sexta-feira, 26 de março de 2010

Do blog do Zé Beto:

Sonda descobre depósitos de gelo no polo norte da Lua

Divulgação/NASA
A sonda lunar indiana Chadrayaan-1, equipada com um radar americano, identificou depósitos de gelo em mais de 40 crateras no polo norte da lua, informou a Nasa durante uma conferência de ciência planetária no Texas, Estados Unidos.


Crateras lunares contendo gelo têm diâmetro entre 2 km e 15 km

Outros compostos, como hidrocarbonetos, estão misturados ao gelo lunar, segundo os resultados de uma missão da Nasa ao satélite chamada LCROSS.

As crateras contendo gelo têm diâmetro entre 2 km e 15 km, mas a quantidade de gelo em cada uma delas varia.

A Nasa, no entanto, afirma que as camadas de gelo devem ter pelo menos dois metros de espessura para terem sido identificadas pelo radar Mini-Sar, da agência americana, a bordo da sonda indiana.

O cientista Paul Spudis, do Instituto Lunar e Planetário de Houston, estimou que haja pelo menos 600 milhões de toneladas de gelo nessas crateras.

Na sombra

Em comum, as crateras têm grandes áreas onde a luz do sol nunca chega. Em algumas delas, a temperatura pode chegar a 25 Kelvin (248ºC negativos) - mais frio do que a superfície de Plutão - permitindo que o gelo permaneça estável.

"Na sua maioria, é puro gelo", disse Spudis, que "pode estar sob alguns centímetros de regolito (camada de material solto que cobrem a superfície) lunar seco".

Esta camada protetora de solo poderia evitar que blocos de puro gelo evaporassem, mesmo em áreas expostas à luz do sol, explicou ele.

Em fevereiro, o presidente americano Barack Obama cancelou o programa criado para levar os americanos de volta à Lua até 2020.

Mas, segundo Spudis, "agora podemos dizer com alguma confiança que uma presença humana sustentável na Lua é possível. É possível usando os recursos que encontramos lá".

"Os resultados dessas missões, que vimos nos últimos meses, estão revolucionando totalmente nossa visão da Lua."

Possível nova ancestral humana é encontrada em caverna na Sibéria

REUTERS
Cientistas alemães identificaram o que pode ser um novo ancestral do homem a partir da análise genética de ossos encontrados em uma caverna na Sibéria, segundo um estudo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica Nature

O fóssil, encontrado na caverna Denisova, nas montanhas Altai, em 2008, seria de um dedo da mão de um hominídeo de cerca de seis anos que viveu na Ásia Central entre 30 mil e 48 mil anos atrás.

Os cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária de Leipzig, na Alamenha, fizeram uma análise do DNA mitocondrial do fóssil e compararam com o código genético de humanos modernos e do homem de Neandertal.

Os resultados sugerem que o material corresponde a uma migração procedente da África desconhecida até agora e distinta das protagonizadas a partir do continente africano pelos antepassados do homem de Neandertal e dos humanos modernos.

X-Woman

O DNA não é o mesmo dos seres humanos ou neandertais, duas espécies que viveram na área na mesma época. Testes sugerem que o DNA do fóssil siberiano pertence a uma nova espécie, não sendo igual ao de outros hominídeos conhecidos.

O material genético encontrado no fóssil seria muito novo para ser descendente do Homo erectus, que partiu da África em direção à Ásia há cerca de 2 milhões de anos ou muito antigo para descender do Homo heidelbergensis, que teria se originado há cerca de 650 mil anos.

"Quem quer que tenha carregado esse genoma mitochondrial para fora da África há cerca de um milhão de anos é alguma criatura nova que ainda não havia aparecido no nosso radar", disse o professor Svante Paabo, co-autor do estudo, ao lado do cientista Johannes Krause.

A pesquisa contribui para um cenário mais complexo da humanidade durante o final do período Pleistoceno, quando os humanos modernos deixaram a África para colonizar o restante do mundo.

Já é conhecido que os humanos podem ter vivido simultaneamente com os Neandertais na Europa, aparentemente por mais de 10 mil anos. Mas em 2004, pesquisadores descobriram que uma espécie anã dos humanos, conhecida como "Hobbit", viveu na ilha das Flores, na Indonésia, até 12 mil anos atrás - muito tempo depois de os humanos modernos terem colonizado a área.

Convivência

A pesquisa contribui para um cenário mais complexo do período Pleistoceno, quando os humanos modernos saíram da África para colonizar o restante do mundo.

O professor Clive Finlayson, diretor do Museu Gibraltar, já disse que havia "uma série de populações humanas espalhadas por partes da África, Eurásia e Oceania".

"Alguns teriam sido geneticamente relacionados, se comportando como subespécies, enquanto outras populações mais extremas podem ter se comportado como espécies com nenhum ou pouco cruzamento híbrido", disse.

Neandertais aparentemente viveram na caverna Okladnikov, nas montanhas Altai, há cerca de 40 mil anos. Uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Anatoli Derevianko, da Academia Russa de Ciências, também encontrou provas da presença de humanos modernos que viveram na região no mesmo período.

"Outra questão intrigante é se pode ter havido convivência e interação não apenas entre Neandertais e humanos modernos na Ásia, mas também, agora, entre essas linhagens e a recém descoberta", afirmou o professor Chris Stringer, pesquisador de origens humanas do Museu de História Natural de Londres.

"A distinção entre os padrões do DNA mitocondrial sugere, até agora, que houve pouco ou nenhum cruzamento entre espécies, mas serão necessárias mais dados de outras partes do genoma dos fósseis para que se chegue a conclusões definitivas", afirmou.

Segundo ele, o estudo é "um desenvolvimento instigante".

_______________________________________________________________________________BBC
Material genético retirado de um osso de dedo mindinho achado em uma caverna siberiana mostra que um tipo de pré-humano até agora desconhecido viveu junto com humanos modernos e Neandertais, relataram cientistas na quarta-feira, 24. A criatura, apelidada por enquanto de "Mulher X", poderia ter vivido há meros 30 mil anos, e aparentemente guarda parentesco apenas remoto com os humanos modernos e os Neandertais, segundo os pesquisadores.

"Realmente pareceu algo que nunca vimos antes", disse por telefone Johannes Krause, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, na Alemanha. "Era uma sequência (de DNA) que parecia como a de humanos, mas realmente bem diferente."

Em artigo na revista Nature, Krause e seus colegas disseram que conseguiram sequenciar o DNA da mitocôndria, parte da célula que é transmitida praticamente intacta de mãe para filha. Eles compararam ao DNA de humanos, Neandertais e macacos.

A sequência indica que esse hominídeo divergiu há cerca de 1 milhão de anos da linhagem que deu origem a humanos e Neandertais, a qual por sua vez se dividiu há cerca de 500 mil anos. Dessa forma, a "Mulher X" é mais jovem que o "Homo erectus", pré-humano que deixou a África para colonizar boa parte do mundo há cerca de 1,9 milhão de anos. "É alguma nova criatura que não estava no nosso radar até agora", disse Svaante Paabo, colega de Krause e especialista em análise de DNA antigo.

Além disso, esse humanídeo teria vivido perto de humanos modernos e de Neandertais. "Havia pelo menos três... diferentes formas de humanos nesta área há 40 mil anos", disse Paabo.

Os dois pesquisadores tiveram o cuidado de ainda não conferir um novo nome à espécie. Eles estão trabalhando para sequenciar o DNA nuclear -- aquele que compõe a maior parte do código genético, e que poderá nos contar mais sobre a "Mulher X".

O sequenciamento genético pouco revela aos cientistas sobre a aparência da criatura ou sua interação com outros humanos que viviam nas montanhas Altai, na Sibéria, onde o dedo mindinho foi achado.

Os cientistas ainda esperam encontrar mais ossos, que permitam eventualmente reconstituir o esqueleto desses hominídeos. As condições secas e frias dos montes Altai preservam o DNA.

Paabo e Krause disseram que teoricamente é possível que a criatura esteja relacionada a outra possível terceira espécie humana -- o "Homo floresiensis", apelidado de "hobbit", que viveu em uma ilha da atual Indonésia há cerca de 17 mil anos.

A equipe tentou sem sucesso obter DNA de ossos dos "hobbits". A maior parte dos esqueletos de pré-humanos foi achada em lugares quentes e úmidos, como a África, que não são propícios à preservação do material genético.

