sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Presidente palestino critica Israel na ONU, mas se diz disposto a negociar

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, conclamou os israelenses à paz e à negociação nesta sexta-feira (23), pouco depois de ter pedido formalmente à ONU o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras anteriores a 1967, anteriores à Guerra dos Seis Dias com Israel.

As declarações foram feitas em discurso no plenário da 66ª Assembleia Geral da ONU. Abbas foi bastante aplaudido antes de iniciar sua fala.

O dirigente palestino foi bastante duro ao tratar da questão da expansão dos assentamentos israelenses em territórios palestinos, mas negou que queira "isolar ou deslegitimar" Israel.

No discurso diante de líderes mundiais, Abbas também afirmou que os palestinos irão continuar a resistência "pacífica e popular" ao que chamou de "ocupação israelense".

Ele advertiu que a insistência de Israel em continuar ampliando os assentamentos em territórios palestinos ameaça destruir a chamada solução dos dois Estados e também a estrutura e a própria existência do governo da Autoridade Palestina.

Abbas afirmou que a continuidade das construções "destrói todas as possibilidades de paz" entre os dois lados.

Ele também negou que o pedido apresentado pouco antes a Ban Ki-moon seja uma atitude "unilateral", conforme argumentou o governo de Israel, e disse que foi o fato de Israel ter destruído as pontes para a paz que o levou a pressionar para obter a adesão palestina no âmbito da ONU.

"Estes esforços sinceros e as iniciativas internacionais foram repetidamente destruídas pelas posições do governo israelense, que rapidamente acabou com as esperanças que surgiram com o lançamento de negociações em setembro passado", afirmou Abbas.

EUA e Israel se opuseram ao pedido de reconhecimento nas Nações Unidas, sob o argumento que deve haver mais negociação bilateral entre palestinos e israelenses, que estão praticamente paralisadas.

A ONU estabeleceu em 1947 que a Palestina, então um protetorado britânico, deveria ser dividida em um Estado judeu e um Estado árabe. Mas os governos árabes imediatamente rejeitaram a decisão e declararam guerra ao recém-criado Estado de Israel, que então capturou territórios além daquilo que previa a partilha da ONU, fazendo com que centenas de milhares de palestinos se tornassem refugiados.

Numa guerra posterior, em 1967, Israel ampliou ainda mais sua área, conquistando vários territórios vizinhos, inclusive a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental --territórios hoje reivindicados pelos palestinos para a criação do seu Estado.

Israel já desocupou a Faixa de Gaza, hoje sob controle do grupo islâmico Hamas, mas diz que nunca irá abrir mão do lado leste de Jerusalém. (G1)

Ministério Público quer evitar instalação de multinacional no PR


O Ministério Público (MP) recorreu à Justiça para impedir que uma empresa multinacional se instale em Pontal do Paraná, no litoral do estado. De origem norueguesa, a empresa produz tubos de aço utilizados para a ligação entre plataformas e campos submarinos de petróleo.

Em dezembro de 2010, a empresa conseguiu junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) uma licença previa para construir a fábrica. Na avaliação do MP, entretanto, a instalação da empresa pode provocar danos à natureza local e ameaça o plano diretor da cidade. Os promotores responsáveis pela ação não quiseram conceder entrevista.

“Haverá todo um trabalho de sustentabilidade, de atração da mão-de-obra local”, afirmou o presidente da multinacional no Brasil, Victor Bonfim.

Por lei, uma parte da área comprada pela multinacional deve ser preservada porque há sítios arqueológicos e duas aldeias indígenas no local. A empresa se compromete a ocupar apenas 3% do terreno que costuma haver tainhas. O pescador se divide entre a esperança de mais empregos e a incerteza da pesca no futuro.

O projeto da fábrica prevê a construção de um píer elevado para os navios atracarem a 600m e carregarem os tubos. Pelo cronograma, as obras já deveriam ter começado para a fábrica ficar pronta em 2012. Isso porque a empresa tem contrato com a Petrobrás para fornecer matéria prima para extração de petróleo da camada pré-sal.

