sexta-feira, 1 de outubro de 2010

No domingo de eleições PM quase triplicará efetivo


Só na Grande Curitiba serão 300 veículos circulando pelas ruas

Nesta eleição, as pessoas detidas por crime eleitoral serão levadas para o TRE e não até a PUC (foto: Arquivo/JE)

Para garantir a tranquilidade das eleições no próximo domingo, o Comando da Polícia Militar do Paraná vai aumentar o efetivo em todas as cidades. Só na Grande Curitiba está previsto quase o triplo de viaturas nas ruas. Serão 300 carros na região da Capital e 980 no interior. Em domingos comuns, são 110 viaturas no trabalho. No total, 7,4 mil policiais estarão atuando, sendo 2,5 mil na Capital e Região Metropolitana, e 4,9 mil no interior. O Paraná conta com 5.711 locais de votação, sendo 1.004 em Curitiba e região metropolitana e 4.707 no interior do estado.
A Operação Eleições passa a vigorar, de maneira gradativa, a partir de amanhã, às 8 horas. “A Polícia Militar, a Policia Civil, a Federal e todos os órgãos de segurança pública estão trabalhando dedicadamente para que qualquer conduta que possa prejudicar as eleições seja cessada. A polícia continua trabalhando do jeito que sempre trabalhou. O nosso esforço é para que esta eleição seja a mais tranquila possível”, disse o major Éveron Cezar Puchetti Ferreira, porta voz da PM.

Também ficou definido que nos grandes colégios eleitorais a exemplo de Maringá, Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu os detidos por crimes eleitorais serão encaminhados para Fóruns, Unidades da PM ou da Polícia Civil. Já nas pequenas cidades serão entregues em delegacias. Em Curitiba, serão encaminhados para a Sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em outros anos os detidos ficavam no ginásio da PUC-PR.
PRF — A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também costuma ter mais trabalho em dia de eleição. Normalmente o trânsito fica mais intenso em percursos de curta distância, de eleitores que residem na zona rural dos municípios e se dirigem à sede para votar. Com isso, o movimento no entorno das cidades deve ser intenso.

“Nas áreas de maior movimento teremos a fiscalização estratégicamente reforçada”, adianta o chefe da comunicação social da PRF no Paraná, inspetor Fabiano Moreno. Com atenção grande nas questões do transporte de passageiros e embriaguez do motorista.
Além destes fatores, a PM também adverte que a vigilância será grande contra os crimes eleitorais, como compra de voto, transporte ilegal de eleitores, boca de urna, desordem que prejudique os trabalhos eleitorais, sem esquecer os crimes comuns. “Qualquer cidadão que verificar uma ação suspeita de ser crime eleitoral poderá acionar o TRE pelo (41) 3330-8500, 3330-8674 ou 3330 8673. A justiça tribunal tem estrutura de atendimento para denúncias juntamente s policias do Paraná”, disse o major Puchetti.

Reunião entre comandantes da PM e TRE discute mudanças em relação aos crimes eleitorais


Reunião entre comandantes da PM e TRE discute mudanças em relação aos crimes eleitorais

Por Marcia Santos/Foto: Soldado Manoel Gomes


Uma reunião entre comandantes dos Batalhões da capital e do interior e representantes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) discutiu como deve ser feita a fiscalização eleitoral no dia das eleições, em todo o Paraná. A Secretária do TRE, Ana Flora França e Silva repassou aos policiais militares aspectos e mudanças referentes à Lei eleitoral e que devem ser levados em conta durante as atividades.

Todos os anos, a PMPR atua em conjunto com o TRE, buscando o bom desenvolvimento das eleições em todo o Paraná. “Todo o pleito é precedido de diversas reuniões, para que no dia do evento não haja qualquer problema envolvendo as dificuldades do eleitor e da segurança pública. Essas conversas prévias visam sanar todas as dificuldades”, diz o Chefe do Estado Maior da PMPR (Subcomandante), Coronel Mauro Pirolo.

Após a explanação, houve abertura para questionamentos por parte dos policiais a respeito de crimes eleitorais. De acordo com Pirolo, a reunião contribui para o melhor encaminhamento possível do trabalho da PMPR no dia das eleições, visando garantir a tranquilidade dos cidadãos.

Dentre as novidades informadas aos policiais sobre crimes eleitorais está a proibição das vestimentas padronizadas. “Não serão permitidos aos grupos de membros de partidos se vestirem de maneira igual, identificando símbolos, o que também será caracterizado como propaganda eleitoral”, afirma a secretária do TRE, Ana Flora França e Silva.

De acordo com a lei eleitoral, qualquer demonstração de propaganda partidária feita no dia das eleições é crime. Também ocorreu discussão a respeito do artigo 39 da Lei Eleitoral, que se refere à manifestação individual de preferência por determinado candidato. Exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, adesivos e outros acessórios, a demonstração isolada por parte dos eleitores está permitida, de acordo com o texto.

Casos de exagero, porém, o TRE considerará infração eleitoral. “Como um carro todo caracterizado por adesivos, por exemplo, estacionado em frente a uma sessão eleitoral não será permitido”, conta Ana Flora. O veículo, neste caso, correrá o risco de ser guinchado. A questão da logística das eleições também foi abordada na conversa, incluindo a parte de distribuição das urnas eletrônicas.

Pirolo afirma ainda que eventos como este fazem com que a PM fique ciente de todo o trabalho, para que seja prestado o apoio necessário ao Tribunal e à comunidade, que também necessita da PM na época de votação. Nesta quarta-feira (15), haverá outra reunião, desta vez entre juízes da capital e a Presidência do TRE para a definição de mais aspectos relacionados à propaganda ilegal.

A secretária do TRE também fez uma avaliação da participação da PM no atendimento às eleições. “A PM trabalha muito próxima de nós, sempre que necessário o apoio foi oferecido ao tribunal”, destaca. Os cidadãos poderão, inclusive, denunciar crimes à PM no dia das eleições através do telefone 190 e também do contato direto com policiais que estarão no entorno dos locais de votação.

