terça-feira, 21 de setembro de 2010

Erenice mantém cargos no BNDES, Eletrobrás e Chesf

Carol Pires /AE

Obrigada a pedir demissão da Casa Civil, Erenice Guerra mantém cargos no conselho da Eletrobrás, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e também no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - órgão que está no centro do esquema de lobby e tráfico de influência montado por Israel Guerra que motivou a queda de Erenice.

Com salário de R$ 5.122 mensais para participar de uma reunião a cada três meses, Erenice ocupa uma das 11 vagas no Conselho de Administração do BNDES, sob indicação do Ministério do Desenvolvimento, comandado por Miguel Jorge.

Erenice fazia parte do Conselho Fiscal do BNDES desde abril de 2008. No dia 13 de maio, o Diário Oficial informou sua exoneração e a nomeação, no mesmo dia, para um conselho mais importante dentro do banco, o de Administração. Substituiu ali vaga deixada pela presidenciável petista Dilma Rousseff. O decreto é assinado pelo presidente Lula.

Segundo denúncia do consultor Rubnei Quícoli, representante da EDRB do Brasil Ltda, ao tentar um empréstimo de R$ 9 bilhões junto ao BNDES para um projeto de produção de energia eólica, foi encaminhado por um funcionário da Casa Civil a contratar a empresa Capital Assessoria e Consultoria, ligada a Israel Guerra, filho da ex-ministra.

Quícoli teria sido pressionado a pagar R$ 240 mil para viabilizar o empréstimo, que acabou não sendo efetivado, segundo ele, por não ter entregado o valor cobrado. Em nota, o BNDES disse "repudiar" as denúncias.

Erenice Guerra também aparece como conselheira de administração da Eletrobrás e da Chesf, com gratificação de R$ 3,8 mil para participar de uma reunião mensal. Na Chesf, as reuniões também ocorrem mensalmente.

Ventanias, raios e queda de granizo são esperados no sul do país




Julia Baptista/AE

SÃO PAULO - Uma nova frente fria que avança sobre a região sul do Brasil e nuvens bastante carregadas estão crescendo nos três estados, mas principalmente sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, de acordo com o Climatempo. Há risco de chuva forte, ventania, queda de granizo e raios nos três estados.

No decorrer desta terça-feira, 21, quantidades de chuva acima de 50 milímetros podem ser acumuladas em muitas áreas do estado gaúcho, inclusive na grande Porto Alegre. As rajadas de vento podem superar os 75 km/h, e há risco de alagamentos nos centros urbanos.

A quantidade de chuva acumulada at o fim desta terça-feira, 21, pode chegar aos 50 milímetros, especialmente em localidades do sul de Santa Catarina, no planalto e no oeste. As rajadas de vento podem chegar aos 75 km/h. Há risco de raios.

No Paraná, as pancadas de chuva tendem a ocorrer principalmente tarde e noite. Na Grande Curitiba, em áreas próximas da divisa com o Santa Catarina e da fronteira com o Paraguai e a Argentina, chove a qualquer hora. Há condições para raios em todo o Estado. No decorrer do dias, as rajadas de vento podem chegar aos 75 km/h. O volume de chuva acumulado até o fim do dia não deve superar os 40 milímetros.

Maioria dos eleitores não tem candidato a deputado

Rudolfo Lago

Ainda que já despontem alguns nomes na disputa para a Câmara dos Deputados, como o lamentável palhaço Tiririca (candidato pelo PR) em São Paulo, o fato é que a corrida para a eleição dos 513 deputados da próxima legislatura ainda uma incógnita. Os últimos levantamentos do Instituto Datafolha nos principais estados do país revelam que a grande maioria dos eleitores, faltando menos de duas semanas para as eleições, ainda não sabe em quem votará para deputado federal. Assim, a verdadeira definição do quadro para a Câmara em cada estado dependerá da definição dessa imensa maioria de eleitores ainda em dúvida.

Em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Distrito Federal , o percentual de eleitores que diz ainda não saber em quem votará varia 61% a 71%. O percentual mais baixo é em Pernambuco, e o mais alto é no Paraná.

Em São Paulo, é o bordão de Tiririca que lidera as pesquisas. Ao dizer que “pior do que está não fica”, Tiririca contesta opinião política bem mais abalizada, a de Ulysses Guimarães, que dizia que “cada nova legislatura é sempre pior que a anterior”. De qualquer modo, Tiririca vem conquistando 3% do eleitorado paulista. Ele é seguido por Paulo Maluf (PP) e Márcio França (PSB), citados por 1%. Mas nada menos que 69% dos eleitores paulistas disseram ao Datafolha ainda não ter candidato.

No Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR), citado por 2%, vem seguido dos craques futebolísticos Romário (PSB) e Deley (PSC). Mas 64% dos eleitores ainda estão indecidos.

No Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila (PCdoB) lidera com 2%. A certeza de que não faltarão nomes para a pelada dos deputados nas noites de terça-feira é marcada no Rio Grande do Sul pela presença do goleiro Danrlei (PTB), com 1%. Mesmo percentual de Paulo Pimenta (PT). Mas 67% do eleitorado ainda não sabe em quem votará.

Em Pernambuco, Ana Arraes (PSB) e o ex-prefeito de Recife João Paulo (PT) têm, cada um 3% das intenções de voto. Inocêncio Oliveira (PR) tem 2%. Mas a maioria – 61% - não tem ainda candidato.

Em Minas Gerais, são lembrados com 1% Reginaldo Lopes (1%), Jaiminho Martins (PR), e Gilmar Machado (PT). Enquanto isso, 64% ainda precisam escolher seus candidatos.

No Paraná, também empatam com 1% Zeca Dirceu (PT), Odílio Balbinotti (PMDB) e Luiz Carlos Hauly. E 71% ainda não sabem em quem votarão.

Na Bahia, ACM Neto (DEM) tem 2%, e Mario Negromonte (PP) e José Rocha (PR) têm 1%. Enquanto isso, o percentual de indecisos é de 64%.

No Distrito Federal, dois nomes despontam muito claramente: Paulo Tadeu (PT) e José Antonio Reguffe (PDT), ambos com 6%. Geraldo Magela (PT) tem 3%. E 63% do eleitorado se declara ainda indeciso.

Do percentual de indecisos, 59% declarou ao Datafolha que vai decidir seu candidato mais perto da eleição. Outros 25% disseram que decidirão nos próximos dias. E 15% outra vez não sabem: não sabem em quem votarão nem sabem quando decidirão sua escolha.

Defesa da ficha limpa reúne 130 mil assinaturas



Thomaz Pires

A mobilização em defesa da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) multiplica-se. Mais de 130 mil pessoas, temerosas com a possibilidade de uma derrota da nova Lei no Supremo Tribunal Federal (STF), assinaram uma carta-manifesto que deverá ser entregue nesta terça-feira (20) aos ministros do Supremo. O documento cobra respeito à legislação e alerta para os riscos de deferimento de recursos dos candidatos já barrados nas instâncias inferiores. O receio é que o relaxamento enfraqueça a legitimidade da Lei e abra a janela para a eleição de candidatos enrolados com a Justiça.

Um ato simbólico de protesto, previsto para 15h em frente ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), promete elevar ainda mais o tom de cobrança da sociedade sobre os 10 ministros do STF. Ao todo, 21 entidades de classe sinalizaram-se favoráveis ao cumprimento da Lei e entraram efetivamente na mobilização diante do risco dos ministros recuarem do entendimento que teve o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) evitando a aplicação da lei este ano.

O julgamento amanhã (21) do recurso do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, candidato ao mesmo cargo pelo PSC, marcará a posição que o STF terá com relação à Lei da Ficha Limpa. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que foi o responsável pela mobilização que levou à aprovação da lei, acredita que a pressão popular poderá sensibilizar os ministros do STF no julgamento. O recolhimento das assinaturas que serão entregues começou na última semana por meio de grupos de e-mail e redes sociais como twitter, orkut e facebook, e superou as expectativas dos organizadores.

No texto assinado pelos apoiadores são destacados os méritos e mudanças promovidos na corrida eleitoral deste ano em razão da nova Lei. Ao todo, 247 candidaturas já foram barradas seguindo o texto aprovado pelo Congresso Nacional e promulgado pela Presidência da República.

Quatro Pontes - Inquérito é instaurado para apurar queda de arquibancada

Foi instaurado, na manhã desta segunda-feira, um inquérito para apurar as possíveis causas do acidente com a arquibancada que caiu durante a 5 Prova de Arrancada -uma disputa de velocidade de automobilismo-, em Quatro Pontes (594 km de Curitiba).

De acordo com o delegado da cidade de Marechal Cândido Rondon, Ari Nunes Pereira, responsável pelas investigações, foi solicitado inicialmente ao Instituto de Criminalística um levantamento no local para a verificação da estrutura metálica e das possíveis causas do acidente.

Todos que estavam sobre a arquibancada caíram quando a estrutura ruiu. Não há confirmação sobre quantas pessoas assistiam à corrida. De acordo com o capitão do corpo de bombeiros, Rogério Lima de Araújo, a organização da prova não pediu a vistoria ao Corpo de Bombeiros.

No entanto, segundo Rudi Kuns, prefeito de Quatro Pontes, o local tinha alvará para funcionamento. ''Além disso, o evento é realizado todos os anos e conta com a autorização da Federação Paranaense Automobilística'', disse. De acordo com ele, o acidente não é de responsabilidade nem da prefeitura, nem das associações locais, que organizaram o evento, pois ocorreu fora da pista. A empresa responsável pela arquibancada, a Geane Pletsch, presta serviços tercerizados para a prefeitura.

Segundo Araújo, o acidente deixou 111 feridos, 22 pessoas tiveram ferimentos graves, mas sem risco de morte. Outras 89 tiveram escoriações. A disputa acontecia em uma rua vicinal às estradas estaduais PR-467 e PR-163. A reportagem tentou entrar em contato com a empresa tercerizada, mas não obteve resposta.(Com Folha Press)

A queda:

Contradições no processo eleitoral. Antes Requião X Osmar e hoje Osmar + Requião= Povo não entende

A população mais carente que tradicionalmente vota no Requião, que sempre o viu como o " heróico pai dos pobres", não consegue entender a aliança feita pelos dois nesta eleição e isto do ponto de vista dos votos reflete desfavorávelmente ao ex-governador, que na eleição passada para o governo tratou o atual candidato Osmar, na época seu rival, como "o fazendeiro corrupto defensor dos ricos".

Ao voltar atrás com seu discurso o Requião, que sempre foi tido por este eleitorado mais carente como um homem de posições firmes,que sempre usou do bordão "Voltar atrás nunca mais" em todas as suas campanhas, traí a confiança de seu eleitorado mais tradicional. Assim ele demonstra pouca seriedade e firmeza de posição ao assumir o novo posicionamento em favor do Osmar Dias e o mito se esfacela. Hoje ele, pela contradição em seu discurso, em Curitiba, que é o local da sua origem política, perde a cada dia mais espaço para a Gleisi e o Gustavo na disputa para o senado, o que o coloca em terceiro lugar na capital e o faz também perder votos no interior.

Como é que o Requião, que sempre se colocou como "o pai dos pobres" e o "seguidor da Carta de Puebla", se alia ao fazendeiro que quis acabar com o direito dos trabalhadores (FGTS)?

Ninguém esquece:

ANTES REQUIÃO X OSMAR DIAS, HOJE REQUIÃO E OSMAR DIAS. QUE VERGONHA ESSA NOSSA POLÍTICA!

Truculência da Polícia Civil na UFRJ

Com o pretexto de impor, pela força, a aplicação de uma lei que supostamente defende os direitos autorais, cerca de sete policiais civis armados invadiram, na última segunda-feira (13), as dependências da Escola de Serviço Social da UFRJ, situada no campus da Praia Vermelha, na Urca, para apreender materiais e prender o funcionário da "Xerox" dessa unidade.

Apesar da prisão ter sido evitada depois de muita argumentação dos professores, todo o material guardado no local, incluindo pastas, textos e documentos acadêmicos, foram levados pela polícia. Na moção de repúdio aprovada na última quinta-feira (16), transcrita na íntegra abaixo, a Congregação da Escola de Serviço Social da UFRJ classificou a ação policial como "violação de duas clausulas pétreas consagradas na Constituição Federal brasileira: a Autonomia Universitária e a educação":

Moção de Repúdio aprovada pela Congregação da ESS/UFRJ

A *Congregação da Escola de Serviço Social* da UFRJ, instância máxima de deliberação da Unidade, vem a público manifestar seu mais *profundo repúdio à inaceitável invasão da Policia Civil* ocorrida no último *dia 13 de Setembro* nas dependências da ESS.

Nesse dia, a ESS foi invadida por cerca de sete policiais civis armados em três viaturas, acompanhados da Delegada Chefe da 155º. DP *sob a alegação de crime contra os direitos autorais*. A batida policial fora motivada por uma denúncia do chamado Disque-denúncia e não havia nenhum procedimento que justificasse tal investida: não havia intimação em nome de qualquer pessoa e nem tampouco se tratava de mandado policial. Entretanto, a Delegada se reportou à Direção da ESS ameaçando arrombar a porta da Xerox e prender o operador das máquinas copiadoras. Ademais, insultaram e provocaram funcionários da ESS, alunos e professores. Não fosse a atuação da Direção e dos docentes presentes o desfecho poderia ser pior, uma vez que conseguimos com muito custo convencer a Delegada da gravidade e das consequencias que decorreriam da prisão do operador da Xerox, trabalhador de mais de uma década na ESS, muito querido por todos e recentemente homenageado pelos estudantes numa cerimônia de formatura.

Se tal prisão foi evitada, não conseguimos evitar outro fato grave: a apreensão de TODO o material (pastas, textos, documentos acadêmicos da unidade, livros) dos docentes organizados na sala da Xerox. O resultado foi o seguinte: a ESS foi invadida por policiais que não portavam, além das armas e da truculência, nenhum procedimento formal que caracterizasse busca e apreensão, configurando-se numa operação completamente irregular; os docentes, discentes e funcionários foram ameaçados por diversas vezes; todo o material didático foi apreendido; e o trabalhador da Xerox foi levado para delegacia, interrogado e indiciado.

De uma só vez foram violadas duas clausulas pétreas consagradas na Constituição Federal brasileira: a Autonomia Universitária, garantida no artigo 207 que assegura a universidade a independência da criação e difusão do conhecimento científico face a eventuais ingerências estatais e interesses do mercado; e, sobretudo, a educação (o conhecimento e a cultura) como um direito, normatizado pelo artigo 206 que afiança um ensino ministrado com base na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.

Em nome de uma lei que supostamente defende os direitos autorais interdita-se o essencial: o amplo acesso ao conhecimento e o próprio direito à educação como bem público e inalienável, dever do Estado.

É público e notório o fato de que o acesso ao ensino superior não é universal e alcança uma parcela ínfima da juventude brasileira que potencialmente deveria ter seu ingresso assegurado nas instituições públicas do sistema federal de ensino superior. Neste sistema mesmo, apenas, cerca de 4% consegue ultrapassar o filtro dos processos seletivos, comumente denominados de vestibular. No entanto, mesmo entre aqueles que passam pelo funil meritocrático do vestibular, uma parcela significativa dos estudantes, evidentemente que aqueles oriundos das camadas mais populares da população trabalhadora, vivencia enormes dificuldades de custear sua própria permanência na universidade, o que envolve alimentação, transporte, moradia e material didático.

No âmbito da universidade brasileira, e isso envolve tanto as instituições públicas quanto as privadas, é comum e corriqueiro a utilização de máquinas copiadoras para garantir o acesso dos estudantes e professores à leitura. Sem entrar no mérito da lei (Lei no. 9610 de 19/02/1998), que, aliás, é evasiva quando diz que apenas “pequenos trechos” podem ser reproduzidos (o que no mínimo levanta a indagação do que se pode considerar por “pequenos trechos”). Praticamente todas as instituições de ensino superior conseguem garantir sua atividade fim – o ensino – por meio da disponibilização de materiais didáticos a permissionários que utilizam-se do espaço da universidade para reproduzirem justamente os textos providenciados pelos docentes. Mais ainda: praticamente todas as unidades acadêmicas das instituições de ensino superior estabelecem esse procedimento como forma de viabilizar o essencial: o acesso à leitura de estudantes e professores, o que torna a prática um costume que atende a interesses coletivos que conflitam com a referida lei dos direitos autorais.

A bem dizer, a defesa dos direitos autorais é de interesse de todos nós, uma vez que somos – como integrantes da universidade pública brasileira – aqueles que mais produzimos ciência, pesquisa e conhecimento no Brasil, compondo um percentual que gira em torno de 90% de toda a produção nacional. No entanto, quem está a frente da defesa legalista dos direitos autorais não são efetivamente os produtores do conhecimento (os autores) que, vale lembrar, percebem ganhos que oscilam em torno de 7% sobre os valores comerciais das obras estabelecidos pelas grandes editoras. E são elas que efetivamente atuam, com o braço das polícias, na defesa da lei. Em suma, a lei defende, prioritariamente os interesses das maiores editoras do país e, em face dos interesses coletivos maiores do acesso à cultura e ao conhecimento, demonstra seu caráter ilegítimo. Ou seja, é legal, mas não é legitimo. Conflita-se, nesse caso, o direito estabelecido e o que é justo. E, diante de tal contradição, que se defenda a justiça.

É importante destacar ainda que a política deliberada de batidas policiais e, portanto, de criminalização das atividades de xerox pelos campi de todo o país tem interesses mercantis vis. As próprias grandes editoras querem através da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), deter o monopólio da comercialização das reproduções fotocopiadas. Criaram para isso uma ferramenta na internet que permite as maiores editoras do país explorar uma grande demanda do mercado: a compra do livro fracionado, isto é, a compra apenas de capítulos de livros. O aluno, seleciona pelo site o texto das editoras cadastradas nos sistema e mediante pagamento o imprime nas lojas de xerox autorizadas pela ABDR. Tal estratégia que eleva em 20% o preço cobrado pelas copiadoras de xerox, já que inclui o repasse dos direitos autorais, é fonte de lucro certo para as grandes editoras e se põe como meio de reversão do prejuízo de milhões de reais estimados pela ABDR, num contexto de crescimento estupendo de matrículas no ensino superior brasileiro e de queda da venda de livros universitários.

Entendemos que a Universidade é o lugar do exercício pleno do pensamento. Por isso, deve ser o espaço no qual circulam idéias que quando são publicadas devem ser o mais amplamente acessadas, ou seja, democratizadas. Desse modo, a Universidade deve em primeiro lugar assegurar esse acesso a docentes e discentes. Deve também repudiar veementemente todo tipo de incursão policial, incluindo as que querem cercear a viabilização de sua atividade fim, o ensino, a pesquisa e a extensão, que passa pela leitura de textos publicados que são comercializados por preços impraticáveis para a maioria da comunidade acadêmica.

Assim, mais uma vez repudiamos o atentado à autonomia universitária consumado com a agressão que sofremos e exigimos das instâncias superiores da UFRJ as providencias cabíveis, quais sejam:

1.
a garantia do acesso à leitura de textos publicados, seja por
meio da ampliação do acervo de nossas bibliotecas, seja através
de mecanismos que garantam à UFRJ meios de reprodução de textos
que não infrinjam a referida lei, tal como fez a USP em
resolução de 2005, na qual exerce sua autonomia e legisla em
favor da comunidade acadêmica;
2.
a garantia de que a UFRJ não se curvará à invasão arbitrária de
polícias estaduais, sob qualquer pretexto;
3.
a solicitação de todo o material didático apreendido
irregularmente de nossos docentes, agora em poder da Polícia
Civil do Rio de Janeiro;
4.
a solidariedade e a defesa do trabalhador Henrique Alves Papa
que operava as fotocópias para a ESS


Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2010

Congregação da ESS/UFRJ

Com idéias próprias, Beto vence debate na RIC TV

Mais preparado, mais equilibrado, mais competente, comprometido com o projeto de construção de um novo Paraná. Beto Richa mostrou no debate da Record, na noite desta segunda-feira (20), em Curitiba, que é o candidato ao Governo do Paraná que melhor representa o desejo de mudança dos paranaenses. Beto Richa é renovação, gestão moderna, com foco em metas e resultados.

Trechos da participação do Beto no debate:

“Sou vítima de muitos ataques, de boatos, de uma campanha suja e rasteira do meu principal adversário”, disse Beto ao final do debate. “Mas continuo minha caminhada ao lado dos paranaenses. Por onde passei neste Estado, nas mais diferentes regiões deste Estado, por todos os municípios que percorri, fui muito bem recebido. Recebido com carinho, em cada aperto de mão, em cada abraço apertado, o brilho nos olhos das pessoas, a certeza de que nós estamos no caminho certo, rumo à vitória, à vitória do Estado do Paraná.

Eu esperava esses ataques. É dessa forma que ele tem agido. Um despacho da Justiça Eleitoral proibiu hoje o uso da máquina pública na secretaria da Educação, milhares e milhares de jornais foram apreendidos em diferentes cidades em comitê do meu adversário. Veja a que ponto chegam as maldades e o desespero para ser governador a qualquer custo.”

"Sou candidato para defender o Paraná, defender um projeto de interesse de todos os paranaenses. Aceitei esta nobre e importante missão porque entendi o sentimento dos paranaenses, que querem mudanças, que querem um jeito novo e diferente de governar, que exigem respeito, que querem que sua opinião seja valorizada, querem uma visão moderna de gestão pública."

"Faremos um governo indutor do desenvolvimento econômico e social do Paraná. Estaremos de portas abertas no governo, com um governador de braços abertos para todos que querem investir no Paraná. Todos aqueles que vão gerar impostos, criar empregos em nosso Estado serão muito bem-vindos. Também é importante que as empresas aqui instaladas tenham condições de expandir os seus negócios e gerar mais empregos para nossa gente. Existem bons programas que vamos manter.

Nós vamos aumentar o limite de isenção para microempresas. Vamos ajudar o comércio, os serviços, os empreendedores e investidores, mas acima de tudo gerar empregos para nossa gente. Vamos investir na capacitação, investir no jovem, com ensino médio técnico profissionalizante em todas as regiões do Paraná. Vamos investir também na educação em tempo integral, priorizando as regiões mais carentes. Lamentavelmente nós temos hoje um terço da população paranaense que vive em regiões com IDH abaixo da média nacional. Vamos investir na infraestrutura para receber novos investimentos para gera empregos no Paraná."

"Faltam ferramentas de difusão da cultura em todo Paraná. Vamos democratizar o acesso à cultura em todo o Estado do Paraná, em todas as suas formas. Temos experiência testada e aprovada na cidade de Curitiba, que serve para todo o Brasil."

"Sabemos que temos problemas críticos por falta de investimentos na conservação e readequação das nossas estradas. E também um problema crítico, o pedágio, que já foi objeto de demagogia em campanhas eleitorais anteriores, quando um candidato dizia que ou o pedágio baixa ou acaba. Nós vamos chamar os concessionários para o diálogo, vamos fazer prevalecer o interesse público, estabelecer uma tarifa mais justa. E também a retomada dos investimentos previstos nos contratos originais com as concessionárias. Principalmente na BR 277, no trecho entre Cascavel e Medianeira. Também vamos implantar 60 Patrulhas Rodoviárias, para conservação e readequação das estradas rurais."

"A situação financeira do Estado é crítica. Lamentavelmente, o Paraná é o 18.º Estado em volume de recursos para investimentos. O Estado passa por um momento muito difícil justamente porque não teve um gestão competente, eficiente, com planejamento e prioridades. É importante ter exemplos práticos para mostrar. Assumi a Prefeitura com déficit financeiro; com uma gestão eficaz, vigorosa, competente e dinâmica conseguimos avançar bastante. Pagamos todos os compromissos, pagamos os precatórios - uma das poucas cidades do Brasil que está com os precatórios em dia, R$ 160 milhões pagos em precatórios; fechamos as torneiras do desperdício; demos um choque de gestão, que é fazer mais e melhor gastando menos; e melhoramos o gasto público, o que possibilitou muitos avanços. Nós demos aumentos com ganhos reais todos os anos a todos os servidores públicos, conseguimos transformar a capital num grande canteiro de obras."

"Educação é o principal fator para explicar por que alguns países cresceram e se desenvolveram e outros não. A educação é um fator de inclusão social, é a construção da cidadania das pessoas e a possibilidade de um futuro melhor para todos. As nossas universidades estaduais devem ser públicas, gratuitas e com qualidade. Também é preciso valorizar todo o corpo docente. De forma democrática, vamos escolher as melhores políticas públicas para avançar ainda mais com as nossas universidades e ampliar a oferta de cursos para os jovens."

Considerações finais:

"Por onde passei neste Estado, nas mais diferentes regiões deste Estado, por todos os municípios que percorri, fui muito bem recebido. Recebido com carinho, em cada aperto de mão, em cada abraço apertado, o brilho nos olhos das pessoas, a certeza de que nós estamos no caminho certo, rumo à vitória, à vitória do Estado do Paraná e que vai beneficiar a todos os paranaenses. Só lamento vir a este debate hoje tratar de assuntos crônicos do nosso Estado. Saúde e segurança principalmente. Eu fui candidato a governador em 2002 e os assuntos eram os mesmos. Estou vendo esses problemas se arrastarem por muitos anos. E a população sendo prejudicada com a falta de investimento na saúde pública, com a falta de investimento na contratação de mais policiais para garantir a segurança, a tranquilidade e a paz das famílias do Estado do Paraná.

A minha candidatura representa a mudança, de estilo, jeito, com um governo que apresente resultados positivos que atendam aos interesses de todos paranaenses. Sou candidato da mudança sem aventuras, com a segurança e a tranquilidade de manter bons programas que vêm dando certo e a população aprova. Assim como fiz na capital, com os programas Armazém da Família e Mãe Curitibana. Programas sociais que a população aprova, nós vamos manter."

Por suspeita de fraude foi suspensa a divulgação da pesquisa do Vox Populi



O TRE suspendeu a divulgação de pesquisa Vox Populi, que ainda estando com entrevistadores em campo supostos resultados sobre ela já circulavam nos blogs por todo o Estado, o que coloca o levantamento sob forte suspeita de possibilidade de fraude.

Caso de denúncia de fraude envolvendo este Instituto:

PSB constata fraude nas pesquisas do Vox Populi para eleições em Manaus

27 de novembro de 2004

MANAUS- Ao fim da eleição, quando o resultado apontou sua vitória, o prefeito eleito de Manaus, Serafim Corrêa, disse que Marcos Coimbra, dono do Instituto Vox Populi, merecia estar na penitenciaria do Puraquequara por ter publicado em um dos jornais locais quatro pesquisas consideradas manipuladas dando a vitória ao seu adversário, inclusive, uma delas no primeiro turno. Vinte e três dias depois das declarações do prefeito eleito Serafim Corrêa, o Partido Socialista Brasileiro do Amazonas anuncia que está processando o Vox Populi. Segundo os advogados do PSB, Paula Valério e Roberto Campainha, nas quatro pesquisas realizadas pelo instituto houve fraudes e manipulação para que os percentuais de Serafim fossem mais baixos que os de Amazonino Mendes.

Debate na RIC: O fazendeiro Osmar e a questão da perda dos direitos dos trabalhadores aos 40% a mais do FGTS pela multa por demissão sem justa causa



Ontem no debate quando o Beto disse que o Osmar tinha tentado tirar direitos dos trabalhadores quando apresentou por duas vezes encaminhamento de leis que lesariam os trabalhadores , sendo um a Proposta de Emenda Constitucional e o outro o Projeto de Lei do Senado neste sentido disse a verdade, pois é a mais pura realidade. Quem falseou com a verdade foi o senador Osmar Dias ao dizer que “ele mesmo tinha retirado ao ver que estas prejudicariam aos trabalhadores”. Ele como um dos maiores representantes do setor patronal rural no senado tinha plena consciência do conteúdo das PECs e seus efeitos danosos aos assalariados e só as retirou porque ocorreu forte pressão por parte de toda a sociedade brasileira. Ele para não se queimar ainda mais do que já havia se queimado perante a opinião pública teve de deixar de atender aos reclamos de quem realmente representava e ainda hoje representa, no caso os grandes fazendeiros.

HISTÓRICO:

O FGTS foi criado há 44 anos e beneficia 42 milhões de brasileiros que trabalham com carteira assinada. Todo mês, parte do salário vai para uma poupança. Esse dinheiro, corrigido todo mês, é uma segurança para o trabalhador no caso de ser demitido.
Quando a demissão é sem justa causa, ou seja, quando não há motivo para demitir o trabalhador a não ser a vontade do patrão, a lei prevê que o empregador é obrigado a pagar uma indenização de 40% sobre o total depositado no FGTS.

E quando a demissão tem culpa recíproca, tanto do empregado como do patrão, a lei prevê multa de 20% do FGTS, em benefício do trabalhador.

No dia 3 de setembro de 1997, Osmar Dias apresentou Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 30/1997, para retirar dos trabalhadores o direito à multa de 40% sobre o FGTS nas demissões sem justa causa. A idéia era retirar 8% ao ano. Em cinco anos, ninguém mais teria direito à indenização de 40%. A proposta de Osmar Dias foi rejeitada pela maioria dos senadores, que não suportaram o desgaste da forte pressão popular.

Osmar tentou acabar com a multa novamente quatro anos depois. No dia 6 de setembro de 2001, ele apresentou um Projeto de Lei do Senado, o PLS 165, pelo qual o prejuízo para o trabalhador seria ainda maior. Além de extinguir a indenização de 40% nas demissões sem justa causa, Osmar propôs acabar também com a indenização de 20% na demissão do trabalhador por culpa recíproca, mais uma vez a forte pressão popular fez o senado o pressionar e ele desta vez para não ser novamente derrotado pessoalmente retirou .

A integra da Proposta de Emenda Constitucional apresentada pelo Osmar:

 
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