quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Execução de juíza foi ideia do líder do Grupo de Ações Táticas, diz cabo da PM

A execução da juíza Patrícia Acioli foi tramada depois que o trabalho da magistrada passou a ameaçar policiais que roubavam armas, drogas e dinheiro de criminosos durante operações em favelas de São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Desde maio, os líderes de um grupo de nove agentes do 7º Batalhão da PM demonstravam "preocupação de que a juíza poderia prejudicar os policiais".

Detalhes do plano para matar Patrícia foram relatados por um cabo que participou da execução. Dizendo-se "arrependido", ele delatou os demais integrantes da quadrilha para obter proteção e redução de sua pena.

De acordo com o militar, foi o tenente Daniel Benítez, líder do Grupo de Ações Táticas (GAT) do batalhão, "quem trouxe para dentro da equipe a ideia de matar a juíza". Patrícia Acioli combatia a ação de milícias na região de São Gonçalo. Ela também acusava agentes do 7º BPM de forjar autos de resistência (mortes em confronto com a polícia) para encobrir assassinatos.

Inicialmente, os policiais pretendiam contratar uma milícia para matar Patrícia. O serviço seria pago com as armas e o dinheiro roubados pelos policiais durante ações de combate ao crime em São Gonçalo - o chamado "espólio". Depois que Benítez perdeu contato com os milicianos, o grupo decidiu planejar a execução por conta própria.

Desde então, houve duas tentativas frustradas de matar a juíza. Na primeira, o policial responsável pela campana em frente ao fórum onde Patrícia trabalhava se distraiu e não viu a magistrada sair do prédio. Na segunda tentativa, na véspera da execução, parte dos policiais foi convocada para a reconstituição de um outro crime.

O cabo também revelou que foi um dos autores dos disparos e que, logo após o assassinato, ateou fogo ao carro usado na execução. As armas usadas no crime também teriam sido destruídas.

O militar indicou que Benítez tinha uma relação "muito próxima" com o então comandante do 7º Batalhão, o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de ser o mandante do crime. O policial não confirmou se a ordem de matar a magistrada teria partido dele.

Oliveira, no entanto, é apontado como beneficiário do grupo que desviava o material apreendido nas operações policiais. Cotado para assumir o comando do 14º BPM, em Bangu, ele teria pedido que os nove policiais do GAT o acompanhassem para o novo local de trabalho, "onde o referido espólio seria maior". (AE)

Ducci propõe reajuste escalonado de 40% aos dentistas em greve


A prefeitura fez uma proposta nesta terça-feira à noite para pôr fim à greve dos cirugiões-dentistas da rede pública de saúde de Curitiba, que completa na quinta uma semana. Representantes dos odontólogos e do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) foram recebidos pelo prefeito Luciano Ducci, que propôs uma correção escalonada nos salários, com reajuste de 15% em janeiro de 2012; 15% em janeiro de 2013; e 10% em janeiro de 2014.

Os dentistas evocam o princípio da isonomia, prevista na Lei Federal nº 3.999/1961, para exigir equiparação ao salário dos médicos da rede pública de saúde.

Na reunião, o prefeito também propôs que uma comissão, com representantes da Secretaria de Recursos Humanos da prefeitura, dos servidores e do Sismuc, trabalhe em busca de um consenso para que algumas gratificações passem gradativamente a compor o vencimento básico de diversas categorias, entre elas a dos odontólogos.

Segundo a cirurgiã-dentista Gisele de Bortolli Rauli, que participa da comissão de greve dos trabalhadores, a proposta da prefeitura será debatida pelos dentistas durante uma assembleia nesta quinta-feira, a partir das 19 horas, na sede do Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército de Curitiba, que fica na Rua Comendador Fontana, 57, no Centro Cívico.

Gisele ressalta que a categoria vai permanecer paralisada na quinta e não há previsão para o retorno às atividades. Na quarta-feira, os dentistas distribuíram panfletos nas ruas pedindo o apoio dos curitibanos à causa salarial, alegando que estão sendo difamados pela prefeitura. “Gostaríamos muito de estar nas clínicas, mas nós nos recusamos a trabalhar mediante tanta humilhação e discriminação”, dizia parte do manifesto. (GP)

Entidades chegam ao navio e conversam com nigerianos

Representantes de entidades ligadas à defesa dos direitos humanos, grupos de educação e Organizações Não Governamentais (ONGs) em defesa de africanos e afro-brasileiros estiveram na tarde desta quarta-feira (28) no navio em que um grupo de nigerianos está retido, na entrada daBaia de Paranaguá. O grupo conversou com os imigrantes e vai discutir o caso nesta quinta-feira (29) com representantes da Secretaria de Justiça do Paraná.

Os membros das entidades e da comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) receberam a autorização da Polícia Federal e da Receita Federal para conversar com os nigerianos e esperavam a autorização do comandante do navio de bandeira turca para entrar na embarcação e chegar até os imigrantes. O grupo está no navio desde o dia 19 de setembro. Eles foram barrados pela Polícia Federal ao tentarem entrar clandestinamente no Brasil pelo Porto de Paranaguá.

O presidente do Conselho Estadual de Educação, Romeu Gomes de Miranda, que conversou com os nigerianos, comenta que os imigrantes são todos jovens, com idade próxima de 20 anos. "Eles disseram que buscam emprego e melhores condições de vida. Dois deles alegam sofrer perseguição religiosa".

Viagem

Os imigrantes relataram que vieram da cidade de Lagos, a maior da Nigéria, e relataram que ficaram durante dez dias sem comida, nem água. O grupo embarcou no dia 5 de setembro. Eles disseram que ficaram escondidos em um compartimento próximo à âncora da embarcação. Um deles é jogador de futebol profissional no país africano. Eles disseram ainda que não sabiam que estavam indo para o Brasil e pensaram que o navio seguiria para a Europa.

O grupo era, originalmente, formado por 10 nigerianos. Um deles, após sete dias de viagem, teria entrado em desespero por causa da falta de alimentos e água. Ao tentar sair do local, o nigeriano acabou caindo no mar e morreu, segundo relado dos demais sobreviventes.

Babatunde Fadipe, 24 anos, é um dos nigerianos, que reclamou das condições precárias em que ele e os demais imigrantes estão abrigados. "Não tem banheiro onde eu estou. Peço ao povo brasileiro que me ajude. Eu só quero viver. Só isso" disse.

Condições

Os representantes das entidades de direitos humanos disseram que os nigerianos estão em condições subumanas no navio. De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Educação, o grupo está em containers que não oferecem higiene adequada. “Eles estão bastante debilitados”.

Os membros dos direitos humanos, da educação e das ONGs apelam para que a justiça conceda um visto temporário para permanência dos nigerianos no Brasil. O objetivo do grupo é que os imigrantes possam ter melhor atendimento e que se recuperem. "Durante anos o Brasil recebeu imigrantes de outros países que ajudaram a construir o País. Não podemos agora virar as costas para eles".

Segundo Miranda, na quinta-feira haverá uma reunião com José Antonio Peres Gediel, titular da Coordenadoria dos Direitos da Cidadania, da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, para discutir o caso dos imigrantes.

Asilo político

Uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também está envolvida na tentativa de liberar a entrada dos nigerianos no país. Os membros da comissão vão intermediar o pedido de asilo político para os nigerianos com o Departamento de Estrangeiros, no Ministério da Justiça. Os membros da OAB também vão acionar o comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados. (GP)

Cohapar discute assentamentos precários em Curitiba e região

A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) promoveu nesta quarta-feira (28) o Seminário Assentamentos Precários na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Além de levantar a atual situação de favelas, loteamentos irregulares e clandestinos, cortiços e conjuntos habitacionais degradados na RMC, o encontro teve o objetivo de propor soluções para o problema.

Hoje, existem cerca de 201 mil domicílios em assentamentos de risco nos 374 municípios do Paraná – sendo que quais 84,6 mil estão na capital e seu entorno. A meta do Governo do Estado é atender 16 mil famílias que vivem em situação de risco nestes locais em quatro anos.

Realizado em parceria com a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), Cohab-Curitiba e Secretaria de Assuntos Metropolitanos de Curitiba, o seminário contou com a participação de prefeitos, secretários municipais, lideranças comunitárias, dirigentes e técnicos da Cohapar.

Ao abrir o encontro, no auditório do Ipardes, o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, destacou que o governador Beto Richa tem demonstrado preocupação com a situação de milhares de famílias que vivem em condição subumana nesses assentamentos – e não apenas do ponto de vista habitacional, mas integral. “A casa é apenas uma parte do projeto do Governo do Estado, que busca o resgate pleno das famílias, haja vista o intenso trabalho desenvolvido neste sentido pela secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa”, afirmou.

Chaowiche disse ainda que o evento representou a realização de um sonho antigo dele e do governador Beto Richa, para equacionar o problema não só em Curitiba, mas em toda a RMC. “Hoje, os municípios são interdependentes no setor de transporte, saúde, economia e meio ambiente, entre outros”, acrescentou, ao enfatizar que os objetivos serão alcançados com o envolvimento de todos, incluindo os municípios.

Para o presidente da Cohapar, o desafio é construir uma integração que resulte na promoção do desenvolvimento de toda a RMC. “É por meio dessa ação integrada que podemos visualizar o dia em que não mais teremos ocupações irregulares na Região Metropolitana”, disse.

Letícia Raymundo, diretora geral da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social (que representou a secretária Fernanda Richa no evento), também afirmou que a união de esforços proporciona benefícios às famílias que vivem em situação precária. Segundo ela, o lançamento do programa Família Paranaense mostra o quanto o Governo do Estado se preocupa com esta questão, uma vez que o projeto busca a aproximação das famílias carentes para levar medidas de proteção social. Para isso, integra diferentes políticas públicas, como educação, saúde, esporte e defesa alimentar.

O secretário da Habitação de Curitiba, Osmar Bertoldi, salientou que o prefeito Luciano Ducci quer integrar cada vez mais a RMC na questão da habitação. “A ocupação do solo, o transporte e a moradia têm de ser pensado de maneira metropolitana”, disse.

“É importante a parceria de Curitiba no atendimento das necessidades dos municípios da região, além da troca de experiências nas áreas urbanas e rurais em busca da solução para questões habitacionais de cada município, da região e do Estado”, afirmou José Antonio Camargo, prefeito de Colombo e presidente da Assomec.

COOPERAÇÃO – Também nesta quarta-feira, Cohapar e Cohab-Cuiritba um termo de cooperação para a montagem de 60 mil contratos com cobertura do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Desde 2005, a Cohapar não fazia esses contratos, que vão trazer mais recursos que serão somados aos que o Governo do Estado vai aplicar em sua política habitacional. A estrutura e a experiência da Cohab vai se aliar às da equipe da Cohapar para concluir o mais rápido possível a cooperação, que servirá de modelo para as companhias de habitação. (AEN)

Governo beneficia 23 mil micros e pequenos produtores com programa de compra de calcário

O governador Beto Richa lançou nesta quarta-feira (28), no Palácio das Araucárias, um programa que vai distribuir 220 mil toneladas de calcário para 23 mil pequenos produtores rurais do Paraná. O investimento na aquisição do insumo será de R$ 12 milhões e tem o objetivo de aumentar a produtividade agrícola e a fertilidade do solo de propriedades em 232 municípios.

A medida – que tem potencial para aumentar em 30% a produtividade das lavouras beneficiadas – foi dividida em duas etapas. Na primeira, oficializada nesta quarta-feira, foram assinados convênios com 92 municípios. Na segunda etapa, em outubro, serão atendidos 140 municípios. Richa destacou aos prefeitos presentes ao lançamento que a ação só foi possível com a redução de 18% obtida pelo governo nos gastos administrativos desde o início do ano.

“Faz oito anos que o governo não investe para ajudar os produtores com a oferta de calcário, que é fundamental para a conservação do solo e o aumento da renda dos nossos produtores. É um apoio real e concreto que irá trazer desenvolvimento para o campo”, disse o governador. Ele destacou ainda outras ações adotadas pelo governo para apoiar a agricultura, como a isenção das taxas de serviços prestados pela Emater a 100 municípios.

O calcário é um insumo que proporciona benefícios como a elevação da fertilidade dos solos, neutralização de elementos tóxicos e correção da acidez do solo, controlando o nível de pH (potencial hidrogeniônico) da terra – o que resulta em melhoria da produtividade agrícola. O programa vai priorizar a distribuição para agricultores familiares mais carentes, em localidades com elevada taxa de pobreza, comunidades indígenas, quilombolas e que tenham microbacias planejadas dentro de práticas conservacionistas de uso e manejo de solo e água.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, explica que a aplicação de calcário é fator fundamental para o incremento da renda dos agricultores familiares. Segundo ele, a intenção é que seja aplicado no menor prazo possível para gerar resultados na safra 2011/12. “Outras práticas são importantes, mas o calcário é básico. Toda planta e semente precisa de um local favorável para desenvolver seu pleno potencial. Esse insumo deixa o solo quimicamente mais adequado e os benefícios que gera ajudam a fixar o produtor no campo”, afirmou o secretário.

Cada prefeitura vai receber até o valor máximo de R$ 70 mil para a compra do calcário e repasse direto para os produtores. O atendimento será limitado em 10 toneladas de calcário por agricultor, que deve ser selecionado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Emater.

“O interior tem dificuldade para ter acesso ao calcário, principalmente pelo transporte, que encarece o produto, podendo chegar até a R$100 por tonelada. O governo precisa atuar do lado dos agricultores familiares, que representam cerca de 85% das propriedades rurais do Paraná”, destacou Ortigara. Ele informou ainda que o Estado irá fiscalizar a adequada aplicação da substância.

ASSISTÊNCIA – Os agricultores beneficiados irão receber assistência técnica da Emater para assegurar a correta aplicação do calcário e o adequado manejo e conservação do solo. Segundo o presidente do Instituto Emater, Rubens Ernesto Niederheitman, deverão ser feitas análises das características de cada propriedade para a distribuição adequada do insumo. “Estamos presentes em todos os municípios do Paraná. Vamos oferecer todo o apoio e suporte para monitorar o desempenho das plantações”, disse ele.

A aplicação de calcário é compreendida como complemento conservacionista e auxiliar na prática de manejo e fertilidade dos solos. Assim, sua utilização deve ser feita de forma integrada com outras práticas, atendendo ao planejamento da propriedade nas microbacias. Deve-se levar em conta ainda o fato que o Estado do Paraná possui uma lei específica que trata do calcário (Lei nº 11.175 de 11/09/1995).

MUNICÍPIOS – Paulo Deola – prefeito de Bom Jesus do Sul, município de 4 mil habitantes na região Sudoeste – afirma que o repasse demonstra a atenção do governo estadual com os pequenos produtores. “É uma medida que melhora a produção, renda, qualidade de vida do povo e ajuda a fixar o trabalhador no campo”, destacou. Para Alceu Swarowski, prefeito de Rio Negro, a iniciativa marca a volta de programas voltados para os agricultores familiares. “A melhora da produção vai garantir desenvolvimento econômico e melhorar a vida do produtor”, disse o prefeito.

Além dos prefeitos de 93 municípios, participaram do evento o líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano, secretários de Estado, deputados estaduais e lideranças do setor agrícola. (AEN)

Richa autoriza contratação de 652 policiais civis

O governador Beto Richa assinou nesta quarta-feira (28) decreto de nomeação de 652 policiais civis (631 investigadores, 19 escrivães e dois papiloscopistas) aprovados em concurso público realizado em 2010. As contratações – efetivadas no dia em que a Polícia Civil do Paraná comemora 158 anos – representam 20% do efetivo atual da corporação, formado atualmente por 3.563 policiais. A medida faz parte do programa Paraná Seguro, que prevê o ingresso, até 2014, de 2.200 policiais civis.

“Em nove meses de governo, conseguimos aumentar em 20% o efetivo policial da corporação. É com satisfação e grande compromisso que investimos no fortalecimento das polícias militar e civil para que as famílias paranaenses voltem a ter segurança”, disse o governador. Richa lembrou que o governo prevê também a contratação de 400 delegados. “Temos 270 comarcas que não têm delegado. Queremos reverter esse quadro”, afirmou.

A relação dos convocados deverá sair no Diário Oficial até a próxima semana. Para o secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, a medida representa a preocupação do governador com a segurança pública do Paraná. “No aniversário da Polícia Civil, o governador dá um presente para todos os paranaenses. Este governo tem valorizado a instituição policial e colocado a segurança como prioridade”, disse o secretário. Ele explicou que ainda esta semana outros 42 policiais civis serão nomeados e destacou que a destinação dos novos policiais está em estudo, que vai avaliar quais unidades estão mais carentes de pessoal.

INGRESSO – Os candidatos chamados deverão se apresentar na Secretaria de Segurança Pública (Sesp) com os exames e a documentação necessária. Assim que o aprovado estiver com toda a documentação preenchida e o laudo da perícia em mãos deve comparecer ao Grupo de Recursos Humanos da Sesp (Rua Deputado Mário de Barros, 1.290 - Ed. Caetano Munhoz da Rocha – 5.º andar), das 9h às 11h e das 14h às 17h. A lista dos documentos e exames solicitados está publicada na internet, na página www.seguranca.pr.gov.br. Esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail gruporh@sesp.pr.gov.br.

Os convocados serão treinados pela Escola da Polícia Civil. A unidade tem capacidade para 370 alunos, mas de acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcus Michelotto, estão sendo feitas negociações com faculdades no interior do Estado para parcerias que irão acelerar o processo de formação dos policiais. (AEN)

Como os argentinos sofrem com o futebol

A morte ronda os servidores públicos aposentados

A PREVIDÊNCIA NÃO ESTÁ QUEBRADA

Ministra Eliana Calmon reafirma suas denúncias de que há "bandidos" no Poder Judiciário

A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou nesta quarta-feira (28) à Folha que não recuará das declarações que fez sobre a magistratura brasileira.

"Eu não tenho que me desculpar. Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados", disse.

"A quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário", reiterou.


Segundo a ministra, todos precisam perceber que "a imagem do Judiciário é a pior possível, junto ao jurisdicionado" --público que recorre aos tribunais.

"Eu quero justamente mostrar que o próprio Judiciário entende e tenta corrigir seus problemas."


Sobre o julgamento de hoje do Supremo, que poderá limitar os poderes da corregedoria, ela disse que está muito triste.

"As portas estão se fechando. Parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil."


Em recente entrevista, Calmon fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir, no STF (Supremo Tribunal Federal), o poder de investigação do CNJ.

"Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais).

Polícia de Nova York reprime protestos em Wall Street.



A polícia prendeu entre 80 e cem pessoas durante ação para conter protestos contra os bancos de Wall Street e o governo americano, no último sábado (24). Pelo menos de Nova York usou spray de pimenta e50 pessoas continuavam detidas na noite de domingo e outras centenas passariam mais uma noite no acampamento montado no distrito financeiro de Manhattan há mais de uma semana.


Os manifestantes agiam de forma pacífica. Na tarde de sábado, centenas de manifestantes, impedidos de permanecer na região de Wall Street, caminharam alguns quilômetros pela Broadway, tomando a Washington e a Union Square, que são duas das praças mais movimentadas da cidade, em uma área próxima da Universidade de Nova York.
Vídeos no YouTube mostram policiais disparando spray de pimenta contra manifestantes e arrastando jovens pela calçada, alguns deles feridos. Um dos detidos é o médico brasileiro Alexandre Carvalho, que vive em Nova York e foi liberado horas mais tarde. Junto com a namorada, a também brasileira Vanessa Zettler, que estuda ciências humanas em Nova York, ele participa dos protestos desde o início, dormindo todas as noites no acampamento em Wall Street.
“Como estávamos proibidos de protestar em Wall Street, tomamos a Broadway. Mas a polícia montava barricadas e tivemos de ir desviando”, disse. “Na Union Square, a polícia nos circundou e fez prisões em massa. Fui preso quando tentei ajudar uma menina que tinha sido atingida por spray de pimenta.”
Carvalho foi colocado em um camburão com outras 16 pessoas. “Ficamos sem ventilação, algemados”, afirmou. Alguns dos presos, em sua maioria universitários e jovens profissionais, mas também alguns idosos, foram levados em ônibus comuns para a central da polícia em Manhattan porque não havia viaturas suficientes. De acordo com informações no site dos organizadores do protesto, a estratégia é “usar a tática revolucionária da Primavera Árabe de ocupação em massa para restaurar a democracia nos Estados Unidos”.
O movimento de protesto está há pouco mais de uma semana realizando um acampamento no sul de Manhattan contra o sistema financeiro americano, a corrupção e a “avareza” das companhias do país.

“Houve cerca de 80 detenções, principalmente de indivíduos que bloqueavam o trânsito e as áreas de pedestres, assim como por terem resistido a ser detidos e obstrução à administração governamental, incluindo em um caso de ataque a um agente da polícia”, assinalou a polícia nova-iorquina em comunicado.

As manifestações foram coordenadas por um grupo de ativistas nova-iorquinos denominado “General Assembly”, informa o “The New York Times”. A maioria dos “indignados” nova-iorquinos que protesta contra a crise econômica global permanece acampada em dois parques privados do sul da cidade (CTB)

Comissão da Verdade terá Aloysio Nunes, ex-quadro da ALN nos anos de chumbo, como relator no Senado


O projeto de lei que cria a Comissão da Verdade chegou nesta terça-feira (27) ao Senado e será relatado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). O tucano, que foi perseguido político na ditadura militar, deverá relatar a matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. Embora a escolha de seu nome não tenha sido formalizada, ele tem o aval do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do líder do PT,Humberto Costa (PE).

O projeto que é considerado prioridade máxima pela presidente Dilma Rousseff estabelece que a comissão ficará encarregada de investigar as violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. A ideia é que Aloysio Nunes não faça mudanças no texto, a fim de que a matéria siga diretamente à sanção.

Se tiver de seguir o rito ordinário de tramitação, o projeto terá de passar por três comissões: CCJ, Direitos Humanos e Relações Exteriores. No entanto, Romero Jucá vai procurar os líderes partidários na Casa para tentar aprovar o regime de urgência da matéria, a fim de que seja analisada diretamente no plenário. "Acredito que as lideranças podem pedir urgência e, desde que a nossa pauta esteja desobstruída, nós então teremos a oportunidade de examiná-lo", disse o presidente José Sarney, apoiando a urgência.

O texto aprovado na Câmara prevê que a comissão terá prazo de dois anos para realizar suas investigações. Poderá requisitar informações a órgãos do poder público, convocar testemunhas e determinar a realização de perícias. Não será permitida a divulgação de documentos classificados como sigilosos. Não poderão ser indicados para a comissão pessoas com cargo executivo em partidos, com cargo comissionado ou que não possam atuar com imparcialidade. A investigação não servirá para a punição de envolvidos porque a comissão está sujeita à Lei da Anistia. (AE)


Entrevista de Aloysio Nunes ao Diário da Região:

http://www.diarioweb.com.br/noticias/imp.asp?id=98158



REQUIÃO, O FALSO, E O ELOGIO A MIGUEL ARRAES

O Senado aprovou por 48 votos contra 17 a indicação da deputada federal Ana Arraes, do PSB de Pernambuco, para o Tribunal de Contas da União.
Um dos votos favoráveis foi do senador paranaense Roberto Requião, que, pelo twitter, comunicou que seu voto foi em homenagem a seu pai, Miguel Arraes, um dos mais carismáticos políticos brasileiros, que foi deputado federal e três vezes governador de Pernambuco:
-- Meu voto para o TCU é Ana Arraes, conheço pouco, mas voto no pai. Se saiu ao pai merece o voto.
Falsidade pura!
O velho Arraes(PSB) morreu odiando Requião (PMDB). Na CPI dos Precatórios ele tentou incriminar Arraes (PSB) e seus familiares, ao ponto do PSB do Paraná ter recebido uma orientação: "no Paraná podem fazer aliança com o diabo, menos com Requião (PMDB)". Que o diga o presidente estadual do partido, Severino Nunes Araujo, amigo intimo de Arraes (PSB), com quem trabalhou no governo de Pernambuco nos anos 60.


Apreensão de crack no Paraná chega a uma tonelada em 2011

O Paraná bateu recorde na apreensão de crack que passa pelas estradas federais. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o Estado atingiu uma tonelada da droga retida nessas rodovias. O número é quase duas vezes maior que o conteúdo de crack apreendido em todo o ano de 2010 pela PRF. O índice foi atingido com a apreensão de 20 quilos da droga na BR-369, cidade deUbiratã, no Oeste do Estado, na segunda-feira (26).

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, em comparação com todo o ano de 2009, quando a apreensão foi de 289 quilos, o índice de 2011 é quase quatro vezes maior. Já em 2010, o número subiu para 546 de crack retido em todo o ano, quase metade do que foi registrado nos nove primeiros meses de 2011. Na comparação do período entre janeiro e setembro, em 2010 a quantidade foi de 350 quilos, quase quatro vezes menor que a apreensão dos nove primeiros meses de 2011.

Segundo o coordenador do núcleo de comunicação social da PRF, Inspetor Wilson Martines, os principais pontos de apreensão de drogas estão nos municípios próximos à fronteira do Brasil com o Paraguai. A apreensão, segundo o inspetor, não é feita apenas na fronteira propriamente dita, mas também em cidades que ficam 300 quilômetros longe do Paraguai.

O inspetor aponta Carcavel, Foz do Iguaçu, Guaíra e Umuarama como alguns dos municípios onde a droga pode ser encontrada em transporte. “Muitos traficantes utilizam, além das rodovias federais, estradas vicinais para fugir da apreensão". Segundo o inspetor, a atuação nesses municípios e na fronteira é importante para que a droga não se espalhe pelo Estado, ou chegue a outros locais fora dos limites do Paraná. "A apreensão longe da fronteira, quando a droga já está fracionada, é muito mais difícil".

Martines aponta como importante para a maior apreensão de crack o trabalho conjunto das forças de segurança nacionais e estaduais e a tecnologia empregada. “Mesmo assim o crack continua sendo uma endemia mundial que não ataca só aos mais pobres. Gostaríamos que o trabalho fosse o mesmo, mas a apreensão chegasse a zero”.

Origem e destino

O crack apreendido no Paraná entra no estado principalmente pelo Paraguai, mas sua verdadeira origem são os países andinos. Segundo o inspetor Martines, como o país vizinho não oferece bloqueio para a entrada da droga, os traficantes utilizam as rotas paraguaias para chegarem ao Paraná, uma das principais portas de entrada de drogas do Brasil.

Do Paraná, além de boa parte do crack permanecer no território do estado, o entorpecente tem como destino as unidades federais mais próximas, como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minais Gerais. “Mas a droga não para nesses lugares. Desses estados ela pode ou não seguir para outros locais do País”, afirma o inspetor. (GP)

 
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