domingo, 18 de abril de 2010

Índios Kaiapó


Aldeia Kaiapó


Cacique Raoni


Pajelança


Conselho Kaiapó


Cerimônia ritual de jovens para o casamento

Em defesa do papel interventor do Estado na economia


Celso Furtado

Não existem Bancos Centrais sob controle independente, pois ou é o estado que controla ou é o mercado. Como é que o mercado vai fiscalizar a si próprio?

É o mesmo discurso furado a respeito do FED (norte americano), pois lá encoberto pelo discurso de liberdade para o mercado impor as políticas econômicas quem sempre controlou a instituição foi os grandes bancos.

Um bom exemplo de poder demais nas mãos de poucos foi o do Allan Greenspan e de sua diretoria. Ele foi o presidente do FED, cargo que o tornava ao controlar a economia nos EUA O "tzar da economia mundial". Era ele quem decidia qual política monetária iria ser aplicada sobre a maior economia do mundo. Ele, que agia a serviço dos interesses dos grandes bancos, foi o responsável direto pela crise, que por ter sido "maquiada" evoluiu para a "bolha imobiliária".

Ao contrário do Roosevelt agindo no "New Deal" com rigor contra os banqueiros ao impor o papel regulador por parte do estado, as políticas econômicas adotadas pelo Obama são uma farsa, pois o mercado norte americano continua operando exatamente pelas mesmas regras que conduziram ao seu colapso.

Aqui no Brasil, onde nunca se deu o devido valor e reepeito as teorias do Celso Furtado em defesa do papel interventor do estado, o banqueiro Meirelles dentro do governo Lula defende a "autonomia" do Banco Central, já existe um projeto de lei para a reformulação do sistema financeiro em discussão no Senado Federal, que prevê exatamente a independência do mesmo.
O substitutivo, que envolve várias mudanças na economia e unifica outros projetos, é de autoria do canalha do ACM junior e outros iguais, está em tramitação, já com parecer apresentado na Comissão de Constituição e Justiça.
Este substitutivo reúne vários projetos que se relacionam com o Sistema Financeiro Nacional, sendo que os mais importantes deles são o PLS nº 72, do Senador Arthur Virgílio, que dispõe sobre a autonomia do B C, e o PLS nº 102, de 2007, também de autoria do Senador Arthur Virgílio, que dispõe sobre o Sistema Financeiro Nacional e dá outras providências.

Como quando se trata de manter e ampliar o entreguismo e a submissão ao grande capital internacional as barreiras inexistem entre os partidos e entre estes e o governo.

O mesmo sistema financeiro internacional que alardeia a defesa do papel regulador do mercado sobre o mercado sem que ocorra a interferência estatal quando enterram a economia mundial em crises profundas pelas fraudes que geraram buscam o rico dinheiro público para sanear o "independente" mercado financeiro.

"Não dá para deixar o cachorro tomando conta da carne".

O corsário Meirelles, ou melhor, "o Lula é o cara"


A atual adoção da política monetária subordinada ao modelo de metas inflacionárias, e nas políticas fiscais com o objetivo de se alcançar pesadas metas de superávit primário e o regime de câmbio flutuante são exigências que foram impostas pelos acordos celebrados com o FMI. Embora formalmente não exista mais o acordo as políticas impostas pelo Fundo a muito controlam as posições antinacionais e populares tomadas pelos nossos dirigentes, onde as ingerências dos bancos internacionais, que tanto lucram com as mesmas, dão à tônica.

O nosso atual comando do Banco Central se dá por um executivo, que é ex-presidente mundial do Bank of Boston, no caso o Meireles, e a atuação dele não se configura propriamente como uma ingerência, mas sim como a intervenção direta de um credor internacional.

Para nossa economia e para o desenvolvimento social isto é uma tragédia analisando-se pelo prisma do que está política representa de danoso para milhões de brasileiros, que continuam carentes de políticas públicas de qualidade em áreas básicas como a educação, a saúde, a habitação popular, os transportes públicos e o saneamento. Nos últimos anos todas essas políticas têm se degradado as nossas vistas.
Todas as análises sérias sobre os motivos esses processos sociais econômicos não podem deixar de lembrar que os recursos públicos para investimentos nessas áreas são extremamente prejudicados pelas políticas entreguistas que priorizam em vez do desenvolvimento o pagamento das despesas crescentes que as políticas monetárias e cambiais em vigor geram negativamente para as nossas contas públicas.

A carga anual de juros paga aos credores da dívida pública é gigantesca, nunca inferior a R$ 150 bilhões. No ano passado, por exemplo, chegou ao montante de R$ 169 bilhões, incluindo as despesas da União, de estados, e de municípios.
Segundo os dados da Campanha pela Auditoria Cidadã da Dívida, referentes ao ano de 2009, 36% das despesas realizadas no âmbito do Orçamento Geral da União que somam “modesta quantia de R$ 380 bilhões, foram usadas no pagamento de juros e amortizações.

O que permitiu e gerou este rombo impedindo o desenvolvimento da nossa economia interna pela não aplicação de bilhões de reais em diversas áreas nacionais sociais pela não aplicação de políticas macro-econômicas heterodoxas, que desviou estes muitos bilhões de reais de serem aplicados em políticas desenvolvimentistas sérias na nossa economia interna, nisto incluindo os recursos da União arrecadados pela receita dos royalties do petróleo justamente para o pagamento de amortizações foi a antinacional MP 435/2008:

Poder Executivo - Medida Provisória nº 435/2008 27/6/2008
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 435, DE 26 DE JUNHO DE 2008

DOU 27.06.2008

Altera a Lei nº 10.179, de 6 de fevereiro de 2001, dispõe sobre a utilização do superávit financeiro em 31 de dezembro de 2007, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre a carteira de títulos mantida pelo Banco Central do Brasil para fins de condução da política monetária, sobre o resultado financeiro das operações com reservas e derivativos cambiais, sobre as sistemáticas de pagamento e de compensação de valores envolvendo a moeda brasileira em transações externas e sobre a utilização do superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacional em 31 de dezembro de 2007.

Carlos Molina

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles