sexta-feira, 23 de setembro de 2011

LULA E O "CASCO DURO", OU MELHOR, "EM RIO QUE TEM PIRANHA JACARÉ NADA DE COSTA"

O ex-presidente Lula exortou os políticos acusados de atos de corrupção a se apresentarem de casco duro. Presume-se que tenha falado para políticos injustamente acusados, não propriamente para Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Pedro Novais e Wagner Rossi, para começar. Foi infeliz a lição do primeiro-companheiro, ministrada em Salvador, Bahia. Porque casco duro não evita perfurações, ainda que possa protelá-las. Precisamente como aconteceu com os referidos e indigitados ex-ministros. Eles deveriam ter presente a lição do saudoso senador Vitorino Freire, mestre em imagens populares, para quem “em rio de piranha, jacaré nada de costas”. Quase sempre os políticos corruptos, como, também, os corruptos sem ser políticos, conseguem escapar das malhas da lei. Não vão parar na cadeia. Mas ficam com o couro marcado, por mais duro que seja. Podem poupar a barriga mole, nadando de costas, e por isso custam a chegar à outra margem. Fica fácil identificá-los, ainda que não puni-los. O que não dá para entender é o Lula sair em sua defesa. Parece estar defendendo seus dois mandatos, quando muita gente meteu a mão. À exceção de Pedro Novais, os demais catapultados pela opinião pública, mais do que pela presidente Dilma, serviram ao governo Lula. As irregularidades de que são acusados começaram bem antes. Resistiram por conta do casco duro, ainda que no fim tivessem suas entranhas abertas. Não haverá que comparar a imprensa responsável pelas denúncias a um bando de piranhas, segundo a imagem do ex-senador pelo Maranhão. Melhor seria admitir que os meios de comunicação cumprem o seu dever. (Tribuna da Imprensa)

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