quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

UE aguarda retorno de europeus para impor sanções contra a Líbia


A União Europeia decidiu nesta quarta-feira preparar sanções contra o governo de Muamar Khadafi, da Líbia, em resposta à violenta repressão dos protestos populares que tomam conta do país desde a semana passada.

Em uma reunião de emergência, o Comitê Político e de Segurança da UE - formado pelos embaixadores europeus em Bruxelas - pediu que seus especialistas estudem as medidas concretas adequadas para a situação.

Segundo fontes diplomáticas, isso deverá acontecer depois que o bloco finalizar a repatriação dos cerca de 10 mil europeus que se encontram na Líbia, para evitar que esses cidadãos possam sofrer algum tipo de repressão.

As sanções europeias contra países que violam os direitos humanos costumam incluir o bloqueio de bens de ocupantes de altos cargos governamentais ou de empresas próximas ao governo, além da suspensão de vistos e do embargo à comercialização de armamentos.

As medidas sugeridas terão que ser aprovadas pelos governos de todos os países membros da UE antes de entrar em vigor.

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Imigração

Na quinta-feira, os ministros do Interior do bloco vão discutir o problema da imigração causado pela crise na Líbia. Eles devem decidir como agir diante do risco de uma entrada em massa de imigrantes ilegais nos países costeiros do continente.

Por enquanto, a UE suspendeu as negociações com a Líbia para um acordo de cooperação desenhado para fortalecer as relações comerciais entre ambas partes, principalmente no setor energético.

Nesta quarta-feira, uma porta-voz da Comissão Europeia (braço Executivo da UE) também afirmou que todos os países do bloco suspenderam a concessão de licenças para a exportação de armas à Líbia devido aos recentes eventos.

Segundo um balanço anual da UE divulgado em janeiro, os dados mais recentes, relativos a 2009, indicam que nesse ano os europeus concederam ao país norte-africano um total de 343 milhões de euros (cerca de R$ 779 milhões) em licenças para compra de armas, que estariam sendo utilizadas pela polícia e o exército líbios.

A maioria são armas de pequeno porte, produtos químicos para a dispersão de manifestações, e equipamentos eletrônicos capaz de bloquear serviços de comunicação como telefones celulares, Internet e GPS, de acordo com o balanço anual.

Fonte: BBC

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