sexta-feira, 1 de julho de 2011

ALERTA VERMELHO: BLOGUEIRO MARCADO PARA MORRER PEDE SOCORRO


"Chamo a sua atenção para a matéria Julio Cesar: delegado é acusado de formar milícia no ES Veja se pode me apoiar divulgando o caso, pois estou ameaçado de morte."

Recebi este apelo do bravo guerreiro Antuérpio Pettersen Filho, que preside a Associação Brasileira de Defesa do Indivíduo e da Cidadania e edita o jornal eletrônico Grito Cidadão.

Veterano de muitas batalhas, o Pettersen é a última pessoa do mundo de quem possamos suspeitar de alarmismo. Afianço: a ameaça é séria e todos que puderem ajudar em algo, devem fazê-lo o quanto antes.

O motivo são as denúncias que ele vem fazendo contra Julio César Oliveira Silva, delegado de Polícia Civil que Pettersen acusa de ser remanescente do Esquadrão da Morte e continuar até hoje envolvido com o crise organizado.

Isto, aliás, se verificou também com seu extinto congênere paulista, desbaratado pelo promotor Hélio Bicudo. Inicialmente protegido pela ditadura militar, o bando do delegado Sérgio Paranhos Fleury perdeu o apoio da caserna quando Bicudo provou que nada tinha de justiceiro, apenas exterminando traficantes menores a soldo de um traficante maior, que queria eliminar a concorrência.

Eis a ficha do delegado Júlio Cesar, segundo o blogueiro:
"Até outro dia ocupando o cargo de Chefia Geral de Polícia Civil, (...) o delegado de Polícia Civil Julio César Oliveira Silva [é] egresso de breve carreira na Polícia Federal, (...) membro atuante da proscrita Escuderia Le Cocq, banida por determinação do Ministério Público, ainda assim, ocupante do mais alto cargo na hierarquia da Polícia Civil capixaba, famoso por suas ligações com o submundo do crime... [Agora ocupa] o cargo de delegado titular da Divisão de Promoção Social da Polícia Civil, órgão que maneja licenças médicas e afere legalidade para o porte de arma dos policiais civis, (...) onde tem menos visibilidade, (...) no entanto, vem o Delegado usando das suas faculdades para promover seus interesses pessoais e escusos".

Por estar na mira de inimigos extremamente perigosos, Pettersen decidiu encaminhar "pedido de medidas protetivas de vida ao Ministério Público Federal, próprias do Programa de Proteção a Testemunhas, a fim de que sejam tolhidos os que compõem a gangue que parece ter assumido o controle da Polícia Civil capixaba".

O alerta está lançado: nossa solidariedade talvez venha a representar a diferença entre a vida e a morte para Pettersen!


Quem é ele:

Antuérpio Pettersen Filho, hoje Policial Civil Aposentado, autor do Livro “Processo Penal – O Estado no Banco dos Réus” , Publicação Independente de 298 páginas, em que narra a sua Saga, enquanto Servidor Público, disposto às Mazelas e Desmandos praticados por algumas Autoridades do Estado Brasileiro, denunciou o Brasil junto à OEA – Organização dos Estados Americanos, por praticas antidemocráticas e cerceamento do seu Direito de Defesa, em Washington – EUA.


Djalma de Almeida César será sepultado amanhã em Ponta Grossa

O corpo do nosso querido amigo, o ex-deputado Djalma de Almeida César, está sendo velado na Câmara Municipal de Ponta Grossa.

O sepultamento ocorrerá amanhã, sábado, às 16h30, no Cemitério Jardim Paraíso.

O ex-deputado, de 73 anos, morreu hoje de manhã em um acidente na BR 376, que liga Curitiba ao interior do Paraná. O carro em que ele estava capotou e bateu em uma árvore, no quilômetro 549, no sentido Curitiba, por volta das oito e meia da manhã. O acidente ocorreu próximo à colônia Witmarsum. Chovia na região. Somente Djalma estava no carro no momento do acidente.

O governador Beto Richa decretou luto oficial pela morte do ex-deputado.

Araguaia: o massacre que querem apagar

"CINCO MIL POR CABEÇA"

Ex-soldados dizem que Romeu Tuma participou nos centros de tortura no Araguaia

O ex-diretor do Dops teria sido visto várias vezes na região e na época em que aconteceu a repressão aos militantes do PCdoB

Fleury, Henrique Perrone e Tuma

Os agentes da repressão que combatiam os guerrilheiros do PCdoB na região do Araguaia, na primeira metade dos anos 1970, eram conhecidos como “doutores” e, embora suas identidades verdadeiras fossem reveladas aos poucos, sempre se soube que eram militares. O tenente-coronel da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, o major Curió, por exemplo, era chamado de doutor Luchini.

Algumas dessas identidades, no entanto, permanecem desconhecidas e podem esconder surpresas, como a participação de policiais civis de São Paulo na repressão do Araguaia. Esse seria o caso do doutor Silva ou Carlos, mais tarde identificado por ex-soldados e camponeses como o senador do PTB e ex-superintendente da Polícia Federal Romeu Tuma, falecido em 2010. Na época da Guerrilha do Araguaia (1972-1975), ele integrava o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo, órgão responsável pela repressão aos militantes de oposição à ditadura civil-militar instalada em 1964.

A Pública entrevistou um ex-mateiro, três ex-soldados e um ex-funcionário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – todos eles moradores da região do Araguaia – que afirmam que Tuma esteve na região no período entre 1972 e 1976. O ex-senador teria sido visto nas bases de Bacaba e Xambioá e na sede do DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem), locais onde guerrilheiros e camponeses eram torturados e mortos.

Abel Honorato de Jesus, o Abelinho, trabalhou como mateiro do Exército e, por isso, morou um tempo na base de Bacaba. Ele conta ter visto o “doutor Silva” muitas vezes. A primeira teria sido no segundo semestre de 1972, na própria base. “Ele vinha de helicóptero para todas as missões que aconteciam lá. Mas também vi ele no DNER”, diz. Na época, o DNER era conhecido como Casa Azul.

Abelinho acredita que a função do “doutor Silva” era “embalar e resgatar os corpos” dos guerrilheiros mortos nas operações. “Ele vinha para as operações das mortes”. Segundo o ex-mateiro, Tuma “mandava no pessoal do Dops que fazia a bravura, que batia. Era ele que mandava”, garante.

DESPACHANTES MORTOS
O ex-soldado Manoel Messias Guido Ribeiro servia na base de Xambioá e afirma ter visto o “doutor Silva” pela primeira vez em maio de 1974. “Ele chegou num avião Búfalo [da FAB]. O doutor Luchini [Curió] também estava lá. Ele e o Luchini não falavam com quase ninguém”. Guido diz que sempre que havia um prisioneiro na base, “Silva” aparecia. Ele também afirma ter visto o ex-delegado na sede do DNER e no Quartel 52 Bis “E a história que existia era que ele que preparava os corpos para dar despacho. Diziam assim: ‘O doutor Silva está despachando os mortos hoje’”.

Outro ex-soldado, Antonio Adalberto Fonseca, corrobora a afirmação do colega. Segundo ele, quando o “doutor Silva” aparecia em algum lugar, “era porque ia morrer ou já tinha morrido gente, ou na Bacaba, ou em Xambioá, São Geraldo ou Casa Azul”, sustenta. O ex-soldado Fonseca afirma que a primeira vez que viu Tuma foi em 1974, na base de Xambioá. “Ele usava roupa de civil, calça jeans, camiseta branca e camisa de linho por fora”.

Guido relata que a primeira vez que viu um guerrilheiro foi também em maio de 1974, quando Daniel Ribeiro Callado, o Doca, foi preso em Xambioá. “Eu cheguei lá e ele estava amarrado num pau, em frente ao comando. Ele estava machucado, tinha sido torturado. Estava calmo, falava baixo”. O ex-soldado conta que o guerrilheiro era um homem simpático, de cabelo liso, e que estava bronzeado. “Conversamos muito, perguntei a ele o que era ser guerrilheiro, e ele disse que estava atrás de liberdade”.

Guido garante que nessa ocasião Romeu Tuma esteve no local. “Chegaram, tiveram uma reunião no comando e voaram de novo para o lado de Marabá”. Depois, conta Guido, Daniel foi levado para a serra das Andorinhas, onde seria assassinado. Outros testemunhos que constam no processo do Araguaia confirmam a presença de Daniel em Xambioá mas o episódio de sua morte tem outra versão, apresentada por um militar à juíza Solange Salgado em sigilo. O guerrilheiro teria sido preso em Araguatins, após atravessar o rio Araguaia. Em seguida, teria sido levado para a base militar em Bacaba, onde morreria em julho de 1974.

ALGEMADO E BRANCO

Guido também teria visto Romeu Tuma no S2, Serviço de inteligência do Exército. “Entrei lá para levar um material para o sargento Cleiton. Quando entrei numa sala, tinha um cidadão algemado e branco numa cadeira e o Silva estava lá”.

Todos os entrevistados que afirmam ter visto Tuma na região do Araguaia na época da guerrilha descobriram seu nome e função verdadeiros na década de 1980, quando o viram na televisão como chefe da Polícia Federal. “Quando eu vi ele na tevê, pensei: ‘ah, olha o doutor Silva’”.

O livro “Habeas Corpus – Que se apresente o corpo”, da Secretaria dos Direitos Humanos, também faz referência à presença do ex-senador no local: “Segundo relatos recentes de moradores coligidos pela ouvidoria do GTT, existe a menção de que o conhecido delegado Romeu Tuma teria comandado uma equipe deslocada para o Araguaia para promover a remoção de cadáveres usando o nome de Delegado Silva”.

Em sua atuação na região do Araguaia, o pesquisador Paulo Fonteles Filho, do Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA), ouviu o relato de Abelinho e outros ex-mateiros que identificaram o ex-senador Romeu Tuma como um dos ‘doutores’ que combatiam a guerrilha. Seu relatório consta do processo que investiga o desaparecimento dos guerrilheiros do Araguaia.

Em 2009, o Ministério Público Federal ajuizou ação civil contra Romeu Tuma com a acusação de ocultação de cadáveres de militantes políticos durante a ditadura militar (1964-1985). Segundo o processo, desaparecidos políticos foram sepultados nos cemitérios de Perus e Vila Formosa, em São Paulo, de forma “ilegal” e “clandestina”, com a cumplicidade do Instituto Médico Legal (IML) e da prefeitura local.

A ação ressalta a participação nas operações de agentes do Dops paulista, comandado por Tuma entre 1977 e 1983. O MPF alegou a existência de documentos que comprovam a ocorrência de interrogatórios sob tortura na instituição e que demonstram que o ex-senador tinha conhecimento das várias mortes ocorridas sob a tutela de policiais comandados por ele mas não as comunicou aos familiares dos mortos.

AUTORIDADES

Quem também afirma ter conhecido o ex-delegado Romeu Tuma no Araguaia, mas com o nome de “doutor Carlos”, é o ex-militar e ex-motorista do Exército Valdim Pereira de Souza: “Eu dirigi bastante para ele e para o Curió. Os dois eram os chefões lá. A gente achava que eles eram autoridades porque quando eles chegaram no quartel, vinham de helicóptero, que pousava no meio do pátio”. Valdim teria conhecido Tuma em 1975, após o final da guerrilha. Ele conta que entre os soldados, “doutor Carlos” era conhecido como ‘cara de cavalo’, devido ao formato de seu rosto. “Ele tinha uma cara grandona”.

Os destinos de “doutores” eram os mais variados, e o objetivo era sempre buscar um prisioneiro para levar para o quartel do batalhão 52 bis ou para o DNER. “Não dava para ver se o preso era morador ou guerrilheiro, porque eles iam vendados, com capuz, e alguns algemados”.

Valdim também relata que na época da “Operação Limpeza”, em 1976, o“doutor Carlos” estava sempre por lá. “Mas ele não demorava muito. Aí sumia, passava um tempo e aparecia de novo”.

João Mendes Vilarins é mais um dos moradores da região do Araguaia que afirma ter conhecido Romeu Tuma como “doutor Carlos”. Ele trabalhava como pedreiro e carpinteiro do Incra quando teria visto Tuma pela primeira vez na sede do instituto, em 1975. Vilarins afirma que foi contratado para reformar uma casa no bairro do Novo Horizonte, em Marabá, onde a Polícia Federal se instalaria. “A casa era para ele trabalhar lá. Reformamos o prédio e ele foi para lá. Na casa, eles tinham umas argolas chumbadas no chão para prender gente”. No período da reforma, ‘doutor Carlos’ teria ido duas ou três vezes na casa. “Depois, não vi mais ele. Só muitos anos depois, na tevê, primeiro como chefe da Polícia Federal e depois como deputado federal”.

DIRETOR DO DOPS

Romeu Tuma ingressou em 1951 na Polícia Civil de São Paulo, e em 1967 tornou-se delegado. Dois anos depois, passou a trabalhar com no Serviço de Inteligência do Dops, que passou a dirigir em 1977. Exerceu o cargo até 1983. Apesar do órgão ter se notabilizado por ser um local de torturas, Tuma dizia desconhecer a existência de tais práticas na unidade, bem como de assassinatos e desaparecimentos.

Em 1983, com a extinção do Dops, assumiu o cargo de superintendente da Polícia Federal em São Paulo e levou consigo os arquivos do órgão de repressão. Em 1986, tornou-se diretor da Polícia Federal em Brasília. Anos depois, foi acusado de “arrumar” os arquivos do Dops antes se serem tornado públicos, retirando documentos importantes para o esclarecimento de crimes. As fraudes teriam ocorrido quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello se propôs a entregar, ao governo de São Paulo, os arquivos do Dops. Na época, o arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, afirmou ter recebido denúncias de que os arquivos estavam sendo esvaziados, motivando uma vigília de vítimas e famililares de vítimas da ditadura em frente à sede da PF, em São Paulo. À época, alguns familiares como Suzana Lisbôa, constataram que havia arquivos inteiros esvaziados, entre eles o que mantinha a etiqueta “colaboradores” e “Araguaia”.

A eleição para conselheiro de Tribunal de Contas foi novamente suspensa

A eleição para conselheiro de Tribunal de Contas foi novamente suspensa em uma decisão tomada hoje à tarde, pelo desembargador Jorge Vargas, do Tribunal de Justiça do Paraná. A eleição já havia sido suspensa na quarta-feira por uma liminar da 4º vara da fazenda pública de Curitiba. A liminar foi cassada ontem, pelo presidente do Tribunal de Justiça, Miguel Kfouri.

Veja um trecho do Mandado de Segurança do Desembargador Jorge Vargas:

“O ato de eleição e de nomeação do impetrante no cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas é ato constitutivo de direito e, portanto, ainda que possa estar eivado de ilegalidade ou inconstitucionalidade, só pode ser desfeito, no âmbito administrativo, com a devida observância do devido processo legal administrativo, porque essa garantia constitucional não pode ser interpretada restritivamente, ainda que não se possa negar o controle de constitucionalidade repressivo de ato administrativo tanto pelo Legislativo como pelo Executivo. Demonstrada a fumaça do bom direito, tenho também como presente o perigo da demora, eis que a nova eleição já está marcada para o dia 5 do corrente”. (Joice)

Governador Beto Richa inaugura, nesta segunda-feira, a trincheira Affonso Alves de Camargo Neto em São José dos Pinhais

O governador Beto Richa vai inaugurar, nesta segunda-feira, às dez horas da manhã, a Trincheira Ministro Affonso Camargo, que fica no cruzamento da Avenida das Torres com a Avenida Rui Barbosa, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

A obra custou 12 milhões e 500 mil reais e vai melhorar o sistema viário de um dos principais entroncamentos da região Sul. Esta é uma obra do Programa de Integração do Transporte e foi desenvolvida pelo governo do Estado, por meio da Comec, Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Paraná. A Prefeitura de São José dos Pinhais também participou do processo e foi responsável pelas desapropriações. Parte dos recursos foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

No cruzamento, passam diariamente em torno de 50 mil veículos e, em certos períodos, ocorriam congestionamentos. Segundo o coordenador da Comec, Rui Hara, com a trincheira, o trânsito vai melhorar, pois houve eliminação do cruzamento, ampliação das faixas de tráfego das duas avenidas e eliminação dos semáforos.// SONORA RUI HARA.// A nova trincheira melhora os acessos a Curitiba, ao centro de São José dos Pinhais, ao Aeroporto Afonso Pena, ao Litoral Sul e à BR-277.

A denominação da trincheira é uma homenagem do governador Beto Richa ao ex-ministro dos Transportes e senador Affonso Alves de Camargo Neto, que faleceu em março deste ano. As obras começaram em maio de 2009 e a entrega estava prevista para o final do ano passado. Porém, segundo a supervisão de obras da Comec, houve atraso em função de um problema na drenagem das águas e do excesso de chuvas. Para estabilizar o solo e escoar a água do fundo da trincheira foi implantado um túnel de mais de 470 metros de extensão, margeando a Avenida das Torres e desaguando no rio Ressaca.

Porto de Paranaguá recebe navio mais largo de sua história


O Porto de Paranaguá recebe nesta sexta-feira (01) o navio de contêineres Maersk Lirquen. Trata-se do navio com maior boca (largura) a atracar no Porto. Tem capacidade para 7410 TEUs (unidade de contêiner de 20 pés).

De acordo com a gerente de trade e marketing da Maersk no Brasil, Anna Mendes, esta é a primeira viagem do navio em portos brasileiros. “Este navio integra uma nova classe, a Sammax, composta por 16 navios com até 20% a mais de capacidade e que possuem uma característica especial: são mais largos e menos profundos, adaptados para operar nos portos brasileiros”, disse.

Em função de suas proporções, o Maersk Lirquen atraca apenas em Paranaguá, Santos, Sepetiba, Itapoá e Suape. Ele atende a linha da Ásia e a costa leste da América do Sul, passando pelo Brasil, Argentina e Uruguai. Em Paranaguá, o navio fará escalas semanais. Nesta primeira operação foram carregados 2000 TEUs.

O Maersk Lirquen faz parte da nova série de porta-contêineres de grande porte que estão sendo implantados pela Maersk Line. Até o fim do ano, a empresa pretende substituir os navios que operam hoje no serviço ASAS, realizado em parceria com a Hamburg Süd. São navios da classe Sammax, sendo seis deles da Maersk e outros seis da Hamburg Süd.

Em novembro do ano passado, o Porto de Paranaguá recebeu o navio Santa Clara, da Hamburg Süd e que integra a classe Sammax. Foi o maior navio porta-contêineres que já atracou na América do Sul e o maior a atracar em Paranaguá. O Santa Clara tem 299 metros de comprimento, 43 metros de largura e pode transportar até 7.154 TEUs . O Maersk Lirquen também tem 299 metros de comprimento, mas possui 45,20 metros de largura, com capacidade para 7410 contêineres.

O socialismo de Mao Tse-tung sobrevive em pequeno vilarejo chinês

Presos fazem melhorias em escolas da rede pública


As secretarias da Educação e da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná uniram-se num projeto piloto que visa a qualificação profissional e a inserção social de presos dos regimes fechado e semiaberto. Como primeiro passo da iniciativa, presos de regime fechado da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, estão reformando carteiras de duas escolas do município. Numa segunda etapa, detentos do regime semiaberto deverão fazer trabalhos de manutenção nas próprias escolas.

O projeto prevê a profissionalização dos presos, com cursos de qualificação nas áreas da construção civil, elétrica, carpintaria, pintura e hidráulica, todos realizados com apoio do Senai.

Segundo a secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, “a intenção é profissionalizar os presos e, ao mesmo tempo, fazer com que o trabalho realizado por eles beneficie alunos da rede estadual de ensino".

A fase piloto do projeto envolve os colégios estaduais Mario Braga e Ivanete Martins de Souza, ambos em Piraquara. O Colégio Ivanete Martins de Souza, com 1.900 alunos, foi o primeiro a receber a iniciativa. Quinhentas carteiras escolares foram reformadas, num trabalho realizado por oito presos da Colônia Penal Agrícola de Piraquara.

“A expectativa é que essa parceria resolva as necessidades da escola relacionadas à estrutura física. Queremos ver a continuidade e a expansão desse projeto por todo o Estado”, disse o diretor da escola, Luciano Antunes.

“O projeto tem tudo para dar certo, pela importância que tem para a comunidade e principalmente porque irá atender as escolas públicas que necessitam de assistência”, destaca o diretor geral da Penitenciária Central do Estado, Aclino José do Amaral.

SELEÇÃO – O trabalho de manutenção nas escolas será feito por presos do regime semiaberto, em conjunto com as associações de pais e mestres. Segundo Amaral, os detentos participantes passarão por um processo de seleção que leva em conta critérios como bom comportamento e aptidão. Eles também passam por testes e têm acompanhamento de psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Além disso, passam pela aprovação de membros do Conselho de Tratamento e Classificação e por um período de adaptação que varia entre 10 e 30 dias.

A Secretaria da Educação providencia os materiais necessários, enquanto a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos fica responsável pela qualificação e pagamento dos envolvidos. Além de um pequeno valor em dinheiro, os presos são beneficiados pela remição de pena: cada três dias trabalhados correspondem a um dia a menos na pena.

Itamar Franco respira com a ajuda de aparelhos


Um novo boletim médico, divulgado nesta sexta-feira, pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, informa que o senador e ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG) continua em estado grave e respira com a ajuda de aparelhos. Ele foi levado para a UTI na tarde da última segunda-feira, com quadro de pneumonia grave.

A leucemia, de acordo com os médicos, está sob controle.

Leia o boletim médico na íntegra:

" Hospital Israelita Albert Einstein informa que o Senador Itamar Franco segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em tratamento de uma pneumonia.

O diagnóstico de Pneumonia Aguda Fibrosante e Organizada foi possível através de biopsia do pulmão. Trata-se de um quadro grave e seu tratamento é realizado com corticoesteróides em altas doses.

O Senador encontra-se sob ventilação mecânica com necessidade de baixo fluxo de oxigênio.

O exame de medula óssea utilizado para avaliação da resposta ao tratamento da Leucemia Linfocítica Aguda mostrou remissão completa.

O Hospital Israelita Albert Einstein continuará fornecendo boletins semanais à imprensa ou assim que haja alguma nova informação." (G1)

CRIME SÓCIO-AMBIENTAL:Começam as obras no primeiro canteiro da usina de Belo Monte

Como estava previsto, o consórcio aguardava apenas a abertura da primeira janela hidrológica, que é o período com menor incidência de chuvas na região, para começar a obra.

Como neste ano o período chuvoso foi um pouco mais extenso, as primeiras movimentações de equipamentos e operários começaram no dia 23 de junho.

Apesar de antecipada à Agência Brasil pelo próprio consórcio, a informação do início das obras de Belo Monte só divulgada formalmente no final da tarde desta sexta-feira (1º).

De acordo com o consórcio, a instalação do primeiro canteiro avança em ritmo intenso, com máquinas pesadas e trabalhadores atuando no Sítio Belo Monte, localizado no município de Vitória do Xingu, a aproximadamente 50 quilômetros de Altamira (PA), próximo à Rodovia Transamazônica.

As primeiras ações têm priorizado o desmatamento e a terraplenagem do terreno, próximo ao trecho do Rio Xingu onde serão instaladas as 18 turbinas geradoras da usina.

Também serão construídos escritórios, ambulatórios médicos, almoxarifado, oficinas mecânica e de carpintaria, rampas para lavagem de caminhões e máquinas pesadas, refeitório e uma cozinha industrial capaz de preparar mil refeições por dia.

Também estão sendo montados 18 alojamentos climatizados, cada um capaz de abrigar 32 trabalhadores, até que as primeiras construções definitivas sejam construídas.

A previsão do consórcio é que os equipamentos mais pesados cheguem ao cais da região já na próxima semana.

Segundo o consórcio, máquinas como tratores de esteira e motoniveladoras só começarão a ser utilizadas na obra após testadas e aprovadas por técnicos, que analisam a eficiência operacional dos equipamentos e, principalmente, se atendem às exigências ambientais relativas à emissão de gases poluentes. (Agência Brasil)

Ladrão furta agência de empregos em Americana (SP), mas deixa recado pedindo trabalho

Depois de furtar dois notebooks de uma agência de empregos em Americana (127 km de SP), um criminoso ainda não identificado pela Polícia Civil deixou um recado escrito em uma folha de agenda no qual diz estar “cansado de roubar” e ainda pede “por favor, um emprego”.

“Vou levar só os notebooks, deixo os computadores, mas por favor arrumem um emprego para mim. Tô cansado de roubar”, diz o recado. O furto na sede da empresa Ideal Recursos Humanos, no centro da cidade, ocorreu na última terça-feira (28).

“Cheguei para trabalhar na terça-feira de manhã e encontrei pastas e caixas de arquivo no chão. Achei muito estranho. Vi que dois notebooks haviam desaparecido e depois encontrei o bilhete em cima da mesa da recepção”, disse a proprietária da empresa, Adriana da Silva Jacob.

A Polícia Civil de Americana investiga o caso e ainda não sabe informar quantas pessoas teriam praticado o crime. Segundo a polícia, não há por enquanto testemunhas do furto na agência de empregos.

A proprietária disse que uma grade da janela da cozinha foi serrada para a invasão. Outros dois computadores da empresa não foram levados. Ela disse que esta é a primeira vez que a empresa é invadida depois que foi inaugurada na cidade de Americana. Cada notebook furtado está avaliado em pelo menos R$ 2.000.

“De imediato penso em reforçar a segurança e, no futuro, até em mudar a empresa para outro lugar”, disse a proprietária. Ela diz que os notebooks armazenavam centenas de fichas cadastrais de candidatos a empregos. (UOL)

Na Europa, os lobos governam o galinheiro

Bruno Lima Rocha

No Velho Mundo, a chamada crise das sub-primes, ou como dizem os espanhóis, “a fraude com nome de crise”, retoma o conceito do Sul da Europa como semi-periferia. Há algo em comum entre Espanha, Portugal e Grécia. Estes três Estados perderam quase toda capacidade de decisão soberana, condicionando a democracia a um jogo de faz de conta.

A partir dos convênios e pacotes firmados junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sob recomendação do Banco Central Europeu (BCE), restará entre pouca e nenhuma margem de manobra para cada Poder Executivo e blocos parlamentares de sustentação.

Surpreende também a desinformação. Porque, como diz John Kenneth Galbraith, “em economia a maioria sempre se equivoca”. Lá foi pior. O que houve não foi o excesso de gasto público como garantia de um patamar mínimo do Estado de Bem-Estar Social.

Na Europa o sistema financeiro formal entrou na jogatina dos ativos podres da bolha imobiliária dos EUA. A contaminação de bancos de correntistas levou os líderes europeus a convocar uma política de salvação, retirando reservas dos tesouros nacionais e aumentando o endividamento público para os maiores bancos não quebrarem.

O sistema financeiro de moeda única é subordinado ao BCE, e este impõe “políticas de austeridade” como garantia de pagamento das dívidas dos Estados, mantendo assim o fluxo de dinheiro público para as empresas bancárias.

Como nos explica o economista Vincenç Navarro (navarro.org), o alvo são os caixas estatais e sua capacidade de endividamento. Os maiores bancos da Europa causaram a “crise”, ganharam com a fraude e são os grandes interessados na imposição dos “pacotes de auxílio”.

A Grécia, hoje falida e beirando uma rebelião popular, foi assessorada por um lobo a tomar conta do galinheiro. Durante o governo do partido ND, conservador, a Goldman Sachs prestou uma assessoria em operações de câmbio reverso e outros produtos heterodoxos. O desastre era inevitável e a fatura vinda do BCE e FMI foi assinada pelo PASOK, atual governo de centro-esquerda.

A desfaçatez não para aí. O próximo presidente do BCE, a tomar posse em 1º de novembro, é Mario Draghi. O ex-presidente do Banco Central da Itália também foi vice-presidente da Goldman Sachs Europa, suspeito de ser um dos responsáveis pelas operações fraudulentas de swap e maquiagem dos balanços fiscais do Estado grego, de janeiro de 2002 a janeiro de 2006.

Ou seja, como afirma a Rede ATTAC (attac.org), dessa vez os lobos querem o galinheiro todo. (G1)

Após as rasgações de seda entre o FHC e a Dilma o Conswelho Político do PSDB em um documento intitulado "A NOSSA MISSÃO" desce a borduna


A NOSSA MISSÂO

Conselho Político do PSDB

29/6/2011

Esta foi a primeira reunião do Conselho Político do PSDB, poucos dias depois do aniversário de 80 anos do seu presidente de honra, Fernando Henrique Cardoso. Ainda que lentamente, vem-se recobrando a razão no debate público. É mais freqüente hoje do que ontem o reconhecimento de que os oito anos do governo do PSDB, comandados por Fernando Henrique, tiraram o Brasil de algumas situações de atraso crônico; deram cabo da super-inflação; criaram a Rede de Proteção Social; marcaram um formidável avanço nas políticas sociais universais, como na Educação, comandada pelo grande ministro Paulo Renato, que nos deixou, mas deixou uma obra inapagável; ou na Saúde, quando o SUS afirmou-se como instituição fundamental da nossa sociedade; marcaram o compromisso do país com a responsabilidade fiscal e, junto com tantas conquistas, fortaleceram a democracia. À medida que o tempo passa, não temos dúvida de que a obra de Fernando Henrique e do PSDB se agigantam.

Justamente porque temos este passado, cresce a nossa responsabilidade com o presente e com o futuro. Porque, de fato, aquele passado é um fato bem vivido: nós criamos alguns marcos do Brasil moderno que, é bem verdade, foram em parte absorvidos ou reciclados por nossos adversários, embora submetidos, muitas vezes, a um administrativismo sem ousadia e sem imaginação, quando não improvisado, ineficiente e patrimonialista. Não conseguiram herdar do PSDB a capacidade de planejar e de preparar o país para desafios futuros, como fizemos. Hoje, mais do que ontem, já se reconhece que boa parte das conquistas do país se deve à nossa régua e ao nosso compasso.

Então, temos claro que é preciso avançar. Muita coisa está parada no país; outras tantas funcionam precariamente. Porque faltam ao governo clareza, convicção, propósito e, é forçoso dizer, competência. Feliz o partido que pode homenagear, então, um Fernando Henrique Cardoso e um Paulo Renato. Um partido vale não apenas pelos quadros que dispõe, mas também por aqueles que homenageia. Isso nos diz que se trata de um partido com passado e com futuro. Para o bem do Brasil.

Desenvolvimento e emprego

A maior necessidade no Brasil nas próximas décadas é criar muitos empregos de boa qualidade, que proporcionem melhor padrão de vida para as famílias, mais acesso a bens materiais e culturais, mais saúde, mais futuro.

Até 2030, mais de 145 milhões de pessoas de pessoas precisarão de postos de trabalho. Para enfrentar esses desafios, é preciso que a economia cresça de forma rápida e sustentada.

Durante o mandato de Lula, graças ao seu talento de animador e à publicidade massiva, criou-se a impressão de que a era do crescimento dinâmico havia voltado para ficar. Impressão, infelizmente, sem fundamento.

A herança maldita

O mais preocupante, em todo caso, não é esse desempenho modesto, mas as travas que o governo Lula legou ao crescimento futuro do país:

1. O perverso tripé macroeconômico: temos a carga tributária mais alta do mundo em desenvolvimento; a maior taxa de juros reais de todo o planeta, ainda em ascensão, e a taxa de câmbio megavalorizada. A isso se soma uma das menores taxas de investimentos governamentais do mundo.

2. O gargalo na infraestrutura: energia, transportes urbanos, portos, aeroportos, estradas, ferrovias, hidrovias e navegação de cabotagem. Um gargalo que impõe custos pesados à atividade econômica e freia as pretensões de um desenvolvimento mais acelerado nos próximos anos.

3. As imensas carências em Saneamento, Saúde e Educação, que seguram a expansão do nosso capital humano.

4. A falta de planejamento e de capacidade executiva no aparato governamental, dominado pelo loteamento político, pela impunidade, quando não premiação, dos que atentam contra a ética, e por duas predominâncias: do interesse político-partidário sobre o interesse público, e das ações publicitário-eleitorais sobre a gestão efetiva das atividades de governo.

Nem convicção nem rapidez

Sem poder reclamar publicamente da herança recebida, o novo governo promete que vai enfrentar os desafios, mas mostra falta de convicção e de rapidez, além de desorientação em matéria de prioridades, cujo símbolo maior é o trem-bala SP/RJ, sem dúvida o projeto de investimento mais alucinado de nossa história, não só pela precariedade técnica e pela inviabilidade econômico-financeira, como também pelo volume de recursos que exigiria.

A falta de convicção apareceu na crise do sistema aeroportuário, onde, depois de anos demonizando as privatizações, o PT e a presidente Dilma concluíram que melhor mesmo é privatizar. Depois de oito anos e meio, não têm, é claro, projeto algum nessa área, e só a modelagem necessária à licitação das concessões demorará até meados do ano que vem, enquanto o colapso dos aeroportos continuará a martirizar os passageiros.

A falta de rapidez fica visível em face dos quatro anos de atraso das providências para a Copa do Mundo. Assunto no qual, em vez de resolver os problemas, o atual governo optou pelo atropelo, tentando promover mudanças na legislação que transformarão as obras públicas em puros negócios privados, como se os donos do poder fossem os donos do patrimônio e do dinheiro dos contribuintes. Vêm aí superfaturamentos, atrasos e outros desperdícios de dinheiro público numa escala inusitada em nossa história.

Como regra, o governo vai atrás, bem atrás, dos acontecimentos e nem assim toma iniciativas efetivas. No ano passado, alegavam que nossas fronteiras — das mais escancaradas do mundo ao contrabando de armas e drogas — eram as mais guarnecidas do planeta. Isso foi recentemente desmentido por grandes reportagens, e só por essa razão, depois de cortar recursos da vigilância do setor, o governo anunciou um grande plano, de corte puramente publicitário. Como o plano contra o crack, que nunca saiu do papel, e nem é essa a intenção dos responsáveis pela área, que negam a gravidade do problema. Ou, então o novo “plano” contra a miséria, um mero requentado publicitário do Fome Zero, uma iniciativa que deu certo na propaganda, mas que nunca existiu na realidade.

No meio ambiente, o governo tampouco tem personalidade definida, no seu já clássico zigue-zague. Procura parecer ortodoxamente ambientalista no debate do Código Florestal e é ortodoxamente anti-ambientalista no atropelo para fazer andar a hidrelétrica de Belo Monte. Radicalizou desnecessariamente nos dois casos, pois havia terreno para entendimento no Congresso Nacional e na sociedade sobre o novo código, e há também como encaminhar a utilização do potencial hidrelétrico de uma maneira ambientalmente e socialmente responsável.

Desindustrialização

No começo do mandato da atual presidente, divulgou-se a chegada de uma novíssima política econômica, em que o crescimento não mais ficaria constrangido pela luta anti-inflacionária. A inflação seria combatida com crescimento. O resultado foi a deterioração das expectativas, o pânico diante das ameaças de reindexação e um recuo desorganizado — uma rota de fuga para uma ortodoxia, diga-se, de má qualidade.

O PIB contratado para este ano é medíocre, acompanhado de inflação perigosamente alta. O governo promete fazê-la convergir para a meta no ano que vem, mas já sinalizou que vai fazer isso prolongando o aperto monetário e o pé no breque do crescimento. Em resumo: depois das indecisões e vacilações na largada, vão acabar comprometendo pelo menos dois anos — metade do mandato. E, como a âncora exclusiva do ajuste é a cambial, isso causará um estrago ainda maior na indústria brasileira.

O crescimento medíocre produz resultados pobres, principalmente no emprego. Fica escondido o fato de que a maioria das vagas criadas nos últimos anos paga salários menores. Na faixa dos melhores empregos, os mais qualificados, o que se vê é estagnação ou o retrocesso. O desemprego entre os jovens está cada vez mais grave.

Emprego de qualidade depende também de indústria forte. E o binômio perverso juros-câmbio impõe o arrocho e a incerteza à indústria brasileira, que enfrenta dificuldades crescentes para competir no exterior e observa impotente a invasão de produtos estrangeiros a preços que sufocam a produção nacional. Estamos vivendo, sim, um processo de desindustrialização, como se o modelo agro-minerador pudesse proporcionar, por si só, os 145 milhões de bons empregos de que necessitaremos daqui a menos de 20 anos.

O que existe de atividade mais dinâmica resulta dos investimentos do petróleo ( mesmo atrasados, superfaturados e desorganizados), da agricultura e do dinheiro que vem de fora para especular. Na agricultura, porém, o governo ainda insiste em cevar o clima que criminaliza os produtores. Já o dinheiro externo vem para dançar a ciranda financeira e garantir os maiores rendimentos do mundo. Uma vez anabolizado, vai embora feliz da vida. Hoje, a fraqueza das nossas exportações nos torna dependentes do capital que faz uma escala e pode cair fora. Enquanto isso, nossa taxa de investimentos continua cronicamente baixa. E o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos, neste ano, da ordem de 65 bilhões de dólares, será o terceiro ou quarto maior de mundo.

Política Externa: quase más de lo mismo

Algo parecido acontece nos direitos humanos. Depois de tentar empurrar o Brasil para uma aliança estratégica com o Irã, cujo governo ditatorial prega um segundo Holocausto contra os judeus, o PT sentiu a rejeição da opinião pública, ensaiou um recuo, passou a dizer que os direitos humanos iriam adquirir centralidade na política externa brasileira. Mas a coisa ficou só no plano das declarações. Na prática, o governo do PT apoia o regime da Síria no massacre contra os movimentos a favor da democracia naquele país. Neste capítulo, um momento triste foi quando a presidente deu as costas à Prêmio Nobel da Paz iraniana Shirin Ebadi, para não melindrar o aliado Mahmoud Ahmadinejad. Parece que a atração do governo petista pelas tiranias segue inabalável.

É a verdade revelada na sua face mais cruel. O governo do PT é a favor de promover os direitos humanos em países governados por adversários do PT. Quando se trata de governos amigos do petismo, prefere-se o silêncio diante das violações, dos abusos, dos massacres. Para os amigos, as conquistas da civilização; para os nem tanto, a lei da selva. Não foi por menos, aliás, que o momento da vergonha veio quando o governo do PT decidiu afrontar a democrática Itália e dar proteção a um assassino comum, Cesare Battisti, só por ele ter amigos no PT.

O papel da oposição

Como oposição, temos o dever de acompanhar, estudar todas as principais questões nacionais a fundo, ver como vivem e sentir o que pensam as pessoas de todo o país, criticar, fiscalizar, cobrar promessas e apontar caminhos. Sem, no entanto, pretender virar governo no exílio, como reza a tradição tucana, de onde não vencemos a eleição.

A incompetência e o autoritarismo são as marcas deste governo, e o PSDB não renunciará à denúncia desses atos e buscará mobilizar a sociedade brasileira para superar este período difícil. Outros momentos da história do Brasil mostraram que governos com maiorias acachapantes no Congresso podem ser enfrentados por meio da mobilização social e política da sociedade pela democracia e pelo desenvolvimento.

Essa é a nossa missão e a ela não renunciaremos.

Combatividade e unidade

O texto anterior procura sistematizar a análise da conjuntura política brasileira, que deveria passar a ser rotineiramente (a cada dois meses) debatida em todos os diretórios locais do partido, em todo o Brasil. Do mesmo modo, cada diretório deve produzir sua carta de conjuntura local, para ser debatida pelos seus militantes e conhecida pelos órgãos superiores do partido.

Temos um mundo de ações a fazer, pelo bem do nosso povo e do nosso país. Temos adversários políticos e um só possível inimigo: a desunião interna. Para mantê-la afastada, temos de insistir em duas condições. Em primeiro lugar, a combatividade das nossas direções, em todos os níveis, evitando o esmaecimento dos compromissos políticos e ideológicos dos militantes. Em segundo lugar, não antecipar as decisões sobre alianças e candidaturas em 2014; neste momento, as nossas tarefas essenciais são de reflexão, combate e reorganização do partido, em todo o Brasil.

WikiLeaks vai processar Visa e divulgar novos documentos sobre o Brasil


O porta-voz do WikiLeaks, Kristin Hrafnsson, anunciou nesta sexta-feira, 1, que sua organização vai processar a Visa e outras empresas financeiras pelo bloqueio imposto a doações para o grupo desde dezembro. O WikiLeaks foi impedido de receber doações via cartão de crédito após ter divulgado milhares de telegramas do serviço diplomático americano. "Não conseguimos um acordo extrajudicial", disse Hrafnsson, em São Paulo, durante congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). "Essas empresas agiram como júri, juiz e carrasco", protestou.

Ao seu lado na mesa, a jornalista brasileira Natalia Viana, colaboradora do WikiLeaks, anunciou para daqui a "uma ou duas semanas" a divulgação de milhares de documentos inéditos sobre o Brasil. Todos os telegramas foram produzidos durante o governo Lula (2003-2010). Ela adiantou que alguns dizem respeito a doações dos Estados Unidos para as polícias de diversos Estados brasileiros. Em novembro de 2010, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse ao Estado ter informações que "abalariam as eleições no Brasil".

Censura

Hrafnsson falou de sua carreira de jornalista antes de se juntar à organização que, alega, contribuiu em parte para os protestos em países árabes. Ele trabalhou numa reportagem para a TV estatal da Islândia sobre operações fraudulentas nos bancos do país, após a crise de 2008. Cinco minutos antes da reportagem ir ao ar, em julho de 2009, chegou à emissora um cala-boca judicial, o primeiro nos 65 anos de existência. O âncora então começou assim o telejornal: "Aqui estão as manchetes sobre as quais podemos falar hoje... mas, para informações sobre o escândalo nos bancos, acessem wikileaks ponto org, repito, wikileaks ponto org".

"É ridículo censurar um veículo se a informação está disponível na internet", disse Hrafnsson. Para ele, governos e empresas estão cada vez maiores e mais difíceis de controlar, daí a necessidade de novos instrumentos para divulgar informações sobre eles. "Devemos dar ao povo Internet, e não armas". (AE)

Carteiros são flagrados queimando 94 kg de cartas violadas no Rio Grande do Sul

Dois carteiros foram presos nessa quinta-feira queimando um lote de 94 kg de correspondências em um forno industrial. O flagrante aconteceu em um curtume, na cidade gaúcha de Teutônia (109 km de Porto Alegre), no Vale do Taquari.

A Brigada Militar chegou ao local após receber uma denúncia. Segundo a Polícia Federal (PF), que assumiu o caso por se tratar de crime contra os Correios, o volume apreendido equivale a cerca de 14 mil correspondências que deixaram de ser entregues na região.

Entre o material havia produtos comprados via internet, alguns deles oriundos da China, que nunca chegariam às mãos dos seus destinatários. A suspeita é de que a dupla revendia os objetos de valor. Já as cartas eram queimadas para a diminuição do próprio serviço, conforme a PF.

Os dois servidores responderão por peculato (desviar bens de que o funcionário tem posse em razão da função que exerce) e violação e tentativa de destruição de correspondência.

A PF investiga, agora, há quanto tempo os homens cometiam as irregularidades, o que deve aumentar o número de cartas violadas e destruídas.

Ibama fecha 12 madeireiras na região de Nova Ipixuna, no Pará

José Cláudio Ribeiro da Silva, que foi assassinado junto com a sua mulher Maria

Depois de aplicar reiteradas multas a madeireiras de Nova Ipixuna – cidade do sudeste do Pará em cuja zona rural foram assassinados os extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e sua mulher, Maria do Espírito Santo –, o Ibama tomou uma atitude drástica: determinou o fechamento definitivo de 12 empresas ao apreender todas as máquinas e desmontar suas instalações.

A operação de desmonte – planejada desde o final maio, mas adiada por problemas de infraestrutura e de segurança – começou nesta quinta-feira e foi acompanhada por homens do Exército, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal, além da Polícia Ambiental do Pará e da Polícia Rodoviária Federal.

José Cláudio e a mulher haviam denunciado a participação de serrarias de Nova Ipixuna na retirada ilegal de madeira do assentamento extrativista em que viviam. As denúncias levaram fiscais do Ibama a multar e embargar empresas da cidade.

Após o assassinato do casal, a fiscalização foi intensificada – agentes foram deslocados de outras áreas, onde o ritmo do desmatamento é maior, e se concentraram na região de Nova Ipixuna. “É preciso dar uma demonstração de que crimes como esses não ficarão sem resposta”, disse ao Estado, na época, o coordenador da operação do Ibama, Marco Vidal.

Desde o final de maio, os fiscais aplicaram R$ 3,3 milhões em multas e apreenderam 770 metros cúbicos de madeira em tora e 630 do produto serrado. Além disso, máquinas e caminhões foram recolhidos e colocados sob a guarda de órgãos públicos da região. Também foram destruídos dezenas de fornos clandestinos para a produção de carvão.

No início de junho, moradores de Nova Ipixuna bloquearam a estrada que passa pela cidade em protesto contra a fiscalização – as madeireiras são umas das poucas empregadoras na região, juntamente com as fábricas de tijolos.

Mas era uma atividade cujo combustível era o desmatamento das poucas áreas ainda preservadas no sudeste do Pará. Entre 2006 e 2010, as empresas de Nova Ipixuna foram alvo de nada menos que 122 autos de infração, que somaram R$ 5,1 milhões em multas por venda e depósito de madeira ilegal, falta de licença ambiental e até corte e comercialização de castanheiras, espécie protegida por lei.

O assassinato de José Cláudio e Maria, ocorrido há mais de um mês, não foi esclarecido, apesar das operações especiais de investigação da Polícia Federal e da Polícia Civil paraense. A operação do Ibama prossegue na região, por tempo indeterminado.

As empresas desativadas são: Madeireira Bom Futuro, MP Torres e Cia Ltda, Madeireira Belmonte, Tedesco Madeira, Madeireira Eunápolis, Serraria Tico Tico, Sandra Coelho Santos Madeireira Ltda, Paulo Mendes Souza e Cia Ltda, Manoel Acácio Carneiro ME, PH Laminados e Compensados Ltda, Gilmar Rodrigues Silva ME e NS Filofo. (AE)

 
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