sábado, 5 de maio de 2012

Uma importante análise de Cláudio Ribeiro, jurista e ex-preso político, sobre as verdadeiras intenções da atitude tomada pelo monstro torturador Cláudio Guerra:

Caro Molina

Se você analisar a questão dos ‘desaparecidos’ sob o enfoque do Judiciário, vai extrair duas conclusões básicas: (1) as ações não estão prescritas porque não se sabe se os ‘desaparecidos’ morreram e os crimes são então processados sob a vertente do exame de ‘sequestro’ (que é imprescritível) e (2) há possibilidade, portanto, de punição. Se o levantamento dos acontecimentos for realizado pelas Comissões da Verdade (que não saíram ainda do papel), os fatos podem ser desvendados, mas não haveria punição porque os ‘crimes’ estariam então acobertados pelo passar do prazo prescricional de 30 anos. Pela legislação internacional, os crimes de Estado são imprescritíveis, mas no Brasil, por decisão do Supremo, a prescrição já teria ocorrido na hipótese de mortes antes de 1979.

Quando vem alguém como o Claudio Guerra e confessa ter participado da incineração de vários militantes, conta do assassinato de Fleury, etc., ele está sempre falando em atos cometidos antes de 1979, como forma de barrar investigações através do Judiciário. E não é por outra razão que a “urubóloga” (Miriam Leitão), com aparência de santinha de igreja, fez o documentário sobre o Rubens Paiva, sempre afirmando que ele teria sido assassinado.

Pense, reflita e depois conversamos.


Abração, Cláudio

Uma homenagem a super Lua cheia: Shy Moon

Linda e radiante, soberana, ela eternamente paira sobre os nossos caminhos iluminando a nossa breve existência!


PMDB recebe pedido de afastamento de Algaci Túlio



O cara de pau do Algaci Túlio, na época que era "pedra na vidraça alheia", posou junto com a bancada de oposição quando apresentaram o pedido de CPI contra o Derosso, escândalo que agora está envolvido 
O Diretório Municipal do PMDB em Curitiba recebeu nesta sexta-feira (4) um pedido para o afastamento do vereador Algaci Túlio do partido devido a denúncia de que o parlamentar recebi dinheiro de publicidade da Câmara de Vereadores da capital. Em entrevista no mês de abril, Algaci admitiu ainda comprar notas fiscais para justificar a verba. O pedido de afastamento foi protocolado pelo presidente paranaense da Fundação Ulysses Guimarães, Rafael Xavier e deve ser julgado pela Comissão de Ética da legenda.
O secretário-geral do PMDB de Curitiba, Doático Santos, explicou que o pedido de Xavier será remetido ao presidente da legenda na cidade, o senador Roberto Requião. Pelo regimento, ele é responsável pelo encaminhamento ao Conselho de Ética, que terá dez dias para decidir se abre um procedimento contra o vereador ou não. “Uma vez admitido, abre-se então o processo de análise, de defesa, a oitiva de testemunhas, etc. E em 30 dias terá uma posição”, explicou.
Santos lamentou a situação do vereador, mas disse que o partido é maduro o suficiente para decidir a atitude a ser tomada neste caso. “É uma situação muito traumática. Por um lado, o Algaci é um companheiro, amassou barro com a gente pelos bairros. Ao mesmo tempo, é uma situação difícil pela forma que esta questão veio a tona”, analisou.
Negócio Fechado
Algaci Túlio foi um dos vereadores denunciados pela série de reportagens “Negócio Fechado”, produzida pela Gazeta do Povo e pela RPC TV sobre o destino das verbas de publicidade da Câmara de Vereadores de Curitiba. Notas fiscais revelaram que parte do dinheiro foi destinado a veículos de comunicação de parlamentares. Entre os beneficiados estavam Algaci Túlio e o ex-vereador Luís Ernesto (PSDB), ambos admitiram que a verba dop Legislativo foi gasto em seus programas de rádio.
Questionado pela reportagem, Algaci disse que encontrou uma “estratégia” para receber recursos de propaganda do Legislativo municipal. “A verdade é que existia uma verba para os vereadores que têm meio de comunicação pra publicitar a Câmara”, disse Algaci. Para poder receber uma fatia dos recursos disponíveis, o vereador confessa que precisou ir em busca de notas fiscais de empresas que pudessem ser apresentadas como comprovação dos serviços prestados. “A gente comprava nota. Muitos [comunicadores] que não têm empresa compram nota de uma empresa de publicidade”, conta o vereador, que admite que a prática não é correta. “Na verdade [compra de notas] é uma barbaridade.”  (GP)

Cláudio Guerra, assassino e torturador "arrependido", em 2010 foi condenado a 10 anos de prisão pelo assassinato de sua mulher e da cunhada






Depois de quase 30 anos de espera, as filhas de Rosa Maria Cleto, assassinada pelo ex-delegado Cláudio Guerra, enfim se dizem aliviadas com a condenação dele a 18 anos de prisão. As irmãs, que na época tinham 7 e 12 anos de idade, ainda guardam o jornal que noticiou a morte da mãe e da tia.
O crime aconteceu em dezembro de 1980. A vítima foi encontrada morta em um lixão no bairro Itacibá, em Cariacica, com 19 tiros. A irmã dela, Glorinha, também foi assassinada com 11 tiros. O ex-delegado sempre foi apontado como responsável pelos crimes. O motivo seria queima de arquivo. Cláudio Guerra ainda possui outras acusações, entre elas a de integrar o crime organizado e de matar a colunista Maria Nilce, em 1989.
Apesar da dor de crescer sem o carinho materno, Síntia Cleto se diz vitoriosa com a condenação. "Nada mais traz ela de volta, mas a justiça foi feita", comentou.
Agora, as duas só querem pensar no futuro, mas garantem que é impossível esquecer do passado. "Foi passado até de geração. As minhas filhas também sofrem com isso. É difícil", acrescentou.
A outra filha, Silvana Cleto, disse que sempre acreditou na justiça. "A justiça tarda, mas não falha. Só que a justiça de Deus não é assim: não tarda, nem falha. Vem na hora e no momento certo". (Folha Vitória)

Antiga reportagem mostra Cláudio Guerra antes de usar fachada de pastor: O decano dos homens maus



O caso Preciosa traz à tona a velha aliança do ex-vereador de Vitória José Coimbra, acusado de ser o mandante do crime, com o ex-delegado Cláudio Guerra, de quem foi advogado e às custas de quem chegou à cúpula da Scuderie Le Coq. Vale relembrar a figura mais temida dos anos 70/80, o delegado Cláudio Guerra.

Foto: Apoena
  
Aqui começa a sua história: quem vê aquele senhor, de barbas e cabelos brancos, vovô típico dos tempos pós-modernos, caminhando entre tantos outros idosos pela orla da praia da Costa, não se dá conta que está diante de um dos homens mais temidos da história da violência, para não dizer de pavor, do Espírito Santo.

Um verdadeiro Drácula, redivivo no Estado nos anos 70/80. Íntimo das elites e de seus representantes no aparelho de governo, ele se fez útil a elas, e com a precisão de um estrategista militar, livrou essa mesma elite e se tornou guardião, em sua época de poder, de seus maiores incômodos, entre eles a colunista Maria Nilce.

Depois desse episódio da Maria Nilce, a elite aproveitou-se para se livrar dele também. Ele havia cumprido o seu papel por quase duas décadas. Foi parar também na cadeia. E, diferentemente da expectativa da mídia, não abriu o bico. Segurou o pepino sozinho, para alivio de muito graúdo deste Estado. Até hoje é um túmulo, tendo, inclusive, outro dia, passado incólume pelo bombardeio de perguntas de um dos mais experientes repórteres de polícia do Estado, José Maria Batista.
Foto: Apoena
  
Esse encontro do velho repórter com esse personagem de terror do Espírito Santo, que é o ex-delegado de polícia Cláudio Guerra, serviu para constatar que ele continua uma caixa de segredo quanto aos episódios que, contados de diferentes maneiras, construíram uma figura temida e extremamente controvertida.

É preciso chamar a atenção do leitor para o relato que vai abaixo da lavra de José Maria Batista, numa demonstração clara de como Guerra foi ardiloso, atraente e manipulador, a ponto de se poder dizer que ele esfumaçou-se numa verdadeira lenda.

Na conversa com o repórter, à qual também estive presente, pois nos meus anos de "Jornal do Brasil" patrulhei muito esse policial, objeto de muitas reportagens que fiz, vi nele agora a intenção, para não dizer a ânsia, de querer dividir sua história em duas etapas: a do ex-delegado temido com a do pacato vovô voltado para o trabalho e para o lar.

"A resposta que tenho para tudo isso é a minha conduta de vida, o que faço hoje. Aos Aurichs da vida, que pensavam que fosse sair revoltado querendo vingança, a minha resposta foi completamente diferente: hoje trabalho e produzo para o País. Os deslizes, outrora cometidos, foram em decorrência da função e das missões recebidas. Hoje vivo sem armas como um cidadão de bem".

Sim, mas uma história como a de Guerra, onde há uma lista de crimes anexa, não é para ser sepultada de um dia para o outro. Ele responde à indagação dizendo que não houve um único caso rumoroso, no seu tempo, que não tenha caído em suas mãos para apurar.
Foto: Arquivo Pessoal
  
Traz à tona o famigerado GOE (Grupo de Operações Especiais) para agir por conta própria no combate ao crime. Uma estrutura, inclusive, lembra Guerra, de total autonomia na Polícia Civil. Ele atribui à ação do GOE a razão de muitas acusações que pesaram antes e continuam pesando ainda hoje sobre ele.

Mas a parte mais pesada da trajetória policial de Cláudio Guerra está no crime organizado. A ele é atribuído, principalmente pelas organizações de direitos humanos, uma participação em nível de cúpula. Da sua lista de crimes da organização constam importantes lideranças sindicais de trabalhadores em conflito com as elites do campo. Entre os quais se acham Laurindo Buss (São Gabriel), Valdício Barbosa dos Santos, o Léo (Pedro Canário), Verino Sossai (Montanha), Francisco Domingos Ramos (Pancas) e Paulo Damião Tristão, o Purinho (Linhares).

A verdade é que esses crimes de trabalhadores, mais a da Maria Nilce, e outros dentro do próprio ambiente da violência, como o de Waldir Bento, fazem parte da moldura da fotografia do policial Cláudio Guerra pregada na sua própria parede, por onde ele transita fazendo as vezes de um carinhoso vovô com os seus sete netos.



O pistoleiro na casa do delegado

Meninos, eu vi!

José Maria Batista

Esperar revelações ou declarações bombásticas do ex-delegado Cláudio Guerra, a esta altura dos acontecimentos, é o mesmo que esperar chuva de granizo na floresta amazônica. Ele deu o tom da conversa comigo e Rogério Medeiros logo no início: "Agora sou mergulhador. Mandaram eu mergulhar e eu mergulhei. É o que estou fazendo. Dou aulas de mergulho".

Mas nem tudo está perdido. Guerra deixará um livro de memórias, póstumas é claro, relatando incidentes que envolveram a sua conturbada vida. Como as ligações com o pistoleiro José Sasso, matador da jornalista Maria Nilce (em junho de 89) e que estava em sua casa quando todo mundo pensava que ele havia fugido para o Rio Grande do Sul, como os demais envolvidos no crime.



O que Sasso fazia na casa do delegado Guerra? Estava abrigado, certamente. Afinal, quem iria procurá-lo na casa do delegado que apurava o crime?
Oficialmente, entretanto, o pistoleiro estava sendo ouvido como responsável pelo disparos que mataram Maria Nilce. O depoimento tomado era secreto.
Acompanhei tudo isso na sala de visitas do apartamento do delegado, na Praia do Canto. Policiais armados estavam por todo lado, com caras de poucos amigos. E uma insinuação no ar: 'o que esse cara tá fazendo aqui?'

Foto: Arquivo Pessoal
  
Ele, Cláudio Guerra, me dissera, pessoalmente, que era melhor eu ir embora e não me envolver no caso. "Zé, é uma confusão muito grande. Melhor você ir embora e ficar fora disso". Fui.

Junto com o fotógrafo Romero Mendonça, ficamos na expectativa do lado de fora. Se Sasso estava lá dentro, teria que sair. Saiu por volta de 23h30. Num carro particular, sem algemas. Tanto que apontou um dedo para o repórter e o fotógrafo e ameaçou: "Se me fotografarem, eu mato vocês".

Ele, o assassino de Maria Nilce, saindo da casa do delegado Cláudio Guerra, que investigava o crime, sem algemas e confiante na impunidade, a ponto de ameaçar de morte repórter e fotógrafo. Eu respondi que matar qualquer um mata e Romero não perdoou. Fez um barba e bigode de sua cara assassina que ganhou a primeira página de "A Tribuna" no dia seguinte. O editor atrasou o fechamento por causa da foto. Única, por sinal.

Sasso foi para a cadeia. Posteriormente. Naquele momento, saindo da casa de Cláudio, não se sabe para onde fora. E a morte de Maria Nilce permanece nebulosa. Todos dizem que sabem como foi e quem foi, mas lá no processo, por uma dessas decisões judiciais que estão acima do entendimento do cidadão comum, é o delegado Cláudio Guerra quem figura como autor do crime. Um crime onde a coisa foi bem misturada. É só acessar o processo para confirmar.

Glória e perdição

Competência para misturar coisas talvez tenha sido a glória e perdição de Cláudio. Tudo começou com a apuração do primeiro caso de sonegação de imposto e contrabando de madeira, que teve ampla divulgação na imprensa. Envolvia importantes fazendeiros do sul da Bahia e o caso ganhou notoriedade. E o delegado Guerra também.

O esclarecimento do caso lhe valeu a controvertida e poderosa Delegacia de Ordem Política e Social (Dops). As acusações de torturas começaram a surgir. Inclusive dando conta de uma sala de torturas no interior da Delegacia. Fato que nunca foi comprovado, pois no mesmo dia em que recebi uma pauta para investigar a sua existência o delegado soube, com detalhes, da pauta. Afinal, era do Dops, não é?

Assim, antes de qualquer pergunta sobre o caso das torturas, fui informado, pelo próprio delegado, que a sala de torturas e os aparelhos usados estavam à minha disposição e ele pronto para esclarecer tudo. Evidente que no local não havia nem poeira. Aliás, a delegacia estava imaculada. Até os processos organizados em cima das mesas. Perfeito.

É um episódio que dá para entender o poder do delegado Guerra, codinome Stanislau Meirelles (às vezes com patente de coronel) que, disfarçado de bicheiro, atuava como agente da repressão política no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Recebeu treinamento de combate à guerrilha e subversão e foi um dos receptadores de armas estrangeiras que entravam no Brasil, depois da guerrilha do Araguaia, para uma suposta revolta urbana de esquerda. Hoje o ex-delegado Cláudio Guerra revela, com uma ponta de ironia, que tudo isso não passou de uma grande bobagem, pois as armas, que lhe valeram um processo por porte de armas de uso exclusivo das Forças Armadas, eram contrabandeadas para elementos da própria direita, no poder.

Foi com o codinome de Meirelles que Cláudio se infiltrou na esquerda e junto aos poderosos. Ele garante que só atuou em operações de campo aberto e que jamais torturou militantes de esquerda no Dops capixaba. Que, aliás, nem porão tinha, pois funcionava no 3º andar do prédio onde hoje está instalado o Departamento Estadual de Trânsito.

Sobre Stalislau Meirelles existem poucas informações no Estado, pois o agente operava mais no Rio de Janeiro. Talvez a partir daí seja fácil explicar o pânico que ele disseminava entre poderosos de outros estados, como o banqueiro do bicho Capitão Guimarães.

Guimarães acreditava que, falando com Guerra, ou ameaçando as pessoas em seu nome, conseguiria tudo no Espírito Santo. Usou o artifício com muita gente boa. E, na verdade, conseguiu muita coisa. Dominou o jogo do bicho no Estado e liquidou quem cruzou seu caminho.

Guerra diz que não tem nada a ver com essas mortes, é claro. E diz até que quando mataram Rosinha - sua mulher - acharam que o estavam liquidando também. Só que no mesmo dia ele era o agente infiltrado Meirelles, receptando "armas revolucionárias" em Foz do Iguaçu, por onde elas entravam.

A história a ser escrita por Cláudio Guerra - se o for mesmo- vai colocar muito organizado no crime e desmistificar o chamado crime organizado. Organização que fazia circular nas instâncias judiciais cheques de milhões, em moeda da época, enquanto o andamento de processos e suas sentenças tinham cotações que variavam de US$ 2 mil a US$ e 3 mil. Dinheiro gasto, inclusive, para cobrir festinhas, pagamento de carros e prestações atrasadas. Pena que a CPI do Crime Organizado, quando esteve aqui, tenha preferido seguir outros rumos.

Santo? Nem um pouco, ele mesmo se encarrega de garantir isso. Mas também não tão terrível como pintam, garante. "Fizeram muita coisa em nome de Cláudio Guerra. Já estive até em três lugares no mesmo dia e à mesma hora, para você ter uma idéia" - conta ele com a calma de quem hoje é apenas instrutor de mergulho e só quer viver em paz com a sua comunidade. (Séculodiário)


Anulada há um ano, nomeação de Maurício ao TC permanece sub judice


Nos próximos dias, a cadeira vaga no Tribunal de Contas do Paraná (TC) deverá passar a ser ocupada pelo deputado estadual licenciado e atual chefe da Casa Civil do governo do estado, Durval Amaral (DEM). Uma outra cadeira, porém, que hoje é ocupada pelo conselheiro Ivan Bonilha, está longe de ter uma definição a respeito de quem é de fato o dono da vaga.
Eleito para o cargo em julho de 2008, Maurício Requião perdeu o posto oito meses depois por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Em maio do ano passado, a Assembleia Legislativa anulou a eleição de Maurício e Bonilha foi escolhido para o posto, que por quase três anos permaneceu vago. Apesar disso, ações tramitam nas três instâncias judiciais envolvendo os dois pleitos e, a qualquer momento, uma nova decisão pode provocar uma reviravolta no caso.
Imbróglio
Maurício, que é irmão do senador e ex-gover­­­nador Roberto Requião (PMDB), havia sido nomeado para o TC para ocupar a vaga do ex-conselheiro Henrique Naigeboren, aposentado compulsoriamente ao completar 70 anos. Em março de 2009, no entanto, o ministro do STF Ricardo Lewandowski concedeu liminar impedindo a atuação de Maurício no tribunal sob a justificativa de que a indicação dele, feita durante o governo Requião, desrespeitaria a Súmula n.º 13, que proíbe a prática de nepotismo em órgãos públicos.
Além disso, Lewandowski considerou ilegal a nomeação porque a eleição foi rea­­lizada antes da aposentadoria efetiva de Naigeboren. Maurício foi eleito pela Assembleia e a nomeação dele foi oficializada pelo irmão no dia 10 de julho de 2008. Nessa mesma data, foi publicado o decreto de aposentadoria de Naigeboren. Isso caracterizaria a irregularidade da eleição.
Em 5 de maio de 2011, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB) considerou nula a nomeação de Maurício por entender que a Mesa Diretora da Casa em 2008, então presidida por Nelson Justus (DEM), abriu antes do tempo previsto em lei o processo de eleição. Na sequência, o governador Beto Richa (PSDB) confirmou a decisão e assinou um documento revogando a nomeação do irmão de Requião.
Com isso, a cadeira no TC foi considerada vaga e foi aberto um novo processo de eleição para indicar o sétimo conselheiro do tribunal. Quem venceu a disputa foi o então procurador-geral do estado, Ivan Bonilha.
Na Justiça
Tanto o processo de eleição de Maurício quanto o de Bonilha são questionados no Supremo. Nos dois casos, o ministro Lewandowski decidiu contra Maurício, mantendo-o afastado do cargo. Há um entendimento de que, como a nomeação do irmão do senador Roberto Requião foi revogada, o assunto no STF teria perdido o objeto, fazendo com que ele nem seja apreciado pelo colegiado de 11 ministros. Essa análise jurídica, entretanto, ainda não é dada como certa.
Ao mesmo tempo, há diversas ações tramitando nas Varas da Fazenda Pública de Curitiba e no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) envolvendo todo esse imbróglio. Independentemente das decisões que venham a ser tomadas a qualquer tempo nas instâncias inferiores, a palavra final deverá ser dada pelo STF, o que pode levar meses ou até anos. (GP)

PARA A ALEGRIA DO RATINHO, A MANOELA, MUSA DO PCDOB, VEM AI


O deputado federal Ratinho Júnior (PSC) garantiu ontem o apoio do PCdoB na disputa pela prefeitura de Curitiba. O acordo entre os dois partidos prevê o apoio do PSC à candidatura da comunista Manoela D’Ávila em Porto Alegre. Para celebrar a união, a própria Manoela deve vir a Curitiba no próximo dia 21 para anunciar o apoio. Ratinho já contava com o apoio do PR e do PTdoB. (GP)

A Nova lei de Fruet (PDT)


O ex-tucano Gustavo Fruet, hoje no PDT, critico do mensalão e dos desmandos petistas – quem diria – acaba de receber o apoio formal do PT à usa candidatura a prefeito de Curitiba. Para minimizar o mensalão, ele agora diz que é menos grave do que outro escândalo que envolve a Câmara Municipal de Curitiba. O surpreendente raciocínio de Fruet se fundamenta no fato de que a cidade tem 1,8 milhão de habitantes e o Brasil – abrangência do mensalão – 194 milhões. Ou seja: propinodutos são analisados de acordo com a população. Os inimigos deitam, rolam e gozam o candidato e sua nova colocação ganhou o rótulo de Lei Fruet. (Giba1)

 
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