sábado, 15 de janeiro de 2011

Brasileiros são feitos reféns por grevistas chilenos

Um grupo de cerca de 1.500 turistas, boa parte de brasileiros, está presa na cidade de Puerto Natales, na Patagônia chilena.

O motivo é uma greve geral na cidade turística – conhecida pelo Parque Nacional de Torres del Paine – contra a elevação do preço do gás.

Familiares dos turistas brasileiros, em São Paulo, afirmam que o grupo está sendo feito refém pelos grevistas, que impedem a saída deles e proíbem restaurantes de servirem alimentação aos estrangeiros – depredando aqueles que furam a greve. Brasileiros com viagem de volta marcada para o último domingo até agora estão na cidade do sul do Chile.

O Itamaraty tomou conhecimento do caso há poucas horas. A embaixada dos Estados Unidos em Santiago já enviou carros para resgatar os norte-americanos.

Diante da gravidade da situação, que se agravou há uma semana, até a Cruz Vermelha enviou ajuda a Puerto Natales.


Governo brasileiro

O Itamaraty ainda não tem uma “posição concreta” sobre o que o governo brasileiro fará para resgatar os turistas brasileiros que estão presos na cidade de Puerto Natales, na Patagônia chilena.

Segundo a assessoria de imprensa, o Ministério das Relações Exteriores está acompanhando o caso e avaliando o que pode ser feito. As embaixadas dos Estados Unidos e da Itália já têm representantes na cidade para negociar com os grevistas.

O Poder Online conversou agora há pouco com Rita Mor, uma das turistas brasileiras que está na cidade:

- Estamos absolutamente perdidos aqui. Jogados para o nada – desabafou.

Rita contou que a situação está cada dia pior e que várias pessoas estão sendo feitas reféns. Um senhor, segundo ela, passou mal na noite de ontem porque seu remédio para hipertensão acabou:

- Não há o que fazer porque nada entra ou sai da cidade.

Poucos restaurantes estão funcionando em Puerto Natales. Desde o começou da greve, os turistas brasileiros se organizam para mostrar aos grevistas que “só querem voltar para casa”:

- Todos os dias saímos pela cidade com bandeiras brancas nas mãos para mostrar que o nosso protesto é pacífico.

Ontem à noite, os turistas brasileiros participaram de uma reunião com a Cruz Vermelha, que estaria intermediando as negociações com os grevistas, já que não há representante do Brasil na cidade.

A organização estaria trabalhando para levar os turistas até Punta Arenas, a 247 km de Puerto Natales. Mas, segundo o relato de Rita, a reunião foi “absolutamente mal organizada”:

- Distribuíram umas folhas para que a gente escrevesse nosso nome. E só.

Tragédia no Rio: Jornada ao topo do caos

Fernando Gabeira

Meu objetivo era atingir o ponto final do ônibus de Campo Grande, no alto da região mais devastada de Teresópolis. Eram quase três quilômetros de caminhada em zigue-zague, pelo barro, pedras e enxurrada. Isso depois da última barreira para carros. Alguns metros adiante, um grande obstáculo de galhos e escombros, um entulho assustador. Quatro motos, apontando para o alto do morro, indicavam que seus pilotos foram um pouco adiante dos carros. Mas também deixaram as máquinas para trás.

Ao olhar o alto do morro, vi o imenso sulco cinzento da areia que deslizou pela montanha, arrastando milhares de pedras. O rio amarelo de uns seis metros de largura antes era o tranquilo Santo Antônio, que cresceu e enlouqueceu com a tempestade, criando mais dois cursos, sepultando a rua e fazendo de margem o asfalto retorcido.

Logo que passei pela igreja católica da Posse, branca e perdida no meio do lamaçal, um homem que descia me disse:

- Para que subir lá? Acabou tudo.

As pessoas que desciam com uma espécie de maca para carregar suas posses, ou com malas na cabeça, pareciam estar deixando aquilo ali para sempre.

Depois da igreja da Posse, tive de subir pelo gramado de uma das mansões e recuperar a estrada alguns metros adiante. Na sombra da árvore, havia peras que a chuva derrubou, esmagadas pelos pés apressados dos fugitivos.

Passei por uma casa relativamente intacta, mas os carros estavam semissepultados na lama. Quando perguntei como foi tudo, moradores disseram:

- Aqui até que bem. O pior foi lá em cima.

Pelo menos desmentiram meu primeiro interlocutor. Muitas casas resistiram. Um pouco adiante, encontrei um homem com um velocípede. Conseguiu tirar a mulher e o filho e os instalou em Jardim Pimenteiras, um bairro mais baixo.

Essa primeira parte da caminhada foi surpreendente. Olhava as casas destruídas, os móveis quebrados, as geladeiras, bonecas no chão, mas não conseguia compreender. Nosso discurso básico é de prevenção, análise geológica do risco, retirada das pessoas em situação vulnerável. Muitas daquelas casas não estavam em situação de risco, passariam por qualquer teste elementar de segurança. No entanto, viraram pó.

- A chuva foi muito forte, desde as 9 horas - relata Tatiana, mãe de três filhos - Às 2h, liguei para os bombeiros e perguntaram o nome da minha rua. Almirante Barroso, respondi. Sinto muito, mas aí não estamos conseguindo chegar.

Houve outras tempestades em Campo Grande, mas nunca grandes estragos. Nem tanta desolação nos diálogos. Um bombeiro diz a outro: "Marcela está bem, mas o homem ficou lá no Espanhol, morto de perna pra cima." Uma jovem que descia rápido nos relatou o drama da família vizinha. Duas gêmeas, uma estava com a mãe, outra com a avó, só uma se salvou.

Alguns metros acima, cruzei com a família que trazia seus objetos e um cachorro no colo da mulher. Ela me disse: "Estou salvando porque gosto muito dele." O marido completou: "É, mas o outro, o cego, você deixou para trás." Em seguida, atenuou: "Deixamos alguma comida para os próximos dias."

A tarde terminava quando alcançamos o topo. Ali, a destruição é quase total. Sobrou uma dezena de casas. Duas mil foram destruídas. Há muita gente sepultada. O terreno é escorregadio e a lama, muito profunda. Era o lado mais pobre de Campo Grande. Perguntei a um morador que se deslocava com um pedaço de pau para testar a profundidade da lama se havia associação de moradores.

- Havia. Estão todos lá embaixo.

Ali naqueles escombros barrentos umas oito pessoas cavavam na esperança de encontrar alguma coisa. Encontrei três sobreviventes juntos: David, Daniel e Cristian. Daniel salvou a mãe, que quebrou os dois braços. Ele se amarrou numa corda e conseguiu avançar. Cristian não entende por que sua casa não caiu. Nem quem a observa agora: ele vive à beira do abismo. David mostrou sua casa de pé, intacta, e disse: "Sou pedreiro e, para dizer a verdade, todas as casas que sobraram aqui têm a minha mão."

Perguntei a Daniel como se moveu na escuridão para salvar a mãe. "Os relâmpagos", respondeu. "Quando acendiam, via braços, móveis, todo aquele movimento e acertava o rumo com o clarão."

Nesse momento começou a chover. As nuvens escuras chegaram e logo se formou uma grande massa branca. Era sair rápido. Dois helicópteros rodavam por ali e manobraram para escapar da massa que chegava. Um paraquedista estava no grupo e seguiu na frente. Havia lama, muita lama. No meio do caminho, a chuva amainou e, passado o susto, era agradável.

No final da descida, ouvi pelo rádio que o prefeito de Teresópolis calculou os prejuízos em R$ 580 milhões.

Está chovendo no Rio. Mas também está chovendo em outros lugares, como a Austrália, onde a orientação pelo rádio dá mais poder às pessoas. Mesmo no Caribe - onde não é a chuva, mas o furacão o grande adversário -, há cartilhas orientando os moradores. A diferença entre ter e não ter uma política de prevenção articulada com a sociedade seria encontrada alguns metros adiante, na saída da cidade: um necrotério improvisado, uma fila de familiares com guarda-chuva e funcionários com máscara branca. Diante do necrotério, um caminhão frigorífico com o logotipo de uma peixaria.

O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que o trabalho para recuperar as cidades serranas levará um ano. Vamos levar mais tempo para responder à altura a tragédia na região. Está quase tudo errado conosco. Foi bom a presidente Dilma Rousseff não ter dito quanto destinaria para reparar o desastre. Isso abre caminho para um fundo de desastre que torne as coisas mais simples e transparentes. As tragédias estão cada vez mais próximas e as reparações, cada vez mais distantes. Em Campos, flagelados de uma enchente invadiram casas dos flagelados da enchente passada, que não estavam ainda concluídas.

A tradição é dar o comando do Ministério da Integração Nacional para o Nordeste. Reflexos da seca que atinge uma população vulnerável. Os grandes desastres estão acontecendo também nas regiões metropolitanas. Não importa de onde venha o ministro, é necessário ser capaz de conduzir um debate nacional.

Uma das últimas cenas que vi: o dono de uma fábrica de móveis quase catatônico recusando-se a se afastar dos destroços. A alguns metros dali, a família discutia como retirá-lo. A reação catatônica é compreensível em alguém que perdeu tudo. Se acontece com o corpo político, é um desastre para os homens como Daniel, que salvou a mãe, e David, que constrói casas sólidas. E um desprezo pelos mortos.

Nova Friburgo sepulta cerca de 50 corpos não identificados

Marcos de Paula/AE

Militares e funcionários da prefeitura ajudam nos enterros

Carregados por militares da quadra da escola de samba Unidos da Saudade, no Centro, na manhã de sábado os primeiros 20 caixões lotaram três caminhões de transporte de tropa. O comboio seguiu por ruas da cidade com uma escolta da Polícia Militar e faria uma nova viagem até o centro para buscar os outros caixões. Enquanto isso, funcionários da prefeitura cavavam outras 200 covas rasas na Trilha do Céu.