Fernando Sarney tem US$ 13 milhões bloqueados em conta na Suíça


AE
O Ministério da Justiça confirmou ontem que o governo suíço localizou e bloqueou uma conta com US$ 13 milhões do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A fonte do Ministério da Justiça que confirmou a informação disse também que os indícios sobre a existência de contas da família Sarney no exterior, administradas por offshores, em paraísos fiscais, apareceram em investigações da Polícia Federal.

"O governo suíço comunicou oficialmente o governo brasileiro e, logo em seguida, foi acionado o Ministério Público do Maranhão", disse a fonte. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, que revelou a descoberta da conta e seu bloqueio, o dinheiro rastreado a pedido da Justiça brasileira não está declarado à Receita Federal.

No início do mês, o mesmo jornal informara que o governo brasileiro obteve documentos comprovando que o dinheiro não foi declarado à Receita. Uma conta na China teria sido usada para receber remessa de US$ 1 milhão.

Silêncio. Eduardo Ferrão, advogado do empresário, disse ontem ao Estado que não iria tratar do assunto. No fim da tarde, em contato telefônico com a reportagem, disse apenas: "Como o inquérito está sob sigilo, não vou me manifestar".

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a conta na suíça está em nome da empresa Lithia. Nos registros bancários, o empresário seria o único autorizado a movimentar a conta. O bloqueio teria acontecido quando Fernando Sarney tentava, de acordo com informações do jornal, transferir recursos da Suíça para o principado do Liechtenstein, paraíso fiscal entre a Áustria e a Suíça.

O Ministério da Justiça confirma que as autoridades suíças fizeram um bloqueio administrativo da conta do filho mais velho do presidente do Senado, que é quem dirige as empresas da família. Esse procedimento antecede o bloqueio de caráter criminal, se o governo brasileiro provar perante as autoridades da Suíça que o dinheiro não declarado à Receita também é proveniente de operações financeiras envolvendo corrupção ou fraudes.

Boi Barrica. Alvo da Operação Boi Barrica (rebatizada de Faktor) da Polícia Federal, o empresário foi indiciado por formação de quadrilha, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, entre outros crimes.

CRONOLOGIA

Junho de 2009
Denúncia
Estado revela a existência de mais de 300 atos secretos para criar cargos e nomear parentes de políticos para o Senado

16 de julho
Escutas
A Operação Boi Barrica esbarrou em provas contra o grupo do empresário Fernando Sarney, filho de José Sarney. A PF divulgou provas de que o grupo usava o poder do sobrenome Sarney para ter acesso a ministérios e estatais. Fernando Sarney foi interrogado na PF do Maranhão

31 de julho
Censura
O desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, informa o Estado da proibição de publicar informações sobre a Operação Boi Barrica, envolvendo Fernando Sarney

5 de agosto
Recurso
O advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira pede que o desembargador que censurou o Estado imediatamente se declare suspeito para tomar decisões no processo. A exceção de suspeição é protocolada no próprio Tribunal de Justiça do DF

13 de agosto
Censura mantida
O desembargador Waldir Leôncio Cordeiro, da 2.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, mantém censura ao jornal ao não acolher pedido de liminar no mandado de segurança. Cordeiro deixa para deliberar após receber dados de Vieira e da Procuradoria

15 de setembro
Afastamento
O TJ-DF declara Vieira suspeito para decidir sobre o pedido de censura. A decisão afasta o desembargador do caso. No mesmo dia foi indicado o novo relator, Lecir Manoel da Luz

13 de outubro
Liminar
Os desembargadores do Conselho Especial do TJ-DF rejeitam recurso do Estado contestando a liminar e jornal continua sob censura

17 de novembro
Reclamação
Estado entra com recurso denominado reclamação pedindo a "pronta suspensão" da censura no STF

18 de dezembro
Efeito midiático
Fernando Sarney apresenta à Justiça pedido de desistência da ação contra o Estado, mas a censura ao jornal permanece em vigor. Diretoria do Grupo Estado considera iniciativa uma ação de "efeito midiático"

7 de janeiro de 2010
Mérito
Termina o recesso do Judiciário e Estado aguarda ser intimado a decidir se concorda com a extinção ou prefere que a Justiça aprecie o mérito

29 de janeiro
Ação continua
O advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira apresentou manifestação em que sustenta a preferência do jornal pelo prosseguimento da ação, para que o STF julgue a inconstitucionalidade da censura

Menos de 1% de fazendas seguem leis trabalhistas


Investigação da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) em 1.020 fazendas aponta que nem 1% cumpre as leis trabalhistas no campo, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta sexta-feira pela Folha.

Entre as falhas encontradas, estão trabalhadores sem carteira assinada, alojamentos inadequados e empregados que costumam almoçar no campo, e não em refeitórios apropriados, o que é considerado "degradante" pelo Ministério do Trabalho.

O relatório, assinado por professores da Universidade Federal de Minas Gerais e da FGV-SP, será divulgado na próxima semana. Os profissionais da CNA visitaram estabelecimentos rurais em sete estados --Alagoas, Tocantins, Maranhão, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará.

Os técnicos da CNA orientaram os fazendeiros e retornaram aos estabelecimentos rurais depois de quase dois meses. Em 18% dos casos, os proprietários tomaram providências para melhorar a situação, o que, na opinião da entidade, mostra que, quando informados, os ruralistas procuram se adequar. Só no Maranhão as coisas continuaram praticamente iguais.

Vítimas de abusos exigem que papa divulgue arquivos de pedófilos


Quatro líderes da Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres (Snap) ergueram fotos deles mesmos quando crianças e cartazes dizendo "Acabem com o Sigilo Agora"

Reuters

Vítimas de abusos sexuais cometidos por padres fizeram uma manifestação no Vaticano nesta quinta-feira, exigindo que o papa Bento 16 libere a divulgação dos arquivos sobre clérigos católicos pedófilos em todo o mundo e destitua todos os "padres predadores" de suas funções sacerdotais, imediatamente.

A manifestação acontece no momento em que um cardeal destacado denunciava o que descreveu como uma "conspiração" para desacreditar a Igreja Católica e disse que pode entender porque alguns bispos impediram a divulgação de casos de pedofilia, para não prejudicar o bom nome da Igreja.

Quatro líderes da Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres (Snap), dos EUA, todos os quais foram sexualmente abusados por padres, incluindo terem sido estuprados e sodomizados, ergueram fotos deles mesmos quando crianças e cartazes dizendo "Acabem com o Sigilo Agora".

"Eu pediria ao papa que por favor abrisse os arquivos da Congregação da Doutrina da Fé e entregasse todas as informações à polícia", disse Barbara Blaine, presidente da Snap.

Ela se referia ao departamento no passado chefiado pelo papa na época em que ele era cardeal e que julga casos de abuso sexual.

"Eu também pediria a ele que enviasse uma ordem pública a bispos em todo o mundo no sentido de que todos os padres predadores devem ser afastados de seus cargos imediatamente", disse ela, minutos antes de a polícia apreender os passaportes dos líderes da Snap e levar os líderes embora para interrogatório.

Um escândalo sobre os alegados acobertamentos de abusos sexuais de crianças por parte de padres vem convulsionando a Igreja Católica da Europa com intensidade ainda maior que o escândalo semelhante que atingiu os Estados Unidos oito anos atrás.

Desta vez, porém, o escândalo vem chegando perigosamente perto do próprio papa, na medida em que os grupos de vítimas disseram que querem saber como ele tratou desses casos antes de sua eleição a papa, em 2005.

Foram feitas alegações de acobertamentos de abusos sexuais em Munique na época em que o papa foi arcebispo da cidade, entre 1977 e 1981. Grupos de vítimas pedem informações sobre as decisões tomadas pelo papa na época em que dirigiu o departamento doutrinal do Vaticano, entre 1981 e 2005.

New York Times diz que Papa encobriu pedofilia


Abusos cometidos por um padre contra 200 menores surdos teriam sido abafados por Joseph Ratzinger muito antes dele assumir o pontificado.

Em reportagem publicada nesta quinta-feira, 25, o New York Times diz que os crimes foram cometidos pelo padre Lawrence Murphy entre 1950 e 1974, quando o religioso trabalhou em uma renomada escola para jovens surdos no estado norte-americano de Wisconsin.

O caso, entretanto, só começou a ser investigado em 1993. Mas um julgamento secreto do Vaticano que poderia ter levado à expulsão de Murphy foi interrompido após o acusado ter enviado uma carta a Ratzinger, então responsável por tratar das questões disciplinares na Igreja Católica, dizendo que estava arrependido e doente.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles