quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Velhos inimigos, Osmar Dias e Requião usam a farsa para enganar o eleitor do PR

Do blog do Ucho:


Não custa lembrar:



Quem desconhece a história política do Paraná e se depara com os falsos salamaleques que marcam a atual campanha eleitoral acredita que o ex-governador Roberto Requião (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT), candidato ao Palácio Iguaçu, são velhos e inseparáveis amigos. Na verdade, Requião e Osmar são inimigos figadais, mas que por interesses eleitoreiros se entregam a uma farsa descomunal.

Em 2006, quando Roberto Requião e Osmar Dias duelaram pelo governo paranaense, a briga foi muito mais feia nos bastidores do que os incautos imaginam. Nas coxias da disputa sobraram ações sórdidas, muitas delas intimidatórias, que definiram o apertado resultado daquela eleição. Na ocasião, Osmar Dias questionou o fato de um irmão de Requião ter sido proprietário de um luxuoso e caro apartamento em Miami Beach, ao mesmo tempo em que ficou sem saber as razoes que levam o ex-governador a sempre eleger Paris como refúgio.

No contraponto, Roberto Requião ameaçou requisitar à Justiça uma investigação por causa do valor declarado por Osmar na compra da fazenda Lagoa da Prata, em Formoso do Araguaia, no Tocantins. Na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral, o pedetista informou que o preço da referida propriedade rural era de R$ 2,5 milhões, mas o então governador garantiu que o imóvel vale cerca de R$ 30 milhões.

De acordo com as pretéritas declarações de Requião, Osmar Dias tinha o dever de explicar ao povo do Paraná como é possível comprar uma fazenda de propriedade de um banco por um valor muito aquém do que realmente vale. Na ocasião, Requião, que disputava a reeleição, desafiou seu adversário a comprar a referida fazenda pelo valor declarado à Justiça Eleitoral e vendê-la pelo valor de mercado, doando a diferença apurada na transação às Santas Casas do estado.

Impossibilitado de permanecer em silêncio diante de tal acusação, Osmar Dias disse que Requião tentou atingir a sua honra, o que explica as dezenas de processos judiciais por calúnia a que responde o atual candidato do PMDB ao Senado. “Sou filho de agricultor e esta será a minha ocupação quando deixar a política. Já com o Requião será diferente, pois ele sequer tem profissão definida e como pendurou a família no serviço público, terá dificuldades para viver”, declarou o pedetista.

Ao que parece, Requião e Osmar Dias foram acometidos por irreversível amnésia ou se juntaram para transformar o Paraná em um enorme picadeiro. Pela sua importância e pujança, o Paraná merece mais, muito mais. E a aposentadoria de Roberto Requião através das urnas pode ser um bom começo para o estado que é considerado por muitos uma referência nacional.

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