Santa
Catarina voltou a registrar ataques contra ônibus e contra uma base da
Polícia Militar entre a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado.
Uma base da guarda civil também foi alvo de tiros. Balanço da Polícia
Militar mostra que 15 cidades já sofreram algum tipo de ataque, desde a
última segunda-feira, quando o estado foi assolado por uma onda de
violência.
Foram registradas ocorrências nas cidades de
Canelinhas, São Francisco do Sul, Florianópolis, Blumenau, Itajaí,
Navegantes, Gaspar, Balneário Camboriú, Itapema, Palhoça, São José, São
Pedro de Alcântara, Criciúma, Tubarão e Tijucas.
Em São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa
Catarina, criminosos incendiaram mais um ônibus na madrugada deste
sábado, elevando para 27 o total de coletivos queimados. De acordo com
testemunhas, um grupo de homens mandou que os passageiros, o motorista e
o cobrador descessem. Em seguida, atearam fogo ao ônibus. Desde
quinta-feira, seis ônibus foram incendiados em quatro cidades do estado.
Segundo o sindicato das empresas de ônibus, o prejuízo com os incêndios
chega a R$ 5 milhões.
Já na parte Sul de Florianópolis, no bairro Campeche, dois homens em
uma motocicleta atiraram contra uma base da Polícia Militar na praia. O
crime aconteceu por volta de 23h30m de sexta-feira. Não houve feridos e
ninguém foi preso. Em São José, na Grande Florianópolis, dois
motoqueiros atiraram contra uma base guarda municipal na madrugada deste
sábado. Não houve feridos e ninguém foi preso.
Em Canelinhas, no vale do rio Tijucas, um carro foi incendiado também na madrugada deste sábado no pátio de uma delegacia.
Na sexta-feira, o comandante da Polícia Militar, coronel Nazareno
Marcineiro, disse que o pior da violência já havia passado em Santa
Catarina. "O pior já passou e a paz vai ser restaurada", afirmou.
O governo do estado de Santa Catarina reluta em aceitar ajuda federal
para combater a onda de violência. Na sexta, o secretário de Segurança
Pública, César Grubba, afirmou que o estado tem dado conta de resolver a
crise, embora tenha classificado a situação como "ruim".
Até agora a Polícia prendeu 43 suspeitos de terem participado dos 61
ataques, que atingiram 13 municípios catarinenses. Até agora, três
pessoas morreram, todos supeitos de ataques.
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