Em seu último comício, em Londrina, Beto diz que quer um governo de resultados


Em seu último comício de campanha, na noite da última quinta-feira (30), no conjunto habitacional Cafezal, na Zona Sul de Londrina, Beto Richa disse que quer ser governador do Paraná para resolver muitos problemas que ainda não foram resolvidos. “Temos uma candidatura que está polarizada com a nossa, uma candidatura que representa a continuidade do que está aí. E temos a nossa candidatura, que não tem compromissos com o passado, compromissos com este grupo político que aí está; uma candidatura de mudança, para resolver o que não foi resolvido”, afirmou Beto, para mais de 3 mil pessoas que participaram do comício. Também participaram do evento o candidato ao Senado Ricardo Barros e os candidatos a deputado federal Luiz Carlos Hauly e Alex Canziani.

“Comigo, a minha equipe tem metas a cumprir; por isso quero ser um governador de resultados, fazer a gestão mais competente do Brasil, como fiz na Prefeitura da capital”, citou, lembrando que tem experiência no Executivo. “O único que está concorrendo nesta eleição ao Governo e que já sentou na cadeira de Chefe do Executivo fui eu; fui testado, aprovado e reconhecido nacionalmente. Por isso, me considero preparado para governar este Estado e melhorar a vida de todos os paranaenses”, comparou Beto.

O candidato da Coligação Novo Paraná afirmou que quer resolver problemas que “se arrastam há anos e hoje ainda são as grandes preocupações dos paranaenses. A Saúde pública é precária, os hospitais não tem médicos nem equipamentos; segurança pública caótica, isso se discute há anos e não foi resolvido ainda, ao contrário. É lamentável ver que o número de policiais civis e militares hoje é inferior ao de 20 anos atrás; isso é um descaso e uma insensibilidade dos governantes para o drama que atinge as famílias de bem”, considerou.

O comício em Londrina foi o último evento de campanha da quinta-feira. Antes, Beto participou de carreatas em Ponta Grossa, Pato Branco e Cascavel, que reuniram mais de 2.000 veículos. “Esta é uma homenagem à cidade onde nasci, uma cidade que foi esquecida e abandonada pelo Governo do Estado nos últimos anos. Como governador, vou resgatar essa dívida trazendo obras e serviços públicos de qualidade, capacitação profissional e emprego para nossa gente", disse Beto, anunciando um mini-hospital na região, nos mesmos moldes de Curitiba. "Lá, transformamos as unidades 24 horas em mini-hospitais, com equipamentos modernos e Pronto-Atendimento Infantil, que eu copiei de Londrina", afirmou.

Beto Richa também reforçou um compromisso já assumido na sabatina da OAB, Sociedade Rural e Associação Comercial de Londrina: "Vamos revitalizar e, se possível ,duplicar a PR-445, que passa nessa região e certamente caberá aqui uma ciclovia, para atender aos estudantes e trabalhadores que se deslocam por esse trecho da estrada que corta a cidade", disse. Beto também falou sobre a necessidade de contratar mais policiais e que, para melhorar a segurança, vai reativar os antigos Módulos Policiais, implantados no governo José Richa. Beto destacou ainda a importância de fortalecer o setor industrial de Londrina. "Para gerar empregos para os nossos jovens".

Justiça determina multa de R$ 500.000 e abre investigação por abuso de poder econômico na campanha de Osmar Dias


A Justiça Eleitoral abriu investigação para averiguar abuso de poder econômico da campanha de Osmar Dias, que pode se configurar como caixa 2. O juiz Luciano Carrasco pediu apuração sobre evento promovido pelo candidato de vice-governador de Osmar Dias, Rodrigo da Rocha Loures, no qual houve sorteio de notebook e distribuição de lanches.

O encontro contou com a presença de ator global Leonardo Moreira Miggiorin, que foi o mestre de cerimôniada reunião com jovens, que aconteceu nos dias 15, 16 e 19 deste mês em diversas universidades. Em seu despacho, o juiz fixou multa de R$ 500 mil contra Rocha Loures.

A Justiça pretende apurar os abusos promovidos nos encontros no qual o candidato a vice-governador de Osmar Dias entrega netbook, distribuiu kits e lanhes da Nutrimental, empresa da família Rocha Loures. Esta reunião foi organizada pela empresa de eventos Namosca e realizadas dentro de universidades, inclusive publicas. A NaMosca tem contrato para prestar serviços para a Nutrimental.
Os jovens, que foram convidados para o encontro, pelo twitter ou por panfletos, iriam participar de uma palestra de empreendedorismo. No entanto, foi dada palavra para Rocha Loures falar da Nutrimental e fazer campanha política. Ao fim da palestra de Rocha Loures, o ator global Leonardo Moreira Miggiorin recomendava votos para o candidato a vice-governador de Osmar Dias.

A Coligação Novo Paraná quer saber quem pagou a reunião que promoveu o encontro de Rocha Loures. Já que há provas de que os netbooks foram patrocinados por Rodrigo Rocha Loures. Também quer saber quem pagou a vinda do ator global.

A Coligação “Novo Paraná” considera que houve fraude, corrupção eleitoral e compra de votos. O departamento jurídico da coligação está pedindo a cassação do registro dos candidatos. A Lei das Eleições (art. 41-A), impede o oferecimento de alimentos, bens ou vantagens aos eleitores em troca de voto, o que caracteriza captação ilícita de sufrágio, o que pode resultar na cassação da candidatura de Osmar Dias.

E se os vices vierem a assumir?


Por Hugo Souza

Está no ar na TV brasileira uma bem-humorada campanha publicitária de um banco para vender seguros de vida. Em uma das peças, um ator caminha por uma linha férrea, com um trem se aproximando ao fundo, enquanto diz:

“Muita gente não faz seguro porque acha que nada vai acontecer. Tudo bem, tudo bem, é uma maneira de pensar. Mas vai que… né? Porque não há nada mais democrático do que o imprevisto. Concorda? O sujeito é milionário, está naquela piscina olímpica maravilhosa e vai que… foi! Ou não. É o cara mais sortudo do mundo, mas ele tem um segundo ruim. E nesse um segundo ruim vai que… Já o azarado, pensou, vai que… piscou, vai que… Na verdade tudo pode acontecer, e contra isso…”

O comercial termina com o ator dizendo que, contra isso, não há nada melhor do que fazer um seguro da empresa em questão. Isso no exato instante em que o trem toma o rumo de um desvio, em vez de passar por cima do locutor.

Parafraseando esta peça genial, e sem querer agourar os nobres candidatos que ora se esmeram para conquistar o apoio do eleitorado, o político sua a camisa na campanha, é escolhido pela maioria para ser o presidente da República ou o governador do estado, e vai que… foi! Ou então o mais reto dos eleitos com o voto do povo tem um segundo ruim, digamos, e nesse um segundo ruim tem uma câmera escondida ou uma testemunha falastrona e vai que… impeachment!

Contra isso, ou melhor, para isso existem os vices (entre suas outras atribuições). Os candidatos a vice nas chapas para cargos de eleições majoritárias, porém, costumam ser absolutamente irrelevantes para as escolhas dos eleitores. Talvez valesse a pena um pouco mais de atenção a esses coadjuvantes que podem virar protagonistas da noite para o dia. Afinal, “não há nada mais democrático do que o imprevisto”.

Eleitores não sabem quem são os vices

Uma pesquisa do Datafolha feita em julho mostrou que 94% dos eleitores brasileiros não sabiam dizer o nome do vice de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), e 96% desconheciam quem assumiria o cargo de presidente no lugar de José Serra (PSDB), ou seja, Índio da Costa (DEM).

Em eleições como as que se avizinham, para presidente e governadores, a irrelevância dos vices junto ao eleitorado costuma ser ainda maior, tendo em vista que daqui a dois anos, nas eleições municipais, em teoria nenhum eleito agora deixará o cargo conquistado para se candidatar a prefeito ou vereador, deixando a vaga para seu substituto imediato.

Não é o caso de o cidadão, na frente da urna eletrônica, chegar ao ponto de escolher entre Temer e Índio, em vez de pensar em Dilma ou Serra, como é óbvio. Mas há uma evidente contradição entre o descaso para com os candidatos a vice e o fato de que o Brasil, desde que deixou de ser administrado pelos militares, já teve dois “reservas” assumindo a presidência da República: José Sarney e Itamar Franco, respectivamente nos lugares de Tancredo Neves, morto antes da posse, e Fernando Collor de Mello, destituído do cargo.

Alguns vices com pouca projeção eleitoral acabam alavancando suas carreiras políticas quando o destino lhes reserva o exercício do poder. É o caso de Geraldo Alckmin, que assumiu o governo de São Paulo após a morte de Mário Covas, em 2001, e apenas cinco anos depois chegou ao segundo turno da disputa presidencial com Lula.

Caro leitor/eleitor,

Você levou em consideração os vices para escolher os candidatos nos quais irá votar no domingo?

Você ao menos sabe os nomes dos vices nas chapas de sua preferência?

A volta das eleições separadas para presidente e vice seria uma boa opção para o Brasil?

Em debate ‘vencido’ por Bonner, Dilma saiu incólume


Do Josias de Souza

Por sorte, o último dabate do primeiro turno foi de graça. Se tivesse bilheteria, a platéia pediria o dinheiro de volta.

Depois de toda a expectativa, o embate foi só aquilo? Tempo livre para a preparação, assessores, a estrutura da Globo, camarins, comes e bebes, maquiador, boa audiência, estúdio climatizado, iluminação, câmeras, som.

Enfim, um palco perfeito, condizente com a dramaticidade de um evento à beira das urnas. Tudo isso para os contendores darem aquele espetáculo pobre? Ora, francamente!

Estava entendido que não teria troca de socos ou mordidas na orelha. Mas esperava-se um pouco mais. Uma boa frase, uma metáfora elaborada, uma ironia fina. Qualquer coisa que compensasse o desperdício do sono de quem não dormiu.

Foi uma discussão soporífera. Vencedor? O Willian Bonner. Perdedor? O telespectador. Não se diga que eram adversários de pouca expressão. Sob os holofotes, os dois pesos pesados da sucessão.


Dilma e Serra não se dignaram a dirigir um ao outro uma mísera pergunta. No caso dela, compreenssível. As pesquisas já lhe dão a vitória por pontos. Subiu no ringue para expor a braçadeira de Lula e exercitar a esquiva.

Mas e quanto a ele? Precisava de um nocaute verbal. E refugiou-se atrás de sua própria inexpressividade. Nem de Erenice Guerra Serra se animou a falar. O caso da violação fiscal? Nem pensar.

No raro instante em que ergueu os punhos, Serra esmurrou a peso leve Marina. Sim, isso mesmo, Serra socou sua única e escassa esperança de segundo turno.

Aliás, diferentemente de Serra, Plínio e Marina retiraram da cena global o máximo proveito. O peso pena Plínio, sabendo-se inviável, distribuiu provocações. E fez a propaganda dos candidatos do PSOL ao Legislativo.

Marina estava desenvolta. Quando lhe coube perguntar, dirigiu-se ora a Dilma ora a Serra. “São muito parecidos”, jabeou. Dois gerentes “sem visão estratégica”.

Numa das perguntas a Serra, Marina lembrou que tucanos e ‘demos’ torciam o nariz para o Bolsa Família. Cobrou autocrítica.

Serra avocou para si a gênese do programa. Na Saúde, disse, criou o Bolsa Alimentação, que junto com outros programas de FHC, Lula unificou. “Acho estranho. Toda vez vem a mesma pergunta e volta a mesma resposta”, reclamou.

Marina não se deu por achada: “Faço questão de perguntar, porque, para mim, os programas sociais são importantes”, disse ela na réplica. Acusou Serra de ajustar o discurso conforme à “conveniência” eleitoral.

O tucano perdeu a calma. “Não use a sua régua para medir os outros”. Devolveu a comparação que Marina fizera com Dilma. “Vocês tem coisas muito parecidas”, bateu.

Até recentemente, era do PT. Pior: “Ficou no governo do mensalão”.

Alcançado pelo celular, um aliado de Serra disse ao repórter que murchou na poltrana do estúdio. Imaginava que seu candidato acionaria miraria em Dilma, não em Marina. De alvo potencial, a pupila de Lula tornou-se expectadora.

Guiando-se pela cartilha da marquetagem, Dilma fez o que lhe convinha fazer. Ligou os feitos do “nosso governo” aos desacertos do “governo passado”. E, livre das questões sobre escândalos, portou-se com equilíbrio e ponderação.

Deve-se a Plínio, não a Serra, a única passagem constrangedora de Dilma. Dizendo-se orgulhoso do PSOL, ele perguntou se os rivais tem vergonha de seus partidos. Dilma enalteceu o PT, preferido de “cerca de 30% dos brasileiros”.

Na réplica, Plínio disse que as doações de sua campanha foram à internet. E Dilma: “Registramos as doações no TSE. Gostaria de deixar claro que todas as doações são oficiais”. A platéia (cerca de 200 pessoas) foi às gargalhadas.

“Lamento os risos de quem tem outras práticas. A minha não é essa”, Dilma respondeu. E pôs-se a elogiar a coligação que a rodeia, um consórcio que vai do PMDB ao PCdoB, passando por um imenso etc.

Não se viu nas duas horas de debate um lance capaz de mover a tendência do eleitorado. Quando muito, Marina ganhou uns votinhos a mais. “Duas mulheres no segundo turno”, ela pediu, nas considerações finais.

Depois de Willian Bonner, Dilma foi a principal beneficiária da pasmaceira. Saiu ilesa. Além dos telespectadores, Serra foi o grande prejudicado. Com uma diferença: a platéia foi vítima involuntária. O tucano foi vencido pela própria mediocridade.

Ainda que a gratuidade das cenas dispense os recursos ao Procon, a audiência, se pudesse, dirigiria um pedido coletivo à Globo: Por favor, sem replays. Nada de ficar reproduzindo o impensável nos telejornais.

Análise: Quem procurava uma bala de prata não achou


Marcelo de Moraes/AE

A expectativa geral pelo último debate entre os candidatos à Presidência era por um confronto mais franco dos candidatos José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) com a petista Dilma Rousseff, líder nas pesquisas de intenção de voto. Nada mais natural, já que a apenas três dias da eleição, o sonho de chegar ao segundo turno passa necessariamente pela perda de apoio da ex-ministra da Casa Civil.

Nada disso aconteceu, porém. A candidata oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi pressionada fortemente em nenhum momento por seus principais adversários.

O escândalo que derrubou Erenice Guerra, braço direito de Dilma, do comando da Casa Civil, foi ignorado.

O polêmico tema da legalização do aborto, que provocou grande inquietação na campanha de Dilma por medo de perda do voto dos eleitores católicos e evangélicos, também não foi abordado em nenhum momento.

Na prática, a chamada bala de prata, que poderia causar um baque eleitoral em Dilma, sequer esteve perto de aparecer durante um debate completamente morno, sem surpresas e recheado por promessas vagas sobre intenções de propostas de governo.

Na verdade, com pesquisas indicando ainda alguma possibilidade de realização de segundo turno, os candidatos pareciam muito mais focados em não cometerem deslizes do que em tentar algum movimento mais ousado.

A proposta de não derrapar na curva final ficou tão evidente que até mesmo o maior personagem de toda a campanha presidencial desapareceu.

O nome do presidente Lula, principal motor eleitoral da candidatura de Dilma, deixou de ser assunto. Consolidada na liderança das pesquisas de intenção de voto, a petista nem precisou apelar para o padrinho de sua campanha. Sem poder enfrentar a popularidade do presidente, os outros candidatos preferiram não invocar seu nome, criticando outra entidade: o governo federal.

Debates já tiveram o poder de decidir disputas. Foi assim em 1989, quando Fernando Collor desmontou um então inexperiente Lula com críticas que envolviam familiares.

Agora, a situação é diferente. Ensaiados à exaustão, até novatos como Dilma já sabem suas respostas de cor. Ontem, elas passearam monotonamente sobre temas tão diversos como legislação trabalhista, impostos ou saneamento.

No domingo, o eleitor poderá decidir ou não pelo fim da disputa já no primeiro turno. Mas não terá sido influenciado pelo último debate.

Para Marina, só ela pode disputar com Dilma no 2º turno


GABRIELA MOREIRA - Agência Estado
A candidata à Presidência Marina Silva, do PV, afirmou hoje, em entrevista coletiva, ser ela a única adversária capaz de disputar com a candidata petista Dilma Rousseff num possível segundo turno. Para a senadora, um segundo turno entre Dilma e José Serra (PSDB) seria uma repetição do cenário das últimas eleições (em 2006), ocasião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, venceu o candidato do PSDB Geraldo Alckmin. "Uma disputa entre eles, seria uma espécie de repetição de 2006. A candidatura capaz de fazer uma disputa de igual para igual é a minha", afirmou.

"A possibilidade do segundo turno está inteiramente presente no processo. O povo brasileiro está demonstrando através da sua intenção que quer o feminino na Presidência do País e, com certeza, vai colocar duas mulheres no segundo turno, que com o tempo igual vão poder aprofundar o debate de questões importantes para o nosso País, que, infelizmente, não foram aprofundadas nesse primeiro turno", disse a candidata, num hotel, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Marina comentou também a polêmica em torno do posicionamento de Dilma Rousseff sobre a legalização do aborto. "Minha ética não é baseada nas circunstâncias. Se tem alguma novidade sobre os temas de comportamento não é minha. Sempre fui contra o aborto, por uma questão de princípio. Sou a favor da vida", disse Marina.

Questionada sobre o que achava da declaração de apoio do bispo Edir Macedo, chefe da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) à candidatura da petista, a senadora disse: "Ninguém da minha campanha espalha boatos. O que existe é uma infinidade de blogs, que brigam entre eles, na candidatura oficial de oposição e na candidatura oficial de situação. Vamos continuar conduzindo o debate de forma respeitosa", afirmou. "Temos a maturidade de não fazer deste debate uma Guerra Santa."

STF decide dispensar título de eleitor e exigir só documento com foto para votar


Pablo Valadares/AE

O eleitor poderá votar no domingo portando apenas um documento oficial com foto - como carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho ou passaporte, por exemplo. No entanto, quem apresentar apenas o título de eleitor não poderá votar.

Ao julgar ação movida pelo PT no início da semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 2, que o eleitor não pode ser impedido de votar caso não disponha do título de eleitor na hora de ir à urna.

Os ministros consideraram desproporcional a exigência da apresentação de dois documentos no local da votação (documento oficial com foto e título de eleitor). Aprovada no ano passado pelo Congresso, a exigência tinha como objetivo impedir que títulos de eleitores, inclusive de mortos, fossem usados por outras pessoas para favorecer um candidato. Há casos de pessoas presas com dezenas de títulos de eleitor que se valiam dos documentos para aumentar a votação de certos candidatos.

Os ministros entenderam, contudo, não ser possível impedir um eleitor de votar apenas por não dispor dos dois documentos na hora da votação. Além disso, argumentaram que é mais eficaz para combater possíveis crimes a apresentação de documento oficial com foto e não o título de eleitor.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, afirmou que ontem mesmo iniciaria uma campanha para informar os eleitores das novas regras. "Se o eleitor não tiver o título à mão, ele não deixará de votar", afirmou o ministro. "Só com o título de eleitor não vota."

Unasul 'condena energicamente' a tentativa de golpe contra Correa


Os líderes dos países da Unasul, reunidos em Buenos Aires, aprovaram uma declaração que "condena energicamente a tentativa de golpe de Estado e posterior sequestro de Rafael Correa" e ressalta a necessidade de que "os responsáveis do levante golpista sejam julgados e condenados".

Além disso, o documento adverte que os governos da região "não tolerarão sob nenhuma hipótese qualquer novo desafio à autoridade constitucional ou tentativa de golpe ao poder civil legitimamente eleito".

"Em caso de novos levantes, serão adotadas medidas concretas e imediatas, tais como fechamentos de fronteiras, suspensão do comércio, tráfego aéreo, fornecimento de energia e serviços", acrescentou a declaração.

Além disso, os líderes decidiram que a agenda da próxima cúpula ordinária da Unasul, prevista para 26 de novembro em Guiana, vai prever a inclusão de uma cláusula democrática ao tratado constitutivo da União.

A reunião de Buenos Aires, convocada com urgência pela presidente argentina, Cristina Fernández, e seu marido, o ex-presidente e atualmente secretário-geral da Unasul, Néstor Kirchner, contou com a presidência dos presidentes da Bolívia, Evo Morales; Uruguai, José Mujica; Venezuela, Hugo Chávez; Peru, Alan García; Colômbia, Juan Manuel Santos, e Chile, Sebastián Piñera.

Os grandes ausentes foram os líderes do Paraguai, Fernando Lugo, internado por uma intoxicação, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, envolvido no encerramento da campanha eleitoral.

Dilma e Serra fogem de confronto direto no último debate da campanha


André Mascarenhas, enviado especial ao Rio, e Jair Stangler

Os quatro principais candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff(PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) fizeram um debate morno na noite desta quinta-feira, 30. O evento promovido pela Rede Globo foi o último do primeiro turno. Dilma e Serra, os dois primeiros colocados nas pesquisas, fugiram do confronto direto, e não fizeram perguntas um para o outro.

Veja os melhores momentos do debate:
0h22 - Plínio diz que “a guerra vai continuar. A guerra é derrubar esse muro que separa você de seus direitos. Eu estou falando para o futuro, para os jovens. É preciso ter coragem, tenacidade, é preciso é força. É preciso falar as coisas como elas são. 60 anos de vida pública, exílio, perda de cargo, perda de mandato. Mas valeu a pena. Se a juventude levar adiante o meu projeto. Viva o Brasil!”
0h20 – Dilma, em suas considerações finais, disse estar feliz por ter tido a chance de conhecer pessoas, e cita o Bolsa Família, o Luz para Todos e a criação de empregos. “Estou preparada para ser a primeira mulher presidente da República se você me der seu voto, que eu peço humildemente. Pode contar comigo, eu vou contar com vocês também.”
00h18 – Em suas considerações finais, Serra afirma ter estado em todos os debates. “Através de uma imprensa livre, que é o que eu defendo no nosso País”, diz. O candidato tucano pede votos e que seus eleitores consigam mais votos. “O que eu ofereço em troca? A minha história”, acrescenta. “Sempre lutei pelo nosso povo”
0h16 – Marina agradece a Deus e ao povo brasileiro. “Eu me dispus desde o início a quebrar o plebiscito. E agora eu posso dizer que a onda verde já quebrou o plebiscito. Eu havia dito que não queria o embate, eu queria o debate. E é isso que eu tenho feito em todos os debates. Eu preciso do seu voto para ir ao segundo turno.”
0h14 – “Eu volto ao que falei antes”, responde Plínio, que afirma ter havido em todos os debates duas propostas distintas. A de mudanças radicais, que ele representa, e a de melhorias pontuais, dos outros candidatos.
0h13 – Serra diz que vai colocar as agências que decidem sobre reajustes a serviço do consumidor. “Não a serviço de loteamento”, afirma. Promete retomar genéricos e voltar à questão das patentes.
00h10 – Plínio acusa os governos FHC e Lula de representarem os interesses dos ricos. “Quando a turma do celular quer aumentar o celular”, critica. “Aqui tem três candidatos do sistema, e um de fora do sistema. E por ser de fora é chamado de brincalhão, é chamado de louco”, diz Plínio.
0h10 – Serra pergunta para Plínio porque o governo faz reajustes e repassa a conta para a população.
0h08 – “Marina, não use sua régua pra medir os outros”, responde Serra. “Se eu fosse usar minha régua, diria que você e a Dilma tem muitas coisas parecidas”, ataca. Ele acusa Marina de ter ficado no governo, apesar do Mensalão.
0h08 – Marina: “Serra, não fique irritado em eu fazer a pergunta novamente para você, cada debate é um debate. As coisas vão se dando com uma lógica de promessas, não de programas. Os programas sociais são muito importantes. Você simplesmente não responde, não faz uma auto-crítica.”
0h06 – Serra lembra ter criado, quando ministro, o Bolsa Alimentação. Cita programa semelhante criado pelo ministro Paulo Renato. “O que o governo federal fez foi juntar no Bolsa Família”, acrescenta. Serra afirma que ainda assim irá ampliar o programa. “Agora, gasto social é muito mais que é isso. É também educação, é também saúde, é também saneamento, e nós fizemos isso.”
0h05 – Marina pergunta para Serra sobre programas sociais. “Várias lideranças do PSDB e do DEM foram contra Bolsa Família e políticas sociais. Você faz uma auto-crítica?”
0h03 - Marina diz que o discurso de Dilma é “fruto da visão que ela tem de desenvolvimento”, gerencial, como Serra. “Eu tenho dito que ela e Serra são muito parecidos”. “No seu mundo você coloca os acertos e os ganhos, mas não olha para os desafios”, diz. “O brasileiro não quer mais entrar no mundo azul do Serra ou no mundo cor de rosa da Dilma”, afirma.
0h03 – Dilma: “Diante da crise a gente não faz teoria, tem de ter propostas concretas e agir. Nós aumentamos os empregos, colocamos recursos para as empresas privadas manterem os empregos, reduzimos impostos. O Brasil foi o último País a entrar na crise e o primeiro a sair.”
00h01 – Marina afirma que o planeta passa por uma série de crises, que vão da economia ao meio-ambiente. “Pensar o País de forma mais abrangente é fazer que esse desenvolvimento que tanto se quer se faça em novas bases”, diz. Segundo Marina, é necessário se investir em educação para que o País tire proveito “da grande oportunidade” econômica que se coloca diante do Brasil.
0h00 – Dilma pergunta a opinião de Marina sobre a atuação do governo Lula durante a crise.
23h59 – Na tréplica, Dilma diz que a realidade do Brasil é diferente da Inglaterra. “No Brasil, todo mundo quer casa própria.”
23h58 – Plínio, na réplica, diz que tem 5,6 milhões precisando casas e 5,7 milhões de casas vazias. “Tem de fazer como na Inglaterra, aluguel compulsório. Se não quer fazer isso, é porque está a favor dos proprietário. Mas se não quer ocupar, tem de construir. Isso é bolsa empreiteiro.”
23h57 – Dilma diz não saber nem que palavra usar para a proposta de Plínio. “Eu acredito que o País pode construir moradias”, diz. Ela afirma que o programa Minha Casa Minha Vida gera empregos e tem escala para resolver o problema. “Isso significa também que as mulheres vão ter a propriedade de suas casas”, diz em reação a comentário feito mais cedo por Marina, que citou as mulheres pobres como al
23h57 – Começa o quarto bloco. Plínio volta a questionar Dilma sobre deficit habitacional.
23h48 – Plínio, na réplica, diz que Serra não se comprometeu com 10% do PIB para a Saúde. “Isso significa brincar com credores, com bancos. Essa é a diferença aqui nesse debate. Entre os que melhoram e os que resolvem.”
23h46 – Em sua resposta, Serra cita que é sua a proposta de vincular os gastos da saúde ao orçamento. “Isso salvou a saúde do pior, porque a saúde do País andou para trás”, diz. Serra critica o governo por não ter apresentado projeto de lei para regularizar o aumento anual do gasto. “Depois o governo vem inventar que faltou dinheiro na saúde por causa do fim da CPMF.”
23h45 – Plínio diz que precisa destinar 10% do orçamento para a Saúde e pergunta para Serra: “Por que você não fala nisso? Por que se recusa a elevar esse gasto?”
23h43 – Plínio reitera que a “dívida está consumindo todos os recursos”, e acusa Dilma de defender as mesmas políticas “do governo Fernando Henrique Cardoso”. “O custo anual da Bolsa Família e despendido a cada 13 dias com a dívida externa.”
23h43 – Dilma afirma que o governo Lula colocou R$ 40 bilhões em saneamento. “Mais de três vezes que o governo anterior”, afirma. Dilma diz que saneamento será prioridade em seu governo e diz que o PAC 2 prevê R$ 45 bilhões para o saneamento.
23h41 – “Metade das casas no Brasil não tem esgoto”, responde Plínio. Segundo ele, para resolver o problema, será necessário gastar R$ 35 bilhões em oito anos. O candidato diz que, para solucionar o problema irá fazer auditoria da dívida externa. “Sem dinheiro não tem como resolver o problema do saneamento. O saneamento é caro, não dá dividendos eleitorais imediatos, mas é fundamental.”
23h41 – Dilma diz que será necessário colocar metas para o saneamento para fazer com que todas as casas tenham água e esgoto tratados e pergunta para Plínio como ele vê a política para o setor.
23h40 – A candidata do PT diz que irá duplicar a experiência das UPPs caso seja eleita.
23h38 – Marina: “A questão é: por que ainda não foi feito?” Marina diz que uma boa ideia como as UPPs do Rio podem se perder. “A população que mais vem sofrendo é a população jovem. A nossa população jovem está sendo ceifada.” Promete mais recursos para a segurança e policiais valorizados.
23h36 – Dilma cita a parceria com o governador do Rio como exemplo de política bem sucedida na Segurança Pública. “Essas Unidades de Polícia Pacificadora partem do princípio de que nós temos um território de guerra”, diz. A petista afirma que irá construir presídios para transportar os presos de alta periculosidade.
23h36 – Marina diz que Estados não dão conta da segurança pública sem a ajuda do governo federal e pergunta para Dilma como fazer para resolver esse problema.
23h34 – “Essa questão de tratar as coisas como passe de mágica é que precisa acabar no Brasil”, critica Marina. Ela afirma que Serra não fez o que promete como prefeito ou governador. “Eu fui lá na favela da mata virgem. É lamentável que, no Estado mais rico da federação, não haja um equipamento público nessa favela.”
23h32 – Serra diz que vai dar ênfase a quatro aspectos da habitação: regularização da propriedade, preferência a famílias que ganham menos de três salários mínimo, urbanização de favelas, e construção de vila para idosos.
23h31 – Marina diz que o programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, não alcança os brasileiros de melhor renda. Ela promete ampliar o programa para as mulheres de baixa renda, que “são responsáveis e não foram beneficiada por este governo”. “Priorizar a habitação é fazer com que ela seja de qualidade, com saneamento e qualidade de vida.”
23h30 – Começa o terceiro bloco. Serra critica programa do governo federal para o deficit de moradia. “Entregaram 4 mil de um milhão prometidos. Qual a sua visão sobre isso?”, pergunta para Marina.
23h22 – “Eu gostaria de dizer que nós registramos todas as doações no Tribunal Superior Eleitoral”, diz Dilma. Parte da plateia ri quando ela diz que “nós registramos todas as doacoes oficiais no TSE, todas as doações a gente anuncia Ela lamenta a reação das pessoas “que tem outras práticas” e ganha aplausos de seu correligionários.
23h22 – Plínio: “Pois eu vou pedir votos para os candidatos do PSOL. Pedir para vocês elegerem o Ivan Valente, a Luciana Genro e o Chico Alencar.”
23h21 - Plínio pergunta para Dilma por que ela não pede votos para os candidatos a deputado por seu partido. “Você tem vergonha dos candidatos de seu partido?”
23h20 – Dilma agradece a oportunidade levantada por Plínio. “Meu partido é um partido com grande popularidade no País”, diz. Dilma acrescenta considerar o País muito diverso para que apenas um partido tenha poder. “Eu não acredito que nenhum partido governa sozinho o País”, acrescenta. “Daí porque eu considero importante a coligação de vários partidos que vai sustentar o meu governo”, diz.
23h19 – Plínio diz que “gosta” de ouvir a resposta de Serra. “Com que dinheiro vai fazer isso se não fala claramente em fazer a auditoria da dívida, suspender o pagamento dessa dívida, que consome os recursos”, diz. O candidato do PSOL cita dívida de R$ 1 trilhão, que começou com o governo passado.
23h18 – Serra: “Metrô é ferrovia. E o governo federal tirou o time de campo nessa questão.” Segundo candidato, governo federal não investiu em Metrô em nenhuma capital.
23h16 – “O que eu sinto é que a ênfase na ferrovia está prejudicando o transporte ferroviário e hidroviário”, responde Plínio. Ele afirma que Serra usa o metrô porque essa é uma vitrine dos tucanos, mas diz que é necessário ver se o tucano fez o mesmo para outros tipos de transporte. “Eu concordo que tem que fazer metrô, mas tem que fazer ferrovia e tem que fazer hidrovia”, acrescenta.
23h16 – Serra pergunta as propostas de Plínio para o metrô nas grandes cidades.
23h14 – “Os recursos federais, são poucos, não são gastos na sua totalidade”, critica Serra. O candidato volta a citar sua atuação como governador e lembra do trabalho na Serra do Mar, em São Paulo.
23h13 – Marina: “Quem acompanhou o lamentável episódio do Morro do Bumba e do Morro dos Prazeres sabe o que é o sofrimento de perder sua casa.” Também promete um sistema para evitar esse tipo de problema.
23h11 – “Eu vou criar uma defesa civil nacional, bombeiros, técnicos e especialistas que estejam estacionados em Brasília”, diz Serra. Ele promete qualificar melhor as prefeituras e cita os incêndios que atingiram parte do País. “Nós não temos nem os hidroaviões.” O tucano cita a “experiência como governador”, em São Luiz do Paraitinga, e critica o governo federal, que “vai se arrastando”, como no Rio, exemplifica. “O governo federal tem que ajudar os Estado e Municípios.”
23h10 – Marina pergunta o que Serra fará para prevenir desastres.
23h09 – Marina reitera: “É essa visão fragmentada das coisas que faz com que passa ano, e a gente fique com a ideia de que ainda se vai complementar a solução”, diz. A candidata do PV critica a resolução pontual dos problemas. “Quando pensamos de forma fragmentada, nós pensamos a presidência do País como se fosse uma prefeitura. Isso é uma eleição para pensar o País”
23h08 – Na réplica, Dilma afirma que há um plano nacional de logística. “É por causa dele que nós sabemos que precisa fazer integração entre ferrovia, hidrovia e rodovia. Vou completar toda a ferrovia norte-sul, e a ferrovia de integração do centro-oeste. A Transnordestina vai ser completada no meu governo”.
23h05 – “Eu acho que a gente precisa pensar a infraestrutura para o século 21″, diz Marina. “É lamentável que não tenhamos um plano para a infraestrutura”, continua. Ele critica a falta de um plano para a ampliação da malha ferroviária. Ela afirma que há hoje apenas “um plano de gestão”. “No governo anterior a gente não tinha nem isso”, diz. Para a candidata verde, é necessário que esse plano conjugue a melhoria da qualidade de vida e os desafios do meio-ambiente.
23h05 – Começa o segundo bloco. Dilma pergunta a Marina sobre ferrovias. “Como você a expansão das ferrovias e das hidrovias?”
22h58 - A candidata do PV diz que os idosos não estão sendo acolhidos de forma adequada. “Do outro lado está a juventude”, diz. “As políticas públicas não estão ajudando os jovens”, continua, afirmando que é necessário aproveitar o bônus demográfico para solucionar o problema
22h57 – Serra diz ter defendido desde a Constituinte uma reforma que separe quem já está trabalhando daqueles que ainda não entraram no mercado de trabalho. Diz que se eleito, irá propor 10% de aumento aos aposentados e R$ 600 reais para o salário mínimo.
22h55 - “De fato nós temos um grande problema na Previdência e temos que enfrentá-lo enquanto a população ainda é jovem”, diz Marina. A candidata do PV diz que irá propor um modelo em que o sistema saia do déficit e entre na capitalização. “Criando um mecanismo de recuperação do poder aquisitivo”, explica Marina. Ela critica a campanha dos adversários, que, nas suas palavras, prometem resolver os problemas sem pensar na sustentabilidade social e econômica das propostas. E estende a crítica aos governo Lula e FHC, que não solucionaram as questões da Previdência.
22h55 – Serra pergunta a Marina sobre sua proposta para a Previdência.
22h54 – Na réplica, Plínio diz que vai zerar o ICMS. Diz que Serra não fala em desvincular as despesas sociais e defende a taxação de grandes fortunas.
22h53 – “Eu só contra essa vinculação”, diz Serra em reposta a Plínio. “Eu sou contra coisas que foram feitas pelo governo, inclusive por coisas feitas pela Dilma, como o imposto sobre a água e o esgoto.”
22h50 – “A minha proposta de reforma tributária alivia a carga de impostos sobre os pobres. É ao contrário do que você disse”, afirma Serra. Ele cita emenda de sua autoria na Constituinte e promete retirar impostos dos alimentos básicos, dos remédios e combater a sonegação. “Muita gente não paga imposto e quem paga, paga o dobro”, diz. Segundo Serra, a carga tributária brasileira é a maior “do terceiro mundo”. “Mais justiça e mais eficiência na arrecadação.”
22h50 – Chamando Serra de ‘Zé’ e arrancando risadas de jornalistas, Plínio acusa o adversário de propor reforma tributária que aumenta imposto para pobres e diminui para ricos. Se atrapalha no tempo e não faz a pergunta.
22h48 – Na tréplica, Plínio diz que a Petrobrás não é pública. “Uma porcentagem enorme de suas ações está na mão de pessoas privadas. ”O Sr. Eike Batista é o oitavo homem mais rico do mundo. Isso no seu governo”, diz o candidato do PSOL. Na questão do funcionalismo o que precisa de fato é recompor a força do Estado brasileiro, para que o Estado brasileiro possa cuidar de você.”
22h47 - Dilma nega que tenham ocorrido privatizações durante o governo Lula e cita a Petrobrás como exemplo de valorização dos funcionalismo público.
23h45 – Plínio: “Minha política para o funcionalismo público é completamente diferente da do seu governo. Sem arrocho, sem terceirazação. Quero saber se você se compromete a não privatizar, a não terceirizar e a recuperar as estatais que foram vendidas.”
22h44 – Dilma escolhe perguntar para Plínio de Arruda Sampaio. Ela defende o funcionalismo pela meritocracia e pergunta a proposta do candidato para o funcionalismo.
22h43 – Dilma volta a destacar a criação de empregos no governo Lula, defende a manutenção dos direitos trabalhistas. Para ela, o Brasil precisa ter crescimento para continuar gerando empregos.
22h42 – Marina diz que sua questão não foi adequadamente respondida. “Nós temos cerca de 50% da força de trabalho na informalidade. Precisamos manter os direitos dos trabalhadores, mas ao mesmo tempo diminuir as dificuldades para contratar.”
22h40 – Dilma: “Uma das grandes conquistas do governo foi a melhoria da formalização do trabalho. Tanto é assim que batemos recordes, chegaremos perto de 15 milhões de postos de trabalho criado ao final do ano. ” Candidata destaca também aumento do crédito durante o governo Lula e o combate à crise.
22h40 - Marina pergunta para Dilma qual sua proposta para resolver a informalidade.
22h40 - Começa o debate.
22h32 - Entre os tucanos que acompanham Serra no estúdio está o candidato ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin. O deslocamento do aliado, em plena campanha em São Paulo, se justifica pela estratégia de mostrar a união do partido em torno de Serra, como delineado na noite de ontem pelo próprio candidato, em comício em São Paulo. Nas palavras de um assessor de Alckmin, “a tucanada toda vem pra cá hoje.”
22h26 – Todos os candidatos que participarão do debate desta noite já se encontram no Projac. Na sala de imprensa, além de jornalistas de todo o Brasil, há grande presença de correspondentes internacionais, como o da RTP, de Portugal. Na visão dele, o que mais chamou a atenção no processo eleitoral até agora é o “nível baixo” da campanha. “Não se discutem propostas”, avalia. “Mas não é diferente da Europa.” O português também se diz surpreso com a ascensão meteórica de Dilma. “Há um ano e meio ninguém a conhecia.”
22h09 - Plínio de Arruda Sampaio já está no Projac. Segundo ele, “esse é o debate que vai decidir.”
21h32 - Entre os profissionais de imprensa, chama atenção o homem de cabelos grisalhos na altura do pescoço, fácil de reconhecer entre os que acompanharam a campanha pela internet. É coordenador de Dilma na internet, Marcelo Branco, que também irá tuitar o debate a partir da sala de imprensa. Assediado por alguns jornalistas, ele diz que não haverá novidade para esta noite. Apostará na estratégia que tem dado certo: bombardear as redes sociais com informações sobre a candidata petista. Sobre a campanha de Dilma na web, Branco avalia que foi bem sucedida. “Nas redes sociais, somos mais bem avaliados do que ele”, diz. Ele é o candidato do PSDB, José Serra. E a que ele atribui o sucesso? “A diferença é que fizemos uma campanha propositiva. Eles (os tucanos) usaram a internet para atacar.”
21h28 – Jornalistas de todo o Brasil acompanharão o debate de hoje de uma sala de imprensa anexa ao estúdio em que será realizado o debate. O contato com os presidenciáveis acontecerá apenas ao final do encontro, em breve entrevista coletiva.

O Osmar de 2010 não tem nada a ver com o Osmar de 2006


Do blog do Fábio Campana:

O eleitor paranaense está em frente a um candidato, Osmar Dias, que sofreu uma metamorfose inacreditável em apenas quatro anos. É difícil botar fé em um político que mudou tanto em tão pouco tempo.

Osmar Dias, candidato ao governo do Paraná pelo PDT, chora no palanque nos braços de Lula, enxuga as lágrimas nos ombros de Dilma e afirma que o PT fez o governo que mais ajudou os produtores rurais

Há apenas quatro anos o mesmo Osmar, que pede conselhos para Lula, afirmava que o presidente era tão ignorante em questões agrícolas que imaginava que o arroz e o feijão nasciam nos supermercados.

Em 2006 Osmar fez um violento discurso no Senado repudiando a idéia do seu partido, o PDT, apoiar o governo Lula, a quem acusava de incompetência e comprometer o futuro do país.


O senador Osmar Dias afirmava que os programas sociais eram indutores da preguiça. “As pessoas, nas praças públicas, acham que não precisam trabalhar, porque recebem a Bolsa Família”, dizia Osmar.

Nessas eleições o senador é o campeão das bolsas. Chegou a garantir que só se tornou candidato a governador para garantir e ampliar o Bolsa Família e o Leite das Crianças.

Nas eleições de 2006 Osmar convocou uma coletiva para rebater acusações de enriquecimento ilícito feitas por Roberto Requião e anunciar que o processaria pelos crimes de calúnia e difamação. Nestas eleições Osmar e Requião são os melhores amigos do mundo.

Osmar votou a favor da privatização da telefonia, do gás canalizado, das jazidas minerais e do potencial hidráulico. O mesmo Osmar acusa Beto Richa de tramar a privatização das empresas públicas do Paraná.

Osmar também acusou seu adversário de não ter sensibilidade social, mas votou por duas vezes no Senado, em 1997 e 2001 pelo fim da multa de 40% sobre o FGTS paga aos trabalhadores demitidos sem justa causa.

Mas a metamorfose mais impressionante de Osmar talvez seja com relação às pesquisas. Nestas eleições o senador ataca Beto Richa por ter questionado e interditado as pesquisas na Justiça.

Osmar Dias em 2007 queria mudar o Código Penal para punir os institutos e inviabilizar a realização de pesquisas. Entre outras violências queria que os institutos pagassem as campanhas dos candidatos que se considerassem prejudicados pelas pesquisas.

Tudo o que Osmar diz e faz hoje ele já condenou ontem. Antes de votar nesse candidato o eleitor precisa se perguntar quem é o verdadeiro Osmar e, se eventualmente eleito, esse candidato não vai se transformar novamente.

 
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