As cidades que registraram problemas decorrentes das chuvas sĂ£o: Antonina, AraucĂ¡ria, CandĂ³i, Campina do SimĂ£o, Campo Largo, CarambeĂ, Cascavel, Curitiba, General Carneiro, Guaramiranga, Guarapuava, Guaratuba, ManfrinĂ³polis, Pato Branco, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, Rio Branco do Sul e Turvo.
SituaĂ§Ă£o Ă© mais grave em Pinhais
Aline Peres
AtĂ© o fim desta manhĂ£, Pinhais era o municĂpio mais afetado pelas chuvas e pelo granizo. O relatĂ³rio da Defesa Civil municipal apontava 1,2 mil casas atingidas nos bairros Vargem Grande, Maria Antonieta, EstĂ¢ncia Pinhais e no Centro.
Para o coordenador da Defesa Civil municipal, Lukala NĂ³brega, foram 10 minutos de granizo, por volta das 18 horas de segunda-feira, e uma chuva intensa a partir da 1 hora desta terça que causaram prejuĂzos materiais Ă populaĂ§Ă£o do municĂpio.
Em 15 minutos, os Ăndices apontaram um volume de chuva de 13 milĂmetros. No total, a precipitaĂ§Ă£o chegou a 63,8 milĂmetros segundo os relatĂ³rios da Defesa Civil. Por volta da meia noite, os ventos chegaram a atingir 55 km/h. “NĂ£o teve telhado que resistiu”, disse o coordenador. A faixa mais atingida foi a que fica entre o lado esquerdo da Avenida IraĂ e o direito da Avenida Ayrton Senna, no sentido de Piraquara.
DistribuiĂ§Ă£o
AtĂ© o meio-dia, jĂ¡ tinham sido entregues 120 rolos de lona e 2,5 mil telhas para mais de duas mil pessoas. AtĂ© o fim do dia, a Defesa Civil do municĂpio espera o recebimento de dez mil telhas enviadas pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina e de 5 a 8 mil telhas que serĂ£o compradas pela prefeitura.
Outros 100 rolos de lona também devem ser adquiridos e entregues, conforme critérios sociais, ao longo do dia. Com isso, espera-se atender cerca de 700 casas atingidas.
As famĂlias afetadas pelas chuvas em Pinhais podem procurar os postos de atendimento no barracĂ£o da Secretaria de Obras; no Centro de ReferĂªncia de AssistĂªncia Social Maria Antonieta , na Vila Maria Antonieta; e no Centro de ReferĂªncia Especializado da AssistĂªncia Social (Creas), no Centro.
Ă€s 11 horas, 57 pessoas aguardavam na fila para serem atendidas. Conforme a assessoria de imprensa, nos locais disponĂveis podem ser solicitadas lonas e telhas e, conforme a necessidade, cestas bĂ¡sicas, cobertores e colchões. AtĂ© o momento, nenhuma famĂlia precisou ser abrigada.
Serviço:
Cras Maria Antonieta, Rua Leila Diniz, 361, Vila Maria Antonieta
Creas, Rua 21 de Abril, 321, Centro
Secretaria de Obras de Pinhais, Rua Carlos Drumom de Andrade, 166, Jardim Grande.
Segundo informações divulgadas no boletim da Defesa Civil, cerca de 186 mil pessoas foram afetadas com as chuvas em todo o ParanĂ¡. De acordo com o chefe da Defesa Civil estadual, capitĂ£o EnĂdio Angelotti, a classificaĂ§Ă£o de afetados pelas chuvas Ă© feita pelo nĂºmero de pessoas que tiveram alguma interrupĂ§Ă£o na rotina devido ao temporal. “Temos como exemplo o corte de energia e de fornecimento de Ă¡gua”, informou Angelotti.
Cascavel, no oeste do estado, foi a cidade com o maior nĂºmero de afetados: 120 mil pessoas. De acordo com o chefe da Defesa Civil, este nĂºmero representa a quantidade de moradores atingidos pela suspensĂ£o de serviços essenciais, como o abastecimento de Ă¡gua e energia.
A Defesa Civil do estado informou nesta tarde de terça-feira que jĂ¡ foram distribuĂdos cerca de 32,4 mil metros de lonas plĂ¡sticas e 10 mil telhas de fibrocimento para famĂlias prejudicadas pelo temporal desta madrugada em todo o ParanĂ¡.
Grande Curitiba
A cidade de Pinhais, na RegiĂ£o Metropolitana de Curitiba, tambĂ©m foi uma das mais atingidas. Aproximadamente 4,5 mil casas foram danificadas. A Defesa Civil forneceu ao municĂpio 10 mil telhas de fibrocimento para a cobertura de residĂªncias e estabelecimentos comerciais.
Segundo o capitĂ£o EnĂdio Angelotti, chefe da Defesa Civil estadual, casas foram atingidas por vento e granizo, mas nem todas as pessoas precisaram ser retiradas.
Em Curitiba, 300 residĂªncias foram afetadas nas regiões do Cajuru, do Boa Vista e do BoqueirĂ£o. Na capital, 1,5 mil pessoas foram atingidas. A Defesa Civil estĂ¡ distribuindo lonas para a populaĂ§Ă£o.
No Litoral, o temporal deixou 130 casas destelhadas em Antonina e atingiu ao menos 450 pessoas na cidade. Guaratuba teve menos problemas: sĂ£o oito residĂªncias foram danificadas e 24 pessoas afetadas. No Interior, a regiĂ£o dos Campos Gerais Ă© a mais atingida. Em Campina do SimĂ£o, 120 residĂªncias tiveram danos. Em Pato Branco, oito residĂªncias em cada cidade foram afetadas. “A preocupaĂ§Ă£o maior da Defesa Civil agora Ă© a regiĂ£o nordeste do estado, entre Ponta Grossa e Londrina. HĂ¡ previsĂ£o de mais chuva e nas prĂ³ximas horas e Ă© preciso ficar alerta”, diz o capitĂ£o Angelotti.
Sem luz
As fortes chuvas das Ăºltimas horas deixaram muitas pessoas no escuro. Em Curitiba, regiĂ£o metropolitana e Litoral, havia 4 mil unidades consumidoras sem energia em torno das 17h30, de acordo com a Copel. As regiões afetadas pela queda de luz sĂ£o Curitiba, Pinhais, SĂ£o JosĂ© dos Pinhais, Campina Grande do Sul, Antonina, Morretes e Colombo. Entre estas cidades, a mais prejudicada Ă© Pinhais, 925 residĂªncias estavam sem luz por volta das 17h30 desta terça-feira.
A companhia registrou, entre as 17h30 de segunda-feira e as 10h desta terça-feira, 147 mil unidades sem luz na capital, regiĂ£o metropolitana e litoral.
Estragos na segunda-feira
As chuvas que atingem a regiĂ£o de Curitiba desde esta segunda-feira (22) causaram estragos por toda a cidade. O granizo que caiu durante a tarde quebrou telhas e o vento derrubou Ă¡rvores. O trĂ¢nsito ficou complicado e pelo menos 55 mil casas ficaram sem luz em Curitiba e regiĂ£o metropolitana na segunda.
Na manhĂ£ desta terça, o Corpo de Bombeiros registrava dezenas de chamados de casas destelhadas.
No CapĂ£o da Imbuia, na Rua Alberto Monteiro de Carvalho, prĂ³ximo ao Detran, quatro casas foram destelhadas na mesma rua. MĂ³veis foram destruĂdos e as famĂlias precisaram improvisar um abrigo em meio Ă Ă¡gua que nĂ£o parou de cair atĂ© de madrugada.
A dona de casa Liane Semiceki Costa conta que ao chegar em casa se deparou com o marido erguendo mĂ³veis para que nĂ£o molhassem. “Minha cama nĂ£o tem mais o que fazer, vai pro lixo, molhou muito. Passamos a madrugada puxando Ă¡gua e colocando toalha e coberta no chĂ£o para tentar conter um pouco. Tivemos que nos amontoar num cantinho pra poder dormir, nĂ£o tinha mais lugar que nĂ£o estivesse ensopado”, diz.
Pela manhĂ£, o Corpo de Bombeiros foi atĂ© a residĂªncia de Liane e improvisou o telhado com lona atĂ© que as telhas possam ser substituĂdas. Chamados de Piraquara, Fazenda Rio Grande ePinhais para o mesmo tipo de intervenĂ§Ă£o nos foram registrados pela corporaĂ§Ă£o.