quarta-feira, 29 de setembro de 2010

No ato final da campanha, Serra brinca com ‘erros do passado’ e diz que ‘trataria melhor’ jornalista


Reunido com polĂ­ticos do PSDB, autoridades do Estado de SĂ£o Paulo, assessores e militantes tucanos em uma casa de shows da Mooca, na zona leste de SĂ£o Paulo, o candidato do PSDB Ă  PresidĂªncia, JosĂ© Serra, disse estar confiante de irĂ¡ ao segundo turno e prometeu unidade no partido para elegĂª-lo. “Eu estou no palanque da unidade. É uma unidade que eu nĂ£o fiz sozinho nĂ£o, mas que eu ajudei a construir. É uma unidade muito forte”, discursou durante o evento de encerramento de sua campanha.

Segundo o tucano, a determinaĂ§Ă£o do partido agora Ă© de que seus correligionĂ¡rios apenas tirem fĂ©rias em novembro, apĂ³s o segundo turno. “É evidente que pessoas que trabalharam pelas suas campanhas poderĂ£o ajudar muito na campanha nacional. A determinaĂ§Ă£o que eu gostaria que o Sergio Guerra (presidente nacional do PSDB) desse ao partido Ă© de que ninguĂ©m viaje de fĂ©rias depois da eleiĂ§Ă£o, depois do primeiro turno”, disse o candidato. “Segunda feira, nenhum eleito ou nĂ£o eleito vai descansar. SĂ³ vamos tirar fĂ©rias em novembro”, disse.

Antes de Serra, discursaram os candidatos do PSDB ao governo de SĂ£o Paulo, Geraldo Alckmin, e ao Senado, Aloysio Nunes Ferreira. Ambos pediram votos para o colega, que retribuiu procurando mostrar unidade na chapa tucana em SĂ£o Paulo. “Serra conte conosco, 24 horas, no primeiro e segundo turno”, discursou Alckmin. “Que uma luz se acenda na consciĂªncia de cada brasileiro, cada brasileira.”

Balanço. Em coletiva de imprensa ao chegar ao evento, o tucano fez um rĂ¡pido balanço da reta final de sua campanha. Ao ser questionado sobre eventuais erros, Serra afirmou que trabalha com a “massa de conhecimento” de que dispõe. “Neste sentido, eu nĂ£o fiz nada errado”, disse. “Agora, se vocĂª pudesse voltar para trĂ¡s, tiraria dez em todas as provas, escolheria os dias corretos para tirar fĂ©rias…”, ponderou. E emendou, em tom de brincadeira, ao ser pressionado por uma repĂ³rter sobre eventuais erros na campanha: “Trataria vocĂª melhor.”

Policiais Civis vasculham casa de Netinho de Paula em Barueri


Netinho durante campanha na Grande SĂ£o Paulo

Adriana Carranca
A PolĂ­cia Civil de SĂ£o Paulo fez uma varredura na casa do candidato ao Senado Netinho de Paula (PC do B), na manhĂ£ desta terça-feira, 29, para apurar denĂºncias de fraude nos bens declarados por ele Ă  Justiça. Netinho se tornou alvo de investigaĂ§Ă£o criminal aberta na Promotoria Eleitoral de Barueri, na Grande SĂ£o Paulo, apĂ³s denĂºncia de que ele nĂ£o teria declarado a casa onde mora com os filhos no condomĂ­nio Alphaville 8.

Dois investigadores e um perito criminal vasculharam e fotografaram a parte externa, a piscina, o campo de futebol e o salĂ£o de festas, mas foram impedidos de entrar por um dos filhos de Netinho. O candidato nĂ£o estava em casa. Segundo o advogado de Netinho, Alexandre Rollo, os policiais nĂ£o tinham mandado de busca. O procedimento criminal para “apuraĂ§Ă£o ‘em tese’ da infraĂ§Ă£o do artigo 350 do CĂ³digo Eleitoral (omissĂ£o de bens)” foi aberto pela promotora eleitoral da 386.ª zona, BĂ¡rbara ValĂ©ria Cury e Cury.

Segundo a Secretaria de Segurança PĂºblica, o motivo da visita foi fotografar a casa, objeto da denĂºncia, um procedimento rotineiro. Mas a coordenaĂ§Ă£o da campanha promete entrar com representaĂ§Ă£o na corregedoria da PolĂ­cia Civil contra o delegado Francisco JosĂ© Alves Cardoso, do 2.º DP de Barueri.
“A aĂ§Ă£o da polĂ­cia Ă© inaceitĂ¡vel. Para averiguar fraude, a primeira providĂªncia Ă© sempre chamar o acusado para prestar esclarecimentos, o que nĂ£o ocorreu. Houve, claramente, desvio de conduta, invasĂ£o de domicĂ­lio, constrangimento e abuso de autoridade por parte dos policiais”, defende a presidente estadual do partido, NĂ¡dia CampeĂ£o, que insinuou haver motivaĂ§Ă£o eleitoral por trĂ¡s das denĂºncias. Ontem, os vereadores da bancada, liderada pelo PT, protestaram contra a aĂ§Ă£o da polĂ­cia e o posicionamento da Justiça.
A denĂºncia foi feita Ă  Procuradoria Eleitoral com base em reportagem da revista Época, segundo a qual Netinho tentou passar o imĂ³vel para o nome de quatro de seus sete filhos, com o objetivo de se livrar de uma dĂ­vida trabalhista dele com ex-mĂºsicos do Negritude Jr.
A Justiça suspendeu a doaĂ§Ă£o e a casa chegou a ser leiloada em 2009, mas os advogados de Netinho cancelaram a venda. O processo continua a correr no Tribunal Regional do Trabalho. Segundo NĂ¡dia, a casa nĂ£o foi declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porque “ainda Ă© alvo de processo na Justiça”. “A Justiça ainda nĂ£o decidiu se o imĂ³vel Ă© dele ou dos filhos”, disse.

Nova descoberta sugere que Via LĂ¡ctea pode ter bilhões de planetas habitĂ¡veis


AstrĂ´nomos descobriram um planeta de tamanho prĂ³ximo ao da Terra orbitando dentro da chamada "zona habitĂ¡vel" de uma estrela. Trata-se do segundo planeta encontrado na zona habitĂ¡vel de Gliese 581. Segundo os autores, a descoberta abre a possibilidade de haver dezenas de bilhões de mundos potencialmente habitĂ¡veis na galĂ¡xia.

A zona habitĂ¡vel Ă© definida como a distĂ¢ncia da estrela onde a energia que atinge o planeta Ă© suficiente para manter Ă¡gua em estado lĂ­quido, na superfĂ­cie ou logo abaixo do solo.

O planeta Ă© um de dois novos astros encontrados em Ă³rbita da estrela Gliese 581, a 20 anos-luz da Terra. Chamado Gliese 581g, o planeta tem um perĂ­odo orbital de 36,6 dias, uma massa que pode estar entre 3,1 vezes e 4,3 vezes a massa da Terra e um raio atĂ© 50% maior que o terrestre, diz, por meio de nota, um dos autores da descoberta, Paul Butler, da Pesquisa de Exoplanetas Lick-Carnegie. A gravidade na superfĂ­cie deve ser de menos que o dobro da terrestre.

O planeta fica bem perto de sua estrela - a distĂ¢ncia que o separa dela Ă© apenas 14% da que separa a Terra do Sol -, mas como Gliese 581 Ă© muito mais fraca que o Sol, tem uma zona habitĂ¡vel que começa e termina a uma distĂ¢ncia muito menor de sua superfĂ­cie.

Os autores da descoberta, descrita no Astrophysical Journal, especulam que o planeta pode ter uma face permanentemente voltada para sua estrela. Trata-se do mesmo fenĂ´meno que ocorre na Lua, que apresenta sempre o mesmo lado para a Terra. Se esse for o caso, Gliese 581g teria um lado extremamente quente e o outro, completamente congelado, com uma faixa potencialmente habitĂ¡vel na linha que separa os hemisfĂ©rios quente e frio.

Gliese 581g nĂ£o Ă© o primeiro planeta encontrado dentro da zona habitĂ¡vel dessa estrela: outro mundo, Gliese 581d, descoberto em 2007, tem a maior parte de sua Ă³rbita dentro dessa regiĂ£o do espaço. No entanto, Gl 581d tem sete vezes a massa terrestre, o equivalente a metade da massa do planeta gigante Urano.

A despeito disso, no ano passado a revista australiana Cosmos coletou mensagens para serem enviadas ao espaço na direĂ§Ă£o desse planeta, na esperança de que seres vivos de lĂ¡, caso existam, sejam inteligentes e possam reconhecer o sinal da Terra.

A estrela tambĂ©m abriga um dos planetas extrassolares de menor massa, Gliese 581e, com 90% mais massa que a Terra. Mas Gl 581e fica muito perto do astro - a distĂ¢ncia que o separa da estrela Ă© de apenas 3% da que existe entre a Terra e o Sol.

Com os dois novos planetas encontrados, a estrela agora passa a ter seis mundos conhecidos. De acordo com a nota dos autores da descoberta, o sistema da estrela Gliese 581 sugere que a proporĂ§Ă£o de estrelas da Via LĂ¡ctea com planetas potencialmente habitĂ¡veis pode ser maior do que se pensava, chegando a algumas dezenas de 1%.

Pode parecer pouco, mas o total de estrelas da galĂ¡xia Ă© estimado como algo entre 200 bilhões e 400 bilhões - se 20% delas tiverem pelo menos um planeta habitĂ¡vel, haveria de 40 bilhões a 80 bilhões de mundos onde a vida poderia florescer.

Até hoje, foram descobertos cerca de 490 planetas localizados fora do Sistema Solar.

Filhos de Erenice serĂ£o ouvidos sĂ³ depois da eleiĂ§Ă£o




A PolĂ­cia Federal estava, hĂ¡ mais de uma semana, Ă  procura dos irmĂ£os Israel e Saulo Guerra, filhos da ex-ministra Erenice Guerra, mas hoje um advogado compareceu Ă  PF para marcar o depoimento dos dois no inquĂ©rito em que sĂ£o acusados de trĂ¡fico de influĂªncia no governo. Saulo e Israel serĂ£o ouvidos sĂ³ depois da eleiĂ§Ă£o: na prĂ³xima terça (5).Israel e Saulo sĂ£o acusados de intermediar negĂ³cios entre empresas privadas e o governo, a partir da empresa Capital Consultoria.

Adiada votaĂ§Ă£o contra exigĂªncia de dois documentos

O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento de aĂ§Ă£o sobre a obrigatoriedade de apresentaĂ§Ă£o de dois documentos para votar no dia da eleiĂ§Ă£o devido a um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Ele disse que pretende levar o processo novamente ao plenĂ¡rio amanhĂ£ (30).A obrigatoriedade Ă© contestada pelo PT. A suspensĂ£o do julgamento aconteceu quando jĂ¡ havia maioria pela derrubada da exigĂªncia. O placar era de 7 a 0. A determinaĂ§Ă£o de apresentar os dois documentos foi fixada pela minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado.

Justiça Eleitoral apreende panfletos e multa coligaĂ§Ă£o de Dias



Francisco Camargo, iG ParanĂ¡

Foi aplicada penalidade de R$ 300 mil por panfleto com teoria estatĂ­stica que apontaria a vitĂ³ria do candidato pedetista no ParanĂ¡

Por determinaĂ§Ă£o da Justiça Eleitoral, foram realizadas hoje (29), em Curitiba, 9 operações de busca e apreensĂ£o de 60 mil panfletos editados pela coligaĂ§Ă£o A UniĂ£o Faz um Novo AmanhĂ£ de Osmar Dias (PDT). AlĂ©m do recolhimento do material, que, segundo a assessoria de Beto Richa (PSDB), adulterava pesquisa do Ibope e “inventava nĂºmeros, invertendo posições para sugerir a liderança de Osmar na campanha eleitoral”, foi aplicada uma multa de R$ 300 mil por panfleto.

As buscas começaram pela manhĂ£, no comitĂª da Rua Reinaldino S. de Quadros, no Alto da XV, prosseguindo em outros oito comitĂªs da capital e regiĂ£o metropolitana.

O panfleto, diz a coligaĂ§Ă£o Novo ParanĂ¡, apresenta uma suposta teoria estatĂ­stica que apontaria a vitĂ³ria de Dias nas eleições. “Para justificar a teoria, o folheto cita o colunista Celso Nascimento e o jornal Gazeta do Povo e o Instituto Ibope. Chega a citar pesquisa Ibope registrada sob o nĂºmero 21413/2010. O grĂ¡fico adulterado mostra Osmar Dias com 53% das intenções de voto e Beto Richa com 47%. A pesquisa Ibope verdadeira, registrada sob esse nĂºmero, traz Beto Richa na liderança com 47%, Ă  frente de Osmar, com apenas 38%”.

A Gazeta do Povo repudiou o uso do nome do jornal com finalidade polĂ­tico-eleitoral. “Textos jornalĂ­sticos da Gazeta do Povo vĂªm sendo utilizados de forma indevida com a finalidade de induzir a erro ou influenciar os eleitores”, diz. “O alvo preferencial desse tipo de material apĂ³crifo estĂ¡ sendo a coluna do jornalista polĂ­tico Celso Nascimento, com a utilizaĂ§Ă£o de partes de trechos de colunas de sua autoria para a confecĂ§Ă£o de panfletos apĂ³crifos com a finalidade de denegrir candidatos”, continua o texto.

Celso Nascimento tambĂ©m repudiou o uso indevido de comentĂ¡rios de sua coluna, repelindo “veementemente e desautorizando a utilizaĂ§Ă£o de seu nome e de seus textos para fins polĂ­tico-eleitorais”. E mais: “Qualquer interpretaĂ§Ă£o diferente do exposto deve ser debitada Ă  malĂ­cia de quem pretende servir-se com condenĂ¡vel oportunismo da credibilidade do jornal e do jornalista para fins propagandĂ­sticos”.

Multa do TRE

Em matĂ©ria para a imprensa, a assessoria de Beto diz, por outro lado, que “os protestos da Gazeta e de Celso Nascimento nĂ£o fazem nenhuma menĂ§Ă£o Ă  sentença do Tribunal Regional Eleitoral, que condenou o jornal e o colunista a multa de R$ 50 mil por desrespeito Ă  legislaĂ§Ă£o eleitoral e publicaĂ§Ă£o de material tendencioso no dia 12 de setembro. Na coluna Projeções sujeitas a chuvas e trovoadas, prossegue, “o dito colunista, sem citar fontes claras, cita porcentuais e datas futuras dando como vitorioso nas eleições o candidato Osmar Dias. Para a Justiça eleitoral, trata-se de ‘um exercĂ­cio de futurologia’ com a clara intenĂ§Ă£o de distorcer os fatos e influenciar os leitores.”

Em funĂ§Ă£o do “teor tendencioso”, o jornal foi condenado solidariamente. A determinaĂ§Ă£o da Justiça proĂ­be a Gazeta do Povo e o Portal RPC de veicular tal matĂ©ria ou reproduzir tal conteĂºdo em qualquer outro veĂ­culo vinculado ao grupo, finaliza.

Velhos inimigos, Osmar Dias e RequiĂ£o usam a farsa para enganar o eleitor do PR

Do blog do Ucho:


NĂ£o custa lembrar:



Quem desconhece a histĂ³ria polĂ­tica do ParanĂ¡ e se depara com os falsos salamaleques que marcam a atual campanha eleitoral acredita que o ex-governador Roberto RequiĂ£o (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT), candidato ao PalĂ¡cio Iguaçu, sĂ£o velhos e inseparĂ¡veis amigos. Na verdade, RequiĂ£o e Osmar sĂ£o inimigos figadais, mas que por interesses eleitoreiros se entregam a uma farsa descomunal.

Em 2006, quando Roberto RequiĂ£o e Osmar Dias duelaram pelo governo paranaense, a briga foi muito mais feia nos bastidores do que os incautos imaginam. Nas coxias da disputa sobraram ações sĂ³rdidas, muitas delas intimidatĂ³rias, que definiram o apertado resultado daquela eleiĂ§Ă£o. Na ocasiĂ£o, Osmar Dias questionou o fato de um irmĂ£o de RequiĂ£o ter sido proprietĂ¡rio de um luxuoso e caro apartamento em Miami Beach, ao mesmo tempo em que ficou sem saber as razoes que levam o ex-governador a sempre eleger Paris como refĂºgio.

No contraponto, Roberto RequiĂ£o ameaçou requisitar Ă  Justiça uma investigaĂ§Ă£o por causa do valor declarado por Osmar na compra da fazenda Lagoa da Prata, em Formoso do Araguaia, no Tocantins. Na declaraĂ§Ă£o de bens entregue Ă  Justiça Eleitoral, o pedetista informou que o preço da referida propriedade rural era de R$ 2,5 milhões, mas o entĂ£o governador garantiu que o imĂ³vel vale cerca de R$ 30 milhões.

De acordo com as pretĂ©ritas declarações de RequiĂ£o, Osmar Dias tinha o dever de explicar ao povo do ParanĂ¡ como Ă© possĂ­vel comprar uma fazenda de propriedade de um banco por um valor muito aquĂ©m do que realmente vale. Na ocasiĂ£o, RequiĂ£o, que disputava a reeleiĂ§Ă£o, desafiou seu adversĂ¡rio a comprar a referida fazenda pelo valor declarado Ă  Justiça Eleitoral e vendĂª-la pelo valor de mercado, doando a diferença apurada na transaĂ§Ă£o Ă s Santas Casas do estado.

Impossibilitado de permanecer em silĂªncio diante de tal acusaĂ§Ă£o, Osmar Dias disse que RequiĂ£o tentou atingir a sua honra, o que explica as dezenas de processos judiciais por calĂºnia a que responde o atual candidato do PMDB ao Senado. “Sou filho de agricultor e esta serĂ¡ a minha ocupaĂ§Ă£o quando deixar a polĂ­tica. JĂ¡ com o RequiĂ£o serĂ¡ diferente, pois ele sequer tem profissĂ£o definida e como pendurou a famĂ­lia no serviço pĂºblico, terĂ¡ dificuldades para viver”, declarou o pedetista.

Ao que parece, RequiĂ£o e Osmar Dias foram acometidos por irreversĂ­vel amnĂ©sia ou se juntaram para transformar o ParanĂ¡ em um enorme picadeiro. Pela sua importĂ¢ncia e pujança, o ParanĂ¡ merece mais, muito mais. E a aposentadoria de Roberto RequiĂ£o atravĂ©s das urnas pode ser um bom começo para o estado que Ă© considerado por muitos uma referĂªncia nacional.

Pesquisa Ibope aponta Dilma com 50% e Serra com 27%



G1 / Globo.com

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (29) em BrasĂ­lia mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50% das intenções de voto e o candidato do PSDB, JosĂ© Serra, com 27% na corrida eleitoral pela PresidĂªncia da RepĂºblica. Marina Silva (PV) tem 13%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela ConfederaĂ§Ă£o Nacional da IndĂºstria (CNI).

Brancos ou nulos sĂ£o 4%. NĂ£o souberam ou nĂ£o responderam, 4%. Os demais candidatos juntos somaram 1% das intenções de voto. O cenĂ¡rio com os votos vĂ¡lidos da pesquisa serĂ¡ divulgado em instantes.

EspontĂ¢nea

O cenĂ¡rio divulgado pelo Ibope diz respeito Ă  resposta estimulada, quando os entrevistados sĂ£o confrontados com uma lista de candidatos. JĂ¡ na pesquisa espontĂ¢nea, quando os entrevistados respondem sem a ajuda da relaĂ§Ă£o de candidatos, Dilma tem 44%, Serra 21% e Marina, 10%. Votos brancos ou nulos somam 5% e o presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva, que nĂ£o disputa a eleiĂ§Ă£o ainda aparece com 1% das intenções de voto.

Beto Richa, sem ser agressivo, mas firme ao estabelecer a discussĂ£o sobre as contradições que envolvem a campanha do Osmar, vence o debate


O debate franco, direto entre o Beto e o Osmar contribuiu para que pudĂ©ssemos ter uma real visĂ£o do que sĂ£o e o que propõe os candidatos.

O Beto abriu a discussĂ£o corretamente dando jĂ¡ de cara um ippon no oponente, o fazendo jĂ¡ no inĂ­cio do debate grudar a costa no tatame global. O tema que envolve os direitos dos trabalhadores Ă© delicado e vital do ponto de vista da definiĂ§Ă£o dos votos, jĂ¡ que ninguĂ©m que trabalha quer perder os seus direitos. O senador Osmar Dias tentou por duas vezes acabar com a multa de 405 em benefĂ­cio do trabalhador imposta ao patrĂ£o no caso de ocorrer demissĂ£o sem justa causa. El sĂ³ foi barrado em suas intenções por que ocorreu uma forte pressĂ£o por parte da sociedade organizada, e nela cito a na Ă©poca forte atuaĂ§Ă£o das centrais sindicais como a do povo como um todo. A total irritaĂ§Ă£o gerada em toda a sociedade fez com que os senadores barrasse as pretensões antipopulares do senador Osmar Dias. O absurdo em tudo isto Ă© que hoje as apelagadas centrais sindicais, atreladas aos interesses eleitoreiros do presidente Lula e seus aliados, apĂ³iam a aquele que tanto combateram. O Osmar, em um tremendo ato de cinismo, disse que era “lorota”, pois se fosse verdade as centrais nĂ£o estariam com ele: “Meu Deus do cĂ©u, quanta lorota. Retirei o projeto a pedido das centrais sindicais, que hoje estĂ£o todas me apoiando em reconhecimento ao meu trabalho em favor do trabalhador”.

Ao começar o debate, Osmar disse “Na RegiĂ£o Metropolitana sĂ³ tem playboy”. Foi, nesta campanha, o maior desrespeito feito aos trabalhadores da RegiĂ£o Metropolitana de Curitiba. Mais tarde, Osmar elogiou o governo Lula porque ele teria reduzido as invasões de terra. Osmar comemorou que no governo Lula houve “sĂ³” 1.740 invasões de terra por parte do MST, o que significa que se ocorreram tantas invasões Ă© porque a velha promessa do PT em fazer a reforma agrĂ¡ria nĂ£o foi cumprida.

No quarto bloco do debate Beto Richa perguntou a Osmar Dias, se ele concorda que o atual governo do Estado (que apĂ³ia Osmar) fracassou na segurança.Osmar por estar comprometido com a atual e ineficiente polĂ­tica de segurança fugiu da resposta, jĂ¡ que nĂ£o pode criticar o governo que o apĂ³ia. Em um exercĂ­cio mal sucedido de sofisma calunioso por ser pura mentira tentou atacar a administraĂ§Ă£o de Beto em Curitiba na questĂ£o dasegurança pĂºblica, com se fosse o Beto o responsĂ¡vel pelo que Ă© de obrigaĂ§Ă£o dos governos federal e estadual. Ao entrar no tema do combate as drogas e principalmente ao crack o Osmar foge da discussĂ£o sobre a atual realidade, sendo que estĂ¡ Ă© fruto de praticamente oito anos de desgovernos sem estratĂ©gias de combate a este flagelo e que estes sĂ£o seus aliados. Mais uma vez ele veio com a lengalenga sobre a Dilma, a que “nĂ£o viu nada e nĂ£o sabe de nada” ser a soluĂ§Ă£o sobre estes males.

Falou em contratar policiais e voltou a se apoiar num possĂ­vel apoio da candidata a presidente Dilma para solucionar o problema do avanço das drogas, principalmente o crack, no ParanĂ¡, que, aliĂ¡s, nĂ£o sofreu nenhuma grande intervenĂ§Ă£o do governo do Estado nos Ăºltimos 8 anos.

Respondendo ao Osmar sobre a questĂ£o da segurança o Beto mostrou que, como prefeito da capital, foi alem das competĂªncias, porque a segurança Ă© atribuiĂ§Ă£o constitucional do governo do estado e federal cuidar de segurança. “Mas como o cidadĂ£o nĂ£o quer saber de quem Ă© a responsabilidade e quer que o seu problema seja resolvido, como prefeito nĂ£o cruzei os braços”, disse Beto. “Foram contratados 700 novos guardas, dobramos a frota de veĂ­culos, quadruplicamos o nĂºmero de armas e munições, implantamos a Ciclopatrulha, criamos a primeira secretaria municipal antidrogas do Brasil, que deu muito certo e tem parceria com 22 cidades do ParanĂ¡, para fazer trabalho de conscientizaĂ§Ă£o e prevenĂ§Ă£o, especialmente junto Ă  nossa juventude”, afirmou.

Beto disse ainda vai reativar os MĂ³dulos Policiais, com policiamento comunitĂ¡rio, e vai criar um batalhĂ£o de fronteira, porque o ParanĂ¡ Ă© responsĂ¡vel por 60% da entrada de armamento pesado e da droga no Brasil. “Teremos parceria com 150 comunidades terapĂªuticas e a implantaĂ§Ă£o de centros regionais de tratamento e recuperaĂ§Ă£o de dependentes quĂ­micos”, disse Beto.

Quando o debate rumou para a questĂ£o da saĂºde pĂºblica o tucano destacou uma decisĂ£o do MinistĂ©rio PĂºblico do ParanĂ¡ cobrando do governo do estado, que apĂ³ia o Osmar, a aplicaĂ§Ă£o em saĂºde dos 12% do orçamento, conforme prevĂª a ConstituiĂ§Ă£o. “O governo atual, que apoia o meu adversĂ¡rio, desviou R$ 2 bilhões da saĂºde, disse o MinistĂ©rio PĂºblico”, criticou.

O Osmar, que tal qual o Beto Richa afirmou, estĂ¡ cercado por aqueles que atĂ© a pouco tempo eram seus inimigos, no caso os dirigentes do PMDB e do PT, que qual ele jĂ¡ o fez em relaĂ§Ă£o a eles, jĂ¡ o chamaram de tudo, inclusive de corrupto, como entre si jĂ¡ se chamaram de ladrões, vide as guerras entre o Osmar e o RequiĂ£o , entre o RequiĂ£o e o Pessuti, como entre o RequiĂ£o e o Paulo Bernardo, o que Ă© difĂ­cil de explicar para o eleitorado, jĂ¡ que nĂ£o dĂ¡ par defender o indefensĂ¡vel. Beto atacou a aliança de Osmar com o ex-governador Roberto RequiĂ£o (PMDB). “Eu nĂ£o mudo de lado, nĂ£o pulo de galho em galho. NĂ£o vou na casa de um candidato Ă  PresidĂªncia,o que ocorreu quando o Osmar declarou ao Serra que queria sair candidato a senador na chapa do Beto, aperto a mĂ£o dele e, no outro dia, passou para o outro lado.”

ApĂ³s o debate declarou no seu prĂ³prio site: “NĂ£o caĂ­ nas provocações. Meu adversĂ¡rio parece que estĂ¡ sendo perseguido atĂ© pelas pesquisas daĂ­ sai impugnando tudo. Eu sei como estĂ£o as pesquisas, mas nĂ£o posso contar”.

Como ele sabe sobre os resultados das pesquisas sem elas terem sido publicadas, pois o TRE as considerou ilegais?

EstĂ¡ declaraĂ§Ă£o do Osmar em dizer que conhece os resultados da pesquisas nĂ£o divulgadas por estarem sob suspeiĂ§Ă£o de fraude reforça a posiĂ§Ă£o que a Justiça tomou, pois as coloca ainda mais sob suspeita.

Pesquisa boa para os osmaristas Ă© aquela que foi distribuĂ­da estampada junto com um texto do Celso Nascimento, onde eles falsificam um resultado do IBOPE e assim por ele tentam fazer com que o resultado deste Instituto de pesquisa, cuja divulgaĂ§Ă£o da pesquisa foi autorizada pelo TRE e estĂ¡ foi favorĂ¡vel ao Beto, apresente o Osmar na frente, o que caracteriza mais um crime eleitoral.

O prĂ³prio Celso Nascimento, que junto com a Gazeta jĂ¡ estĂ¡ respondendo a um processo na Justiça pela publicaĂ§Ă£o deste texto no jornal, veio a pĂºblico dizer que nĂ£o tinha autorizado tal publicaĂ§Ă£o.

O Tribunal Regional Eleitoral condenou o jornal Gazeta do Povo e o colunista Celso Nascimento a multa de R$ 50 mil por desrespeito Ă  legislaĂ§Ă£o eleitoral e publicaĂ§Ă£o de material tendencioso no dia 12 de setembro e agroa deverĂ¡ condenar a ColigaĂ§Ă£o osmarista..

A criminosa super valorizaĂ§Ă£o do real perante o dĂ³lar impede a nossas exportações, estimula as importações e as nossas indĂºstrias fecham as portas


Do Terra


LONDRES, 28 Set 2010 (AFP) -Depois das grandes potĂªncias ocidentais, o Brasil pede a vez na "guerra das moedas", que ameaça as exportações em um contexto mundial mais competitivo do que nunca, onde a China Ă© criticada por sua rejeiĂ§Ă£o em valorizar sua moeda.

O mundo estĂ¡ "em meio a uma guerra de divisas internacional", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citado nesta terça-feira pelo jornal econĂ´mico britĂ¢nico Financial Times.

Para Mantega, o real estĂ¡ entre as vĂ­timas dessa batalha, porque sua apreciaĂ§Ă£o em relaĂ§Ă£o a outras moedas "ameaça a competitividade" do paĂ­s, maior exportador mundial de cafĂ© e aĂ§Ăºcar, para citar apenas alguns produtos.

O Brasil entrou assim em uma briga jĂ¡ confusa, na qual americanos, europeus, japoneses e chineses tentam proteger seus interesses que, em um contexto econĂ´mico ruim, passam pela manutenĂ§Ă£o de sua moeda em um nĂ­vel baixo para ganhar segmentos de mercado.

Neste tenso contexto, o presidente francĂªs Nicolas Sarkozy prometeu impulsionar uma reforma do sistema monetĂ¡rio internacional durante sua presidĂªncia do G20, que começa em novembro, a fim de limitar a volatilidade das taxas de cĂ¢mbio.
Em matĂ©ria de cĂ¢mbio, a felicidade de alguns supõe sempre a desgraça de outros: uma moeda que sobe o faz em detrimento de outra.

A grande batalha atual opõe Estados Unidos e China, acusada por Washington de lentidĂ£o na hora de valorizar o iuane. O Congresso dos Estados Unidos acaba de dar um primeiro passo na direĂ§Ă£o de decidir medidas de retaliaĂ§Ă£o contra a China que permitirĂ£o penalizar suas importações.

Washington declara-se agora disposto a emitir dinheiro para sustentar o crescimento, o que fragilizaria ainda mais o dĂ³lar, enquanto o JapĂ£o vende ienes em massa para proteger suas exportações.

Os europeus estĂ£o Ă  espreita: o euro superou na segunda-feira o teto de 1,35 dĂ³lar, voltando a nĂ­veis que tradicionalmente irritam os paĂ­ses exportadores.

O Brasil, potĂªncia emergente, Ă© afetado por esse jogo de dominĂ³ mundial: o real valorizou-se mais de 30% em relaĂ§Ă£o ao dĂ³lar desde o inĂ­cio de 2009.

No entanto, os analistas lembram que a guerra de moedas nĂ£o Ă© nova.

"As batalhas polĂ­ticas sobre as moedas e a implementaĂ§Ă£o de polĂ­ticas complacentes em todo o mundo foram o motor de um mercado que registrou uma expansĂ£o exponencial durante os Ăºltimos 10 anos", explicou Simon Derrick, do banco BNY Mellon.

Mas em certo momento, essas polĂ­ticas "provocam fraturas no sistema monetĂ¡rio internacional", assegura Neil MacKinnon, economista da VTB Capital.

Sobretudo porque os paĂ­ses emergentes, como o Brasil, nĂ£o dispõem de fundamentos econĂ´micos suficientemente sĂ³lidos para fazer frente ao fluxo de capital exterior vertido por especuladores e que provoca uma apreciaĂ§Ă£o brutal da moeda.

Colocar um pouco de ordem no mercado de moedas, como deseja Sarkozy, tornou-se uma tarefa monumental que alguns estimam ser impossĂ­vel sem um acordo polĂ­tico de alto nĂ­vel.

Segundo um recente estudo do Banco de Compensações Internacionais (BIS), o valor total das transações realizadas diariamente nos mercados mundiais de moedas ronda os 4 trilhões de dĂ³lares, mais que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha.

A desindustrializaĂ§Ă£o em marcha


Por Rodrigo Medeiros/Valor EconĂ´mico

Peso da indĂºstria no PIB cai para 15,5% e volta ao nĂ­vel de 1947

Ha cinco anos, a indĂºstria de transformaĂ§Ă£o perdeu quatro pontos percentuais de peso no Produto Interno Bruto (PIB) - passou de uma participaĂ§Ă£o de 19,2% em 2004 para apenas 15,5% no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE). Esse Ă© menor percentual desde 1947, quando o Brasil ainda era um paĂ­s agrĂ­cola e nĂ£o possuĂ­a nenhuma montadora de automĂ³veis. Naquela Ă©poca, 62 anos atrĂ¡s, a participaĂ§Ă£o foi de 16%.

Nos Ăºltimos cinco anos, a indĂºstria total (incluindo extrativa, construĂ§Ă£o e serviços pĂºblicos), cresceu 17%, bem abaixo da alta de 26% do PIB no mesmo perĂ­odo. NĂ£o Ă© de hoje, contudo, que a indĂºstria vem perdendo espaço na economia brasileira, observa o professor Nelson Marconi, coordenador do curso de graduaĂ§Ă£o da Escola de Economia da FundaĂ§Ă£o GetĂºlio Vargas (FGV) de SĂ£o Paulo.
No trabalho em que analisa a perda de competitividade da indĂºstria brasileira, Marconi observa que o Brasil chegou "muito cedo" a um percentual tĂ£o pequeno de participaĂ§Ă£o da indĂºstria de transformaĂ§Ă£o no PIB. Em outros paĂ­ses, quando a indĂºstria entrou no processo de desindustrializaĂ§Ă£o, a renda mĂ©dia oscilava entre US$ 8 mil e US$ 11 mil, segundo estudos internacionais analisados por Marconi e por Fernando Barbi, doutorando da FGV.

 
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