terça-feira, 24 de abril de 2012

O metrô de Curitiba é realidade




"O Brasil tem que investir em metrôs. Damos hoje um grande passo na construção da mobilidade sustentável. Escolhemos projetos consistentes em conjunto com prefeitos e governadores, que são quem conhece a realidade local"
Dilma

"Curitiba sai na frente de todas as cidades brasileiras neste processo. Além disso, a modelagem da PPP prevê que as empresas recebam após a obra entregue, o que dá a garantia de que o metrô será construído no tempo previsto ou até mesmo antes do prazo. Quanto antes acabar a obra, antes começará a operar e antes as empresas receberão pelos serviços", 
Luciano Ducci.

O Palácio do Planalto confirmou que o repasse das verbas para o metrô de Curitiba será feito apenas quando o sistema de transporte estiver em operação. O anúncio foi feito no final da manhã desta terça-feira (24), pela presidente Dilma Rousseff, durante a assinatura da inclusão da capital paranaense e outras cidades no Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC Mobilidade Grandes Cidades). As verbas do governo do Paraná e da prefeitura também serão repassadas apenas no final das obras.
O governo federal vai liberar R$ 1 bilhão, a fundo perdido (sem necessidade de devolução do dinheiro), para a construção do metrô de Curitiba. A solenidade contou com a presença da presidente e do prefeito Luciano Ducci, além de autoridades de outras cidades contempladas pelo programa.
Uma conta será aberta na Caixa Econômica Federal, que vai receber o recurso da União. O dinheiro ficará, dessa forma, protegido da inflação. Somente quando o metrô estiver em funcionamento, a verba será liberada em parcelas. O recurso do governo do Estado do Paraná também passará pelo mesmo processo.
O prefeito de Curitiba informou ainda que o montante de responsabilidade do município vai ser retirado dos cofres públicos, sem necessidade de empréstimos. O dinheiro do poder público do município não será depositado na conta bancária.
Com a confirmação da verba federal, na quinta-feira (26) a prefeitura vai divulgar no Diário Oficial do município uma minuta do edital para a licitação do metrô. Uma audiência pública está prevista para o próximo dia 15 de maio, para decidir os detalhes da licitação. A previsão da prefeitura é que as obras do metrô comecem ainda no segundo semestre de 2012. O término dos trabalhos está previsto para 2016.
Custo
O valor total das obras em Curitiba foi revisado pela prefeitura para R$ 2,33 bilhões. Antes, a obra estava orçada em R$ 2,25 bilhões. A capacidade diária de passageiros da primeira fase das obras (Linha Azul) também foi alterada – de 400 mil para 475 mil.
De acordo com a prefeitura da capital paranaense, apesar da revisão do valor, não haverá adicionais no dinheiro repassado pelo governo federal, cujo montante já estava decidido desde outubro de 2011.
O acréscimo será obtido com outras formas de captação de recursos, como empréstimos, verbas da prefeitura, recursos da Parceria Público Privada (PPP) e investimento do governo estadual do Paraná.
Estações
O aumento na capacidade do metrô também não significa, de acordo com a prefeitura, que haverá mudanças no projeto. O sistema de metrô de Curitiba não será alterado e terá 25 trens, com cinco vagões cada um, conforme o anúncio feito em outubro do ano passado. A Linha Azul contará com 13 estações e ligará a Cidade Industrial, na região sul do município, à Rua das Flores no centro. (GP)


Piola reage com força a possibilidade da Executiva Estadual do PT intervir na decisão de candidatura própria em Foz do Iguaçu




.
Espero que o bom senso prevaleça e a Executiva Estadual do PT mantenha, amanhã, candidatura própria em Foz do Iguaçu.

Vergonha. Golpistas do PT, a mando de alguns, tomaram partido de assalto, em Foz. Vamos denunciar vendilhões e pedir intervenção nacional.


Indígenas desafiam fronteiras e se unem contra grandes obras na América Latina


Desafiando as fronteiras nacionais, indígenas de países latino-americanos estão se articulando de forma inédita na oposição a obras que afetam seus territórios e a políticas transnacionais de integração.
Com o auxílio de tecnologias modernas e de conexões históricas, índios de diferentes grupos têm buscado unificar posições em organizações internacionais como ONU e a OEA (Organização dos Estados Americanos). Experiências bem-sucedidas por toda a América Latina em disputas com governos e empresas também vêm sendo compartilhadas.
"Nossos problemas são praticamente idênticos aos dos indígenas dos outros países", diz ele à BBC Brasil."Estamos mapeando todas as conquistas dos nossos parentes (povos indígenas) no continente para aproveitarmos as experiências deles aqui no Brasil", afirma Marcos Apurinã, coordenador-geral da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira).
Essa aproximação tem sido liderada pelas grandes organizações indígenas nacionais e por movimentos regionais, como a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica), que agrega grupos do Equador, Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
Além de manter as organizações filiadas informadas sobre disputas envolvendo indígenas nos países membros, a Coica tem promovido encontros entre seus integrantes.
Nas reuniões, discutem-se, entre outros temas, formas de pressionar os governos a demarcar territórios, como recorrer a organismos internacionais para fazer valer os direitos indígenas e o impacto de grandes obras nas comunidades tradicionais.
"Nos preocupa a nova forma de desenvolvimento conhecida como economia verde. Entendemos isso como um esforço para a exploração dos recursos naturais nos territórios indígenas", diz à BBC Brasil Rodrigo de la Cruz, coordenador técnico da Coica.
Cruz cita algumas obras que considera dramáticas para indígenas na América Latina: no Brasil, a hidrelétrica de Belo Monte; na Bolívia, a construção de estrada que atravessaria o parque nacional Tipnis; no Equador, a exploração petrolífera na Reserva Faunística Yasuní; no México, a estrada Bolaños-Huejuquilla; e na América Central, o Projeto Mesoamérica (integração de redes elétrica e de transporte do México à Colômbia).
Todas as obras acima são ou foram objeto de protestos de indígenas. E, como parte delas afeta povos tradicionais em mais de um país, também entraram na pauta dos encontros entre índios de regiões fronteiriças.

Obras transnacionais

A reportagem da BBC Brasil esteve na divisa com o Peru, onde índios dos dois lados têm se reunido para tratar dos efeitos de uma série de obras destinadas a ampliar a integração binacional nos próximos anos.
A primeira delas – a rodovia Interoceânica, que liga o noroeste brasileiro a portos peruanos no Pacífico – saiu do papel em 2011 e trouxe, segundo os indígenas, vários problemas à região, como desmatamento e mineração ilegal.
Jaime Corisepa, presidente da Federação Nativa do Rio Madre de Dios e Afluentes (Fenamad), principal movimento indígena do Departamento (Estado) peruano de Madre de Dios, diz temer um agravamento das condições caso os próximos projetos de integração saiam do papel. Um deles é o acordo energético que prevê a construção de seis hidrelétricas no Peru para abastecer o mercado brasileiro.
Protestos de índios contra o acordo fizeram o governo peruano suspendê-lo e anunciar que ele só vigorará após as comunidades tradicionais serem consultadas, conforme determina a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Laços históricos

A articulação entre povos indígenas dos países amazônicos também é facilitada por fatores históricos. Marcela Vecchione, consultora da Comissão Pró-Índio (CPI) do Acre, diz que as fronteiras na região foram definidas conforme critérios econômicos e não levaram em conta as comunidades presentes, que, em muitos casos, foram divididas pelos limites nacionais.
Ao longo de várias décadas, segundo ela, esses povos mantiveram relação intensa com os dos países vizinhos, cruzando as fronteiras livremente. Com a demarcação de terras indígenas pelos governos nacionais nas últimas décadas, porém, esse fluxo migratório foi reduzido, embora muitos povos binacionais (ou até trinacionais, em alguns casos) mantenham alianças por meio de casamentos e relações de parentesco com índios de países vizinhos.



É o caso dos manchineri, que vivem na região da divisa Brasil-Peru. São comuns os casos de índios desse grupo que passam parte do ano em um país e o resto, no outro.
Geraldo Manchineri, que vive em uma aldeia indígena no Peru, sempre visita os parentes do lado brasileiro – a reportagem da BBC Brasil o encontrou numa praça em Brasileia (AC).
Segundo Ricardo Verdum, doutor em Antropologia pela Universidade de Brasília, os povos indígenas começaram a se articular em encontros internacionais nas décadas de 1960 e 1970, quando países africanos e asiáticos lutavam para se livrar do jugo europeu. A evolução do diálogo resultou na Convenção 169 da OIT, de 1989, e na Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de 2007.
Ele diz, porém, que o grande desafio dos movimentos é fazer com que os países que subscreveram os documentos os respeitem.
Para isso, segundo Verdum, nos últimos anos, a articulação entre indígenas (especialmente na América Latina) tem se intensificado e ganhado contornos mais institucionais, com a criação de órgãos para fazer frente às políticas dos Estados nacionais.
"Hoje, eles estão bem mais atentos, buscando se organizar de forma politicamente autônoma", afirma à BBC Brasil.
Verdum diz esperar que, em alguns países, esse processo enseje a criação de Parlamentos dos Povos Indígenas, órgãos que seriam vinculados ao Poderes Legislativos nacionais e serviriam para a elaboração de políticas específicas para os índios.

Conferências virtuais

Além de dialogar sobre desafios comuns em reuniões internacionais, indígenas latino-americanos têm usado a internet para alinhar posições sobre temas que não necessariamente envolvam grandes obras ou conflitos com governos.
Tashka Yawanawá, líder da Associação Sociocultural Yawanawá, que atua no Acre, mantém um blog (awavena.blog.uol.com.br) e usa a internet para fazer videoconferências com povos de países vizinhos.
Nos últimos dias, ele diz ter conversado pelo Skype com índios peruanos sobre como as comunidades tradicionais podem se beneficiar dos "serviços ambientais" que prestam (como o plantio de ervas medicinais ou a preservação ambiental em seus territórios). O tema foi debatido em encontro recente nas Filipinas.
Segundo Tashka, a humanidade hoje vive "numa aldeia global em que tudo está conectado".
"Hoje os povos indígenas não podem mais fugir do homem branco, da tecnologia. Temos que nos atualizar, nos preparar para encarar esse novo mundo." (BBC)

CPI pede indiciamento de diretores do Ecad


Superintentente e membros da diretoria devem ser indiciados; deputados falam em ‘cartel’ e pedem nova lei

SÃO PAULO – Oito diretores do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – o Ecad – devem ser indiciados, incluindo a superintendente da instituição, Glória Braga. No relatório final da CPI do Ecad, os deputados falam em crime de falsidade ideológica, apropriação indébita, agiotagem e crime contra a ordem econômica.
Segundo os deputados, os documentos e depoimentos colhidos pela CPI “revelam, à exaustão, que a Assembléia Geral do Ecad transformou-se em uma confraria de lesa cultura, cujas decisões, tomadas sem critérios e sem transparência, eliminam o elemento negocial na fixação de preços pela utilização dos direitos autorais”.
Serão indiciados Glória Braga, superintendente do Ecad, e os diretores de sete associações de direitos autorais que compõem o Ecad, como Roberto Mello (Abramus), José Antônio Perdomo Corrêa (diretor da UBC) e Denis Lobo (presidente da SBACEM).
“Dirigir o ECAD se tornou um negócio rentoso”, disseram os deputados. “A entidade criou três modalidades de Plano de Participação nos Resultados (PPR), que beneficiam sobretudo os gerentes. O Ecad é uma associação civil que, em tese, não deveria dar lucros (nem, por óbvio, distribui-los a seus diretores). O uso abusivo dos PPRs drenam, especialmente para a gerência, recursos que deveriam ser destinados aos titulares de direitos autorais. Até em ano em que o ECAD apresenta déficit financeiro há distribuição de PPR”.
Cartel. Segundo os deputados, a atual Lei de Direitos Autorais (9610-98) apenas deu ao Ecad o monopólio sobre a arrecadação e a distribuição. “A fixação de preços pelas músicas, por exemplo, bem como o custo da taxa de administração de cada entidade, deveriam ser estabelecido livremente, por cada entidade”.
O relatório fala em “confraria do Ecad”, que “seria elogiável se não prejudicasse os titulares de direitos autorais e os usuários de músicas”.
“A gestão coletiva no Brasil negligencia o fato de que os direitos autorais são bens imateriais, negociável no mercado. Ainda que guarde especificidades, os direitos autorais submetem-se às leis de defesa da concorrência e de proteção ao consumidor”, disseram os deputados.


Eles também dizem que, no início, o Ecad foi uma “grande conquista” que “depois se degenerou”. O relatório associa a atuação do Ecad e as associações que o compõem a um cartel. “Voltado para seu próprio umbigo – e para os interesses de seus controladores e dirigentes – o Ecad transmudou-se em cartel, pernicioso para a ordem econômica brasileira, e muito distante do que reivindica a classe artística, protagonizando toda sorte de desvios e ilícitos”, diz o relatório.
“Há, portanto, prática de infração da ordem econômica perpetrada pelo ECAD e pelas associações credenciadas, de forma a caracterizar violação aos arts. 20 e 21 da Lei de defesa da concorrência (Lei nº 8.884/94)”, analisam os deputados.
Para a CPI, há a necessidade de uma “profunda reforma no sistema de gestão coletiva de direitos autorais”. Os deputados também querem que o Ecad fique subordinado ao Ministério da Justiça.
Os deputados propuseram cinco eixos para orientar as mudanças na área: transparência (para deixar claras as obrigações das entidades de gestão coletiva), eficiência (técnica e econômica), modernização (associações serão reoganizadas e reestruturadas), regulação (do Ministério da Justiça) e fiscalização (com a obrigação de prestar contas ao governo).
A CPI também pede que o Ministério Público do Rio de Janeiro investigue a diretoria do Ecad e que o governo federal trate a ‘dimensão dos direitos autorais’ como “estratégica para a política cultural, nos planos plurianuais, projetos e ações”, além de dar prioridade na aprovação da Reforma da Lei de Direitos Autorais. Há também um projeto de lei para estabelecer uma regulação para a gestão coletiva de direitos autorais.

Marco Cito, homem forte no grupo do Barbosa neto, é acusado de subornar vereador em Londrina

Policiais do GAECO prenderam o ex-secretário do governo Barbosa Neto, Marco Cito, no início da tarde desta terça-feira (24). 

Ele teria oferecido propina ao vereador Amauri Cardoso (PSDB) para votar contrário à abertura de Comissão Processante (CP) nesta tarde na Câmara. O valor seria de R$ 40 mil. O suborno foi comunicado pelo vereador ao GAECO e o flagrante então foi armado. 

O representante do Coprelon, Ludovico Bonato também foi detido e levado à sede do Ministério Público. Os dois foram ouvidos pelo delegado Alan Flore. 

Bonato teria levado o dinheiro para Amauri Cardoso e foi preso em flagrante. O vereador tucano, que presta depoimento nesta tarde, confirmou ao portal Bonde a tentativa de suborno e chamou Bonato de "peixe pequeno". 

Cito não foi algemado, e chegou ao local acompanhado do advogado João Gomes. Ele foi secretário do governo Barbosa Neto, ocupando a secretaria de Gestão Pública e secretaria de Governo. No início do mês, ele deixou o cargo para coordenar a campanha de Barbosa à reeleição. (Bonde)

Do face de Luciano Ducci: Dilma acaba de assinar portaria para o financiamento do Metrô



Dia muito especial! Presidente Dilma acaba de assinar portaria garantindo R$ 1 bilhão para o metrô. Amanhã vamos começar processo de licitação como prevê a lei. Volto para Curitiba com a certeza que vamos ter o maior investimento da história da cidade numa unica obra.

DELTA: Obra do DNIT na BR-163, rodovia que corta o Paraná , sob suspeita de superfaturamento


Ailton Santos/O Paraná
Obra iniciou em julho de 2011 e só vai acabar em julho de 2013 

Rondon - A Delta Construções, que está sendo investigada por suspeita em fraudes de crimes licitatórios e superfaturamento de obras em alguns estados brasileiros, vai receber até julho de 2013 R$ 115 milhões do Ministério dos Transportes pela execução de melhorias em uma rodovia administrada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) na região Oeste, na BR-163 entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra.
As investigações geram suspeitas também nos serviços que estão sendo feitos pela Delta no trecho de 63 quilômetros. Segundo o Dnit, esses recursos são empregados na substituição do pavimento, implantação de acostamentos em 45 quilômetros, 12,7 quilômetros de terceiras-faixas, duplicação de 5,4 quilômetros e adequação/construção de três interseções no segmento.
Ocorre que o valor que vai ser pago por isso daria para duplicar, por exemplo, 46 dos 90 quilômetros da BR-277 entre Medianeira e Cascavel, obra orçada em R$ 2,5 milhões por quilômetro. Transferido à BR-163 e considerando esse mesmo valor, seria possível duplicar 73% do percurso entre Rondon e Guaíra. Considerando custos do percurso que de fato será duplicado ainda restariam para os demais serviços mais de R$ 100 milhões.
O montante é de R$ 45 milhões a mais do que o utilizado para a duplicação de toda a BR-467 entre Cascavel e Toledo, que custou cerca de R$ 70 milhões. Para recuperar aproximadamente 65 quilômetros da BR-163 entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques, a mesma construtora está recebendo da União, em outro processo licitatório, R$ 5,4 milhões.
Considerando as acusações contra a empresa de Carlos Cachoeira, o volume financeiro destinado a essa obra e comparação feita com outras, o Observatório Social do Paraná vai pedir explicações. Na próxima semana, o órgão solicitará formalmente informações ao Ministério dos Transportes e à Superintendência Regional do Dnit  no Paraná. “Sabemos que existe uma CPI tramitando no Congresso sobre esse assunto, mas cada órgão fiscalizador deveria acompanhar como estão as obras em cada uma das regiões e é o que vamos fazer no Paraná, nesse trecho em específico”, conta o presidente do Observatório Social do Paraná, Sir Carvalho.
O presidente do Observatório reforça que isso não é uma acusação contra a Delta e ao processo licitatório, mas de todo modo o Ministério Público Federal será acionado. “Não sabemos as condições geográficas dessa região para a realização das obras, mas é por isso que vamos pedir informações”, reforça Carvalho.

Possível paralisação

Na BR-163 as máquinas estão em pleno vapor e têm mais 14 meses para concluir os serviços, mas a situação gera dúvidas na região. Na semana passada, o consórcio que realiza as reformas no Maracanã afirmou que a Delta estava deixando o grupo. A informação não foi confirmada pela empresa. A Delta foi questionada por O Paraná sobre os riscos de interrupção de outras obras, caso ela decida de fato abandonar os serviços no maior estádio do País, e a resposta da assessoria de imprensa foi a seguinte:  “A Delta Construção não comentará a apuração da repórter. A determinação da empresa é concentrar seus esforços na defesa de seu nome, de sua reputação e de sua história”.

Debatendo o futuro de Tupã



UM PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO:

Para que o município de Tupã, o que para nós não é uma mera estatística sobre a estagnação das pequenas e médias cidades, possa sair da atual situação de desesperança e construir de forma contínua e harmônica o seu projeto estratégico de desenvolvimento , para fazê-lo é imprescindível ouvir a todos os setores da sociedade, que serão permanentemente organizados em um fórum de debates, o Instituto de Desenvolvimento.

Este processo tem de envolver desde os sindicatos de trabalhadores e demais segmentos populares organizados, como ao empresariado, como também as faculdades e demais instituições envolvidas com o  repasse do saber.

Temos de articular melhor os segmentos industriais na busca desde as fontes de matéria prima em conjunto até na conquista de novos mercados externos, por que Tupã se ressente de um grupo empresarial mais organizado na área da indústria.

Sob o ponto de vista empresarial em Tupã fica muito claro que mais de 80% das empresas é micro ou pequena, então são elas que têm de serem valorizadas.
Diferentemente das grandes empresas, das quais os recursos do movimento financeiro feito em Tupã vai embora para gerar desenvolvimento nas grandes cidades de onde elas vêm, o lucro destas micros e pequenas ficam aqui,  é na cidade que na maior parte estes são reinvestidos.

 Em Tupã a Prefeitura é um dos maiores compradores e deveria privilegiar as empresas realmente locais, assim impedindo que o dinheiro arrecadado com os nossos impostos vá embora.

A ACIT tenta ter um bom desempenho, mas ele ocorre mais na área comercial do que na industrial. Ela atua de forma meio isolada dos outros segmentos, tanto do poder público como da estrutura de geração do saber. Ela deveria ter parcerias firmadas em cima de projetos estratégicos com todos estes segmentos, incluindo os dos trabalhadores assalariados.

 Urge a necessidade de Tupã criar um Instituto Público para implementar estratégias de desenvolvimento.
Temos de implementar este Instituto o mais rápido possível, se for possível já partir do ano que vem.
Entre as suas funções estaria planejar o desenvolvimento sócio econômico a curto, médio e longo prazo; servir enquanto estrutura de apoio para os novos projetos de investimentos na indústria, no comércio e em qualquer outro setor de empreendedorismo; atuar na formação de mão de obra qualificada e desenvolver novas propostas de tendências de desenvolvimento.

Não existe mais espaço no mercado para as pessoas investirem somente pelos seus instintos, de abrir uma empresa acreditando apenas na sua percepção pessoal.

 Temos de ter indicadores, com um levantamento completo de qual é o perfil ideal de investimento para determinado tipo de segmento, onde deve ser instalado, qual a demanda, quais são os gargalos, como isso pode se operacionalizar de forma técnica para orientar justamente esse investidor que coloca seu dinheiro no mercado financeiro, especula e poderia estar gerando emprego, renda e pagando tributos à população.

Grande parte da ampliação do mercado de trabalho que irá ser gerada é porque as indústrias e demais empresas locais serão apoiadas com cursos de gerenciamento nas áreas de administração marketing e planejamento, o que gerará desenvolvimento.

 Para gerar novos e bons empregos precisamos planejar estrategicamente a longo prazo, pois para que isto ocorra temos de ter projetos táticos de curto e médio, já que nenhuma mudança mais profunda ocorre de imediato.

Para o que queremos ocorra temos de envolver toda a comunidade, especialmente a ACIT, e todas as entidades de classe, em um gigantesco trabalho de planejamento e desenvolvimento econômico para os setores industrial urbano, agroindustrial, comercial e o de serviços.
Temos de criar mecanismos de estímulo à criação de novas empresas com capital local como também a captação de empresas de pequeno e médio porte que aqui queiram se instalar, pois elas geram muitos empregos e se fixam na cidade com  a perspectiva de crescer junto com ela.
Temos de estabelecer projetos para as indústrias que aqui estão no que se refere à ampliação de seus negócios.

Apesar da crise internacional e que por causa desta tenhamos alguns percalços, estamos vivendo um bom momento econômico no Brasil e na cidade isto não se refletiu, tanto que a geração de empregos ficou estagnada. 

Por falta de opções de trabalho melhor remunerado, Tupã continua a perder um grande contingente de sua população, lamentavelmente entre os com maior qualificação profissional, nossa maior riqueza.

 Por falta de de médias empresas nossa arrecadação de ICMS perde para vários municípios, até menores, nas proximidades.

Em termos de recebimento de verba federal e estadual também perdemos para muitos municípios vizinhos melhor representados e articulados. Isso mostra que infelizmente nossa economia não apenas está estagnada, como também retrocedendo, o que não é bom para nós, porque o poder público acaba não tendo verba suficiente para desenvolver projetos sociais, culturais, na área de saúde, e o próprio desenvolvimento da cidade.

Para se ter uma idéia do nosso grau de estagnação econômica é só analisar o nosso PIB per capta com os das cidades vizinhas, pois segundo dados do IBGE/2003 o Produto Interno Bruto de Tupã era de R$ 6.632,58 e os de Bastos R$ 27.551,01, Iacri R$ 11.906,07 e Herculândia R$ 8.392,14, o que para nós, do ponto de vista do que um dia foi Tupã, é uma vergonha.

 O eleito terá que unir todos os demais segmentos e travar a luta maior que é fazer a todos em um único projeto vestirem a camisa de Tupã.

O empresariado industrial fugiu e foge de Tupã porque quando aqui pensa em se instalar tem de passar por um “balcão de negócios”, onde as condições apresentadas não lhes são estimulantes.

Temos de mandar uma nova mensagem aos empresários e aos industriais da cidade e aos de fora que aqui queiram se instalar:

 Tupã mudou, tem um novo prefeito e uma cidade que almeja se organizar em busca do desenvolvimento e está se preparando para que isto seja uma realidade.
Temos que criar este Instituto para planejar e executar de forma estratégica um novo ciclo de desenvolvimento de potencialidades, pois uma das questões que mais nos atrapalham e sempre atrapalharam é a descontinuidade nos projetos de um governo para outro.
 Quando um novo prefeito assume traz consigo uma grande quantidade de novas pessoas, muitas sem nenhuma experiência de como gerir a máquina pública, que somadas a uma Câmara ausente de debates e atrelada ao poder executivo gera o caos da falta de idéias pelo não aprofundamento das questões que tanto nos interessam.

Tupã não precisa continuar crescendo territorialmente: precisa desenvolver quem já está aqui, precisa dar valor a quem já está aqui, alguns vivendo momentos positivos, pois também do ponto de vista econômico temos algumas empresas locais inovadoras e pujantes, tal qual a do Stort entre tantas outras.

A realidade de Tupã não está enquanto um todo positiva, muito pelo contrário.

 A troca de função da cidade de Tupã, que já foi “capital do café”, “capital do algodão”, capital do amendoim, etc. de repente mudou para prestação de serviço e outros segmentos da economia e isto feito de forma  desplanejada está empobrecendo a cada dia mais a cidade fazendo com que exista um cordão de pobreza de mão-de-obra desqualificada e marginalizada por não conseguirem empregos, pois para que estes trabalhadores possam se colocar no mercado teria de ter havido qualificação.

 Ficar atraindo indústria para cá a esmo não dá, temos de ter claro um projeto de desenvolvimento, o que queremos do ponto de vista de um desenvolvimento econômico ecologicamente sustentável, de quantos postos de trabalho serão gerados e que estes sejam ocupados pela mão de obra local, e que caso seja necessário está seja formada aqui.

O que movimenta o comércio local é a renda gerada aqui. As pessoas precisam ter bons salários e a cidade tem de aumentar as ofertas destes melhores empregos senão, não tem o crescimento da atividade comercial.

 Vamos dar toda a importância e apoio aos empresários que estão aqui e os que quiserem se instalar. Estes incentivos em médio prazo irá ajudar a oferecer melhore oportunidades trabalho aos tupaenses.

Claro que a Prefeitura tem que ter política de incentivo a todo o empresariado, mas não é investindo esse recurso na iniciativa privada para que alguém lucre diretamente com isso, mas sim investindo em educação técnica, em formação profissional, como na ampliação do parque comercial e industrial e da sua estrutura de apoio.

O que pretendemos para desenvolver os setores produtivos e a consequente geração de empregos em uma economia sustentável pode ser conseguido com o apoio da prefeitura na busca destes por acessos as linhas de crédito do BNDES, BB, etc., que possuem juros menores e prazos de pagamentos maiores. Outro caminho passa pelo estabelecimento de convênios com o Governo Federal e o BNDES para o desenvolvimento de projetos cooperativos, já que verbas para isso não faltam, o que falta é a vontade política dos governantes municipais, tal quais os daqui. Falta uma estrutura de apoio (Instituto de Desenvolvimento) que dê condições para a elaboração de projetos, que interceda politicamente junto as fontes de crédito barato, que dê estrutura física para que estas cooperativas de micros empreendedores possam inicialmente se instalarem, o apoio na educação profissionalizante de cunho técnico, etc..

Tupã tem se caracterizado como uma cidade de comércio e prestação de serviços, e temos que inverter essa lógica, pois é possível implementar pequenas empresas a partir do cooperativismo, e nos mais diversos setores. 

É bom que tenhamos uma política de desenvolvimento visando  atrair novas empresas, mas temos de priorizar o crescimento político, social, econômico e cultural nos calcando nas nossas próprias forças e potencialidades, e para o cumprimento destes requisitos o papel da Academia é esssencial.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles