sábado, 17 de novembro de 2012

Gaza/Palestina: Países árabes concordam em revisar postura sobre o conflito com Israel

 Tropas israelenses estacionadas na fronteira

Os ministros árabes de Relações Exteriores concordaram neste sábado em revisar suas posturas sobre o "paralisado processo de paz" entre israelenses e palestinos, por conta da ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza.

Em reunião extraordinária, os chefes das diplomacias árabes pediram ao chamado comitê de iniciativa de paz árabe que reavalie todas as propostas que surgiram, até o momento, para solucionar o conflito com Israel.

Além disso, os ministros se comprometeram em revisar o trabalho do Quarteto de mediadores internacionais (integrado pelos Estados Unidos, Rússia, a União Europeia e a ONU), que foi criticado pela "incapacidade de conseguir qualquer avanço rumo à paz global".
Os ministros árabes aprovaram um projeto de resolução no qual apostam na criação de novos mecanismos legais para "pôr fim à ocupação israelense da Palestina e o resto de territórios árabes".

Além disso, expressaram "indignação total pelo fracasso do Conselho de Segurança da ONU" na hora de tomar medidas que fizessem cessar os ataques israelenses e proteger à população palestina, e exigiram que os responsáveis israelenses dessa ofensiva "sejam castigados por terem cometido crimes de guerra e contra a humanidade".

Sobre estas questões, o comitê de iniciativa de paz árabe deverá apresentar um relatório aos titulares das Relações Exteriores, que analisarão o documento antes de convocar uma cúpula árabe para tratar do assunto.

Os países árabes também concordaram com o envio de ajuda urgente à Gaza e a formação de um comitê ministerial para visitar a Faixa e manifestar sua solidariedade com os palestinos.

O projeto de resolução pede também que todos os países árabes cessem qualquer forma de normalização com Israel, que é responsabilizado por eles pelos danos humanos e materiais aos palestinos.

Além disso, os ministros solicitaram a reconciliação das distintas facções palestinas e respaldaram a Autoridade Nacional Palestina em sua decisão de recorrer à Assembleia Geral das Nações Unidas para obter o reconhecimento como Estado observador enquanto não haja um reconhecimento pleno do Estado palestino. (EFE)

PM usa gás de pimenta para conter protesto no Rio

Policiais militares lançaram gás de pimenta em manifestantes que protestavam na manhã deste sábado contra a construção de um resort e um campo de golfe em um terreno na Avenida Lúcio Costa, na Praia da Reserva, zona oeste do Rio de Janeiro. As obras foram autorizadas pela prefeitura da cidade.

O terreno onde o complexo hoteleiro será construído pertenceu, até 2005, à Área de Proteção Ambiental (APA) de Marapendi. Cerca de 400 pessoas participaram do protesto, que foi convocado via redes sociais. A rede Hyatt, que construirá o resort, informou que o projeto tem licença ambiental e foi aprovado de acordo com normas urbanísticas e ambientais. A previsão de inauguração é 2015.

Segundo a PM, o gás de pimenta foi lançado quando um grupo de manifestantes fechou a via, sentando no asfalto. Policiais ameaçaram deter dois manifestantes, que acabaram sendo liberados. Crianças e idosos foram atingidos pelo gás de pimenta. (AE)

Santa Catarina tem 27º ônibus incendiado e base da PM é atacada

Santa Catarina voltou a registrar ataques contra ônibus e contra uma base da Polícia Militar entre a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado. Uma base da guarda civil também foi alvo de tiros. Balanço da Polícia Militar mostra que 15 cidades já sofreram algum tipo de ataque, desde a última segunda-feira, quando o estado foi assolado por uma onda de violência.

Foram registradas ocorrências nas cidades de Canelinhas, São Francisco do Sul, Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Navegantes, Gaspar, Balneário Camboriú, Itapema, Palhoça, São José, São Pedro de Alcântara, Criciúma, Tubarão e Tijucas.

Em São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, criminosos incendiaram mais um ônibus na madrugada deste sábado, elevando para 27 o total de coletivos queimados. De acordo com testemunhas, um grupo de homens mandou que os passageiros, o motorista e o cobrador descessem. Em seguida, atearam fogo ao ônibus. Desde quinta-feira, seis ônibus foram incendiados em quatro cidades do estado. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, o prejuízo com os incêndios chega a R$ 5 milhões.

Já na parte Sul de Florianópolis, no bairro Campeche, dois homens em uma motocicleta atiraram contra uma base da Polícia Militar na praia. O crime aconteceu por volta de 23h30m de sexta-feira. Não houve feridos e ninguém foi preso. Em São José, na Grande Florianópolis, dois motoqueiros atiraram contra uma base guarda municipal na madrugada deste sábado. Não houve feridos e ninguém foi preso.

Em Canelinhas, no vale do rio Tijucas, um carro foi incendiado também na madrugada deste sábado no pátio de uma delegacia.
Na sexta-feira, o comandante da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, disse que o pior da violência já havia passado em Santa Catarina. "O pior já passou e a paz vai ser restaurada", afirmou.

O governo do estado de Santa Catarina reluta em aceitar ajuda federal para combater a onda de violência. Na sexta, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, afirmou que o estado tem dado conta de resolver a crise, embora tenha classificado a situação como "ruim".

Até agora a Polícia prendeu 43 suspeitos de terem participado dos 61 ataques, que atingiram 13 municípios catarinenses. Até agora, três pessoas morreram, todos supeitos de ataques.

O governo catarinense reconheceu que a ordem dos ataques vem de dentro de presídios. Mas muitos dos ataques seriam feitos por 'oportunistas' que se aproveitam a onda de violência. (AG)

 
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