CRIANÇAS RAPTADAS FORAM ENCONTRADAS!!! PARABÉNS A FAMÍLIA!!! DESEJO UM FUTURO DE MUITA PAZ E HARMONIA!!!



A HORA E A VEZ DO HAMILTON SERIGHELLI



O assessor para Assuntos Fundiários do Paraná, Hamilton Serighelli, participando do ato de implantação do assentamento Eli Vive, no Distrito Rural de Lerroville, em Londrina.
Hamilton Serighelli e o bispo Dom Ladislau Biernaski, um dos grandes quadros da Pastoral da Terra

Laércio Souto Maior*


Como lidar com uma elite defasada no tempo e na história


As três maiores potências econômicas do mundo, Estados Unidos da América do Norte, Japão e a República Popular da China, realizaram suas reformas agrárias em momentos históricos diferentes. Nos EUA, quando o Presidente Abraham Lincoln, em 1862, promulgou a lei da reforma agrária, a Homestead Law. No Japão, quando o general Douglas MacArtur, comandante das forças de ocupação norte-americanas assinou a lei que impôs a reforma agrária no país em 1946, último elo das reformas modernizadoras iniciadas em 1868 pela Era Meiji. Finalmente, citaremos como último exemplo a República Popular da China, que em 1949, depois da vitoriosa revolução armada liderada por Mao Tse Tung, implantou a reforma agrária que além de abastecer de alimentos um bilhão e trezentos milhões de chineses exporta parte de sua safra.


E o Brasil?


A tragédia dos camponeses no Brasil é que a elite não entende que a reforma agrária seja a salvação do país e dela própria, e insiste em achar que é uma questão de polícia e um assunto superado nas agendas de trabalho dos governos que se sucedem desde a proclamação da República. No Paraná, a Secretaria de Estado para Assuntos Fundiários, andando na contramão da opinião generalizada pela mídia orquestrada para demonizar as lutas dos camponeses pela conquista do seu almejado pedaço de terra, rema contra a maré e acredita na reforma agrária como instrumento eficaz para implantar, na legalidade, a paz no campo. Evitando conflitos armados e mortes como aconteceu nos governos Roberto Requião e Jaime Lerner nos dias 08 de março de 1993, e 02 de maio de 2000, respectivamente, quando soldados da Polícia Militar abriram fogo contra camponeses sem terra, o Secretário Hamilton Serighelli usa poderosas armas de convencimento: conversar, conversar, e conversar; negociar, negociar e negociar, até alcançar um denominador comum que satisfaça a todos. Enfim, ele nunca esgota esses mantras que tem se revelado o mais inteligente remédio no tratamento dos conflitos agrários do Paraná.


Designado pelo governador para assumir o cargo mais estratégico entre todas as secretarias de Estado, Hamilton Serighelli tem conseguido realizar o milagre de agradar simultaneamente os diversos movimentos de sem terra (MST, MLST, MAST, CONTAG e QUILOMBOLAS), e a poderosa Federação de Agricultura do Estado do Paraná - FAEP, que representa e defende as cooperativas de agricultores, fazendeiros e usineiros.


Indicado da cota pessoal do governador, mais como amigo leal da família Richa do que por pertencer ao PSDB, desde que assumiu o cargo de Secretário de Estado, Hamilton nunca usou terno e gravata nos eventos do governo dentro e fora do Palácio das Araucárias. Seu traje diário: camisas esportivas, sociais, e blusões. Do alto dos seus 1,90 de altura, e 138 quilos, desfila sua simplicidade e alegria desde os salões palacianos aos campos e lavouras de todo o interior do Paraná. Outra característica: sua gargalhada tonitroante é a marca registrada que a todos contagia, e com certeza, o torna o mais informal e popular secretário de governo do Estado do Paraná.


*Laércio Souto Maior é advogado, jornalista e escritor. É autor dos livros "São os nordestinos uma minoria racial?" (1985), "Introdução ao Pensamento de Manoel Bomfim" (1993) e "Luiz Carlos Prestes na Poesia" (2006). Atualmente é coordenador do Arquivo Manoel Jacinto Correia - Centro de Pesquisa e Documentação Social.

Chile: protestos de familiares de vítimas da ditadura

A tristeza do Crispim: Sob intervenção branca o PMDB de Maringá empossa o deputado Teruo Kato na presidência

Teruo Kato já preside a executiva do PMDB de Maringá

A nova executiva do PMDB de Maringá acabou de ser instalada. Depois da solenidade, foi pedido que quem não fosse do partido deixasse a sala, da câmara municipal, para a continuidade dos trabalhos. Hércules Ananias de Souza, Agneli Vieira (Cabeção), William Gentil e João Machado, ex-peemedebistas, estão entre os que foram convidados a sair.

O deputado Nereu Moura, vice-presidene do PMDB estadual, presidiu a cerimônia, que empossou o deputado estadual Teruo Kato como presidente da executiva. Segundo ele, outras cidades também passarão pelo mesmo processo, uma decisão partidária tomada a partir do momento em que não se chegou a um consenso político-partidário.


Umberto Crispim de Araújo, ex-presidente do PMDB de Maringá, participou da cerimônia de posse do novo comando do partido, ocorrido há pouco na câmara municipal. Ele estava visivelmente contrariado. Também estava lá José Miguel Grillo, ex-diretor do Detran-PR no governo Requião e compadre de Crispim. Eles detinham o controle do partido em Maringá até agora e vinham negociando para o lançamento de uma candidatura a vice-prefeito de Enio Verri, do PT. Da executiva, além do presidente Teruo Kato, de Paranavaí, fazem parte Crispim, Adelaide Colombari, Cláudio Ferdinandi e Oscar Batista de Oliveira – que já estavam na antiga executiva, mas não detinham nenhum poder.

Em discurso, o deputado estadual Nereu Moura disse que a mudança não significava briga, e que foi a única solução encontrada para que não houvesse intervenção e o partido pudesse caminhar unido para as eleições de 2012, com candidatura própria. Mário Hossokawa, presidente do Legislativo, é declaradamente pré-candidato a prefeito pela legenda.


O novo comando do PMDB maringaense – chamado pomposamente de Comissão Especial para Assuntos Relacionados ao Próximo Pleito (onde se viu um partido que não pode deliberar sobre eleições?) – fará sua primeira reunião no próximo sábado, às 18h, na câmara municipal. “Essa comissão vai debater com todos os peemedebistas qual é o melhor caminho para a formação de uma chapa muito forte para as eleições municipais de 2012 em Maringá”, informou o presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, agora à tarde. A pauta da primeira reunião será a definição do calendário de reuniões, filiações de novas lideranças e assuntos relacionados ao pleito de 2012, disse o presidente Teruo Kato.


De José Fuji:
Quero fazer uma pequena introdução, e dizer que este comentário nada contra o sr. deputado estadual Teruo Kato, de quem tenho a honra de ser amigo há muito tempo, e registro aqui os meus respeitos e admirações. Mas o fato é que nossa Maringá está sendo tratada com a falta de respeito! A falta de respeito em vários sentidos de quem “aceitou” e de quem “consentiu” o comando de um partido na grandeza de um PMDB, em uma cidade que consideramos, que dizem ser a terceira, mas se contarmos a região entendemos que somos a segunda maior cidade do Paraná!
Eu (Fuji) não pertenço ao PMDB, mas, quem entende, ou viveu ou vive na vida política sempre tem um pedaço de um PMDB ou Arena impregnado dentro de seus sentimentos.
Por entender que pertenço a essa classe política em Maringá, sinto-me “envergonhado” de um colégio eleitoral que supera a casa dos 230 mil eleitores precisarmos importar um presidente de um partido que é a nossa reserva moral, um político que nem a sua residência eleitoral pertence aos nossos domínios.S erá que não tinha um peemedebista com um título de eleitor de Maringá no momento para contestar isso e dizer “eu não aceito, eu quero ser o presidente dessa bagaça”? Com todo respeito de onde é esse deputado Nereu Moura e de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e vem discursar aqui, e elege o seu presidente quem nem é de Maringá e vai embora e nós maringaense, ficamos só com as notícias. Maringaenses prestem atenção, estamos sendo invadidos pelos forasteiros, desde prefeitos, secretários, vereadores, empresários, e o caramba! Não é Akino Maringá? (Blog do Rigon)

