quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Homem usa nome da Provopar para aplicar golpes em Curitiba

Um homem de aproximadamente 40 anos está usando o nome do Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar) para aplicar golpes em Curitiba. O suspeito se apresenta como representante da organização – uma sociedade civil sem fins lucrativos – e vende produtos que não são entregues. A polícia vai fazer um levantamento para saber quantas vítimas já foram lesadas.

Um dos golpes foi aplicado na segunda-feira (21). A vítima foi uma funcionária do setor de limpeza do Liceu de Ofícios Cândido Portinari. O estelionatário se apresentou, dizendo que a Provopar ofereceria um notebook como brinde à coordenadora da unidade. Em seguida, o golpista ofertou produtos eletrônicos e de informática abaixo do preço de mercado. Ele argumentou que a mercadoria havia sido apreendida pela Polícia Federal (PF) e repassada à Provopar para que efetuasse a venda.

Uma faxineira do Liceu pagou R$ 165 como primeira parcela por uma tevê de 40 polegadas. A segunda parte do pagamento seria feita na entrega do aparelho, o que ocorreria ainda na tarde de segunda-feira. O homem, no entanto, não reapareceu e ficou com o dinheiro da vítima.

“Ele conseguiu enganar todo mundo com a conversa. Em nenhum momento, ele deixou dúvida de que ele falava a verdade”, disse a amiga da vítima e também funcionária do Liceu, Michele Maria Fernandes. O caso foi registrado no 11º Distrito Policial (DP).

Unidade especializada neste tipo de golpe, a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedc) informou que vai fazer um levantamento para apurar quantas pessoas já foram lesadas por esta modalidade de crime. Em casos de compras como esta, o delegado Cassiano Aufiero orienta as pessoas a jamais efetuar pagamentos sem a entrega imediata do produto. “Além disso, quando a vantagem oferecida é demais, é bom desconfiar”, sugere. Outra dica é exigir documentação que comprove a ligação da pessoa com a entidade da qual ela alega ser representante.

Em nota, o superintendente da Provopar, Luiz Carlos Scherer Melo dos Reis, esclarece que a organização não tem nenhum funcionário praticando este ato e “não autoriza em hipótese alguma” a venda de materiais recebidos como doação da Receita ou da Polícia Federal diretamente em empresas ou em domicílios. O comunicado ressalta que esses produtos são vendidos exclusivamente na loja oficial da Provopar, no Centro de Curitiba.

Fonte: GP

LONDRINA: GOVERNADOR BETO RICHA ANUNCIA O PROGRAMA PARANÁ COMPETITIVO E INVESTIMENTOS PARA O COMBATE A DENGUE

O governador Beto Richa anuncia nesta quinta-feira (24), em Londrina, o programa Paraná Competitivo, que define a nova política de incentivos fiscais do Estado do Paraná. Serão assinados dois decretos que vão modernizar e flexibilizar a legislação atual, com o objetivo de tornar o Estado mais atraente para investimentos nacionais e internacionais. O anúncio será feito no auditório da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), às 10 horas.

O programa estabelece os porcentuais e os prazos de diferimento do ICMS e cria comitês para analisar caso a caso os benefícios requisitados pelas empresas. A análise será feita com base em critérios como o tipo e o porte do empreendimento, o número de empregos gerados, a capacidade de geração de receita, o ramo de atividade, a localização, o impacto ambiental, entre outros.

DENGUE

O governador Beto Richa e o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, anunciam, nesta quinta-feira (24), às 10h, em Londrina, investimentos para combater a dengue no município. Londrina já notificou 3.624 casos de dengue e confirmou 638. Desses, 22 casos foram classificados como graves (18 de dengue com complicação e quatro de febre hemorrágica da dengue - FHD). O município também confirmou uma morte por dengue neste ano.

ASSEMBLEIA REVISA TODOS OS CONTRATOS E FARÁ NOVAS LICITAÇÕES

Levantamento parcial determinado pelo 1º secretário da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa, deputado Plauto Miró, mostra que 14 dos 35 contratos administrativos que vinham sendo mantidos até a posse da nova Mesa Executiva já estão vencidos. O contrato que apresenta vencimento há mais tempo foi firmado com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em 23 de setembro de 2008, expirou após um ano e permanece sem renovação.

O balanço do número de contratos existentes e da situação de cada um deles faz parte da série de medidas que vem sendo adotada desde a posse da nova Mesa Executiva da Casa, no último dia 1º de fevereiro e que tem o objetivo de dar maior transparência a todos os atos da Assembleia e garantir a qualidade da gestão administrativa.

Plauto Miró (DEM), 1º secretário da Assembleia Legislativa do Paraná e gestor da Casa na atual Mesa Executiva, explica que, a partir dos dados apontados, a Assembleia já está fazendo a revisão de todos os contratos já sem validade. “Em breve, iniciaremos processos licitatórios para contratarmos aqueles que, efetivamente, apresentarem as melhores condições de execução dos serviços e os melhores preços”, explica.

O levantamento mostra que dos 14 contratos vencidos, dez expiraram em dezembro de 2010. É o caso de dois contratos com a Ticcolor Vídeo Foto Som Ltda, para fornecimento de materiais e prestação de serviços fotográficos; um com a Tecniline Telecomunicações e Informática, para manutenção da central telefônica; e outros dois com a Taques Martins & Cia Ltda, contratada para fazer a remoção de detritos e de lixo orgânico.

Também venceu em dezembro do ano passado um contrato com a empresa Leda Comércio de Alimentos Ltda, que autoriza o funcionamento de um restaurante dentro do prédio da Assembleia. Com a mesma empresa também estão vencidos outros dois contratos, um para fornecimento de coffee break e outro para refeições servidas na Presidência e na 1.ª Secretaria, para deputados, autoridades e convidados. Neste último caso, o contrato expirou em janeiro de 2010.

O levantamento também detectou o vencimento há quase dois meses do contrato com a Agapanthus Floricultura Ltda, para serviços de floricultura; com o Centro de Educação Infantil Hora de Aprender que atende os filhos de funcionários da Assembleia; com a Yax – Jardim e Floresta Ltda, contratada para a jardinagem da Assembleia, escola e estacionamentos; e com a Phidellis Indústria e Comércio e Produtos Eletrônicos, contratada para a manutenção e reparos de equipamentos de sonorização.

Outros contratos já vencidos foram firmados com a Copy-Fax Soluções em Cópias Ltda, para serviços de fotocópias e que venceu em setembro de 2010; e com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, expirado em setembro de 2009.

Preços exorbitantes

Com o levantamento foi possível detectar ainda a prática de preços abusivos em alguns fornecimentos contratados pela Assembleia. É o caso do contrato que garantiu a aquisição de latas de refrigerante ao preço de R$ 1,85 a unidade, o dobro do encontrado no comércio. Cabe destacar que a empresa contratada para esse fornecimento atua também no setor de eletroeletrônicos. Registrada com o nome Master Auction Comércio de Eletro-eletrônicos Ltda, a mesma empresa é a contratada para fornecer sucos e água mineral. O valor cobrado: R$ 4,69 por unidade de suco de um litro e R$ 1,31 a garrafa de água de 500 ml.

A licitude de todos os contratos firmados pela gestão anterior será analisada pelo Tribunal de Contas (TC), órgão responsável pela avaliação da prestação de contas de toda a administração pública do Estado.

Licitação

O procurador-geral da Assembleia Legislativa, Luiz Carlos Caldas, ressaltou que a Casa buscará transparência e embasamento legal em todas as ações adotadas, conforme determinação da Mesa Executiva, respeitando inclusive o princípio básico da licitude na administração pública. “Estamos trabalhando por uma filosofia básica, respeitando a lei de licitações. Portanto, os contratos estão sendo revisados e vamos fazer novas licitações”.

Kielse conseguiu as assinaturas necessárias para instalar CPI do Pedágio

Quebra de sigilo bancário-fiscal e bloqueio do caixa de arrecadação das concessionárias de pedágio. Estas são apenas algumas das possibilidades anunciadas pelo deputado estadual Cleiton Kielse (PMDB) ao reunir 29 assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Programa de Concessão de Rodovias no Paraná.
Em discurso realizado durante a Sessão Plenária desta quarta-feira (23), Kielse demonstrou a necessidade da abertura de uma CPI apartidária baseada nas denúncias já divulgadas pelo parlamentar desde o ano de 2008 e investigadas pelo Ministério Público Estadual e Federal.

O objetivo, segundo Kielse e fundamentado nos artigos 136 e 148 da Lei de Licitações e Contratos, é garantir a execução futura das obras credenciadas e declarar ilegais quaisquer mudanças concedidas nos contratos originais dos anos de 2000 e 2002.

“As modificações destes termos aditivos sugerem fortes indícios de improbidade administrativa e condução para lesa-pátria, sendo um dos maiores erros administrativos já vistos. Não existe qualquer homologação dessas mudanças nos Tribunais de Contas nem na Assembleia Legislativa”, destacou.

Para Kielse, chegou a hora dos deputados se unirem e investigarem o tema com seriedade. “Não é um questionamento partidário, quero ajudar o governador Beto Richa a resolver esse problema; sem acordos com essas empresas, mas com investigações. Queremos que as concessionárias venham à Assembleia e expliquem o que aconteceu. Os números são claros. Posso usar como exemplo a retirada do contrato de todas as obras referentes ao contorno de Ponta Grossa, com custo estimado de R$ 41 milhões. Os termos aditivos de 2000 e 2002 são quiçá o maior assalto já visto num Estado brasileiro”, reiterou.

Lucros

Através de tabelas e dados oficiais tornados públicos pelo parlamentar, Kielse demonstrou que as concessionárias de pedágio vêm causando prejuízo diretamente aos paranaenses pela falta de execução das obras de infraestrutura (como duplicações, viadutos, contornos, vias de segurança e trincheiras). Somam-se ainda pontos de deficiência na prestação de contas, como o superfaturamento baseado na arrecadação de aproximadamente R$ 16 bilhões desde 1998 e pouco menos de R$ 2 bilhões de investimentos de retorno.

O mesmo estudo demonstrou os principais pontos do desequilíbrio financeiro das empresas, seus lucros exorbitantes e a base da ilegalidade jurídica decorrente das mudanças que retiraram 1.950 quilômetros de obras e duplicações de rodovias paranaenses.

“Essa Casa, mais do que nunca, deve ter um papel regimental e constitucional para demonstrar todas as irregularidades e proteger os nossos cidadãos. Quero ver essa CPI não como uma pizza enrolada, que pode servir a outros, mas não a mim”, enfatizou Kielse.

A vida após o Capitalismo

Londres – Em 1995 publiquei um livro chamado O Mundo Após o Comunismo ( The World After Communism ). Hoje eu penso se haverá um mundo após o capitalismo.

A questão não é conseqüência da pior crise econômica desde 1930. O Capitalismo sempre viveu crises, e sempre viverá enfrentando-as. Contudo, ele vem do sentimento de que a Civilização Ocidental está crescentemente insatisfeita amparada em um sistema de incentivos que são essenciais para a acumulação da riqueza, mais mina a capacidade de desfruta-la. O Capitalismo pode estar próximo de exaurir sua capacidade de criar uma vida melhor – pelo menos nos paises mais ricos.
Por “melhor”, quero dizer eticamente, não materialmente. Ganhos materiais continuarão, não obstante evidências mostrarem que elas não satisfazem mais as pessoas. Minha insatisfação é com a qualidade da civilização na qual a produção e o consumo de bens desnecessários tornou-se a principal ocupação das pessoas.
Isto não é para denegrir o capitalismo. Isto foi, e é, um sistema soberbo para superar a escassez. Em organizar a produção com eficiência, e dirigi-la no objetivo do bem estar ao contrario do poder, ele tirou uma grande parcela da população do mundo para fora da linha de pobreza.
O que aconteceu a este sistema quando a escassez evolui para a fartura? Ele deve continuar em produzir mais do mesmo, estimulando alegrias, excitação e apetites com novas quinquilharias. Quanto tempo isto poderá durar? Passaremos o século vindouro chafurdando em trivialidades?
A maior parte do século passado, a alternativa ao capitalismo foi o socialismo. Mas o socialismo na sua forma clássica fracassou – como tinha que fracassar. A produção estatal é inferior a produção privada por diversas razões, não apenas por destruir a oportunidade de escolha e variedade. E, desde o colapso do comunismo, não há uma alternativa valida ao capitalismo. Alem do capitalismo, parece, alongar-se a visão do..... capitalismo.
Sempre houve uma grande questão moral acerca do capitalismo, a qual pode ser deixada de lado visto o capitalismo ser tão bem sucedido em gerar riqueza. Hoje, quando já quase temos toda a riqueza de que necessitamos, estamos certos em pensar se custo do capitalismo vale o que ele impôs.
Adam Smith, por exemplo, reconheceu que a divisão do trabalho imporia as pessoas o embrutecimento visto tirar-lhes fora de suas especializações. Embora, reconhecesse que era um preço a pagar – possivelmente compensado pela educação – que valha pagar, visto a expansão do mercado aumentaria o crescimento da riqueza. Isto o tornou um defensor fervoroso do livre comércio.
Os apostolos do comércio livre hoje apresentam o caso como quase da mesma forma como Adam Smith, ignorando o fato de que a riqueza expandiu-se enormemente desde os dias de Adam Smith.Tipicamente, eles admitem que os custos do trabalho livre, mais alegam que os programas de retreinamento e recapacitação prepararão os trabalhadores em novos empregos“de maior valor “.
Isto significa afirmar que mesmo em paises ricos ( ou regiões ) não necessitam mais os benefícios do comércio livre, eles devem continuar a sofrer seus custos.
Defensores do atual sistema alegam: nós deixamos estas decisões para os indivíduos fazerem por eles mesmos. Caso as pessoas desejem sair deste ciclo cruel, elas estão livres para faze-lo. E um número crescente o faz de fato. A democracia, também, significa a liberdade em colocar o capitalismo para fora do escritório.
A resposta é poderosa, porém é ingênua. As pessoas não optam pelo isolamento. Suas escolhas são moldadas pela cultura dominante em suas sociedades. Realmente uma pressão constante ao consumo não leva a nenhum reflexo em preferências? Nós banimos a pornografia e restringimos a violência na TV, acreditando que elas influenciavam negativamente as pessoas, embora acreditemos que a publicidade ao consumo de produtos afeta apenas a demanda e sua distribuição, mas o total?
Defensores do capitalismo algumas vezes argúem que o espírito de adquirir é tão profundamente arraigado na natureza que nada pode elimina-lo. Contudo, a natureza humana é cheia de paixões conflitantes bem como de possibilidades. Sempre foi função da cultura ( inclusive da religião ) encorajar algumas e desestimular outras.
Não obstante, o “ espírito do capitalismo “ adentrou os negócios humanos bem mais tarde na história. Antes dele, os mercados de compra e venda eram balizados por restrições de ordem legal e moral. Uma pessoa que devotasse sua vida a ganhar dinheiro não era tida como um modelo de moralidade. Ganância, avareza e inveja estavam entre os pecados capitais a usura ( ganhar dinheiro pelo dinheiro ) era uma ofensa a Deus.
Somente no século dezoito foi que a ganância tornou-se moralmente respeitável. Atualmente é oconsiderada um Prometeu saudável transformar a riqueza em dinheiro e coloca-lo para fazer mais dinheiro, pois ao faze-lo o individuo esta beneficiando a humanidade.
Isto inspirou o modo de vida americano ( American way of life ), onde o dinheiro fala mais alto. O fim do capitalismo significa simplesmente o fim da urgência em prestar atenção a ele. As pessoas começarão a desfrutar aquilo que elas possuem, ao invés de sempre quererem mais. Pode-se imaginar uma sociedade de proprietários privados da riqueza, cujo objetivo principal é desfrutar vidas saudável, ao invés de transformar sua riqueza em “capital”.
Serviços financeiros encolherão, porque os ricos nem sempre quererão tornar-se mais ricos. Quanto mais e mais pessoas sentirem-se satisfeitas, devemos esperar que o espírito do lucro perca sua aprovação social. O Capitalismo já terá concluído seu trabalho, e a motivação do lucro estará na galeria das coisas passadas.
O descrédito da ganância ocorre somente naqueles paises cujos cidadões têm mais do que necessitam. E mesmo lá, muitas pessoas ainda tem menos do que necessitam. As evidências sugerem que as economias estarão mais estáveis e os cidadões mais felizes se a riqueza e os ganhos forem melhor distribuídos. As justificativas econômicas para maiores desigualdades de ganhos – a necessidade a estimular as pessoas a serem mais produtivas – colapsem quando o crescimento cessar de ser tão importante.
Talvez o socialismo não seja uma alternativa ao capitalismo, mais seu herdeiro. Ele herdará a terra não por retirar dos ricos suas propriedades, mas prover motivos e incentivos por comportamentos que estão desconectados com futura acumulação de riqueza.

Robert Skidelsky é membro da Casa dos Lordes, é Professor Eméritus of Political Economy at Warwick University, autor de uma biografia premiada do economista John Maynard Keynes e membro da Moscow School of Political Studies.

Minuteman: Supremacistas dos EUA torturam e matam imigrantes no deserto

Uma sensação estranha toma conta de quem chega à passagem de San Ysidro. De um lado está a Califórnia, Estado mais rico dos EUA. Do outro, Tijuana, cidade-problema com fama de ser a bomba-relógio do México. Todas as noites, perto dali, um infame jogo de gato e rato ocorre no deserto.

Imigrantes que fogem do implacável controle da fronteira são caçados por membros do Minuteman, milícia de extrema direita que sequestra, tortura e mata latinos que tentam entrar no país. O Estado conversou com alguns protagonistas de uma guerra permeada de violações de direitos humanos na fronteira mais cruzada do mundo. Por razões de segurança, principalmente porque muitos ainda vivem na clandestinidade, a verdadeira identidade dos entrevistados foi omitida.

A vítima mais recente dos abusos é Alfonso Hernández, de 24 anos, filho de imigrantes salvadorenhos, mas nascido nos EUA. Há duas semanas, ele foi sequestrado em uma rua de San Diego por membros do Minuteman. Com os olhos vendados, amarrado e amordaçado, foi jogado em uma van. Em seguida, foi levado para um terreno baldio nos arredores da cidade e brutalmente espancado por homens brancos e uma jovem com sotaque mexicano.

Depois da sessão de tortura, ele recebeu sua sentença de morte. Um dos homens deu a ordem para que a jovem o executasse com golpes de facão. "Não precisa. Ele já está morto", foi a resposta que ouviu, antes de perder os sentidos. Algumas horas depois, com o corpo tomado por hematomas e coberto de sangue, Hernández perambulou como um morto-vivo até chegar a um hospital de San Diego.

Uma semana após o trauma, ele denunciou o caso à ONG Border Angels (Anjos da Fronteira), que presta serviços à comunidade latina e defende os direitos dos imigrantes ilegais. Um dos projetos mais importantes da ONG é levar água para salvar a vida daqueles que se arriscam a cruzar o deserto em busca do sonho americano.

Dar água a um ilegal ou ajudá-lo diretamente, porém, é crime nos EUA. Por isso, os voluntários abandonam os barris em descampados áridos na esperança de que sejam encontrados por grupos de imigrantes a ponto de morrer de sede. Os cilindros são cravados com uma bandeira vermelha para que possam ser avistados de longe - alguns têm uma luz no alto do mastro para serem vistos na escuridão.

Nova Ku Klux Klan. É no momento de maior vulnerabilidade que os milicianos do Minuteman atacam. Na calada da noite, eles caçam os imigrantes e os barris deixados pelos Anjos da Fronteira. No dia seguinte, voluntários da ONG comemoram quando encontram o recipiente vazio, ao lado de vestígios de roupas ou de um bilhete de agradecimento. Algumas vezes, contudo, os tonéis de água aparecem destroçados pelos facões dos supremacistas brancos.

O Minuteman - o nome deriva das milícias que demoravam apenas um minuto para se apresentar à luta contra os britânicos na Guerra de Independência dos EUA (1775-1783) - foi fundado em 2005 para ajudar no policiamento dos 3.200 quilômetros da fronteira com o México.

Um de seus fundadores, Jim Gilchrist, descreve o grupo como uma espécie de "polícia comunitária". Os líderes hispânicos da Califórnia, no entanto, consideram o bando uma nova versão da Ku Klux Klan que se especializou em ataques contra imigrantes latinos.

"Eles são a maior ameaça aos direitos humanos na região da fronteira", diz Isabel. De acordo com ela, o drama dos imigrantes foi desumanizado e é ignorado pela maioria dos americanos, que perderam a dimensão da gravidade do problema.

Intolerância. A indiferença fez Rosana López passar por um drama pessoal no mês passado. Aos 17 anos, ela está desde os 2 nos EUA. Seus pais vieram de Ciudad Juárez, no México, e vivem ilegalmente em Oklahoma City, capital de um dos Estados mais conservadores do país. Filha única, é uma aluna brilhante da Santa Fe South School. Os EUA são o único país que Rosana conhece. Ela fala espanhol, mas prefere o inglês, que aprendeu na escola e com os amigos.

No último domingo de outubro, sua mãe dirigia por uma das principais estradas do Estado. Rosana estava no banco de trás com o pai, que teve um enfarte. Desesperada, pediu ajuda a um patrulheiro, que percebeu que a família estava ilegalmente nos EUA. Os pedidos de socorro foram solenemente ignorados pelo policial, que impediu que seu pai fosse enviado para um hospital. "Vamos resolver isso aqui e agora", repetia.

Desesperada, ligou para o 911 (número de emergência nos EUA) e chamou uma ambulância. Assim que a equipe médica chegou ao local, o policial percebeu que havia passado dos limites. O pai foi salvo e graças a uma decisão judicial a família ainda vive em Oklahoma.

A Santa Fe South está carregada de dramas parecidos com o de Rosana. A maioria dos alunos - cerca de 80% - é de origem hispânica, principalmente de mexicanos que fugiram da violência do outro lado da fronteira. "O estresse e a pressão pelos quais passam essas crianças são insuportáveis", afirma Chris Brewster, superintendente da escola. "O maior medo é voltar para a casa e não encontrar os pais, que podem ser presos e deportados a qualquer momento."

Tráfico de crianças. No total, apenas na passagem de San Ysidro, fronteira de San Diego com Tijuana, 43 pessoas são deportadas diariamente. Em todo o país, foram 392 mil deportações no ano passado - incluindo crianças. O destino delas é sombrio. São enviadas a albergues, orfanatos ou acabam parando no Sistema Nacional para o Desenvolvimento Integral da Família (SNDIF), órgão do governo mexicano encarregado de prestar assistência social a menores e devolvê-los à família. Pelo menos na teoria.

O SNDIF é um das agências estatais mais corruptas do México. Para reforçar a caixinha, é comum que funcionários vendam as crianças e muitas acabam nas mãos de narcotraficantes. Para evitar que elas virem mercadoria, as escolas americanas têm um plano de emergência para mantê-las no país - a maioria é orientada a buscar a casa de amigos ou a igreja local.

"É como um procedimento padrão, como em caso de incêndio. Caso os pais sejam deportados, todos sabem o que devem fazer, para onde têm de ir", disse Brewster. Esse tipo de caso é mais comum do que se imagina. Em San Diego, Julián Flores, de 7 anos, envolveu-se em uma briga de escola. Mas, em vez de ser levado à direção do colégio, foi parar na polícia. Os agentes de imigração foram notificados e ele acabou nas mãos do SNDIF.

Desilusão. Os que conseguem sobreviver à pressão e às operações da imigração chegam aos 17 anos com um dilema: o que fazer após o ensino médio? Muitos são alunos brilhantes, dedicados, mas continuam ilegais e sem acesso à universidade. Após a formatura, a maioria abandona os estudos e aceita trabalhos dos mais humildes, limpando quartos de hotel, lavando pratos ou servindo mesas de bar.

A história de Leslie Muñoz, hoje com 20 anos, teve um fim que já se tornou regra na região. Em 2007, ao voltar para casa, não encontrou seus pais, que haviam sido deportados para o México. Aos 16 anos, ela teve de abandonar a escola e foi obrigada a se emancipar para cuidar dos três irmãos mais novos.

"Existem centenas de histórias semelhantes. Estamos cuidando de casos de soldados de origem hispânica que estão lutando no Afeganistão enquanto seus pais estão sendo presos e deportados aqui", diz Pedro Ríos, diretor do American Friends Service Committee, que ajuda imigrantes ilegais.

Uma das críticas mais duras de Ríos é em relação à militarização da fronteira. "Isso só piorou a situação. Muitos, que antes voltavam regularmente para o México, agora ficam definitivamente nos EUA. Aqui, viram alvo fácil da extrema direita, principalmente do Minuteman."

Ativista neofascista anti-imigração é condenada à morte por assassinato de mexicanos nos EUA

Uma ativista anti- imigração do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, foi condenada à pena de morte por assassinar dois membros de uma família de mexicanos, entre eles uma menina de 9 anos, em 2009.

Shawna Forde, de 43 anos, é a líder do grupo americano Minutemen American Defense, cujos membros armados patrulham a fronteira dos Estados Unidos com o México para deter imigrantes ilegais.

Ela organizou e participou da invasão da casa do mexicano Raul Flores, de 29 anos, para roubá-lo.

No entanto, o assalto deu errado e Flores foi morto com um tiro, assim como sua filha de 9 anos, Brisenia.

A mãe da menina, Gina Gonzales, também foi alvejada, mas sobreviveu e identificou os assaltantes.

Forde foi condenada por assassinato em primeiro grau, tentativa de assassinato e roubo.

`Justiceiros´

Durante o julgamento, o júri que condenou Forde ouviu que Brisenia Flores pediu que os assaltantes não atirassem nela, mas foi atingida com um tiro na cabeça.

Forde e dois homens vestidos de policiais invadiram a casa da família Flores em Arivaca, que fica 16 quilômetros ao norte da fronteira mexicana.

Aparentemente, a mulher acreditava que encontraria drogas no local, e planejava vendê-las para financiar seu grupo.

Shawna Forde criou um grupo de "justiceiros da fronteira", como se auto definem, depois de ser expulsa da organização Minutemen Civil Defense Corps, um grupo de voluntários que monitoram a fronteira para informar à Guarda da Fronteira americana sobre a entrada de imigrantes.

Albert Robert Gaxiola e Jason Eugene Bush, apontados como cúmplices no assassinato, devem ir a julgamento ainda este ano.

Segundo um correspondente da BBC, as mortes chocaram muitas pessoas no Arizona, apesar do forte sentimento anti-imigração que existe na região.

Fonte: BBC

Vale a pena ler

Neofascismo em cena: O avanço conservador norte-americano eo caso da National Alliance
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2008_FIGUEIREDO_Tatiana_Silva_Poggi_de-S.pdf

Polícia entra em confronto com manifestantes durante greve geral na Grécia


A polícia e manifestantes entraram em choque perto do Parlamento de Atenas, na Grécia, nesta quarta-feira.

Mais de 30 mil pessoas, entre trabalhadores e estudantes, participaram de um protesto na capital grega contra as medidas de austeridade do governo.

A polícia disparou gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que atiravam pedras e bombas de gasolina.

A Grécia enfrenta uma greve geral de 24 horas nesta quarta-feira que paralisou boa parte do transporte público e cancelou mais de cem voos no país.

Muitas escolas estão fechadas e os hospitais reduziram o atendimento. Pequenas empresas e lojas também aderiram à greve.

Cerca de 30 mil pessoas participaram de protesto em Atenas

Esta é a primeira grande manifestação de trabalhadores em 2011 na Grécia, enquanto o governo do país implanta o plano de austeridade com cortes de empregos. O plano foi fechado seguindo os termos do acordo fechado em 2010 para o país receber ajuda internacional e sair da crise econômica.

Em maio o país recebeu uma ajuda financeira de 110 bilhões de euros (cerca de R$ 250 bilhões) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE).

Depois de receber esta ajuda, o governo do primeiro-ministro socialista George Papandreou iniciou o corte de gastos e aumento de impostos para reduzir suas dívidas.

Uma série de greves gerais ocorreram na Grécia em 2010 enquanto o governo do país iniciava a implantação do plano de austeridade que ainda vai durar vários anos.

Em 2011 o governo iniciou um esforço especial para combater a sonegação de impostos, apontada como uma das causas do déficit.

O governo grego informou que espera que a economia encolha 3% em 2011.

Fonte: BBC

UE aguarda retorno de europeus para impor sanções contra a Líbia


A União Europeia decidiu nesta quarta-feira preparar sanções contra o governo de Muamar Khadafi, da Líbia, em resposta à violenta repressão dos protestos populares que tomam conta do país desde a semana passada.

Em uma reunião de emergência, o Comitê Político e de Segurança da UE - formado pelos embaixadores europeus em Bruxelas - pediu que seus especialistas estudem as medidas concretas adequadas para a situação.

Segundo fontes diplomáticas, isso deverá acontecer depois que o bloco finalizar a repatriação dos cerca de 10 mil europeus que se encontram na Líbia, para evitar que esses cidadãos possam sofrer algum tipo de repressão.

As sanções europeias contra países que violam os direitos humanos costumam incluir o bloqueio de bens de ocupantes de altos cargos governamentais ou de empresas próximas ao governo, além da suspensão de vistos e do embargo à comercialização de armamentos.

As medidas sugeridas terão que ser aprovadas pelos governos de todos os países membros da UE antes de entrar em vigor.

Clique Leia mais na BBC Brasil: EUA avaliam com ONU adoção de sanções contra a Líbia

Imigração

Na quinta-feira, os ministros do Interior do bloco vão discutir o problema da imigração causado pela crise na Líbia. Eles devem decidir como agir diante do risco de uma entrada em massa de imigrantes ilegais nos países costeiros do continente.

Por enquanto, a UE suspendeu as negociações com a Líbia para um acordo de cooperação desenhado para fortalecer as relações comerciais entre ambas partes, principalmente no setor energético.

Nesta quarta-feira, uma porta-voz da Comissão Europeia (braço Executivo da UE) também afirmou que todos os países do bloco suspenderam a concessão de licenças para a exportação de armas à Líbia devido aos recentes eventos.

Segundo um balanço anual da UE divulgado em janeiro, os dados mais recentes, relativos a 2009, indicam que nesse ano os europeus concederam ao país norte-africano um total de 343 milhões de euros (cerca de R$ 779 milhões) em licenças para compra de armas, que estariam sendo utilizadas pela polícia e o exército líbios.

A maioria são armas de pequeno porte, produtos químicos para a dispersão de manifestações, e equipamentos eletrônicos capaz de bloquear serviços de comunicação como telefones celulares, Internet e GPS, de acordo com o balanço anual.

Fonte: BBC

Pressionado, Khadafi luta pelo controle do oeste da Líbia


O líder líbio Muamar Khadafi está tentando manter o controle na capital, Trípoli, e em áreas no oeste da Líbia, à medida que manifestantes consolidam posições no leste e estrangeiros fogem do país.

A maior parte da capital está deserta, com forças aliadas a Khadafi patrulhando as ruas. Mas houve relatos de distúrbios em cidades no oeste, como Misurata, Sabratha e Zawiya.

No leste, manifestantes celebram a tomada de controle em várias cidades. Enquanto isso, milhares de estrangeiros continuam a fugir, e há caos no aeroporto de Trípoli.

Ao menos 300 pessoas morreram na Líbia em conflitos entre manifestantes contrários a Khadafi, há mais de 40 anos no poder, e forças leais ao líder líbio.

Trípoli

Uma testemunha em Trípoli afirmou que muitos moradores esperam que manifestantes e soldados desertores cheguem do leste do país para ajudá-los.

O governo enviou uma mensagem de texto convocando funcionários e outros trabalhadores às suas atividades, mas muitas pessoas têm medo de sair à rua.

Um morador de Trípoli disse: “Espero que os moradores não compareçam ao trabalho – esta pode ser uma forma de protesto pacífico. Ficaremos todos em casa por período indefinido”.

Houve relatos de um ataque a uma fila de pessoas numa padaria no distrito de Fashloum, onde houve forte repressão militar, com três mortos.

Ainda segundo relatos, dois navios de guerra foram posicionados em frente à cidade. Um morador disse à BBC que médicos viram homens armados atirando em pessoas em hospitais.

Cidades controladas

O repórter da BBC Paul Danahar, que está do lado tunisiano da fronteira com a Líbia, diz que relatos não confirmados indicam que várias cidades entre a divisa e Trípoli foram dominadas por forças contrárias ao governo, mas que as estradas da região continuam controladas por forças leais a Khadafi.

Segundo o site noticioso Quryna, soldados foram enviados a Sabratha, no oeste, após manifestantes incendiarem prédios governamentais.

Outros relatos dão conta de que manifestantes assumiram o controle de Misurata, cidade a 200 km ao leste de Trípoli, após dias de confrontos.

Manifestantes controlam também as cidades entre a fronteira egípcia e Ajdabiya, a 800 km ao leste de Trípoli.

O site Quryna diz que um avião de combate líbio caiu próximo a Ajdabiya após dois pilotos se recusarem a bombardear Benghazi, cidade onde se iniciaram os confrontos na Líbia, e se ejetarem.

Moradores e militares desertores criaram vários comitês de defesa, inclusive um que protege bases de mísseis nos arredores de Tobruk, no leste.

Em um discurso transmitido pela TV estatal na terça-feira, Khadafi descartou a possibilidade de renúncia e disse que morrerá no país "como um mártir".

Ele afirmou ainda que “covardes e traidores” estavam tentando mergulhar o país no caos e alertou que, se fosse necessário, usaria a força, mas de acordo com a lei internacional.

Debandada

Enquanto os confrontos se acirram, estrangeiros tentam deixar a Líbia. Governos de vários países estão enviando balsas, aviões e navios para resgatar seus cidadãos.

Na terça-feira, cinco brasileiros foram retirados do país norte-africano em um avião da Força Aérea portuguesa. Já o Itamaraty informa que negocia o resgate, entre quinta e sexta-feira, de 183 brasileiros que estão em Benghazi.

A retirada será feita por um navio contratado pela construtora Queiroz Galvão. O destino da embarcação deve ser a Grécia ou Malta.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, há entre 500 e 600 brasileiros na Líbia, a maioria residentes. Todos estão bem, de acordo com o Itamaraty.

Nesta quarta-feira, duas balsas da Turquia conseguiram retirar cerca de 3 mil de seus cidadãos de Benghazi, onde vive um grande número de turcos que trabalham para empresas de construção. As embarcações contaram com a escolta de uma fragata.

Holanda, França, Itália e Grécia estão organizando voos de evacuação, mas alguns deles ainda não receberam autorização para pouso. A Grã-Bretanha está planejando fretar um avião para seus cidadãos, além de posicionar um navio de guerra próximo à costa da Líbia.

Fonte: BBC

Mulher presa sob escombros na Nova Zelândia se despede dos filhos e dá entrevistas pelo celular

Uma australiana presa sob os escombros de um edifício desabado após o terremoto desta terça-feira em Christchurch, na Nova Zelândia, conseguiu ligar para os filhos para se despedir e chegou a dar entrevistas à mídia local para pedir ajuda antes que a bateria de seu celular acabasse.

A mulher de meia idade, identificada como Ann Voss, disse ter sobrevivido ao tremor ao buscar refúgio debaixo de sua mesa no escritório onde trabalhava , no edifício Pyne Gould Guinness.

“Fui para debaixo da mesa (quando o tremor começou) e o teto caiu sobre a mesa. Estou apertada aqui debaixo, não consigo me movimentar”, disse ela à TV Seven Network.

No escuro e com um ferimento na mão, ela disse que a experiência estava sendo “absolutamente aterrorizante”.

Voss é uma das cerca de 300 pessoas que as autoridades neozelandesas acreditam estarem ainda presas sob os escombros de construções desabadas em Christchurch.

Na manhã desta quarta-feira, o resgate da australiana chegou a ser anunciado pela mídia local, mas pouco depois se descobriu que a mulher chamada Anne retirada dos escombros do mesmo edifício era outra pessoa.

Limite

“Há pouco tempo pensei que tinha chegado ao limite, que era tchau Ann, mas consegui me mover um pouco e respirar um pouco melhor, porque não estava conseguindo respirar, não tinha ar”, disse Voss a outro canal neozelandês, o TV 3.

“Agora tenho um pouco mais de ar, estou mais contente”, disse.

Ela contou ainda ter deixado uma mensagem de despedida no celular do filho e ter falado com a filha, numa situação descrita por ela como “horrível”.

“Minha filha estava chorando, e eu estava chorando, porque realmente pensei que tinha acabado ali. Mas você precisa dizer a eles que os ama, não?”, disse.

A mulher disse ainda estar com um sangramento na mão, que ela acredita ter sido atingida por estilhaços de vidro ou pedaços do piso.

'Não vou desistir'

Ela contou ter se comunicado com um dos colegas do escritório, Jim, batendo em sua mesa, mas que não havia escutado nada de uma outra colega que estava no local na hora do terremoto.

“Eu fico batendo na mesa e Jim bate de volta. Espero que ele me escute. Espero que alguém saiba que eu estou aqui”, disse.

“Não tenho ideia do que aconteceu com o prédio. Não consigo ver nada e estou presa debaixo da minha mesa. Não posso ver nada, está tudo escuro”, relatou.

“Vou aguentar aqui. Mas de vez em quando sinto outro tremor e penso: ‘O que vai acontecer?`. Vou ficar bem, vou aguentar”, disse.

“Não vou desistir. Tenho que esperar agora. Já passei por tudo isso. Vou me manter acordada, espero que eles venham me resgatar”, afirmou.

Segundo o diário australiano Sydney Morning Herald, o filho de Voss, Robert, de 31 anos, que vive em Melbourne, teria viajado na manhã desta quarta-feira a Christchurch para acompanhar as operações de resgate da mãe.

Fonte: BBC

Brasil teve déficit externo recorde para janeiro

O Brasil abriu o ano com o maior déficit em transações correntes desde dezembro de 2009 e o pior resultado para o janeiro da história, refletindo a crescente demanda por bens e serviços importados em meio a um cenário de crescimento econômico e câmbio valorizado.

Os investimentos estrangeiros diretos, apesar de superiores ao estimado pelo Banco Central, não foram suficientes para cobrir o déficit em transações correntes --conta que mede as principais trocas do país com o resto do mundo. Mas as aplicações dos estrangeiros em carteira garantiram o financiamento do saldo.

O déficit em transações correntes ficou em 5,409 bilhões de dólares no mês passado, ante um saldo negativo de 3,821 bilhões de dólares em igual mês de 2010, informou o Banco Central nesta quarta-feira.

"A gente continua tendo um déficit em transações correntes porque a gente cresce mais do que o mundo, o mundo está disposto a financiar a gente neste momento", afirmou Jankiel Santos, economista-chefe do BESI Brasil.

"Em uma eventual reviravolta é ruim você ter déficit em transação corrente? É, mas não quer dizer que você não consiga fazer frente a isso, principalmente com 300 bilhões de dólares de reservas --para mim não é uma fonte de preocupação", acrescentou o analista.

O déficit da conta de serviços aumentou 89 por cento em janeiro frente a 2010, para 2,351 bilhões de dólares.

Apenas em viagens internacionais, os gastos dos brasileiros somaram 1,741 bilhão de dólares, maior valor da série do BC, que tem início em 1947. A conta inclui ainda as despesas de empresas em itens como seguros, aluguel de equipamentos e fretas, todas em ascensão.

As remessas de lucros e dividendos por parte dos investidores e empresas também mais do que dobrou no primeiro mês do ano frente a 2010, chegando a 1,879 bilhões de dólares.

O déficit externo só não aumentou mais porque as exportações brasileiras também cresceram frente ao ano passado, e o país fechou janeiro com um superávit comercial de 424 milhões de dólares, ante um déficit de 180 milhões de dólares em janeiro de 2010.

Analistas de mercado apostavam em um déficit em conta corrente de 5,7 bilhões de dólares em janeiro, segundo a mediana de pesquisa feita pela Reuters junto a 12 instituições. Em dezembro de 2009, a conta corrente foi deficitária em 5,950 bilhões de dólares. O BC previu que, em fevereiro, o déficit será de 3 bilhões de dólares.

INVESTIMENTOS

Os investimentos estrangeiros diretos no país somaram 2,956 bilhões de dólares no primeiro mês do ano, ante 600 milhões de dólares em janeiro de 2010 e 1 bilhão de dólares acima do estimado pelo BC há um mês.

Para fevereiro, o BC projetou um fluxo de investimento direto de 7 bilhões de dólares. Caso se confirme, o valor será recorde para o mês.

"Os fluxos prenunciam um período favorável para o IED", afirmou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacando que no início do ano os investimentos tendem a vir ainda em volume menor do que o observado no restante do ano.

Os investimentos em carteira chegaram a 3,375 bilhões de dólares no mês passado, frente a 3,689 bilhões de dólares um ano antes. Em janeiro houve saída líquida de 470 milhões de dólares das aplicações em renda fixa no país, ainda em resposta ao aumento da taxação sobre esses investimentos, de 2 para 6 por cento, segundo o BC.

Fonte: Reuters

Medo assola Trípoli e Gaddafi perde controle do leste da Líbia


Milhares de líbios celebraram a libertação da cidade de Benghazi do controle de Muammar Gaddafi, apesar dos rumores de que o líder teria enviado um avião para fazer um bombardeio contra os revoltosos.

Mas a tripulação se ejetou do avião depois da sua decolagem em Trípoli, a capital, e o aparelho acabou caindo a sudoeste de Benghazi, segunda maior cidade do país, segundo relato de uma fonte militar ao jornal local Quryna.

Trípoli e o restante do oeste líbio continuam sob o domínio de Gaddafi, e moradores da cidade disseram estar com muito medo de milícias pró-governo e, por isso, evitam sair de casa desde um discurso em que o ditador ameaçou usar a violência contra manifestantes, na noite de terça-feira.

Até mil pessoas já morreram desde que a revolta começou na Líbia, cerca de uma semana atrás, disse o chanceler italiano, Franco Frattini, enquanto governos do mundo todo se apressam para retirar seus cidadãos.

Autoridades, militares e diplomatas previamente leais a Gaddafi parecem estar abandonando o líder, no poder desde 1969. Um pequeno avião líbio impedido de pousar em Malta na quarta-feira levava uma filha de Gaddafi, disse a TV Al Jazeera.

O preço do petróleo ultrapassou os 110 dólares por barril, refletindo o receio de que o caos se espalhe para outros países produtores e afete o fornecimento. Mas fontes do setor disseram que petroleiros carregados conseguiram deixar os portos líbios nas últimas 24 horas.

MERCENÁRIOS

Um oficial da Força Aérea líbia em Benghazi, major Rajib Faytouni, disse ter visto até 4.000 mercenários chegando à cidade, berço da revolta contra Gaddafi, em aviões de transporte militar entre os dias 14 e 16 de fevereiro.

"Por isso nos voltamos contra o governo. Isso e o fato de que havia uma ordem de usar aviões para atacar pessoas", disse ele ao jornal britânico Guardian.

Hossam Ibrahim Sherif, diretor do centro de saúde de Benghazi, disse à Reuters que cerca de 320 pessoas foram mortas na cidade.

Grande parte do leste do país, importante região produtora de petróleo, está agora nas mãos dos rebeldes. Uma prisão vazia estava em chamas em Benghazi, e as pessoas soltavam rojões e buzinavam para celebrar o fim da violência dos últimos dias.

O canal britânico Sky News exibiu imagens de mísseis antiaéreos no que disse ser um quartel abandonado perto de Tobruk, também no leste.

Países que mantêm relações comerciais intensas com a Líbia se empenham em retirar milhares de cidadãos seus, especialmente depois de um trabalhador turco ser morto em uma construção perto da capital, segundo autoridades de Ancara.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o uso da violência e pediu punição aos responsáveis por abusos contra civis.

A Grã-Bretanha disse estar pressionando as autoridades líbias a reabrirem um aeroporto militar a fim de ajudar nas retiradas, e propôs uma resolução do Conselho de Segurança que condene mais formalmente a violência.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está muito preocupado com os cidadãos norte-americanos na Líbia, segundo a Casa Branca, e avalia a possibilidade de sanções da ONU a Trípoli.

A França se tornou o primeiro país a defender abertamente esse recurso. "Eu gostaria da suspensão das relações econômicas, comerciais e financeiras com a Líbia até segunda ordem", disse o presidente Nicolas Sarkozy.

Gaddafi mobilizou tropas a oeste da capital para tentar conter a revolta que começou no leste, onde muitos soldados desertaram.

Em Tobruk, o general Soliman Mahmoud al Obeidy disse à Reuters que Gaddafi não é mais confiável. "Tenho certeza de que ele cairá nos próximos dias", afirmou.

O líder líbio, que já foi muito respeitado pela população do país apesar do seu regime repressor, convocou uma grande manifestação de apoio na quarta-feira, mas apenas cerca de 150 pessoas foram à praça Verde, no centro de Trípoli, levando a bandeira líbia e o retrato de Gaddafi.

A maioria das ruas esteve quase deserta, e alguns poucos cafés pareciam ser os únicos negócios em funcionamento, apesar do apelo do governo pela volta da população ao trabalho, enviado aos assinantes das duas estatais de telefonia celular.

"Muita gente está com medo de sair de casa em Trípoli, e atiradores pró-Gaddafi estão vagando por aí, ameaçando quaisquer pessoas que se reúnam em grupos", disse o tunisiano Marwan Mohammed, que cruzou a fronteira de volta para o seu país.

Estima-se que 1,5 milhão de estrangeiros estejam na Líbia a trabalho ou de passagem, e que um terço da população de 7 milhões seja de imigrantes da África Subsaariana. Testemunhas descreveram cenas caóticas durante a tentativa de partida.

Fonte: Reuters

Com Palocci no Planalto, ortodoxos voltaram a ganhar força


A decisão da presidenta Dilma Rousseff de promover um corte cirúrgico de 50 bilhões no Orçamento da União confirma que os tecnocratas neoliberais estão com a bola toda no início do novo governo. Eles já bombardearam a proposta de aumento real do salário mínimo, aplaudiram a decisão do Banco Central de elevar a taxa de juros e, agora, festejam os cortes nos gastos púbicos. Tudo bem ao gosto das elites rentistas e para delírio da mídia do capital, que agora decidiu bajular a nova presidenta.

Na justificativa para o corte dos gastos, o ministro Guido Mantega, tão duro contra o sindicalismo na questão do salário mínimo, mostrou-se dócil diante do “deus-mercado”. Sem meias palavras, ele afirmou: “Nós estaremos revertendo todos os estímulos que fizemos para a economia brasileira entre 2009 e 2010... Nós já estamos retirando esses incentivos e agora falta uma parte deles que estão sendo retirados do Orçamento de 2011, que são os gastos públicos, que ajudaram a estimular a demanda”.

Numa linguagem empolada, típica de quem esconde as maldades, Mantega argumentou que “este ajuste, esta consolidação fiscal, possibilitará que nós alcancemos o superávit primário” – outro termo que causa orgasmos nos banqueiros e rentistas. A União, explicou o ministro, já teria reservado “quase R$ 81,8 bilhões” somente para o pagamento dos juros – isto é, o dobro dos investimentos orçamentários destinados ao Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC (de R$ 40,15 bilhões).


Os seus efeitos poderão ser dramáticos, inclusive para a popularidade da presidenta Dilma. De imediato, as medidas de elevação dos juros e redução dos investimentos representam um freio no crescimento da economia e, conseqüentemente, na geração de emprego e renda.


Além de reduzir o papel do Estado como indutor do crescimento, o corte drástico de R$ 50 bilhões no Orçamento da União terá impacto nos serviços públicos prestados à população. O governo já anunciou a suspensão dos concursos para a contratação de novos funcionários e protelou a nomeação de 40 mil servidores aprovados em seleções anteriores. Para Maria Thereza Sombra, diretora da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursados, estas medidas levarão ao “estrangulamento da máquina”.

Empolgado com a retomada de alguns dogmas neoliberais, O Globo diariamente dá manchete às medidas de “ajuste fiscal” do ministro Mantega. Na edição de 10 de fevereiro, o jornal festejou: “O corte de R$ 50 bilhões nas despesas do Orçamento de 2011 deixará alguns ministérios a pão e água”. No estratégico Ministério da Ciência e Tecnologia, por exemplo, o corte previsto é de R$ 1,3 bilhão. Até o sistema de vigilância ambiental, alardeado após a tragédia carioca das chuvas, corre sério risco de ser enterrado.

Como se observa, as perspectivas no início do governo da presidenta Dilma Rousseff são preocupantes. Ainda é cedo para se fazer qualquer avaliação mais conclusiva, taxativa. Mas há indícios de que as velhas teses ortodoxas voltaram a ganhar força no Palácio do Planalto, sob o comando do todo-poderoso ministro Antonio Palocci. Na prática, a opção por retomar a desgastada ortodoxia neoliberal, com aumento dos juros e cortes dos investimentos, evidencia a força da ditadura financeira no Brasil.

Esta opção, porém, não tem nada de racional sob o ponto de vista dos trabalhadores. Foram exatamente as medidas heterodoxas de estímulo ao mercado interno que evitaram que o país afundasse na crise mundial que abala o capitalismo desde 2008. Nas eleições de 2010, o povo votou na continuidade e no avanço do modelo econômico de desenvolvimento e não na regressão à ortodoxia neoliberal.

Fonte: Altamiro Borges

Plano Diretor Multimodal vai melhorar logística da Região Metropolitana de Curitiba

O Plano Diretor Multimodal de Curitiba, que envolve dez municípios da região metropolitana, foi apresentado ao secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, durante reunião no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O novo projeto viário, cujo termo de referência já está no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília, prevê a implantação do contorno ferroviário, com a retirada dos trilhos da região central e o aproveitamento do traçado para a integração viária e logística da região metropolitana.

O secretário destacou que o novo plano diretor de Curitiba foi feito com a participação de várias prefeituras da região metropolitana. Richa Filho lembrou a importância da implantação do desvio ferroviário para o projeto de expansão da nova linha da Ferroeste, de Guarapuava até o Porto de Paranaguá.

PLANO – O projeto começou como desvio ferroviário e evoluiu para o plano multimodal, com a participação do Governo do Estado, conforme explicou Luiz Hayakawa, funcionário do Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e administrador da regional da Matriz. Segundo ele, a coordenação do plano deve ser estadual, uma vez que é um projeto que afeta toda a região.

A proposta do Plano Diretor contempla alternativas em dois grandes troncos (Leste e Oeste), com a integração dos modais ferroviário, rodoviário, cicloviário, aeroportuário e portuário. A integração do contorno ferroviário com o aeroporto daria condições à futura exploração de trens turísticos entre o Porto de Paranaguá e o Aeroporto Afonso Pena.

Por outro lado, segundo Hayakawa, a retirada de trilhos e dos pátios ferroviários de dentro de Curitiba permitirá implantar grandes centros de integração multimodal abrangendo a Linha Verde, a Linha Leste-Oeste, o eixo Avenida das Torres-Aeroporto e a transferência do terminal metropolitano do Guadalupe para a atual rodoferroviária.

O projeto contempla a construção da terceira pista do Aeroporto Afonso Pena e a interligação de regiões como Barreirinha e Parque Iguaçu pelo complexo de transporte, que unirá os principais parques ambientais da cidade e o zoológico, com a possibilidade de exploração turística. O traçado ferroviário a ser desativado daria lugar a ciclovias metropolitanas.

INTEGRAÇÃO - Segundo o Ippuc, a urbanização das áreas ocupadas atualmente pela linha férrea revitalizará grandes áreas da cidade, promovendo a valorização imobiliária e expansão de projetos da Cohab, além de permitir ligações transversais do transporte coletivo. O plano propiciará maior integração de bairros como o Cajuru e o Tarumã e facilitará o acesso ao autódromo de Pinhais.

Outra alternativa estudada é a implantação de transporte coletivo com energias alternativas, aproveitando o gás metano produzido nos aterros sanitários, estrategicamente localizados ao longo do atual traçado do trem. Segundo o estudo do Ippuc, o Plano Diretor Multimodal beneficiará diretamente mais de 630 mil moradores de Curitiba. Além do Ippuc e vários órgãos do município de Curitiba, contribuíram com o estudo as prefeituras de Almirante Tamandaré, Pinhas, São José dos Pinhais, Araucária, Piraquara, Colombo, Campo Largo, Campo Magro e Rio Branco do Sul.

Sanepar vai investir R$ 25 milhões em Ponta Grossa e em Telêmaco até 2013

A Sanepar vai investir, até 2013, R$ 25 milhões em obras para ampliar os sistemas de água e de esgoto dos municípios atendidos pelas regionais de Ponta Grossa e Telêmaco Borba. O anúncio foi feito na noite de terça-feira (22) pelo presidente da empresa, Fernando Ghignone, durante reunião em Ponta Grossa com lideranças políticas e empregados que atuam em 11 municípios daquela regional. Nesta quarta-feira (23), Ghignone teve encontro com funcionários de 13 municípios da região de Telêmaco Borba.

A cidade de Ponta Grossa já conta com 100% da população urbana atendida com água tratada e 83% com os serviços de coleta e de tratamento do esgoto. Quando as obras – no valor de R$ 20,5 milhões – forem concluídas, o índice de cobertura chegará a 92%.

Em Telêmaco Borba, onde todos os moradores da área urbana também recebem água da Sanepar, 72% são atendidos com coleta e tratamento de esgoto. Após a realização dos investimentos anunciados, o índice saltará para 80,33%.

As reuniões integram o programa de visitas que a diretoria está fazendo a todas as 19 regionais do Estado. Além de anunciar os investimentos, o presidente da Sanepar tem conversado com os empregados sobre a descentralização administrativa que será implantada na empresa, com a criação de gerências gerais nas cidades de Maringá, Ponta Grossa e Cascavel.

Estas gerências, a exemplo das já existentes em Londrina e Curitiba, atuarão de forma descentralizada e com autonomia para atender com mais agilidade às necessidades dos municípios, dos empregados e das áreas operacionais. “Estamos adotando a filosofia de portas abertas. Queremos nos aproximar das prefeituras, dos empregados e dos públicos relacionados aos negócios da Sanepar”, enfatizou Ghignone, que viaja acompanhado de diretores da companhia.

O prefeito de Telêmaco Borba, Eros Danilo Araújo, disse que é uma satisfação ver este compromisso de aproximação com os municípios. “Estamos satisfeitos com os serviços que a empresa presta em nossa cidade. Telêmaco tem crescido acima da média do Estado e a Sanepar tem conseguido nos atender muito bem”, avaliou. O prefeito também elogiou a criação da gerência-geral em Ponta Grossa, porque vai proporcionar mais rapidez no atendimento das demandas dos municípios.

A agente técnica administrativa Solmariane Machinski de Souza, que trabalha na Sanepar em Castro desde 2002, conversou com Ghignone e aprovou o encontro. Ouviu e foi ouvida. “Todos merecem ser escutados porque a Sanepar é uma só. Gostaria de elogiar a iniciativa do presidente, que está buscando o diálogo com todos”, afirmou.

O empregado Eder de Lima, agente técnico de operação, desde 2003 em Sengés, disse que o presidente repassou informações claras sobre a empresa. Esta aproximação - disse Eder - motiva as pessoas a melhorar o desempenho no trabalho.

AGENDA - Até agora, a diretoria da Sanepar havia visitado as regionais de Foz do Iguaçu, Cascavel, Toledo, Campo Mourão Umuarama, Paranavaí, Maringá, Londrina, Arapongas, Apucarana e Cornélio Procópio. Os próximos encontros serão em Guarapuava e no Litoral.

Nas reuniões anteriores, Ghignone também anunciou a atuação da empresa em novos mercados, como drenagem urbana e gestão dos resíduos sólidos.

A Regional de Telêmaco Borba atende os municípios de Ortigueira, Imbaú, Reserva, Cândido de Abreu, Telêmaco Borba, Tibagi, Ventania, Carambeí, Arapoti, Piraí do Sul, Castro, São José da Boa Vista, Sengés.

Os municípios atendidos pela Unidade Regional de Ponta Grossa são Prudentópolis, Ivaí, Ipiranga, Guamiranga, Imbituva, Irati, Inácio Martins, Teixeira Soares, Fernandes Pinheirinho, Palmeira, Porto Amazonas.

Defesa Civil auxilia desalojados pelas chuvas em União da Vitória

A Defesa Civil Estadual e o Provopar encaminharam alimentos para as famílias afetadas pelas cheias do Rio Iguaçu, em União da Vitória, no sul do Estado. A entrega de 50 cestas básicas começou na semana passada e foi concluída nesta quarta-feira (23), pela Defesa Civil municipal. Junto com as cestas foram doados galões de água e caixas de leite para as 25 famílias retiradas do local alagado.

Todas as famílias desalojadas pela enchente foram deslocadas para o pavilhão do Parque de Exposição de União da Vitória. O local é utilizado com frequência como abrigo pela prefeitura, pois é equipado com utensílios de cozinha, lonas de separação, colchões e banheiros.

“A Defesa Civil do município realiza a retirada e acomodação das famílias ribeirinhas, quando o rio ultrapassa o seu nível normal. Temos a preocupação de oferecer condições básicas a esses cidadãos e auxiliar no que for preciso”, explica o coordenador da Defesa Civil local, Marcos Teixeira.

De acordo com Teixeira, o nível do Rio Iguaçu é elevado com chuvas fortes na sua nascente, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Também colaboram com o aumento do volume de água os 180 pequenos rio que desaguam no Iguaçu, até União da Vitória. Teixeira afirma que o nível das águas está a 42 centímetros acima do nível máximo normal – de 4,86 metros

Fernanda Richa apresenta metas e programas da Secretaria da Família para as Equipes Regionais

A secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, apresentou nesta quarta-feira (23), em Curitiba, durante encontro com as equipes regionais da área, o plano de governo para os próximos quatro anos e as metas estabelecidas para o primeiro semestre deste ano. No encontro também foi apresentada a nova estrutura da secretaria.

“Este é um momento muito importante para todos nós. É a oportunidade de conhecermos um pouco mais sobre o que cada um faz em sua região e também para debatermos as diretrizes da nossa administração nos próximos quatro anos”, disse Fernanda.

O evento, promovido pela diretoria geral da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social (SEDS), contou com a participação de diretores, coordenadores, técnicos e assistentes sociais que atuam nas 12 equipes regionais da antiga Secretaria Estadual da Criança e Juventude, agora incorporada à SEDS. Também participaram da reunião os representantes dos escritórios regionais da Secretaria Estadual do Trabalho e Promoção Social, que reúne 18 unidades de atendimento e profissionais que atuam na área na assistência social e segurança alimentar.

Segundo a diretora geral da SEDS, Letícia Codagnone, este primeiro contato com as equipes será fundamental no processo de implantação da secretaria. “O fortalecimento das equipes regionais será fundamental para o apoio e para a orientação técnica aos 399 municípios, assim como na implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e da segurança alimentar no Estado do Paraná”, explica.

Para o coordenador do escritório regional de Cianorte, o encontro permitiu um conhecimento maior sobre as necessidades de cada região. “Isso vai facilitar muito o nosso trabalho, pois será a oportunidade de expor as dificuldades e os desafios que cada região apresenta”, disse Sidnei Rodrigues de Souza.

OBJETIVOS – A secretária Fernanda Richa apresentou as principais propostas do governo na área de desenvolvimento social, entre os quais destacam-se o Programa Família Paranaense (destinado a melhorar as condições de vida das famílias com maior grau de vulnerabilidade social), as Redes Regionais de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade; a Rede Solidária de Acolhimento a Mulheres em Situação de Violência Doméstica e a Rede Solidária para Moradores de Rua. Outro objetivo é o número de equipes regionalizadas de 12 para 22.

Cobrado pelo Planalto, Orlando Silva abrirá sindicância

Cobrado pelo Planalto, o ministro do Esporte, Orlando Silva, informou na terça-feira (22) que vai abrir sindicância para apurar suspeitas de irregularidades no programa Segundo Tempo, reveladas em reportagens do jornal O Estado de S. Paulo desde o último domingo.

Em entrevista no Palácio do Planalto após encontro para discutir a proposta da criação da Autoridade Pública Olímpica (APO) com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, Orlando Silva disse estar seguro de que não ocorreram danos aos cofres públicos. “Determinamos que uma equipe do ministério investigue todas as denúncias”, afirmou o ministro. “Eu diria que merecem a atenção todas as informações divulgadas na imprensa e nosso papel é apurar e punir.”

A uma pergunta sobre os convênios do ministério com entidades ligadas a representantes do PCdoB, partido ao qual é filiado, Orlando Silva respondeu que não discrimina ninguém. “Não pesquisamos a filiação dessas pessoas”, afirmou. “Não perguntamos a vinculação política. Existe neste país liberdade política partidária. O que não pode é usar critérios políticos para escolher as entidades.”

As reportagens do jornal O Estado de S. Paulo mostraram como o ministro entregou o programa Segundo Tempo a entidades sem fins lucrativos ligadas ao PCdoB. A reportagem visitou convênios fechados em São Paulo, Piauí, Santa Catarina, Distrito Federal e Goiás e identificou entidades fantasmas, núcleos fictícios, desvio de merenda, entre outras irregularidades.

Fonte: AE

 
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