenheiro Cívil Júnior, Técnico de Desenvolvimento Social Júnior, Técnico em Informática, Assistente Técnico (Topógrafo) e Auxiliar Administrativo.

Para chegar ao local das provas de ônibus, os candidatos podem utilizar as seguintes linhas: Aeroporto, Bom Retiro/PUC, Canal Belém, Curitiba/Fazenda Rio Grande, Curitiba/Pedro Moro, Fazendinha/PUC, Guabirotuba, Interbairros I (Anti-horário), Interbairros I (Horário), Interbairros V, Mad. Pilarzinho/Uberaba, Prado Velho/ Pedro Moro, Raquel Prado/PUC, Tuiuti/Torres, Uberaba, V. São Paulo. Os horários podem ser consultados na página da Urbs na internet http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/PORTAL/tabelahorario/

Ministério das Cidades amplia prazo para entrega dos planos de habitação

Em reunião realizada na terça-feira (6), em Brasília, o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) estendeu até o dia 31 de dezembro de 2012 o prazo para elaboração e apresentação dos Planos Habitacionais de Interesse Social, para Estados e municípios com mais de 50 mil habitantes e até o dia 30 de junho de 2012 para a elaboração dos Planos Simplificados.

No total, 5.418 municípios assinaram o Termo de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social mas até novembro apenas 577 apresentaram seus planos.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Cohab´s e Agentes Públicos de Habitação (ABC), Mounir Chaowiche, a resolução representa a melhor elaboração dos planos, o que garante qualidade na execução de projetos habitacionais.

“O Ministério das Cidades, através do Conselho Gestor, teve uma posição interessante de prorrogar o prazo visto que temos muitos Estados e Municípios que não conseguiram concluir. É necessário que os planos sejam bem elaborados porque representam o futuro das cidades”, destacou.

O presidente da ABC ainda fez um alerta. “Todos devem concluir seus planos, até porque os prazos já foram prorrogados e não podemos mais adiar essa questão. Nós, como representantes das companhias de habitação pleiteamos esta ampliação de prazo mas é nossa responsabilidade ajudar principalmente os pequenos municípios a concluírem seus trabalhos”.

Plano – Os planos de habitação de interesse social têm por objetivo traçar linhas de ação na área habitacional para os próximos anos e a partir de 2013 será pré-requisito para os Estados e Municípios pleitearem recursos junto ao governo Federal.

“Temos que pensar muito além de construir casas. A questão habitacional interfere diretamente nas cidades e o plano fornece essa diretriz, além de estruturar formas de desenvolvimento de políticas habitacionais de curto, médio e longo prazo”, concluiu Chaowiche.

CURITIBA: Arsenal é apreendido com suspeitos de tráfico de armas e de drogas

Uma operação realizada pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), na madrugada desta quinta-feira (8), terminou com a apreensão de um arsenal, drogas, dinheiro e veículos. Foram localizados quatro fuzis, quatro metralhadoras, uma escopeta, uma carabina e sete armas curtas (entre revólveres e pistolas). A polícia acredita que o armamento era usado em crimes, como ataques a bancos, assaltos a residências e na cobertura ao tráfico de drogas. Três homens foram presos.

Os produtos foram apreendidos em três residências no bairro Xaxim, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão. Segundo o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, chefe da DFR, as investigações começaram há um mês, quando a especializada apurava casos de arrombamentos de caixas-eletrônicos. Os levantamentos da polícia apontaram que o grupo vendia ilegalmente os armamentos e chegava a alugar armas de grosso calibre a quadrilhas.

Felippe Aníbal / Gazeta do Povo

Felippe Aníbal / Gazeta do Povo / Arsenal foi encontrado em três residências no Xaxim, na manhã desta quinta-feira (8)Ampliar imagem

“Foi uma ação simultânea, ou seja, todas as casas foram abordadas ao mesmo tempo. Se a polícia não agisse rápido, essas armas poderiam ter sido ‘pulverizadas’ para outras quadrilhas”, disse. “A gente fica muito feliz quando consegue apreender um arsenal como este, porque é um armamento que poderia ser usado em todo tipo de crimes”, complementou.

Armas

A apreensão revela uma conexão ilegal de tráfico de armas. A maioria dos equipamentos apreendidos é importada de países com tradição no desenvolvimento e fabricação de armas de fogo. No arsenal pego, estão dois fuzis AR-15 (de fabricação norte-americana), um AK-47 (russa), e um FAL-762 (de uso restrito do Exército Brasileiro).

Dentre as metralhadoras, estão uma calibre 45 de fabricação peruana, duas 9 milímetros de fabricação portuguesa e uma calibre 45 brasileira. Foram apreendidas ainda uma escopeta calibre 12, uma carabina 9 milímetros, uma pistola israelense, duas pistolas Glock, três pistolas 9 milímetros e um revólver calibre 38. Também foram tirados de circulação quase 2,2 mil munições. “Desde que estou na polícia, nunca vi uma apreensão de armas deste tamanho”, comemorou Brown de Oliveira.

O delegado Guilherme Rangel, adjunto da DFR, acredita que a maior parte do armamento tenha sido contrabandeado do Paraguai, por uma rota de entrada iniciada em Guaíra, no Oeste do estado. A polícia tem indícios que apontam que o grupo fornecia armas a outras quadrilhas. “Eles chegavam a alugar as armas longas, principalmente para ações como assaltos a bancos. O grupo também vendia as armas. Um fuzil, por exemplo, chegava a custar R$ 30 mil”, explicou.

Drogas e assaltos

Os três presos foram identificados como Marcio Antonio Kubik, de 35 anos, Fernando Kubik, de 28 anos e Marcos Portela, de 31 anos. Nas três residências foram encontradas mais de 60 quilos de entorpecentes. Segundo um balanço divulgado pela DFR, foram apreendidos 30 quilos de maconha, 29 de crack, um quilo e meio de cocaína e 2,8 quilos de haxixe.

Além do tráfico de drogas, há indícios do envolvimento do trio com arrombamento de caixas eletrônicos. Nas casas vistoriadas pela polícia, foram encontrados R$ 7,8 mil em dinheiro, algumas das cédulas manchadas ou queimadas. “Isso evidencia a participação deles nas quadrilhas que usaram dinamites para explodir caixas-eletrônicos”, apontou Rangel.

Também foram pegos cinco veículos: um Kia Soul, um Cross Fox, um Golf, um Ecosport e um Chevette. Segundo o delegado, os veículos eram usados pelo grupo nas ações criminosas. Também foram apreendidos radiocomunicadores, silenciadores, lunetas e máscaras balaclavas. Os presos foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e comércio ilegal de armas de fogo. Eles estão detidos na cargeragem da DFR, onde aguardam decisão de justiça. (GP)

 
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