domingo, 23 de janeiro de 2011

Vênus Platinada presta mais um desserviço ao Brasil e protege o maior culpado pela tragédia do RJ


UCHO

Tudo dominado – A vergonhosa genuflexão da grande imprensa nacional diante da tragédia que desabou sobre a serra fluminense se divide em dois nauseantes capítulos. O primeiro deles ficou restrito às autoridades responsáveis pelo desastre, que balbuciaram ao longo dos últimos dias desculpas esfarrapadas, sempre creditando à natureza a responsabilidade pelo evento que quase arrancou do mapa importantes e conhecidas cidades do Rio de Janeiro. À sombra da mudez opinativa dos jornalistas, que não tiveram coragem suficiente de contestar e apontar o dedo aos governantes, as mentiras disparadas se transformaram em verdades supremas.

O segundo capítulo, que deve ser um pouco mais longo, trata da adulação que alguns veículos de comunicação já dedicam a alguns dos principais culpados pelo maior desastre natural da história do País. Após receber R$ 24 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental do Rio de Janeiro, dinheiro que foi despejado no Museu do Amanhã, empreendimento tocado pela Fundação Roberto Marinho na zona portuária da capital fluminense, a família controladora da Vênus Platinada ordenou ao telejornalismo da emissora carioca que Sérgio Cabral Filho (PMDB) fosse alvo de todos os salamaleques possíveis, como forma de minimizar o estrago político causado pela tragédia serrana no currículo do governador.

Na edição de quinta-feira (20), o Jornal Nacional levou ao ar reportagem sobre o abrigo que recebe em Nova Friburgo os desabrigados em decorrência da força das chuvas que varreram cidades da região serrana. A matéria foi tratada como se o governo do Rio estivesse prestando um enorme serviço à população agora desassistida, sem lembrar em qualquer momento que Sérgio Cabral, principal responsável pela tragédia, já estaria devidamente preso pela prática de homicídio por omissão, caso o Brasil fosse um país minimamente responsável e sério.

Para reforçar a adoração que a Vênus Platinada patrocina à figura de Sérgio Cabral Filho, a emissora deve esparramar em seus noticiosas, nesta sexta-feira (21), a reportagem sobre o aluguel social que será pago a milhares de famílias atingidas pelas chuvas. Nas cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, 6 mil famílias receberão durante doze meses, a partir de fevereiro, uma ajuda mensal de R$ 500. Nas outras cidades atingidas a ajuda será de R$ 400. Acontece que com R$ 500 mensais é impossível alugar uma moradia, por mais modesta que seja. Para piorar, a falta de imóveis na região que se transformou em passarela do caos empurrou para cima o preço dos aluguéis. O que mostra que o programa “Minha Casa, Minha Vida”, lançado pelo messiânico Lula da Silva com a conhecida pirotecnia palaciana e embalado pela agora presidente Dilma Rousseff, não passa de mais um fiasco do governo mais corrupto da história tupiniquim.

Mesmo assim, a Vênus Platinada e seus controladores insistem em ceifar o viés opinativo que qualquer reportagem sobre a destruição das cidades serranas merece ostentar. E isso só acontece porque as verbas publicitárias oficiais, sempre polpudas e tiranas, compram o silêncio e a coerência dos jornalistas. Triste Brasil!

Denunciando o Porto, a aposentadoria dos ex-governadores e o nepotismo Gleisi enfrenta o Requião no Twitter:


Requião:

@gleisi @betoricha As dobradas aderentes vem da campanha, não é Gleisi ?
about 1 hour ago via web in reply to gleisi

@gleisi @betoricha Gleisi e Fruet, dobrada bacana do pessutão.
about 1 hour ago via web in reply to gleisi

Para vender aos americanos o terminal de conteiner era necessária a concordância do governo do Paraná e federal. Quem deu ? Silêncio !!!!!
11:48 AM Jan 22nd via web

Gleisi:

Caro @requiaopmdb, bom dia! Cuide do seu partido. Coloque ordem no PMDB. Foi só acabar a eleição e já aderiu ao governo de @betoricha
12 minutes ago via Twitter for iPad in reply to requiaopmdb

Protagonismo Paraná: altas aposentadorias p/ ex governadores/viuvas,nomeações parentes p/ cargos públicos,escandalos no Porto. O PR ñ merece
8:40 AM Jan 21st via Twitter for iPad


*Adendo

A autorização e a negociação para a venda dos 50% do terminal de container para a Advent se deu durante o governo do PMDB (Requião/Pessuti):

GP

"Após um ano de negociações, a Advent International comprou 50% do TCP, na maior transação da empresa norte-americana desde que ela chegou ao Brasil, há 14 anos".

Exército afasta 30 militares após suspeita de furto em casa no Alemão

O Exército deve concluir em dez dias uma investigação sobre o furto numa casa do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. Trinta militares foram afastados do patrulhamento por suspeita de envolvimento no caso. Outros 23 policiais militares que estavam de plantão no dia do crime também foram retirados das ruas.

Segundo a denúncia, no dia 3, um tenente da Brigada Paraquedista, que comandava um pelotão de quase 30 homens, teria furtado um aparelho de ar-condiconado e outros objetos de uma casa na comunidade da Fazendinha. Depois do furto, a área foi emprestada para a associação de moradores da comunidade.

O oficial acusado integra a Força de Pacificação, que foi criada para dar apoio ao governo do estado no patrulhamento dos conjuntos de favelas do Alemão e da Penha depois que os traficantes foram expulsos em novembro do ano passado.

O comandante da Força de Pacificação, general Fernando José Lavaquial Sardenberg, afastou os militares e abriu um processo investigatório para esclarecer o caso. Além disso, ele encaminhou um documento para o Comando Geral da Polícia Militar do Rio solicitando que os 23 policiais militares que também atuavam na área fossem afastados.

Sai lista de aprovados no SISU


O Ministério da Educação divulgou neste domingo (23) a lista de aprovados na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Foram selecionados 82.949 candidatos, segundo o ministério. A divulgação estava prevista para esta segunda-feira (24).

Foram oferecidas 83.125 vagas em 83 instituições públicas de educação superior. Segundo o MEC, entre 16 e 20 de janeiro, o SiSU registrou 2.020.157 inscrições, feitas por 1.080.194 candidatos. O número de inscritos cerca de terço do total de candidatos que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010.

Os aprovados têm os dias 27, 28 e 31 de janeiro para fazer matrícula na instituição de ensino para a qual foram selecionados. A documentação necessária pode ser consultada pelo boletim individual, disponível no sistema, e na própria instituição.

Após esse prazo, se ainda houver vagas disponíveis, serão feitas duas outras chamadas para convocação dos candidatos aprovados. Outras duas chamadas estão previstas para os dias 4 e 13 de fevereiro.

Os estudantes que foram selecionados, nesta primeira chamada, em sua primeira opção de inscrição não serão convocados nas chamadas posteriores — nem mesmo aqueles que não fizeram a matrícula.

Ao fim das três chamadas, caso ainda haja vagas, as instituições convocarão os candidatos a partir da lista de espera gerada pelo sistema.

O que elas querem? Marido rico ou carreira?


Por Carla Delecrode

Elas querem independência e uma carreira bem sucedida, certo? Não, errado. Segundo recente pesquisa da London School of Economics, realizada em países europeus, a busca das mulheres por independência financeira é um mito. Na verdade, a maioria das europeias veria o casamento como uma alternativa à carreira ou um complemento e, contrariando a ideia de busca pela independência em relação aos homens, muitas tenderiam a preferir parceiros com melhores condições financeiras e de instrução do que as suas. Assim, pode-se dizer que elas prefeririam ter um marido rico a ter uma carreira. Será?

A produtora de TV Karina Petito, 23, discorda da pesquisa. Para ela, as mulheres, a cada dia, buscam mais independência e qualificação em relação aos homens. “Não me vejo dependendo de marido, por isso busco sempre minha independência. Acho isso muito importante para me sentir realizada.” Segundo o psicólogo social Bernardo Jablonski, a preocupação de Karina pela realização pessoal também é o desejo de milhares de mulheres, mas que não deixaram de sonhar com o casamento e em ter uma família.

O psicólogo, que também é professor da PUC-Rio, avalia que as conclusões da pesquisa europeia, dirigida por Catherine Hakim, são um exagero e um radicalismo. Para ele, a melhor palavra para definir as mulheres hoje é ambivalência. “Elas querem trabalhar e ser mães. As que são donas de casa acham que estão ‘perdendo o trem da História’, enquanto as que trabalham fora se culpam por passarem pouco tempo com os filhos. Elas buscam a independência financeira, mas continuam com o sonho de casar e ter uma família”, esclarece ao Opinião e Notícia.

Mas, para a antropóloga Mirian Goldenberg, que também é professora da UFRJ, as brasileiras centram seu discurso mais na figura do marido do que na realização profissional. “Elas repetem, insistentemente, que ‘falta homem no mercado’. Entre as brasileiras que pesquisei, as que se mostraram mais satisfeitas com suas vidas são as casadas há muitos anos. Apesar disso, dizem que seus maridos são completamente dependentes, acomodados, inseguros e infantis.” A pesquisadora esclarece que, em todos os casos que estudou, o homem era o principal provedor e tinha um salário bastante superior ao da esposa.

A antropóloga, que também é autora dos livros “Coroas” e “Intimidade” da Editora Record, define que o marido é como uma riqueza bastante valiosa. “Ter um casamento sólido e satisfatório é considerado um verdadeiro capital para as brasileiras pesquisadas. Elas se sentem duplamente poderosas, pois, além de terem um marido, acreditam que são mais fortes, independentes e interessantes do que ele.” Mirian reforça que elas se sentem poderosas por terem um “produto” bastante valorizado no “mercado” e por se sentirem únicas e imprescindíveis para seus parceiros.

Elas não conseguem conciliar família e trabalho

Para as que escolhem buscar a realização profissional e ter uma família, o caminho não é fácil. Segundo a pesquisa europeia, em muitos casos, as mulheres não conseguem conciliar casa e trabalho. Jablonski explica que a dificuldade está em querer ter duas funções que competem entre si, o que acaba gerando insatisfação e culpa. “Se estão em casa, se sentem ficando para trás e se estão no trabalho se sentem culpadas. A maioria não consegue conciliar bem trabalho e família.” De acordo com o estudo de Catherine Hakim, o resultado desta dupla jornada são “famílias nominais”.

Na Inglaterra, por exemplo, a metade das mulheres em posição de chefia não tem filhos ou a partir dos 30 anos passam a ganhar menos que os homens. A maioria das mães tem apenas um filho e acaba delegando seus cuidados a um profissional, já que não houve uma adaptação das regras do mercado para facilitar a vida delas.

O psicólogo social, porém, acredita que a terceirização de parte das tarefas para outras mulheres demonstra que elas estão tentando conciliar trabalho e família, apesar das dificuldades, e de que a independência financeira é um objetivo. “O caminho que as mulheres percorreram na história é sem volta. A maioria não quer mais ser apenas dona de casa.”

Elas querem homens com dinheiro e mais educados

Quanto aos relacionamentos, a polêmica pesquisa afirma que elas tendem a preferir homens com mais dinheiro e educação. “Mais e mais mulheres escolhem se casar com homens que tenham uma educação substancialmente melhor que a delas e, portanto, que tenham capacidade de ter rendimentos mais elevados”, declarou a pesquisadora Catherine Hakim à BBC.

Mirian explica que as brasileiras procuram este tipo de homem pela segurança, pelo maior “valor” dado a eles e por preconceito. “No entanto, elas estão ampliando sua margem de escolha, casando-se, cada vez mais, com homens mais jovens, menos ricos e escolarizados.” Para Jablonski, é natural que as mulheres procurem companheiros com um nível social e cultural, pelo menos, similar ao delas. “Não é uma questão de escolha consciente”.

A produtora de TV Renata Amaral, 26, discorda do estudo europeu e afirma que pensar em critérios, como posição social e educação, na hora de escolher um namorado, pode gerar um problema. “É comum que eu ganhe mais do que os homens de minha idade, por isso não penso nisso. Eles é que geralmente se incomodam bastante com minha melhor condição financeira.”

Chuva desabriga mais de 15 mil pessoas em SC

R7

As chuvas que atingem o Estado de Santa Catarina já expulsaram mais de 15 mil pessoas de suas casas até a noite deste sábado (22). De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil, às 21h20, 13.378 pessoas estavam desalojadas (pessoas que tiveram suas residências atingidas e foram para casa de parentes ou amigos) e 1.987 desabrigadas (pessoas que necessitam de abrigo temporário) no Estado.

O número de municípios afetados pelos temporais também aumentou, subindo para 49 cidades. No total, são 684.525 pessoas afetadas pelas chuvas e 28 cidades em situação de emergência.

A Defesa Civil divulgou que cinco pessoas morreram por causa das chuvas que atingem Santa Catarina desde segunda-feira (17). Um bebê de três meses morreu em Massaranduba. A família da criança se preparava para deixar a residência, quando foi surpreendida por um deslizamento de terra. A criança morreu vítima de soterramento.

A morte de uma turista italiana também foi confirmada neste sábado. Na tentativa de atravessar uma ponte na região de Vargem Grande, seu carro caiu no rio. Outro vítima foi um homem, de 38 anos, encontrado morto em uma obra em Canasvieiras, provavelmente atingido por um raio.

Um homem, de 42 anos, morreu após ser atingido por um raio, na tarde de quarta-feira (19), em Jaraguá do Sul, no norte do Estado. Em Florianópolis, um menino de 8 anos estava as margens da cachoeira e foi levado pela força das águas, na sexta-feira (21).

Emergência

Segundo a Defesa Civil, as cidades em emergência neste sábado eram: Armazem, Barra Velha, Cocal do Sul, Corupa, Criciúma, Forquilhinha, Grão Pará, Guaramirim, Governador Celso Ramos, Içara, Imaruí, Itapoá, Jaragua do Sul, Lauro Muller, Maracajá, Massaramduba, Meleiro, Mirim Doce, Morro da Fumaça, Morro Grande, Nova Veneza, Passo de Torres, Pedras Grandes, Santo Amaro da Imp., Siderópolis, São José do Cerrito, Tubarão e Urussanga.

Alvos de disputa no segundo escalão somam R$ 1,3 bi em irregularidades e encabeçam a lista de desvios de recursos

AE

Os dez órgãos do segundo escalão mais disputados pelos partidos que apoiam a presidente Dilma Rousseff tiveram de responder à Controladoria-Geral da União (CGU) por irregularidades no repasse de R$ 1,35 bilhão a Estados, municípios e entidades nos últimos quatro anos.

Conforme levantamento feito pelo Estado nos documentos da CGU sobre auditorias e tomadas de contas especiais, o órgão campeão de irregularidades foi o Fundo Nacional de Saúde (FNS). De 2007 até 2010, a CGU concluiu que R$ 663,12 milhões em repasses tiveram alguma irregularidade nos pagamentos a conveniados do Sistema Único de Saúde e Autorização para Internação Hospitalar (AIH), desvios de finalidade e não prestação de contas.

O levantamento foi feito com base nos últimos quatro anos porque os partidos em torno de Dilma hoje já formavam a aliança que garantiu a reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles desejavam manter os mesmos ministérios e órgãos do segundo escalão, mas a presidente resolveu fazer algumas trocas de comando. Isso aumentou a guerra pelo butim do atual governo.

O resultado das investigações da CGU foi enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao qual cabe abrir as auditorias sugeridas pela controladoria. Também compete ao TCU aplicar as sanções tanto aos órgãos investigados quanto aos conveniados, quando culpados pelos desvios. Em vários ocasiões, a CGU acionou a Polícia Federal (veja reportagem abaixo).

Nomeação. O FNS vinha sendo disputado pelo PT e pelo PMDB. Venceu o PT. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, assinou na sexta-feira a nomeação de Antonio Carlos Rosa de Oliveira Júnior para a diretoria do FNS, em substituição a Arionaldo Bomfim Rosendo, indicado pelo PMDB na gestão do ex-ministro José Gomes Temporão. Rosa de Oliveira era diretor da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), que cuida do programa Bolsa Família.

O FNS funciona como caixa do dinheiro repassado ao SUS em todo o Brasil. Por isso, o partido que o controla consegue uma visibilidade muito grande. O PMDB, que é muito forte em todos os Estados, principalmente no interior, costuma utilizar esse tipo de prestígio dado pela direção de um órgão repassador de verbas para obter votos.

Em segundo lugar na lista de órgãos cujo repasse de verbas foi considerado irregular pela CGU em suas auditorias e tomadas de contas especiais está a Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Entre 2007 e 2010 a CGU constatou que R$ 486,6 milhões repassados por ela tiveram desvios ou não cumpriram os objetivos dos convênios.

Entidade mais disputada até agora pelo PT e PMDB, o processo de sucessão na Funasa está paralisado por determinação da presidente da República. A briga pelo comando da fundação foi tão acirrada que Dilma chegou a temer pelo futuro da coligação que a elegeu. O PMDB, que tem o vice-presidente Michel Temer, chegou a ameaçar com a derrubada do salário mínimo de R$ 545 defendido pela presidente Dilma caso houvesse mudança na direção do órgão.

Outros órgãos disputados pelos partidos que formam a base de apoio de Dilma Rousseff também tiveram repasses milionários suspeitos de irregularidades, segundo a CGU. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que saiu agora do comando do PT e foi para o do PMDB, fez mau uso de R$ 87, 3 milhões nos últimos quatro anos.

Escândalos. Nos Correios, empresa tirada do PMDB e entregue ao PT, houve desvios de R$ 21,12 milhões nos últimos quatro anos. E no fim do governo de Lula acabaram sendo envolvidos em outro escândalo. Segundo investigações do Ministério Público, Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, fazia tráfico de influência na empresa.

Ao assumir as Comunicações, o ministro Paulo Bernardo anunciou a substituição de David Mattos pelo sindicalista do PT Wagner Pinheiro, ex-presidente do Petros, o fundo de pensão da Petrobrás. Os Correios têm orçamento de R$ 12,5 bilhões para 2011, dos quais R$ 500 milhões para investimentos.

Nos últimos dias, a disputa pelos cargos chegou ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), controlado pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Incentivado pelo PT, o PMDB do Ceará quer tirar o Dnocs de Henrique Alves. Esse órgão, de acordo com a CGU, foi responsável por irregularidades no repasse de R$ 8,2 milhões nos últimos quatro anos. Dispõe de R$ 852 milhões reservados para investimentos neste ano.

Burocracia ainda é um dos principais entraves à pesquisa científica no País

Inovação. O técnico Ernesto Pazzatto trabalha no microscópio do laboratório que desenvolveu um meio de cultura para células, licenciado por americanos

AE

Na quarta-feira, o biólogo brasileiro Stevens Rehen encontrou à venda na internet um meio de cultura para células-tronco. Por 73 libras esterlinas (cerca de R$ 195), qualquer internauta pode adquirir 500 mililitros do produto, licenciado por uma universidade americana e comercializado por uma firma inglesa.

Na embalagem, não há qualquer indicação de que o substrato custou três anos de pesquisa e vários dissabores para Rehen, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) responsável pela primeira linhagem brasileira de células de pluripotência induzida. Infelizmente, as vendas no site não renderão ao País um único centavo.

Sua história ilustra bem a frustração de muitos pesquisadores brasileiros. Satisfeitos com o aumento das verbas públicas destinadas à ciência, ainda se debatem com uma burocracia kafkiana - como a define Rehen - e uma imensa dificuldade para transformar descobertas de bancada em produtos.

Em 2007, o cientista carioca teve a ideia de criar um meio de cultura para células-tronco embrionárias. Dois anos depois, chegou a um substrato "melhor que os vendidos no mercado".

Precisava então testá-lo em outras linhagens de células, além da que trouxera do seu pós-doutorado nos Estados Unidos. Importou-as, mas não conseguiu desvencilhá-las na alfândega. Ficaram lá até estragar.

Em 2009, decidiu enviar um aluno para os Estados Unidos: lá, ele testaria o produto em outras linhagens. Como esperado, os resultados comprovaram a qualidade do invento. Inesperada foi a voracidade dos americanos.

Assim que a universidade percebeu a oportunidade de negócio, iniciou os contatos com possíveis parceiros para licenciar o produto. Uma empresa de Cambridge assinou o primeiro contrato. Em nove meses, o meio de cultura chegou ao mercado.

Quando soube que os americanos se apoderaram da descoberta, Rehen protestou. Mas não obteve uma revisão do acordo já firmado. No máximo, o compromisso de que, no próximo contrato, receberá 40%.

Em 2003, Rehen e o neurocientista Sidarta Ribeiro, do Instituto Internacional de Neurociência de Natal (IINN), escreveram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sublinhavam a urgência da desburocratização do processo de importação.

Em 2004, o pesquisador carioca publicou uma carta na Nature depois de realizar um levantamento sobre o problema no País. Em 2007, os mesmos dados foram atualizados e divulgados na Public Library of Science.

Levantamento. A mobilização da comunidade científica surtiu efeito: uma instrução normativa da Receita Federal, no fim de 2007, e a primeira resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2008. Os dois documentos priorizam o processamento de material científico na alfândega e estabelecem limites de 24 a 48 horas para liberação dos itens importados.

No ano passado, Rehen repetiu o levantamento. Reuniu as opiniões de 165 cientistas de 13 Estados. Cerca de 76% afirmaram já ter perdido material na alfândega e 99% adaptaram sua linha de pesquisa para minimizar os percalços aduaneiros. "Percebemos uma melhora, mas ainda está aquém do aceitável", afirma o pesquisador.

Em novembro, Rehen teve uma agradável surpresa: um telefonema do secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, convidando-o para uma reunião com representantes da própria Receita, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Ministério da Saúde e da Anvisa.

No encontro, todos expuseram seus pontos de vista. Receita e Anvisa atribuíram os problemas ao preenchimento desastrado dos formulários de importação. Os cientistas reconheceram a falta de talento burocrático de muitos pesquisadores, mas também apontaram a falta de preparo dos fiscais para lidar com o material científico.

Por fim, todos reconheceram suas limitações e acordaram algumas diretrizes. A Anvisa ficou de estudar um modo de reduzir o tempo de inspeção. A Receita discutiria internamente a criação de espaços aduaneiros especiais para acondicionar o material científico e de canais mais rápidos para processar os produtos importados.

Ao Estado, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que os compromissos assumidos pelo governo continuam como prioridades na pauta do governo Dilma. Até citou uma ideia dada por Rehen durante a reunião na Receita. "Queremos escolher um porto e um aeroporto para ser o destino preferencial do material importado", sublinhou Mercadante. "Os fiscais da Receita e da Anvisa serão especialmente treinados e haverá lugares com infraestrutura adequada para armazenar perecíveis ou animais."

Marco legal. Vários cientistas ouvidos pelo Estado disseram que o excesso de burocracia permeia as demais atividades cotidianas dos cientistas, não só a importação: dos mecanismos para compra de insumos às autorizações ambientais necessárias para coletar material biológico.

"Precisamos de um novo arcabouço legal para a atividade científica", afirma Mario Neto Borges, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Ele acredita que não vale a pena negociar só no varejo de cada órgão fiscalizador estratégias para libertar a pesquisa dos entraves burocráticos. É necessário mudar a legislação que define o modo como a ciência é fiscalizada.

SOFISMAS do ex-bufo rei ....

"Os do passado, que voltaram, tentam desconstruir a imagem de um governo bem sucedido ,sério e popular. Nós resistimos .
about 22 hours ago via web"

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
(Cazuza)

PF/Operação Grammata: Quadrilha falsificava Letras do Tesouro Nacional

AE

A Polícia Federal (PF) deflagrou na quarta-feira a Operação Grammata para reprimir crimes contra o sistema financeiro nacional e de falsidade documental, estelionato e lavagem de dinheiro por meio de compra e venda de Letras do Tesouro Nacional (LTNs). A PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão em seis estados (Espírito Santo, Goiás, Minas, Rio Grande do Sul, Rio e São Paulo) e no Distrito Federal. Uma mulher, integrante do grupo, se fazia passar pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), corregedora nacional de Justiça.

Segundo a PF, a organização criminosa captava recursos de terceiros para serem empregados nas transações com títulos da dívida pública, notadamente LTNs da década de 1970, em sua maioria falsificadas. Lotes de títulos eram utilizados como lastro financeiro em financiamentos internacionais e como ativos para inflar patrimônio de empresas.

Os fraudadores prometiam reembolsos variáveis de 10 a 20 vezes sobre o valor investido. A ordem para vasculhar endereços residenciais e comerciais dos alvos da PF foi dada pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6.ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Ele acolheu pedido do delegado Rodrigo Sanford, que comanda a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF em São Paulo. Não foi decretada prisão de suspeitos, mas essa medida poderá ser tomada a partir do resultado das buscas.

Os federais apreenderam títulos da Dívida Pública “com indícios de falsificação”. Também foram encontrados documentos de financiamentos realizados no exterior - as transações teriam sido fechadas com uso dos títulos. “Foi apreendida farta documentação sobre os crimes investigados e mídias que serão analisadas”, comunicou a Polícia Federal, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acusados não comentam operação



O ex-superintendente do Porto de Paranaguá Eduardo Requião disse à Gazeta do Povo, por telefone, que não tem informações sobre a Operação Dallas, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada e que resultou na prisão temporária de 10 pessoas e no cumprimento 29 mandados de busca e apreensão, inclusive em duas residências dele – em Curitiba e no Rio de Janeiro, onde foram apreendidas armas, munição e farta documentação. Ele se comprometeu a dar entrevista nos próximos dias.

“Só vou dar entrevista quando eu voltar para Curitiba. Antes não. Não sei exatamente o que está acontecendo. Vou me inteirar dos fatos e aí lhe darei uma entrevista. Após o meu retorno”, disse. Ele preferiu não dizer onde esteve nos últimos dias.

PF liga fraudes a Eduardo Requião

GP

Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal durante a investigação que culminou na Operação Dallas, deflagrada na última quarta-feira, revelam que o ex-superintendente do Porto de Paranaguá Eduardo Requião de Mello e Silva, irmão do senador eleito e ex-governador do estado Roberto Requião, seria o principal beneficiário de um suposto esquema que renderia propina de U$S 5 milhões (quase R$ 9 milhões) na licitação para a compra de uma draga vinda da Chi­­na. As interceptações ainda apontam indícios de que Eduardo Requião mantinha em casa grande volume de dólares sem comprovação de origem, além de fazer remessas para o exterior.

Nas conversas narradas nos relatórios da PF, obtidos com exclusividade pela Gazeta do Povo e que fazem parte da investigação da Operação Dallas, o ex-superintendente Daniel Lúcio de Oliveira de Sou­­za fala que Eduardo Requião, citado nas conversas como “Croco­dilo”, receberia US$ 2,5 milhões (R$ 4,2 milhões) em propina caso a Administração dos Portos de Para­naguá e Antonina (Appa) comprasse a draga da empresa Global Connection.

A outra metade da propina, segundo documento da PF, seria dividida após a conclusão da licitação. Dois dos supostos beneficiários seriam o empresário Luís Gui­lherme Gomes Mussi, ex-assessor especial do governo e segundo suplente do senador Roberto Requião, e Carlos Augusto Moreira Júnior, que foi chefe de gabinete do ex-governador, disputou a prefeitura de Curitiba em 2008 pelo PMDB e é ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A investigação da PF mostra que a negociação da propina que seria obtida na compra da draga teria chegado à ante-sala do então governador Roberto Requião. Não há indícios, porém, de que o ex-governador sabia da fraude no processo licitatório. Mesmo assim, a certeza de que o esquema daria certo era tanta que, segundo a PF, o contrato de compra da draga chegou a ser assinado com o vendedor chinês antes da licitação – o processo de compra, no entanto, foi cancelado pela Justiça Federal em agosto de 2010.

Após seis meses de monitoramento telefônico, autorizado pela Justiça Federal, a PF pediu ao Poder Judiciário a prisão de Eduardo Requião e de Luís Mussi, entre outros envolvidos, por entender que havia provas do envolvimento deles na tentativa de fraudar a licitação. “Há provas suficientes de que houve conluio entre agentes públicos e privados para que fosse direcionada a licitação para a compra da draga”, diz um trecho do documento confidencial da PF. Não foi pedida a prisão de Moreira e outros investigados porque os delegados federais entenderam que eles não iriam interferir no curso da investigação.

O juiz federal de Paranaguá Marcos Josegrei da Silva indeferiu o pedido de prisão de Eduardo Re­­quião e Mussi. O magistrado relata, na decisão, que não vê indícios de formação de quadrilha, mas destaca que “há ainda várias referências a irregularidades cometidas por Eduardo Requião durante sua gestão como superintendente do Porto, havendo menção a remessas ilegais de altas somas em dinheiro feitas por ele para contas bancárias no exterior, bem como de que mantinha em casa, sem comprovação de origem, o montante de U$S 2 milhões – quase R$ 4 milhões”. O juiz cita que esses fatos não se relacionam com a Operação Dallas e “evidentemente, merecem ser investigados mediante a abertura de inquérito”.

Dólares

Em uma troca de e-mails, datados de 4 de abril de 2010, dois dos in­­vestigados falam sobre o fato de Eduardo Requião guardar dólares em apartamentos em Curitiba e Rio de Janeiro. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, os agentes da PF encontraram R$ 140 mil na casa de Eduar­­do no Rio. O relatório da PF mostra ainda que um dos investigados relatou que Eduardo Requião tem uma conta nos Es­­tados Unidos.

A suspeita de fraude em licitação surgiu durante a investigação da PF que apurava denúncia de desvio de cargas no Porto de Pa­­ranaguá – na qual não há indícios de envolvimento de Eduardo Re­­quião, Carlos Moreira Júnior e Luis Mussi. Na última quarta-feira foi deflagrada a Operação Dallas com a prisão de dez pessoas – entre elas o ex-superitendente da Appa Daniel Lúcio de Oliveira Souza, que também é investigado por direcionamento de outras licitações do Porto. Foram cumpridos ainda 29 mandados de busca e apreensão . A farta documentação apreendida na residência e empresas dos investigados está sendo periciada pelos agen­­tes da PF.

 
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