O coordenador do Ministério Público em Nova Friburgo, Hedel Nara Ramos, explicou que todos os 50 corpos ainda não reconhecidos foram identificados por impressões digitais e fotografias. Os seis corpos, em estado avançado de decomposição, em que não foi possível recolher digital, nem fazer foto, tiveram material genético colhido para futuro reconhecimento.

Dos 50 corpos que seriam levados para o cemitério, pelo menos três foram reconhecidos no local por parentes e enterrados em jazigos privados depois do velório. O apoio do Exército foi solicitado pelo promotor. Segundo ele não haverá sepultamento em cova coletiva. "Não podemos permitir que isso ocorra até pela dignidade das pessoas e também porque perderíamos completamente o controle para futuros reconhecimentos.

Friburgo já contabiliza 264 mortos. "Temos a convicção de que há muitas famílias ainda soterradas, inclusive de um ex-prefeito do município, mas não conseguimos ainda chegar a estes locais", explicou o promotor. Após o enterro da manhã, 15 soldados do Exército seguiriam para auxiliar outro grupo de 30 homens que tentava resgatar corpos no bairro de Campo do Coelho. Segundo um coronel que coordenava os trabalhos, os corpos seriam levados diretamente para a Trilha do Céu.

O centro de Friburgo continua com o comércio fechado. Continua a faltar comida e água. Mas pelo menos os sinais de telefonia celular voltaram ao normal.

Até o momento, a tragédia na serra já deixou 568 mortos: 264 em Nova Friburgo, 238 em Teresópolis, 46 em Petrópolis, 18 em Sumidouro e 2 em São José do Vale do Rio Preto. O governador Sérgio Cabral decretou luto de sete dias no estado pelas vítimas da catástrofe.

Governo brasileiro admite à ONU despreparo em tragédias


Jamil ChadE/AE

O governo brasileiro admitiu à Organização das Nações Unidas (ONU) que grande parte do sistema de defesa civil do País vive um "despreparo" e que não tem condições sequer de verificar a eficiência de muitos dos serviços existentes. O Estado obteve um documento enviado em novembro de 2010 por Ivone Maria Valente, da Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec), fazendo um raio X da implementação de um plano nacional de redução do impacto de desastres naturais. Suas conclusões mostram que a tragédia estava praticamente prevista pelas próprias autoridades.

Na versão enviada pelo próprio governo do Brasil ao escritório da Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres, no fim de 2010, as constatações do relatório nacional são alarmantes. "A maioria dos órgãos que atuam em defesa civil está despreparada para o desempenho eficiente das atividades de prevenção e de preparação", afirma o documento em um trecho. Praticamente um a cada quatro municípios do País sequer tem um serviço de defesa civil e, onde existe, não há como medir se são eficientes.

"Em 2009, o número de órgãos municipais criados oficialmente no Brasil (para lidar com desastres) alcançou o porcentual de 77,36% dos municípios brasileiros, entretanto, não foi possível mensurar de forma confiável o indicador estabelecido como taxa de municípios preparados para prevenção e atendimento a desastres", diz o documento em outra parte.

Limitações. No relatório, o Brasil é obrigado a dar uma resposta ao desempenho em determinados indicadores sugeridos pela ONU. Em um dos indicadores - que trata de avaliação de risco de regiões - o governo admite ter feito avanços, "mas com limitações reconhecidas em aspectos chave, como recursos financeiros e capacidade operacional". Na avaliação de risco, por exemplo, o governo admite que não analisou a situação de nenhuma escola ou hospital no País para preparar o documento.

O próprio governo também aponta suas limitações em criar um sistema para monitorar e disseminar dados sobre vulnerabilidade no território. O governo também reconhece que a situação é cada vez mais delicada para a população. "A falta de planejamento da ocupação e/ou da utilização do espaço geográfico, desconsiderando as áreas de risco, somada à deficiência da fiscalização local, têm contribuído para aumentar a vulnerabilidade das comunidades locais urbanas e rurais, com um número crescente de perdas de vidas humanas e vultosos prejuízos econômicos e sociais", diz o documento assinado por Ivone Maria.

Richa envia helicóptero para ajudar vítimas das chuvas no Rio de Janeiro


O governador Beto Richa liberou neste sábado (15) o envio de um helicóptero B4 do Corpo de Bombeiros para ajudar nas atividades de resgate e assistência às vítimas dos desastres provocados pela chuva na região serrana do Rio de Janeiro, que causaram mais de 550 mortes nos últimos dias.

A aeronave segue sob o comando do tenente-coronel Orlando Artur da Costa e apoio de um mecânico de manutenção. Neste domingo (16), eles devem iniciar o trabalho nas operações de resgate, apoio para médicos em pontos isolados e para encaminhar mantimentos a áreas mais sensíveis e de acesso difícil da região afetada.

DONATIVOS – Desde sexta-feira (14), a Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, em parceria com a Defesa Civil do Paraná, iniciou uma campanha solidária para mobilizar a sociedade paranaense na arrecadação de donativos às vítimas dos temporais no Rio de Janeiro.

Os donativos podem ser entregues nos quartéis do Corpo de Bombeiros em 48 municípios, e nos 57 postos dos Bombeiros Comunitários em todo o Estado. “Estamos convocando todos os parceiros, entidades sociais, empresários da iniciativa privada e as pessoas que puderam ajudar, para participar desta mobilização nacional em benefício das famílias do Rio”, disse a secretária da Família, Fernanda Richa.

Podem ser doados alimentos não perecíveis e de consumo imediato, como enlatados, barras de cereais, leite em caixa ou em pó, água potável e bolachas. A Defesa Civil pede que as doações sejam entregues preferencialmente em caixas ou embalagens fechadas, para reduzir as perdas e facilitar o transporte.

PRODUTOS – É muito importante que, além de alimentos, a população leve também aos postos dos Bombeiros produtos de higiene pessoal (pasta de dente, sabonetes, absorventes femininos e fraldas, infantis e geriátricas) e produtos de limpeza, como água sanitária, detergente, baldes e sabão. Cobertores e colchonetes também são necessários, mas não é preciso enviar roupas e colchões.

A Defesa Civil do Paraná convoca voluntários para ajudar no recebimento dos materiais. Os interessados podem ligar para o número da Defesa Civil – (41) 3350-2607. Empresas que tenham caminhões para transporte podem ajudar, porque o volume de doações deve ser muito grande e exceder a capacidade dos caminhões disponíveis no Governo do Estado.

Nova diretoria do Lactec assume desafio de expansão do instituto


O novo diretor-superintendente do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, Omar Sabbag Filho, tomou posse nesta sexta-feira (14). “Temos uma perspectiva muito boa de expansão e desenvolvimento. Nossa equipe é muito competente, e isso nos dá confiança no cumprimento dessa missão”, afirmou Sabbag Filho.

O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, deu posse a Sabbag Filho em nome do governador Beto Richa. Arns ressaltou os desafios que o Governo do Paraná tem na melhoria do índice de desenvolvimento humano (IDH), da qualidade da educação e do desenvolvimento tecnológico. “Queremos que o Lactec seja destaque não apenas em nosso estado, mas em todo o Brasil, auxiliando nas propostas do Plano de Governo, exportando tecnologia e valorizando a pesquisa paranaense”.

O ex-diretor-superintendente do instituto, Newton Pohl Ribas, concordou com Sabbag Filho que, entre os novos desafios está o desenvolvimento e estudo do modelo reduzido da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a segunda maior do Brasil e terceira maior do mundo, que será construída nos próximos anos no Rio Xingu, no Pará. Também terá destaque o programa de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para implantação de redes inteligentes, conhecidas também como Smart Grid, para a concessionária de energia elétrica Light, do Rio de Janeiro.

Omar foi eleito por unanimidade pela assembleia geral do instituto, que conta com cinco associados: Companhia Paranaense de Energia (Copel), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), a Associação Comercial do Paraná (ACP) e o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP).

Com Sabbag, compõe a nova diretoria do Lactec: Luiz Fernando Vianna, como diretor administrativo-financeiro; Ivo Brand, diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Mauricio Müller, diretor de Operações Tecnológicas.

Secretaria da Educação e Cohapar debatem parceria


O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, apresentou nesta sexta-feira (14), na Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), proposta de atuação integrada entre os órgãos, além de conhecer os projetos habitacionais da Companhia. “Nosso foco é a família das crianças, pois para o pleno desenvolvimento na escola é necessária uma boa estrutura familiar e dentro disso está inclusa a moradia digna”, destacou.

Ele disse que as condições de trabalho, emprego e qualificação, alfabetização e também de habitação de todos os alunos da rede pública de ensino serão analisadas, para que se tenha certeza de que vivem em um local digno, o que faz com que tenham uma vida melhor e, consequentemente, um desempenho melhor nos estudos.

O presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, explicou todas as ações que a Companhia está desenvolvendo, bem como novos projetos. “Vamos trabalhar em três frentes: a primeira é habitação urbana e rural; a segunda é um projeto que está em fase de conclusão que trata de melhorias, quando uma casa só precisa de algumas reformas e a terceira frente é a questão da titulação. Hoje temos cidades inteiras vivendo na irregularidade e não podemos admitir isso em um estado como o Paraná”.

Para Arns, a integração entre os órgãos do governo é o maior desafio. “A articulação de políticas públicas a favor das famílias do Paraná, como casa, saúde, educação, esporte, cultura e qualificação profissional, é nosso objetivo e só alcançaremos através de boas e organizadas parcerias”, afirmou.

Segundo Mounir, o grande diferencial do governo de Beto Richa e Flávio Arns é trabalhar com a política de integração entre todas as secretarias do Estado. “Somente através dessa união é que melhoraremos a qualidade de vida da população paranaense”, destacou.

DESCASO DAS AUTORIDADES: Falta de projetos adia obras para conter encostas, diz ministério

G1

A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) destina R$ 1 bilhão para obras de estabilização e contenção de encostas. Para destinar esse dinheiro, o Ministério das Cidades identificou 99 municípios com histórico de tragédias causadas por deslizamentos, mas menos da metade (45) conseguiu apresentar projeto com base no qual a verba será liberada, segundo o ministério.

Entre as cidades com histórico de mortes por desabamentos, estão 15 municípios do Rio de Janeiro, incluindo os da região serrana.

De acordo com o secretário de Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Celso Carvalho, no ano passado, a primeira fase do programa de estabilização de encostas do PAC 2 começou a selecionar cidades para receber a primeira metade do dinheiro (R$ 500 milhões).

O gerente de projetos da secretaria, Thiago Galvão, afirma que a realidade na maior parte das prefeituras de todo o Brasil é a ausência de projetos.

“O programa é novo, e não se tinha uma pratica de planejamento nessa área de contenção de encostas. Um passivo de 20, 30 anos sem investimento é um elemento complicador. O que não justifica nessas cidades não ter um sistema de monitoramento”, disse.

Diante da falta de planejamento, o governo federal liberou R$ 44 milhões para a elaboração dos projetos.

“Vai ter recurso para obras, mas você tem que ter mapa de risco, identificar áreas mais críticas e ter projeto. As cidades que no prazo de seis meses conseguirem entregar esses projetos, depois de selecionados, vão receber dinheiro neste ano. Aos que não tinham projeto, demos apoio para fazer e pedir recurso, mas ficou para a segunda fase do programa, em 2012”, disse Carvalho.

No caso do Rio de Janeiro, dez prefeituras vão receber um total de R$ 6 milhões do governo para elaborar projetos. Das 15 cidades do estado que têm histórico de deslizamentos, sete conseguiram apresentar projetos para algumas obras e, juntas, receberão em 2011 mais de R$ 110 milhões.

“As cidades do Rio fizeram esforços, vimos dedicação. Mas tem coisas, como as que vemos nos últimos dias, que são eventos extremos”, disse Galvão.

A maior parte desses R$ 110 milhões (R$ 71,5 milhões) vai para a cidade do Rio de Janeiro. Teresópolis, onde o número de mortes causadas pelas chuvas chega a 146, terá neste ano R$ 11,6 milhões para a contenção de encostas com risco de desabamento.

“Eu imagino que, se o município for ágil, ele entrega o projeto na Caixa Econômica. Se estiver certo, assina contrato e pode começar as obras em abril deste ano. A liberação gradativa desse recurso pode mudar as notícias de tragédias que vemos em todas as estações chuvosas. Estar com as obras prontas vai depender das prefeituras”, afirmou o secretário.

Segundo Celso Carvalho, Petrópolis foi apontada como uma dos cidades em condições mais críticas no Rio, mas não tinha projeto de obras até o ano passado.

“Selecionamos R$ 1 milhão para fazer projetos e planos de mapeamento de risco e, com isso, eles vão ter recursos em 2012. Isso, se fizer o projeto. Mas acredito que seja feito porque agora a prefeitura está mobilizada”, afirmou o gestor do Ministério das Cidades.

Paraná tem troca de delegados na capital e interior

GP

A polícia do Paraná vai ter 35 trocas de delegados da divisões e subdivisões da Polícia Civil. O delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius Michelotto, assinou nesta semana as portarias que autorizam as trocas. Os novos delegados têm prazo de 3 a 8 das para assumirem os novos postos.

Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo, Michelotto diz que as mudanças buscam dar oxigenação à polícia. Segundo o delegado geral, as escolhas foram feitas com base no perfil do delegado, levando em conta a unidade que vai assumir. Ele afirma também que as mudanças independem do tempo de carreira dos policiais e correspondem as expectativas da nova filosofia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

Com as trocas, Valmir Soccio, que era diretor-geral da Sesp, vai assumir a Divisão Policial da Capital. Quem vai ser o responsável pela Divisão de Polícia Metropolitana é Hamilton Cordeiro da Paz Junior, que chefiava o Centro de Operações Especiais (Cope), que passa a ser comandado por Alexandre Macorin.

A Divisão de Polícia do Interior passa a ser comandada por Julio Cezar dos Reis. O responsável pela Corregedoria Geral da Polícia Civil é Paulo Ernesto de Araújo Cunha. O comando do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial da Polícia Civil (Tigre) fica por conta de Renato Bastos Figueiroa, que comandava a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), que passa para o comando do delegado Riad Braga Farhat.

Luiz Carlos de Oliveira vai ser o novo chefe da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio. A Divisão de Polícia Especializada por fica sob responsabilidade de Marco Antonio Lagana. A Divisão de Investigações Criminais será comandada por Luís Fernando Viana Artigas Junior e Benedito Gonçalves Neto assume a Divisão de Infraestrutura.

Lonídia Raquel de M. Loiola Hecke assume a Secretaria Executiva no lugar do delegado Francisco José Batista da Costa, que assume como Delegado Geral Adjunto. Já Luiz Alberto Cartaxo de Moura vai dirigir a Escola Superior de Polícia Civil. Newton Tadeu da Rocha vai assumir o Instituto de Identificação do Paraná.

Em algumas Subdivisões do interior, os delegados vão permanecer em seus cargos. É o caso de Ivonei Oscar da Silva, da 5ª SDP de Pato Branco, Pedro Luiz Fontana da 7ª SDP de Umuarama e José Aparecido Jacovós da 16ª SDP de Campo Mourão.

Para a 1ª SDP de Paranaguá, foi designado Roberto Fernandes. A 2ª SDP de Laranjeiras passa para o comando de Adriano Choffi. Jorge Luiz Wolker fica na 3ª SDP de São Matheus do Sul e Wagner Holtz Merege Filho comanda a 4ª SDP de União da Vitória.

A 6ª SDP de Foz do Iguaçu será chefiada por Rogério Antonio Lopes. Osmir Ferreira Neves Jr assume a 8ª SDP de Paranavaí . A 9ª SDP de Maringá vai ser comandada por Osnildo Carneiro Lemes. A 10ª SDP de Londrina fica sob comando de Marcio Ferreira Amaro e Amadeu Trevisan assume a 20ª SDP de Toledo.

Marcos Belinati assume a 11ª Subdivisão de Cornélio Procópio. A 12ª SDP de Jacarezinho será comandada por Sergio Luiz Barroso. Em Ponta Grossa, a 13ª SDP vai ficar sob responsabilidade de Valéria Padovani. Ítalo Biancardi fica com a 14ª SDP de Guarapuava. A 15ª SDP de Cascavel foca sob o comando de Paulo Roberto Machado. Valdir Abrahão assume a 17ª SDP de Apucarana. Em Telêmaco Borba, Rubens Miranda Junior assume a 18ª SDP. Já David Passerino comanda a 19ª SDP de Francisco Beltrão.


De acordo com as regras do Estatuto da Polícia Civil, os delegados que devem mudar de cidade para assumir seus novos postos têm prazo de oito dias corridos para se estabelecer nas delegacias. No caso de a troca de delegacia ser na mesma cidade, o prazo é de três dias.

Cuba e outros cinco países querem ajudar Brasil

AE

As terríveis imagens das enchentes no Rio de Janeiro e em São Paulo, exibidas em canais de televisão mundo afora, sensibilizaram governos de outros países, que ofereceram ajuda no atendimento a vítimas e na reconstrução dos locais destruídos. Cuba, Argentina, Rússia, Ucrânia, Japão e México entraram em contato com o Itamaraty e se dispuseram a auxiliar o governo brasileiro no que fosse necessário. As Nações Unidas e o Banco Mundial também procuraram o governo.

Em comunicado à imprensa, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil informou que a Casa Branca vai oferecer US$ 100 mil (R$ 169 mil) para assistência a vítimas das enchentes no Rio de Janeiro e em São Paulo. A verba será repassada à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA). O objetivo é adquirir "produtos de higiene pessoal e limpeza e roupas, já que o governo brasileiro e os governos estaduais já estão organizando o envio de alimentos e água", informa o comunicado. O Ministério da Integração Nacional informou que vai estudar uma forma de cooperação com os países que se dispuseram a colaborar com o Brasil.

Tragédia de deslizamentos e inundações no Rio de Janeiro se repete



Gustavo Cunha Mello

Mais um verão, dessa vez estamos em 12 de janeiro de 2011, e novamente observamos muitas vítimas de deslizamentos e desabamentos.

Quais os motivos desses repetidos deslizamentos de terra e desabamentos que se repetem a cada verão?

Um misto de fenômeno climático (até com influência do aquecimento global) extraordinário, ocupação desordenada e falta de planejamento urbano, lixo em encostas e rios, falta de limpeza de galerias e bueiros, desmatamento, etc.

Qual a característica da ocupação desordenada?

Construir em baixadas ou margens de rios (locais já suscetíveis à inundação)
Desmatamento de encostas tornando-as áreas de risco
Excesso de construções com a elevação do peso sobre as encostas.
Construções em solos arenosos, de estrutura porosa. Por exemplo, o solo de massapé, comum no Nordeste brasileiro, é outro que está sujeito à acomodação. Rico em material orgânico, é um solo bastante fértil e apropriado para o cultivo agrícola, mas arriscado para a construção civil. O massapé sofre com as alterações do clima: comprime-se no período de seca e se expande com a umidade da época de chuvas. Essa qualidade de “solo ativo” resulta em rachaduras, inclinação das casas e até desabamento, ocorrências frequentes, por exemplo, nas cidades de Salvador, Recife e Olinda.
Construções em encostas de rocha com uma fina camada de cobertura vegetal.
Quais as soluções que podem ser tomadas para mitigar os danos observados em mais esta catástrofe?

Há soluções paliativas que passam por: ampliar galerias pluviais, efetuar periodicamente a limpeza de bueiros e galerias, aumentar a cobertura vegetal e o tratamento do lixo. Isso ajudaria inúmeras áreas nas regiões afetadas na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, bem como em São Paulo, no entanto, em muitas outras áreas não evitaria a catástrofe diante do tamanho da tromba d´água que atingiu o local.

Mas há soluções gerenciais que reduzem o impacto em termos de vítimas fatais. E passam por uma melhor integração da Defesa Civil e um mais eficiente Plano de Contingência.

Porque precisamos de um Plano de Contingência ? Porque cada minuto faz diferença para se resgatar alguém ainda com vida!

1) Quando há uma emergência, falta luz, não há telefone funcionando, pode haver vazamento de gás com risco de explosões, etc. Como acionar os bombeiros ou defesa civil? É uma utopia imaginar que isso se dá com agilidade.

2) Ao se acionar a Defesa Civil, geralmente já ocorreu um acidente e pessoas estão entre a vida e a morte. O transporte e acesso fica prejudicado até a área de risco.

3) Numa catástrofe dessas é comum haver inúmeros chamados ao mesmo tempo! Quais recursos serão usados? Qual será a velocidade de atendimento? Para onde levar as vítimas?

4) Os recursos (equipamentos, efetivo de mão de obra, geradores de energia, leitos hospitalares, transporte, etc.) são escassos e demoram para serem mobilizados. Há que se pensar que muitas vezes as estradas e vias podem estar obstruídas impedindo acesso ao local do evento. Friburgo, por exemplo, tem 5 viaturas operacionais, Vassouras tem 2 viaturas operacionais, Carmo tem 3 viaturas, etc. Como colocá-las disponíveis a um Município que às necessita em um curto espaço de tempo?

5) É comum, por exemplo, que hospitais públicos não possuam neurologista, ortopedista, etc. disponíveis em todas as madrugadas. Para qual hospital levar um grande número de vítimas? Como acionar e disponibilizar os médicos e recursos necessários para se atender trauma em uma emergência.

Apontando falhas:

1) Você sabia que a Defesa Civil pode montar uma célula local – chamada de Núcleo de Defesa Civil – NUDEC – específico para a sua comunidade? Sim, com treinamento das pessoas que moram em áreas de risco e tenham interesse em se envolver para dar os primeiros socorros e medidas quando ocorrer uma emergência. Isso não custa nada para o governo! É simples de se fazer e muito efetivo.

2) É um erro a Defesa Civil trabalhar apenas com frequências para direcionar seus investimentos. Por exemplo: saídas de ambulâncias para trabalhos de parto, acidentes de veículos, retiradas de animais, etc. é muito superior aos desabamentos, deslizamentos, e suas respectivas ameaças. No entanto, a consequência destes últimos é relevante (alta severidade) e eles deveriam considerar isso nas decisões de investimentos e alocação de recursos.

A Legislação poderia ser melhorada. A legislação atual indica a reatividade e passividade do poder público nessa questão.

Até a Lei (estadual do Rio) Nº 250 de 1979 que trata do Corpo de Bombeiros Estadual e determina suas funções, em seu texto, menciona 6 competências:

“Art. 2º – Compete ao Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro:

realizar serviços de prevenção e extinção de incêndios;
realizar serviços de busca e salvamento;
realizar perícias de incêndio;
prestar socorros nos casos de inundações, desabamentos ou catástrofes, sempre que haja ameaça de destruição de haveres, vítima ou pessoa em iminente perigo de vida;
estudar, analisar, planejar, exigir e fiscalizar todo o serviço de segurança contra incêndio do Estado;
em caso de mobilização do Exército, com ele cooperar no serviço de Defesa Civil.”
Repare que a lei não fala em prevenção de desabamentos e catástrofes! Apenas há prevenção para incêndio. Para desabamentos e catástrofes devem apenas prestar socorros.

Poderiam ainda as Câmaras de Vereadores criar uma legislação que obrigue seus prefeitos à limpeza de bueiros e galerias pluviais em uma determinada periodicidade – no mínimo uma vez ao ano – que julgarem conveniente conforme a região.

O Governo Federal e o Congresso Nacional precisam tratar da desocupação compulsória das encostas. Precisam legislar para permitir à Defesa Civil retirar – ainda que com poder de polícia – as pessoas que se recusam a sair de áreas de risco. Normalmente essas áreas onde houve desabamento não podem voltar a receber moradias ! Ainda há moradores no Morro do Bumba em Niterói, sobre um lixão !

Obviamente a remoção compulsória passa pela solução paliativa ou não para essas famílias. Policiamento para evitar saques de suas posses, aluguel social, alimentação, etc.

Mas há ainda a necessidade de se determinar que o “Habite-se” (licença para habitação dada pelo Corpo de Bombeiros) passe também por uma análise de solo. A autorização da construção na Prefeitura também deve passar pela análise do solo! E as construções irregulares e desordenadas em áreas de risco, normalmente em comunidades carentes, necessitam de fiscalização e remoção quando do início da ocupação.

Toda essa legislação pode e deve ser melhorada em todas as esferas do poder público. Para não chorarmos e lamentármos o enorme sofrimento que se abate sobre toda a população afetada com as chuvas. Para não contarmos mais vítimas !

Crônica de uma morte anunciada: Catástrofes no Rio, por descaso das autoridades para com o que é histórico é um ato criminoso

04/04/1.756 – Um grande temporal, precedido por ventos fortes, atingiu o Rio de Janeiro a partir das 13h. Foram três dias consecutivos de fortes chuvas, que provocaram inundações em toda cidade e desabamentos de casas, fazendo inúmeras vítimas. No dia seis de abril, canoas navegavam do Valongo até a Sé.

10/02/1.811 – Inundações, a catástrofe que castigou o Rio de Janeiro entre os dias 10 e 17 de fevereiro de 1811 ficou conhecida como “águas do monte”, em virtude da grande violência com que a enxurrada descia dos morros que cercavam a cidade. Grande parte do Morro do Castelo desmoronou, provocando o desabamento de muitas casas. Fala-se em muitas vítimas e enormes prejuízos materiais, mas os verdadeiros números são desconhecidos, pois o jornal da época a Gazeta de Notícias não dava importância a estes acontecimentos, segundo Vieira Fazenda. Tal foi a magnitude deste temporal que o príncipe regente ordenou que as igrejas ficassem abertas para acolher os desabrigados e encomendou estudos sobre as causas da catástrofe. A construção da muralha do Castelo-Fortaleza de São Sebastião foi a solução encontrada para evitar novos desabamentos de casas e mais mortes.

17/03/1.906 - Inundações, conhecido como uma das maiores que castigou a cidade. Naquele dia, 165 mm precipitaram em 24 horas. O transbordamento do Canal do Mangue provocou alagamento em quase toda a cidade e houve desmoronamentos com mortes nos morros de Santa Tereza, Santo Antônio e Gamboa.

03/04/1.924 - Inundações, fortes chuvas provocaram o transbordamento do Canal do Mangue, inundação em vários bairros, além da Praça da Bandeira, e desabamentos de barracos, com vítimas, no Morro de São Carlos.

29/01/1.940 – 112 mm causaram alagamentos em quase toda a cidade e mortes por desabamentos no bairro de Santo Cristo.

06/01/1.942 – Inundação, 05 mortos, foram 132 mm de chuva, com um desabamento que soterrou cinco pessoas no Morro do Salgueiro.
>




















15/01/1.962 – Inundação, 25 mortos, centenas e desabrigados, temporal que totalizou 242mm e provocou o transbordamento do Canal do Mangue e do Rio Maracanã e deslizamentos em vários pontos.

02/01/1.966 – Enchentes e deslizamentos nos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, 250 mortos, 50.000 desabrigados.

20/01/1.967 – Deslizamento, Rua General Glicério, Laranjeiras, 200 mortos, 300 feridos, devido as fortes chuvas, uma casa e dois edifícios foram soterrados entre as ruas Belizário Távora e General Glicério.

20/01/1.967 – Enchentes e deslizamentos, nos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, 300 mortos e 25.000 feridos.

12/02/1.988 – Deslizamento, Morro Dona Marta, Rio de Janeiro, 6 mortos, 40 feridos e 300 desabrigados, uma tela usada em uma obra de contenção de encosta rompeu-se sob o peso do lixo e da lama, acumulados durante uma semana de fortes chuvas. A enxurrada destruiu cerca de 30 barracos.

19/02/1.988 – Enchente e deslizamento, Rio de Janeiro, 289 mortos, 734 feridos, 18.560 desabrigados, prejuízos US$ 935 milhões.
17/01/1.991 – Enchente, Rio de Janeiro, 25 mortos e 8 feridos.

Jan/1.999 - Enchente, Rio de Janeiro e municípios do Vale do Paraíba e região Serrana, 41 mortos, 72 feridos e 180 famílias desabrigadas.


Jan/2.000 - Enchente, municípios do Petrópolis, Teresópolis, Casimiro de Abreu e Barra Mansa. 22 mortos, 60 feridos e 133 famílias desabrigadas.

Fev/2.003 – Enchente, municípios da Região Serrana, Sul e Norte Fluminense. 36 mortos, 95 feridos e 870 desalojados e 823 desabrigados.

Fonte: Departamento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles