domingo, 31 de outubro de 2010

Richa espera diferença de um milhĂ£o de votos a favor de Serra no ParanĂ¡


Da Gazeta do Povo

Governador eleito do ParanĂ¡ disse acreditar numa vitĂ³ria do candidato tucano JosĂ© Serra no estado

O governador eleito do ParanĂ¡ Beto Richa (PSDB) votou por volta das 10h30 deste domingo (31), no ColĂ©gio Estadual AmĂ¢ncio Moro, no Jardim Social, em Curitiba. Richa estava acompanhado da mulher, Fernanda Richa, e do vice-governador, FlĂ¡vio Arns, que esperava por ele no local de votaĂ§Ă£o. Embora o colĂ©gio seja tranquilo, as pessoas que passavam pelo local pediam para tirar fotos com o futuro governador e o parabenizavam pela vitĂ³ria.

Richa acredita em uma vitĂ³ria do candidato tucano JosĂ© Serra nos maiores colĂ©gios eleitorais do Brasil: SĂ£o Paulo, por conta do apoio do governador eleitor Geraldo Alckmin (PSDB), e em Minas Gerais, onde o tucano conta com o apoio do ex-governador e senador eleito AĂ©cio Neves (PSDB). No ParanĂ¡, Richa acredita que Serra deve vencer a eleiĂ§Ă£o com uma margem de um milhĂ£o de votos a mais do que a candidata do PT, Dilma Rousseff.


Para ele, a eleiĂ§Ă£o de JosĂ© Serra para a presidĂªncia seria o melhor para o ParanĂ¡, porque o candidato jĂ¡ foi testado e aprovado em outros cargos e demonstrou uma relaĂ§Ă£o de carinho grande pelo estado. No entanto, caso Dilma Rousseff vença a eleiĂ§Ă£o, o futuro governador nĂ£o vĂª problemas para o estado. Richa diz que pode haver mais trabalho, mas que jĂ¡ estĂ¡ acostumado porque, no perĂ­odo em que era prefeito, os governos estadual e federal eram da oposiĂ§Ă£o.

Em relaĂ§Ă£o Ă s pesquisas, Richa afirmou que nĂ£o Ă© contra os institutos de pesquisa, mas acredita que deve haver uma reavaliaĂ§Ă£o metodolĂ³gica. Para ele, nessas eleições houve erros grotescos e nenhuma pesquisa deve substituir a vontade do eleitor.

Governo estadual

Antes de votar, Richa comentou que deve se reunir com a bancada dos deputados federais do ParanĂ¡ na segunda-feira (31), para definir a linha de trabalho para o prĂ³ximo ano.

Osmar vota em MaringĂ¡

O senador Osmar Dias, candidato derrotado ao governo do ParanĂ¡, votou na manhĂ£ deste domingo, em MaringĂ¡. Ele esteve acompanhado do presidente estadual do PT, Enio Verri. Ă€ tarde, este que ao qual sĂ³ restou a esperança da eleiĂ§Ă£o a nĂ­vel federal, seguirĂ¡ para BrasĂ­lia, para acompanhar a apuraĂ§Ă£o junto com a equipe de campanha de Dilma.

Serra vota em colĂ©gio de SĂ£o Paulo

O candidato do PSDB Ă  presidĂªncia JosĂ© Serra votou Ă s 11h30 no ColĂ©gio Santa Cruz, no bairro de Alto de Pinheiros, Zona Oeste de SĂ£o Paulo. Ele votou acompanhado da mulher MĂ´nica, da filha VerĂ´nica e de um casal de netos. Serra tirou fotos exibindo o “V” da vitĂ³ria nos dedos. TambĂ©m acompanhavam o candidato eleito ao governo de SĂ£o Paulo, Geraldo Alckmin, a mulher dele, Lu Alckmin, o prefeito de SĂ£o Paulo Gilberto Kassab, o governador do estado, Alberto Goldman, e o senador eleito Aloysio Nunes.

Dilma Ă© a primeira candidata presidenciĂ¡vel a votar

A candidata do PT Ă  PresidĂªncia, Dilma Rousseff, votou neste domingo (31) na Escola Estadual Santos Dumont, no Bairro AssunĂ§Ă£o, na zona sul de Porto Alegre. Ela estava acompanha do governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), que vota na mesma escola. O clima tranquilo do local de votaĂ§Ă£o foi tumultuado pela presença de dezenas de repĂ³rteres e fotĂ³grafos, que se acotovelavam na tentativa de ouvir uma palavra da candidata. Dilma chegou e saiu sorridente, mas nĂ£o falou com os repĂ³rteres. Ela deve viajar para BrasĂ­lia durante o dia, mas o horĂ¡rio ainda nĂ£o foi informado.

PM prepara esquema especial para segundo turno das eleições no ParanĂ¡

A PolĂ­cia Militar (PM) preparou um esquema especial em todo o ParanĂ¡ para o policiamento do segundo turno das eleições presidenciais que ocorre neste domingo (31). A OperaĂ§Ă£o Eleições começou na manhĂ£ deste sĂ¡bado (30) e vai aumentando gradativamente atĂ© o final de domingo.

De acordo com a PM, serĂ£o 7,4 mil policiais militares, sendo 2,5 mil na capital e regiĂ£o metropolitana (RMC) e 4,9 mil no interior, espalhados pelos 5.711 locais de votaĂ§Ă£o do ParanĂ¡. Na Grande Curitiba, serĂ£o empregadas 300 viaturas e 980 no interior.

Assim como ocorreu no primeiro turno, nĂ£o foi assinada a resoluĂ§Ă£o que determina a Lei Seca, a exemplo de outros estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, SĂ£o Paulo e Rio de Janeiro. A PM destaca que caso algum cidadĂ£o seja flagrado dirigindo ou votando sob efeito de bebida alcoĂ³lica, perturbando a ordem ou colocando em perigo a segurança prĂ³pria ou de outros, serĂ¡ preso.

Em cidades como MaringĂ¡, Londrina, Cascavel e Foz do Iguaçu, os detidos por crimes eleitorais serĂ£o encaminhados para FĂ³runs, Unidades da PM ou da PolĂ­cia Civil. Nas cidades menores, serĂ£o entregues em delegacias. Em Curitiba, serĂ£o encaminhados para a sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Qualquer cidadĂ£o que verificar uma aĂ§Ă£o suspeita de crime eleitoral poderĂ¡ acionar o TRE pelos telefones (41) 3330-8500 / (41) 3330-8674 / (41) 3330-8673.

135 milhões voltam às urnas



Neste domingo 135 milhões de brasileiros – cerca de 7,6 mi lhões de paranaenses – voltam Ă s urnas para decidir quem deverĂ¡ ocupar o cargo mĂ¡ximo do Poder Executivo, a PresidĂªncia da RepĂºblica. O ParanĂ¡ terĂ¡ segundo turno apenas para a escolha do presidente do Brasil. O Distrito Federal e outros oito estados elegem tambĂ©m o futuro governador.

O horĂ¡rio para a votaĂ§Ă£o serĂ¡ das 8 Ă s 17 horas. A apuraĂ§Ă£o dos votos da eleiĂ§Ă£o presidencial neste segundo turno poderĂ¡ ser acompanhada em tempo real no site da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/ votoconsciente). A totalizaĂ§Ă£o da primeira parcial dos votos, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral, serĂ¡ a partir das 19 horas.

Para votar, que documento devo levar?

É obrigatĂ³rio apenas um documento oficial com foto (carteira de identidade, identidade funcional, certificado de reservista, carteira de trabalho, carteira nacional de habilitaĂ§Ă£o com foto ou passaporte). No entanto, Ă© recomendĂ¡vel que o eleitor leve tambĂ©m o tĂ­tulo.

Os eleitores que nĂ£o votaram no primeiro turno, e nem justificaram a ausĂªncia, poderĂ£o votar normalmente neste domingo, pois o prazo de justificativa Ă© de 60 dias a partir da data de cada turno da eleiĂ§Ă£o.

Brasileiros no JapĂ£o começam a votar

Enquanto o Brasil se prepara para dormir, brasileiros que vivem no JapĂ£o jĂ¡ votam no segundo turno das eleições presidenciais desde as 21h de sĂ¡bado, pelo horĂ¡rio de BrasĂ­lia (8h de domingo pelo horĂ¡rio local).

Um total de 11.827 eleitores sĂ£o esperados neste domingo (3) nas 35 seções instaladas em sete provĂ­ncias japonesas. Somente em TĂ³quio estĂ£o cadastradas cerca de 2.700 pessoas.

Horas antes da abertura das seções eleitorais, instaladas em diversos pontos do paĂ­s asiĂ¡tico, jĂ¡ eram registradas algumas filas de eleitores, mas o movimento era tranquilo.

Representantes diplomĂ¡ticos do Brasil no JapĂ£o, no entanto, temem que o movimento seja influenciado pela passagem de um tufĂ£o por algumas regiões do paĂ­s nas prĂ³ximas horas.

Os brasileiros com residĂªncia no JapĂ£o inscritos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tĂªm atĂ© as 17h locais 6h de BrasĂ­lia para depositarem seus votos em Dilma Rousseff ou JosĂ© Serra.

Novo presidente deve ser confirmado até as 21h30

MariĂ¢ngela Gallucci e Daniel Teixeira/AE

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ninguĂ©m quer se comprometer a cravar o horĂ¡rio no qual os brasileiros saberĂ£o quem serĂ¡ o prĂ³ximo presidente da RepĂºblica. Mas estimativas sĂ£o de que isso pode ocorrer entre 20 horas e 21h30 de hoje.

Rapidez. Eleitores vĂ£o escolher presidente e 9 governadores

Os cĂ¡lculos sĂ£o feitos com base no que ocorreu no primeiro turno. Em 3 de outubro, quando estavam em disputa os cargos de presidente, governadores, deputados federais, estaduais e distritais e senadores, Ă s 20h30 jĂ¡ estavam apurados 90% dos votos. Agora se acredita que a apuraĂ§Ă£o serĂ¡ ainda mais rĂ¡pida.

Se por um lado a apuraĂ§Ă£o de hoje deve ser bem mais Ă¡gil, jĂ¡ que estarĂ£o em disputa somente os cargos de presidente da RepĂºblica e de governador em oito Estados e no Distrito Federal, por outro lado haverĂ¡ uma diferença maior de fuso horĂ¡rio. No primeiro turno nĂ£o estava em vigor o horĂ¡rio de verĂ£o. Agora, sim.

Com isso, a eleiĂ§Ă£o em Estados como Acre sĂ³ terminarĂ¡ Ă s 19 horas no horĂ¡rio de BrasĂ­lia. Apenas depois de concluĂ­da a votaĂ§Ă£o em todo o PaĂ­s Ă© que o TSE pode começar a divulgar resultados. No primeiro turno, a divulgaĂ§Ă£o das primeiras porcentagens da apuraĂ§Ă£o dos votos ocorreu Ă s 18 horas.

AusĂªncia. Assim como no primeiro turno, 135.804.433 brasileiros estĂ£o aptos a votar nas cerca de 500 mil urnas espalhadas pelo PaĂ­s. O problema Ă© que, como o segundo turno caiu no meio do feriado de Finados, a expectativa Ă© de que a taxa de abstenĂ§Ă£o seja alta. No primeiro turno, o Ă­ndice de abstenĂ§Ă£o foi de 18,12%. Hoje deverĂ¡ ser bem maior, apesar dos apelos da Justiça Eleitoral para que os eleitores nĂ£o faltem.

"O comparecimento do eleitor Ă s urnas Ă© um dever cĂ­vico, nĂ£o Ă© uma formalidade burocrĂ¡tica. É um compromisso que o cidadĂ£o tem com a democracia", disse durante a semana o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski. "Eu faço um apelo para que todos compareçam Ă s urnas e pelo voto consciente, o voto que Ă© dado com razĂ£o e sentimento a um determinado candidato."


O mal a evitar

AE/Editorial

A acusaĂ§Ă£o do presidente da RepĂºblica de que a Imprensa "se comporta como um partido polĂ­tico" Ă© obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hĂ¡bito de perder a compostura quando Ă© contrariado, tem tambĂ©m todo o direito de nĂ£o estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os Ă³rgĂ£os de imprensa, tem dado Ă  escandalosa deterioraĂ§Ă£o moral do governo que preside. E muito menos lhe serĂ£o agradĂ¡veis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta pĂ¡gina editorial. Mas ele estĂ¡ enganado. HĂ¡ uma enorme diferença entre "se comportar como um partido polĂ­tico" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estĂ£o em jogo valores essenciais ao aprimoramento se nĂ£o Ă  prĂ³pria sobrevivĂªncia da democracia neste paĂ­s.

Com todo o peso da responsabilidade Ă  qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de JosĂ© Serra Ă  PresidĂªncia da RepĂºblica, e nĂ£o apenas pelos mĂ©ritos do candidato, por seu currĂ­culo exemplar de homem pĂºblico e pelo que ele pode representar para a reconduĂ§Ă£o do PaĂ­s ao desenvolvimento econĂ´mico e social pautado por valores Ă©ticos. O apoio deve-se tambĂ©m Ă  convicĂ§Ă£o de que o candidato Serra Ă© o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o PaĂ­s.

Efetivamente, nĂ£o bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhaĂ§Ă£o de que a Imprensa denuncia a corrupĂ§Ă£o que degrada seu governo por motivos partidĂ¡rios. O presidente Lula tem, como se vĂª, outro mau hĂ¡bito: julgar os outros por si. Quem age em funĂ§Ă£o de interesse partidĂ¡rio Ă© quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facĂ§Ă£o que tanto mais sectĂ¡ria se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem Ă© o responsĂ¡vel pela invenĂ§Ă£o de uma candidata para representĂ¡-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefĂ£o e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tĂ£o grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estarĂ¡ em jogo, no dia 3 de outubro, nĂ£o Ă© apenas a continuidade de um projeto de crescimento econĂ´mico com a distribuiĂ§Ă£o de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e tĂªm condições de fazer. O que o eleitor decidirĂ¡ de mais importante Ă© se deixarĂ¡ a mĂ¡quina do Estado nas mĂ£os de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa sĂ³, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facĂ§Ă£o.

NĂ£o precisava ser assim. Luiz InĂ¡cio Lula da Silva estĂ¡ chegando ao final de seus dois mandatos com nĂ­veis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleraĂ§Ă£o da ingente tarefa - iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique - de promover o desenvolvimento econĂ´mico quanto na ampliaĂ§Ă£o dos programas que tĂªm permitido a incorporaĂ§Ă£o de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatĂ­veis com as exigĂªncias da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e Ă© hoje, sem sombra de dĂºvida, um paĂ­s melhor. Mas essa Ă© uma obra incompleta. Pior, uma construĂ§Ă£o que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstruĂ§Ă£o de um edifĂ­cio institucional democrĂ¡tico historicamente frĂ¡gil no Brasil, mas indispensĂ¡vel para a consolidaĂ§Ă£o, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e nĂ£o mero objeto.

Se a polĂ­tica Ă© a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precĂ­puo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espĂºrias, corrupĂ§Ă£o dos agentes polĂ­ticos, trĂ¡fico de influĂªncia, mistificaĂ§Ă£o e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e Ă  autoglorificaĂ§Ă£o? Este Ă© o "cara". Esta Ă© a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este Ă© o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que nĂ£o eu?" Este Ă© o mal a evitar.

Encerrada votaĂ§Ă£o na Nova ZelĂ¢ndia: Serra venceu


ClĂ¡udia Trevisan

PEQUIM - A eleiĂ§Ă£o presidencial acabou na Nova ZelĂ¢ndia Ă s 2h deste domingo, 31 (horĂ¡rio de BrasĂ­lia). Quinze horas Ă  frente, o paĂ­s foi o primeiro a divulgar o resultado, no qual JosĂ© Serra (PSDB) apareceu como vitorioso.

O tucano obteve 31 votos e a petista Dilma Rousseff, 14. Dos 501 brasileiros que se registraram como eleitores na Nova ZelĂ¢ndia, sĂ³ 45 votaram ontem.

 
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