Moção de repúdio ao fechamento da Rádio Pulga pela ANATEL

Nesta quinta-feira (22/09) a Rádio Pulga, rádio comunitária que funcionava no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ foi fechada pela ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações.

Símbolo da luta pela democratização da comunicação no Rio de Janeiro e vanguarda da luta pela liberdade de expressão no Brasil, a rádio pulga foi vítima de mais uma arbitrariedade da política do governo Dilma para a comunicação.

Se o cenário de fechamento de rádios comunitárias no governo tucano de FHC já foi ruim, no governo Lula a situação piorou. Só no último ano de governo de Fernando Henrique Cardoso foram fechadas 2.360 rádios comunitárias, no primeiro ano de governo petista esse número subiu para 2.759 rádios e já em 2003 o número de rádios fechadas quase dobrou, chegando à marca de 4.412 rádios fechadas durante o ano. No governo Dilma as coisas parecem não mudar, dia após dia, mais e mais rádios comunitárias, símbolos da resistência pela democracia e do direito à comunicação, são fechadas.

É importante frisar, também, que a ordem utilizada pela ANATEL para fechar a Rádio Pulga foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e fere o artigo 5° de nossa Constituição Federal.

A Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social repudia o fechamento sistemático das rádios comunitárias em nosso país e também a política do governo Dilma para as comunicações que vem criminalizando a comunicação independente, livre e comunitária.

É necessário que consigamos romper com os espaços burocratizados e coniventes com a política governista para a comunicação e comecemos a apontar para novos espaços de luta real e concreta pela Democratização da Comunicação no Brasil.

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
Vladimir Vladimirovich Maiakovski (1893/1930)

Corrupção pode ser mais prejudicial ao combate à pobreza do que crise econômica, diz diretor do Pnud

A corrupção pode ser um entrave maior do que uma crise econômica quando o assunto é combater a pobreza no mundo. A avaliação é de Selim Jahan, diretor do Grupo de Redução da Pobreza do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), sediado em Nova York, nos Estados Unidos.

O diretor reconhece que a crise econômica vivida pelos Estados Unidos e pela Europa afeta o trabalho de diminuição do número de pobres no mundo porque diversas nações dependem da ajuda externa vinda de países mais ricos para combater a pobreza, principalmente os da África. Ele alerta que a corrupção também tem impacto negativo, porque o dinheiro a ser usado é perdido.

“Pode-se dizer que sim [que a corrupção pode ser pior que a falta de dinheiro]. Quando você tem falta de dinheiro, você não tem dinheiro. Quando você tem corrupção, você tem dinheiro, mas o perde”, disse Jahan, em entrevista exclusiva à Agência Brasil, durante sua passagem pelo país para participar de reuniões no Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), uma parceria do Pnud com o governo brasileiro.

“O uso ineficiente dos recursos e pouco dinheiro têm o mesmo efeito”, acrescentou o economista. Segundo ele, nações como Mali e Serra Leoa já estão em busca de outros países desenvolvidos que possam ajudá-los.

Selim Jahan destaca que há conhecimento de que a corrupção está instalada dentro do Poder Público de países pobres e emergentes. As Nações Unidas têm estimulado essas nações a usar mecanismos para dar transparência aos gastos governamentais. Ele cita uma experiência na Índia em que gestores locais colocam em um mural público quanto dinheiro há disponível e o montante gasto.

Segundo Jahan, diminuir a burocracia também contribui para evitar a corrupção. “Em algumas sociedades, a corrupção é institucionalizada. Isso ocorre por muitas razões. Uma delas é que, às vezes, existem muitas regras. Se você é o responsável por essas regras, você sempre pode usá-las para conseguir dinheiro dos outros. Se você simplifica essas regras e dá transparência aos gastos, você pode reduzir a corrupção”, explicou.

A primeira das oito Metas do Milênio, propostas pelas Nações Unidas, é reduzir pela metade o número de pessoas na extrema pobreza até 2015. O Brasil já atingiu essa meta. (AB)

LULA E O "CASCO DURO", OU MELHOR, "EM RIO QUE TEM PIRANHA JACARÉ NADA DE COSTA"

O ex-presidente Lula exortou os políticos acusados de atos de corrupção a se apresentarem de casco duro. Presume-se que tenha falado para políticos injustamente acusados, não propriamente para Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Pedro Novais e Wagner Rossi, para começar. Foi infeliz a lição do primeiro-companheiro, ministrada em Salvador, Bahia. Porque casco duro não evita perfurações, ainda que possa protelá-las. Precisamente como aconteceu com os referidos e indigitados ex-ministros. Eles deveriam ter presente a lição do saudoso senador Vitorino Freire, mestre em imagens populares, para quem “em rio de piranha, jacaré nada de costas”. Quase sempre os políticos corruptos, como, também, os corruptos sem ser políticos, conseguem escapar das malhas da lei. Não vão parar na cadeia. Mas ficam com o couro marcado, por mais duro que seja. Podem poupar a barriga mole, nadando de costas, e por isso custam a chegar à outra margem. Fica fácil identificá-los, ainda que não puni-los. O que não dá para entender é o Lula sair em sua defesa. Parece estar defendendo seus dois mandatos, quando muita gente meteu a mão. À exceção de Pedro Novais, os demais catapultados pela opinião pública, mais do que pela presidente Dilma, serviram ao governo Lula. As irregularidades de que são acusados começaram bem antes. Resistiram por conta do casco duro, ainda que no fim tivessem suas entranhas abertas. Não haverá que comparar a imprensa responsável pelas denúncias a um bando de piranhas, segundo a imagem do ex-senador pelo Maranhão. Melhor seria admitir que os meios de comunicação cumprem o seu dever. (Tribuna da Imprensa)

Exemplo de luta: A grande vitória das humildes comunidades de Biguaçu e Porto Açu contra Eike Batista, que se acha o dono do Brasil


Como resultado da forte resistência das centenárias comunidades de Biguaçu e Porto Açu o projeto do estaleiro OSX no final do ano passado foi transferido destas, que ficam na Grande Florianópolis, para São João da Barra, litoral norte do Rio de Janeiro.

Depois de receber dois pareceres negativos do escritório regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sobre a área escolhida em Biguaçu, próxima a três unidades de conservação ambiental, a OSX viu, em março de 2010, o Ministério Público recomendar que o Ibama assumisse a análise de licenciamento iniciada em janeiro pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma).

Irritados os dirigentes da OSX, que pouco se importam com a realidade dos "mero mortais", na época disseram: "Esperar tempo demais para anunciar o endereço de um empreendimento bilionário é ruim para os negócios". Por causa da grande luta destas comunidade eles, felizmente para o povo da região que acabaram por serem ouvidos pelas autoridades, tiveram de pegar as violas desafinadas para tocarem em outro lugar. Os pescadores, os pequenos agricultores e o meio ambiente ficaram em paz!

Rock in Rio no céu ...


"No céu estão Amy Winehouse, Jimi Hendrix, Jim Morrinsson, John Lennon, Freddie Mercury, Cobain, Cazuza, Janes Joplin, Cássia Eller, Renato Russo, Elvis Presley e Michael Jackson. Tá valendo mais a pena morrer do que ir ao Rock in Rio."

Zé Simão

Vergonhoso: Sob ordem do Planalto, Senado irá “congelar” a Emenda 29

O Planalto vai manobrar para que o Senado engavete o projeto de lei complementar que regulamenta a Emenda Constitucional n.º 29, que estabelece porcentuais mínimos de destinação de recursos públicos para a saúde. Aprovada anteontem na Câmara dos Deputados, a proposta não deve ser votada este ano pelos senadores. O motivo: líderes aliados detectaram um movimento na base e na oposição para que o Senado ressuscite o mecanismo que obriga a aplicação de 10% da receita corrente bruta da União no setor. Essa vinculação injetaria muito mais recursos no setor do que o Planalto está disposto a despender.

“Não há hipótese de o governo aceitar o restabelecimento dos 10%”, afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). “Não interessa ao governo votar esse projeto agora”, resumiu o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Pelo projeto aprovado na Câmara, os governos dos estados terão de obrigatoriamente vincular 12% de sua receita para a saúde. Nos municípios, o porcentual é de 15%. O texto original do projeto, aprovado no Senado em 2008, previa que a União destinasse 10% de suas receitas para o setor.

Mas a Câmara desobrigou a União a destinar um porcentual fixo de sua receita para o setor, mantendo os dos estados e municípios. E estabeleceu a regra segundo a qual o governo federal precisará destinar a cada ano o mesmo que o ano anterior acrescido apenas do porcentual da variação do PIB (Produto Interno Bruto).

Como o PIB cresce menos que a arrecadação da União, a tendência é que, com essa fórmula, o Planalto evite aumentar tanto os gastos com saúde. E, sem a Contribuição Social da Saúde (CSS), o novo imposto para a saúde que foi derrubado pelos deputados na quarta-feira, o governo não estaria disposto a bancar mais despesas.

Como a Câmara modificou o projeto original do Senado que previa os 10%, o texto tem de voltar para a apreciação dos senadores. Eles, porém, não podem emendar o projeto. Ou seja: poderão apenas decidir se a proposta que vale é a aprovada na Câmara ou a do Senado. E, depois disso, o projeto segue para a sanção da presidente Dilma.

Congelamento

O Planalto detectou forte possibilidade de os senadores manterem o texto com os 10% e, por isso, decidiu “congelar” o projeto. “Vamos insistir naquilo que foi votado no Senado. Não nos venha com a ideia de criar imposto novo ou nova receita para financiamento da saúde. Não precisa. Um país que fala em trem-bala para beneficiar uns poucos não tem autoridade moral para falar em mais recursos para a saúde”, disse ontem o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Até mesmo dentro da base aliada, há quem já tenha declarado ser favorável aos 10%, como o petista gaúcho Paulo Paim. “Como existe essa possibilidade de os 10% voltarem, vão empurrar o projeto com a barriga para o ano que vem”, prevê Paim.

Outro problema para o Planalto é que o projeto do Senado prevê ainda mais gasto adicional, desta vez para os estados – que poderiam pressionar a União a repassar mais recursos para os governos estaduais.

Na Câmara, os deputados retiraram da base de cálculo das receitas dos estados os recursos investidos por eles no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). É sobre essa base que incide o porcentual mínimo de gasto em saúde. Com a mudança, a saúde perderá R$ 7 bilhões anuais. O projeto original do Senado inclui o Fundeb na base de cálculo.

Relatora vota a favor do registro do PSD mas TSE adia decisão

Após debate que eletrificou e rachou o plenário, o TSE adiou para a terça-feira (27) a decisão sobre o pedido de registro do PSD, o novo partido de Gilberto Kassab.

A data do julgamento aproxima-se dramaticamente do prazo limite para que os partidários da nova legenda possam disputar as eleições municipais de 2012.

Se não for registrado até 7 de outubro, o PSD estará fora da disputa pelas prefeituras no ano que vem. Na terça-feira, restarão escassos dez dias.

Deve-se o adiamento a um pedido de vista do ministro Marcelo Ribeiro. “Não tenho condições de votar”, disse, ao justificar a requisição de tempo para estudar os autos. Falou nas pegadas de uma discussão acesa. Primeira a se manifestar, a relatora do processo, Nancy Andrigui, manifestou-se a favor do PSD.

Para Nancy, o partido de Kassab conseguiu comprovar a coleta de 514.932 mil assinaturas de apoiadores. Mais do que as 491.643 exigidas pela legislação. O problema é que nem todas as rubricas admitidas como legítimas pela ministra-relatora foram certificadas por TREs, os Tribunais Regionais Eleitorais.

Uma parte dos jamegões está escorada apenas em certidões emitidas por cartórios eleitorais. Uma resolução do TSE exige a certificação dos TREs. Nancy admitiu que, considerando-se apenas as certidões dos TREs, o número de apoiamentos seria pouco superior a 300 mil, menos do que o mínimo legal.

Porém, dando de ombros para a resolução do TSE, a ministra decidiu incluir na totalização as assinaturas filtradas apenas pelos cartórios. Daí a confusão. Depois de Nancy, votou um ministro estreante: Teori Zavascki. A certa altura, ele disse que a relatora fizera “ginástica” para referendar as assinaturas do PSD.

Nancy abespinhou-se: “Não fiz ginástica, fiz matemática”. Teori não se deu por achado. Leu trechos da resolução do TSE exige a participação dos TREs na conferência das assinaturas.

Ao pressentir que Teori se encaminhava para proferir um voto contrário à concessão do registro ao PSD, o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, interveio. Tomou as dores de Kassab e Cia.. Elogiou a “matemática” de Nancy. E recordou que a lei exige apenas a certificação dos cartórios eleitorais, não dos TREs.

Lewandowaki disse que, no período em que o PSD se estruturou, a Justiça Eleitoral enfrentou uma greve de seus servidores. Algo que teria atrasado a análise das assinaturas. Confundindo-se com um advogado do PSD, Lewandowski defendeu que o TSE dispensasse à nova legenda um tratamento “excepcional”.

Embora não fosse sua vez de votar, o ministro Marco Aurlélio Mello apressou-se em contraditar Lewandowski. Invocando a resolução, disse que não cabe ao TSE conferir assinaturas. Como o presidente do TSE insistisse, Marco Aurélio ironizou: “Então, vamos fechar os [tribunais] Regionais.”

Marcelo Ribeiro, o autor do pedido de vista, pediu a palavra para explicar que fora ele o redator da resolução que exige a emissão de certidões dos TREs. Lembrou que a norma vigora desde 1995. Quer dizer: já faz 16 anos que o TSE condiciona a criação de partidos à filtragem das assinaturas pelos TREs.

Nesse período, várias legendas tiveram o registro negado porque não atenderam à exigência. Lewandowski atalhou: “Mas não houve greve.” E Marcelo: “Não sei se teve greve nesses anos todos.”

O presidente do TSE declarou-se preocupado com a preservação dos direitos constitucionais dos criadores do PSD. Chegou mesmo a defender a emissão de um “registro provisório”, algo que já foi admitido no passado.

Em resposta, Marco Aurélio recordou que a legislação em vigor já não prevê a figura do registro provisório. Declarou-se mais preocupado com a preservação do rito e dos procedimentos que regem as decisões do tribunal.

Marcelo Ribeiro ecoou: “Se concedermos o registro ao PSD, temos de revogar a resolução do TSE na semana que vem”. Sentada ao lado de Lewandowski, a vice-procuradora-geral do Ministério Público Eleitoral, Sandra Cureou, assistia à discussão com vivo interesse.

Sandra manifestara-se no início da sessão. Pelas contas dela, apenas 221 mil assinaturas recolhidas pelo PSD podem ser consideradas “legítimas”. Entre contrafeito e impaciente, Lewandowski pediu ao ministro Teori Zavascki que concluísse, afinal, o seu voto.

Alegando que não poderia desconhecer a resolução do TSE, Teori votou pela realização de uma “diligência” saneadora. Sugeriu o prazo de uma semana para que os TREs informassem se a “matemática” da relatora Nancy está correta.

Convidado a votar, Marcelo Ribeiro saiu-se com o pedido de vista. Lewandowski proferiu o resultado parcial e deu por encerrada a sessão. Ficou boiando na atmosfera a impressão de que não são negligenciáveis as chances de o PSD arrostar uma decisão Kassab adversa na sessão da próxima terça. (Blog do Josias de Souza)

Chegou a primavera, e apesar do frio e o céu nublado curitibano, o que dá a impressão de que ela não veio, que seja bem vinda !!!


Aqui em Curitiba, se não fosse a espetacular floração dos ipês amarelos por toda a cidade e a afinada algazarra provocada pelos sábias laranjeira, e outras aves em pleno ciclo de reprodução, qualquer um teria a máxima certeza de que ainda estamos em pleno inverno.

Acordei as seis e meia e a temperatura não passava dos dez graus, digna do verão no Polo Artíco. O céu todo nublado e um vento gelado nos deixa claro que o senhor inverno ainda não irá embora nos próximos dias, a certeza de que ele gostou do lugar e afetuoso não quer nos deixar. Aqui o conceito dos meteorologistas junto a população é baixo, pois se com um clima como o nosso é difícil acertar o tempo do dia, onde as vezes temos as quatro estações, quanto mais a estação do ano em que estamos.

Voltando aos ipês , que nunca se enganam quanto a estação do ano, a beleza e da cor amarela de suas florações dá o belo tom ao ambiente e nos aquece ao contrastar com o cinza do céu. Além da beleza os cachos floridos são o alimento para mais de uma dezena de variedades de beija flores, que com suas cores como jóias vivas que são enfeitam o ambiente.

Os sabiás laranjeira, magestosos, são os que com seus cantos belos e bem elaborados, sendo que o de um nunca é igual ao do outro, nos avisam que um novo dia está chegando. A sinfonia começa aos poucos, sendo que o primeiro a soltar seus trinados deve se o rei do bando só pela beleza harmoniosa sem igual da melodia que solta ao ar. Em seguida, em um crescente, tal qual fosse a execução do bolero de Ravel, de todos os cantos do bairro a sinfonia natural é executada por dezenas e dezenas destas aves, em uma verdadeira explosão sonora anunciando um novo dia. É lindo de se ouvir, e de tão quente e luminosa que é a orquestração até nos faz esquecer o frio e o céu nublado.

O clarim natural dos sabiás, saldando a alvorada, desperta não só a nós, mas a tudo e a todos, inclusive ao clã dos pardais. Estes, que como se fossem uma família latina espanhola, tal qual a minha na época de meus avós, começam uma conversa ruidosa, onde todos falam juntos, mas sobre coisas diferentes, talvez até sobre o arrulhar das pombas.

As pombas domésticas, em um verdadeiro movimento de resistência e luta pela perpetuação da espécie, por mais que eu já tenha tentado as espantar, teimam em procriar no beiral de meu sobrado, e assim dividem o "condomínio" conosco e os com os pardais.

Tenho um quintal repleto de frutíferas e quase todas árvores quem plantou foram os sabiás.

Quando fui construir minha casa no terreno havia uma velha casa e no fundo do quintal alguns velhos pés de laranja e um pé de caqui pensei em os cortar e plantar um novo pomar, mas vendo um ninho de sabiá em uma das árvores , como a presença rara de um tímido pássaro alma de gato e alguns tico-ticos, joão de barro, e corruiras resolvi deixar intacto aquele pequeno "nicho ecológico".

Já morando na casa comecei a retrabalhar o quintal e observei que junto ao muro haviam dezenas de mudas de frutíferas desenvolvendo-se junto ao mesmo. Eliminei algumas e outras resolvi replantar uma de cada espécie.
Tinha pitanga da amarela e da vermelha, amora, goiaba branca, araçá e gabiroba, todas plantadas pela família do compadre sabiá e replantadas por mim.
Com estas mudas reorganizei o pomar, e hoje as pequenas árvores formam um micro bosque, onde convivendo até com saíras, sanhaços, maritacas, anús e papagaios da cara roxa, visitantes ocasionais, o sabiá reina com a sua diversificada corte, composta por rolinhas marrons, fogo-pagô e margosas, mais tico ticos, corruiras, pombas domésticas e pardais.

Salve a Primavera!!!

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles