sábado, 11 de setembro de 2010

RECURSOS FEDERAIS: Má gestão gera rombo bilionário




De acordo com um levantamento feito pelo Estadão, as condenações e aplicações de multa feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) desde 2005 devido ao mau uso de recursos por gestores públicos já somam cerca de R$ 3,5 bilhões.

Desde 2005, o TCU abriu 6.744 processos e pediu punições para 10.287 pessoas. Os constantes recursos por parte dos acusados — o que acaba prolongando a conclusão dos processos — fazem com que não seja garantida a recuperação desses valores, mesmo que eles sejam corrigidos.

Punições em 2010 devem ser maiores que em 2009

Para elaborar esse levantamento, o Estadão se baseou em dados do TCU. No primeiro semestre de 2010, as punições feitas pelo Tribunal de Contas da União a esses maus gestores somaram R$ 157 milhões. A expectativa é que em 2010 essa soma ultrapasse a marca de 2009, que chegou a R$ 1,2 bilhão.

A caminho da vitória, RMC sai às ruas com Beto Richa



População da região metropolitana recebe Beto Governador com carreatas, bandeiras, buzinaços e fogos de artifício.

Beto Richa foi saudado como governador dos paranaenses em carreatas que mobilizaram milhares de pessoas em Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Piraquara, Pinhais, Campina Grande do Sul e Quatro Barras, municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), neste sábado (11). “O Paraná tem dois caminhos: o novo e o velho”, disse Beto. “O Novo Paraná quer respeito, novas idéias e as melhores propostas para as famílias. O velho significa truculência e rancor, falta de respeito e visão presa ao passado.”

Em Fazenda Rio Grande, mais de 300 carros seguiram Beto pela avenida Carlos Nichele, pelo centro da cidade e nos bairros. Em São José dos Pinhais, a concentração foi na avenida Rui Barbosa, onde Beto foi saudado por centenas de pessoas. Na carreata pelo centro de Piraquara, uma multidão recebeu Beto com bandeiras, buzinaço e fogos de artifício. As pessoas saíram de casa e nas portas do comércio para abraçar e cumprimentar Beto Richa governador.

Em Pinhais, o encontro com Beto foi na avenida Iraí, onde um mar de bandeiras enfeitou a tarde de sábado com as cores do Novo Paraná. Em Quatro Barras, junto com o ex-prefeito Roberto Adamoski, Beto recebeu o carinho da população, com abraços e manifestações de apoio e confiança. “Todo esse apoio só reforça minha confiança de que estamos no caminho certo, o caminho de um Paraná com mais segurança, saúde e educação e, acima de tudo, respeito pelas pessoas e atenção àquelas famílias paranaenses”, disse Beto.

O desembargador Prestes Mattar determinou nesta sexta-feira que a Sanepar deixe de usar seu serviço de correio eletrônico com fins eleitorais


O desembargador Prestes Mattar, corregedor regional eleitoral, determinou nesta sexta-feira que a Sanepar deixe de usar seu serviço de correio eletrônico, que é público, para fazer campanha e pedir votos para Osmar Dias. Em caso de descumprimento da determinação judicial, a multa será de R$ 10.000 por dia.

A decisão da Justiça Eleitoral atende denúncia da Coligação Novo Paraná, que ajuizou Ação de Investigação Judicial Eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) contra Osmar Dias e Rodrigo Rocha Loures, candidatos a governador e vice pela Coligação A União Faz um Novo Amanhã. A ação pediu investigação por abuso do poder de autoridade, uso indevido de dinheiro público e de funcionários da Sanepar, em horário de trabalho, para participar de atividades de campanha eleitoral. Essas condutas são vedadas a agentes públicos, conforme o artigo 73 da Lei das Eleições, sob pena de multa e perda do registro da candidatura.


Na ação, o Tribunal recebeu provas do emprego de dinheiro da Sanepar para pagar diárias de viagem, despesas com transporte e outras, para que funcionários de cargos de confiança, de unidades regionais como Maringá e Campo Mourão, participassem de eventos políticos e eleitorais na Capital. Entre eles a Convenção Estadual do PMDB, em 27 de junho, e a inauguração, em 2 de agosto, de um comitê de campanha que tem como coordenador o atual presidente da Sanepar, Hudson Calefe.

As provas recolhidas também foram encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral, porque os mesmos atos que configuram as condutas vedadas a agentes públicos do abuso de poder de autoridade são considerados, por lei, atos de improbidade administrativa.
As ações são fundadas na Lei da Ficha Limpa, que pretende coibir a imoralidade no processo eleitoral, ao vedar o uso da máquina pública, por desvio de verba ou uso de funcionários públicos em benefício de candidatos a cargos eletivos.

Água interagiu com a superfície de Marte até tempos modernos

Parte da instrumentação da sonda Phoenix, já coberta de areia marciana


Dados da sonda Phoenix, que atuou perto do polo norte de Marte em 2008, sugere que água em estado líquido interagiu com a superfície marciana ao longo da história do planeta, e até tempos modernos. A pesquisa também oferece evidência de que Marte teve atividade vulcânica até poucos milhões de anos atrás.

Nasa


Embora a Phoenix não esteja mais operando, cientistas continuam a analisar os dados reunidos pela missão. As descobertas anunciadas nesta semana, na revista Science, baseiam-se em informações sobre o dióxido de carbono que compõe 95% da atmosfera do planeta.

"Dióxido de carbono atmosférico é como um espião", disse, por meio de nota, o cientista Paul Niles, da Nasa. "Ele se infiltra em cada pedaço da superfície, e pode indicar a presença de água, e sua história".

A Phoenix mediu em detalhes os isótopos de carbono e oxigênio da atmosfera marciana. No artigo da Science, Niles explica a proporção dos isótopos estáveis e sua implicação para a história do planeta.

"Isótopos podem ser usados como uma assinatura química para nos dizer de onde uma coisa veio, e que tipos de eventos experimentou", acrescenta ele.

Essas assinaturas químicas sugerem que água em estado líquido existiu principalmente em temperaturas próximas ao congelamento, e que sistemas hidrotermais, como nascentes de água quente, foram raras durante o passado marciano.

As medições do dióxido de carbono também revelam que Marte foi um planeta muito mais ativo no passado do que se imaginava. Os resultados implicam que Marte repôs sua atmosfera de CO2 em um período relativamente recente, e que o dióxido de carbono reagiu com o líquido na superfície.

O fato de Marte ter baixa gravidade e não contar com, um campo magnético faz com que a atmosfera de Co2 se perca lentamente para o espaço. O processo favorece a perda do isótopo mais leve, o carbono 12, em comparação com o carbono 13. Se a perda estivesse ocorrendo sem reposição, a taxa de C-12 para C-13 seria muito mais baixa que a medida pela Phoenix.

Isso sugere que a atmosfera marciana foi reabastecida por meio de vulcões, e num tempo geologicamente próximo.

No entanto, a assinatura vulcânica não aparece quando se avalia a proporção de dois outros isótopos, oxigênio 18 e oxigênio 16, que também compõem o CO2 marciano. Isso indica que o dióxido de carbono reagiu com água no passado recente, e acabou enriquecido em O-18.

Voluntários de voo simulado a Marte completam 100 dias de isolamento


Os seis voluntários do voo simulado a Marte completaram, nesta sexta-feira, 10, os primeiros cem dias de isolamento do mundo exterior, de um total de 520.

"Mais de três meses depois do início do experimento, os participantes se sentem bem. Seus estados físico e psicológico são bons. Não há queixas nem dos integrantes nem dos médicos, que os observam e que não detectaram nenhum problema", destacou Evgueni Diomin, diretor técnico do projeto.

Além disso, Diomin disse que nenhum dos "marsonautas" demonstrou vontade de abandonar o projeto, e acrescentou que lhes falta tempo para analisar essa possibilidade, já que contam com um programa de trabalho muito amplo.

"O programa inclui um total de 105 experimentos. Todos eles estão em andamento, uns sendo realizados com maior intensidade que outros", disse.

Segundo os cálculos, a nave espacial se encontraria agora na trajetória de voo a Marte, a 20 milhões de quilômetros da Terra e a 190 milhões de quilômetros do planeta vermelho.

A fim de compensar a eventual perda de massa muscular em decorrência das condições de voo, os participantes do experimento aumentaram sua atividade física e utilizam com maior assiduidade a esteira, a bicicleta ergométrica e outros equipamentos.

"Obviamente também são levados em conta os testes relacionados com a observação de seu estado de saúde, dos processos metabólicos no organismo", assinalou o diretor do projeto Marte-500 à agência Interfax.

Respondendo à pergunta sobre se o Instituto de Problemas Biomédicos da Academia de Ciências da Rússia, organizador do experimento e em cujas instalações se realiza a simulação, ia comemorar os 100 dias do projeto, Diomin disse que a data a comemorar é outra.

"Acho que do ponto de vista das celebrações, a tripulação leva em conta outra data, os 105 dias. Para eles, essa é uma data mais significativa, já que com ela batem a marca anterior (de isolamento em um voo simulado a Marte)", indicou.

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 este ambicioso projeto, ao qual a China se filiou posteriormente e que conta com a colaboração de países como Estados Unidos e Espanha.

Em novembro de 2007 foi realizado o primeiro experimento preparatório, no qual seis voluntários russos permaneceram isolados durante duas semanas. Já em julho do ano passado ocorreu uma simulação de voo de 105 dias ao planeta vermelho.

No dia 3 de junho deste ano, começou a reclusão de 520 dias dos seis voluntários que integram esta nova fase do experimento, que servirá para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.

Seus participantes - os russos Sujrob Kamolov, Alexei Sitev e Alexandr Smolenski, o ítalo-colombiano Diego Urbina, o francês Romain Charles e o chinês Wang Yue - compartilharão durante um ano e pouco mais de cinco meses os 550 metros cúbicos dos quatro módulos cilíndricos que formam o simulador.

O tempo de isolamento é referente aos 490 dias de duração da viagem de ida e volta a Marte, além de outros 30 que representam a estadia no planeta.

Na fase "marciana" do experimento, será empregado um simulador da superfície do Planeta Vermelho, de 1.200 metros cúbicos, para o qual os participantes do experimento sairão com seus escafandros.

Segundo as normas do experimento, qualquer participante pode abandonar o isolamento voluntário sem a necessidade de explicar os motivos.

Se isso acontecer, será considerado que o "marsonauta" faleceu durante o voo.

Servidora da Receita diz que 'esquentou' violações a pedido da Corregedoria


AE

A servidora da Receita Federal Ana Maria Rodrigues Caroto Cano alegou, em depoimento à Polícia Civil, ter sido orientada pela Corregedoria do órgão a "esquentar" o acesso ao sigilo de contribuintes que tiveram seus dados fiscais acessados ilegalmente na agência de Mauá, na Grande São Paulo. Ana Maria é uma das suspeitas de acessar ilegalmente declarações de contribuintes a partir da senha da chefe da Receita na cidade.

Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo, a servidora e seu marido, José Carlos Cano Larios, foram detidos para prestar depoimento sobre a suspeita de que estariam induzindo os contribuintes a assinar procurações com o objetivo de justificar os acessos ilegais. Em depoimento, eles disseram que seguiam orientação da Corregedoria da Receita.

A agência de Mauá foi palco da quebra de sigilo fiscal de quatro tucanos, de Verônica Serra e do genro do presidenciável tucano, José serra. Todos os acessos partiram do computador da servidora Adeildda Ferreira dos Santos, que junto com Ana Maria teria livre acesso a senha da chefe da Agência, a servidora Antonia Aparecida Neves Silva. Na semana passada, o Estado revelou a estratégia do comando da Receita para abafar a violação do sigilo fiscal de Verônica, ocorrida dia 30 de setembro de 2009 numa agência Santo André. Por 20 horas, a Receita sustentou a versão de que ela pedira seus dados, mesmo sabendo que a violação ocorrera com uma procuração falsa.

A suspeita de que Ana Maria e Larios estariam tentando "esquentar" os acessos surgiu depois da denúncia de um contribuinte, que disse ter sido procurado por Larios com um pedido para assinar uma procuração autorizando o acesso a seus dados fiscais.

A denúncia levou os investigadores ao escritório de Larios, onde foram encontradas 23 procurações preenchidas, mas não assinadas, de pessoas que a polícia suspeita que tiveram seus dados fiscais acessados sem procuração na agência de Mauá.

Após a detenção para a tomada de depoimento, Ana Maria e Larios foram liberados.

'Ministério da Casa Civil é o centro da maracutaia no Brasil', afirma Serra

AE

Durante visita a Goiânia onde participou de comício seguido de carreata na capital e em duas cidades do interior (Piracanjuba e Morrinhos). Ele criticou duramente a Casa Civil do governo Lula: "A Casa Civil tem sido um foco de problemas para o Brasil. Eu lembro que no caso do mensalão, na época do José Dirceu, foi o centro de escândalo. Depois, esteve a Dilma, que deixou seu braço direito, uma pessoa muito próxima, e hoje de novo, é o centro da maracutaia é a Casa Civil".

Serra prosseguiu em suas críticas: "Essas denuncias devem ser apuradas e tem que haver punição para os responsáveis. E não diversionismo e ocultamento", e aconselhou que "para se terminar com estes escândalos que fazem pouco do povo brasileiro, só mesmo a eleição".

"Eu me apresento com o candidato conhecido, que tem história, e são 27 anos do Brasil que eu ocupo cargos públicos, disse Serra elencando sua trajetória política, e afirmando que sua vida "é um livro aberto. Um livro aberto mesmo. De resto vocês tem na outra candidatura um envelope fechado", como uma ironia sobre o caso dos correios.

Erenice Guerra é suspeita de cobrar propina em contrato do governo federal

AE

Conhecida por ser "escudeira", "braço direito" e, claro, "companheira" da presidenciável Dilma Rousseff, a advogada Erenice Guerra, sucessora da candidata petista na Casa Civil, montou no Palácio do Planalto uma central de lobby familiar-partidário que cobra de empresários interessados em fazer negócios com o governo uma taxa de propina de 6%.


Reportagem publicada pela revista Veja desta semana revela que o filho de Erenice, Israel Guerra, que até pouco tempo atrás perambulava pela Esplanada em cargos comissionados de menor importância, tornou-se, à sombra da mãe-ministra, um próspero consultor de negócios, eufemismo de lobista.

No novo figurino, segundo a reportagem, Israel operou, pelo menos, a concessão de um contrato de R$ 84 milhões para um empresário do setor aéreo com negócios com os Correios. Chamada de "taxa de sucesso", a propina foi estimada em R$ 5 milhões e teria servido em parte para "saldar compromissos políticos".

Em abril do ano passado, o empresário paulistano Fábio Baracat, dono da Via Net Express, empresa de transporte de carga aérea e então sócio da MTA Linhas Aéreas, queria ampliar a participação de suas empresas nos Correios.

O objetivo era mudar as regras da estatal, de modo que os aviões contratados por ela para transportar material também pudessem levar cargas de outros clientes, arranjo que multiplicaria os lucros de Baracat e sócios.

Para obter sucesso em suas pretensões, o empresário foi orientado pelo "bas-monde" negocial de Brasília a procurar a Capital Assessoria e Consultoria, uma pequena firma em tamanho, cuja sede é uma casa numa cidade satélite de Brasília, mas grande em contatos.

No papel, são sócios da Capital Saulo Guerra, outro filho da ministra, e Sônia Castro, mãe de Vinícius Castro, assessor jurídico da Casa Civil. São dois laranjas. Sônia Castro é uma senhora de 59 anos que reside no interior de Minas Gerais e vende queijo.

Estabelecido o canal, o empresário encontrou-se com Israel e o Vinícius Castro, um subordinado de Erenice. Nesse contato, obteve a certeza que o negócio sairia. "Bastava pagar", relatou o empresário à revista. Nos acertos seguintes, Israel mostrou que o sucesso empresarial estava em seu DNA: "Minha mãe resolve", teria dito Israel, segundo o empresário.

"Impressionou-me a forma como eles cobravam dinheiro o tempo inteiro. Estavam com pressa para que eu fechasse um contrato", emendou, de acordo com depoimento prestado à Veja.

Prometido o dinheiro, feitos os contatos prévios, as "cláusulas", o contrato chegou à sua fase final, a assinatura simbólica da negociata: o ok de Erenice. "Está na hora de você conhecer a doutora", disse Israel a Baracat.

Os sócios de fato da Capita levaram então o empresário para o apartamento funcional onde Erenice morou até março deste ano, antes de mudar-se para a Península dos Ministros. Na ocasião, entre conversas amenas, Erenice foi amável e abriu um vinho. O negócio estava fechado.

Por e-mail dirigido à Veja, Israel admitiu à revista ter feito o "embasamento legal" para a renovação da licença da MTA na Anac, em dezembro. Israel também admitiu ter apresentado o empresário Fábio Baracat à mãe-ministra, mas apenas "na condição de amigo". A ministra também reconheceu a existência do encontro, por meio de sua assessoria.


Campanha petista

O caso articula-se com a campanha de Dilma não só pela presença de Erenice no caso, pela peculiaridade da propina ter a suposta destinação de "saldar compromissos políticos", mas também porque o escritório do filho-lobista funcionava, na prática, em uma banca de advocacia num shopping de Brasília que presta serviços a campanha de Dilma.

A banca Trajano & Silva Advogados tem como um dos sócios o advogado Márcio Silva, coordenador em Brasília dos advogados que cuida dos assuntos jurídicos da campanha presidencial de Dilma Rousseff.

Reação

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) aponta como "pior" aspecto da acusação o fato de o balcão de negócios estar montado na Casa Civil e não em outros órgãos públicos, como tem ocorrido no governo Lula. "Não é nem nos ministérios, tudo parece ser acertado dentro do Palácio do Planalto", constata, lembrando não ser esta a primeira vez que Erenice Guerra está envolvida em operações suspeitas. "Ela também estava no lance dos cartões corporativos, cujos valores o governo não conseguiu explicar", destaca. "Faço votos que não seja esta mais uma denúncia para o presidente Lula ridicularizar, como tem feito com tudo o de comprometedor que ocorre em seu governo", diz o senador.

Jogo sujo: Justiça manda apreender nova edição do jornal Hora H Extra

Um dos locais onde foram apreendidos os jornalecos marrons


A Justiça Eleitoral mandou apreender nesta sexta-feira (10), em Curitiba, todos os exemplares da quarta edição do jornal Hora H Extra. Foram encontrados 10 mil exemplares do jornal em uma distribuidora no Centro de Curitiba. A determinação partiu do desembargador Irajá Prestes Mattar, corregedor geral eleitoral e vice-presidente do Tribunal. Em sua decisão, o magistrado considerou que houve uso indevido do meio de comunicação e desrespeito a Lei eleitoral (lei 9504/97). Na avaliação da Justiça Eleitoral, a nova edição do jornal Hora H Extra contém “fortes ataques contra Beto Richa e elogios a seu principal adversário na disputa pelo governo do Estado, senador Osmar Dias”. A Justiça também vai investigar se há uso indevido do jornal em favor de Osmar Dias e abuso do poder econômico.
Oficiais da Justiça Eleitoral também estão cumprindo mandado judicial de busca e apreensão em diversos locais na capital.
Outras apreensões

A Justiça Eleitoral determinou a apreensão de exemplares jornais do jornal Hora H Extra também no início de setembro. Em Foz do Iguaçu foram apreendidos exemplares das edições 1 e 2 do jornal. Na época, a determinação de apreensão foi emitida pelo juiz Guilherme Cubas César, da 205ª Zona Eleitoral de Foz. Em Foz do Iguaçu, os jornais estavam no Diretório do PDT, que, funciona em um imóvel pertencente ao prefeito de Foz, Paulo Mac Donald (PDT).

Richa denuncia coligação de Osmar Dias

Hudson Calefe, presidente da Sanepar


Deu no Paçoca com Cebola:

Richa denuncia coligação de Osmar Dias

A Coligação Novo Paraná ajuizou ontem uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) contra Osmar Dias e Rodrigo Rocha Loures, candidatos a governador e vice pela Coligação A União Faz um Novo Amanhã. A ação pede investigação por suposto abuso do poder de autoridade, uso indevido de dinheiro público e de funcionários da Sanepar, em horário de trabalho, para participar de atividades de campanha eleitoral. Essas condutas são vedadas a agentes públicos, conforme o artigo 73 da Lei das Eleições, sob pena de multa e perda do registro da candidatura.

Segundo a coligação de Beto Richa, o Tribunal recebeu provas do emprego de dinheiro da Sanepar para pagar diárias de viagem, despesas com transporte e outras, para que funcionários de cargos de confiança, de unidades regionais como Maringá e Campo Mourão, participassem de eventos políticos e eleitorais na Capital. Entre eles a Convenção Estadual do PMDB, em 27 de junho, e a inauguração, em 2 de agosto, de um comitê de campanha que tem como coordenador o atual presidente da Sanepar, Hudson Calefe.

Em um golpe nepotista Osmarino tenta transformar o nanico PRTB em um "negócio familiar"


O Marino Teixeira, presidente regional do PRTB, entrou na justiça pedido cancelamento do registro da candidatura de Robinson de Paula. O motivo é o fato deste não querer fazer o jogo sujo contra o Beto Richa e a favor do Osmar Dias. O presidente do nanico partido de aluguel em um ato de nepotismo quer substituir o atual candidato, que é cabo da Polícia Militar e por isto cumpridor e defensor da Leis e da ética, pela sua filha Ella Patrícia Teixeira Vicente e assim transformar PRTB em um “negócio familiar”.

A briga começou no dia 27 de agosto, quando, ao invés de apresentar seu candidato, o PRTB utilizou o horário para criticar o candidato do PSDB, Beto Richa, apresentando trechos de uma entrevista em que ele prometia cumprir os quatro anos na Prefeitura de Curitiba. Robinson revoltou-se e foi à Justiça Eleitoral, que lhe concedeu o direito de aparecer no vídeo. Esta semana ele tem usado o espaço para dizer que é candidato e que não faz o "jogo de ninguém".

O Robinson de Paula, afirma:

"Não sou fantoche e não vou permitir que me usem para interesses particulares. Continuo candidato e vou brigar até em última instância"

A Justiça Eleitoral deferiu o pedido a favor de Robinson, mas o partido já recorreu.

O debate na Rede Massa


Após as dezoito horas as torcidas organizadas começaram a se posicionarem em frente a emissora de TV e ocorreu um princípio de tumulto, quando os cabos eleitorais do Osmar Dias, desrespeitando o acordo feito anteriormente, tentaram tomar de assalto o lado que estava reservado aos apoiadores do Beto Richa, mas a PM impôs a ordem e cada agrupamento ficou em seu canto.

Depois das vinte e duas horas, já que a princípio o debate estava programado para começar as vinte duas e trinta, o que não ocorreu, começaram a chegar os candidatos e os rojões pipocaram junto com os ruidosos brados de “já ganhou”.

O Beto Richa chegou acompanhado do prefeito Luciano Ducci, pelo vereador João Claudio Derosso e o deputado federal Ricardo Barros, candidato ao Senado, sendo festivamente recebido por mais de uma centena de correligionários.

O Osmar, que já aprendeu a lição de que é uma fria ir acompanhado pelo Roberto Requião, chegou sozinho, pois deve ser terrível ter o ex-governador buzinando no ouvido, o que deve tirar totalmente a concentração e a tranqüilidade do candidato. Para o Osmar a festa promovida pela sua claque foi da mesma intensidade da que o Beto recebeu dos seus correligionários. Dizem que este tipo de acolhida antes do embate fortalece aos candidatos.

O debate, mais solto e franco do que o que ocorreu na Band, já que no da Rede Massa as perguntas foram feitas somente pelos próprios candidatos, também pecou no excesso de debatedores, o que gera a restrição do tempo para as perguntas, replicas e treplicas entre os mesmos.

No discurso de abertura para a apresentação dos candidatos o que prevaleceu foi o “padrão horário do TRE”, já que todos estavam tensos e por isto “a foto acabou ficando estilo 3X4”.

O Beto Richa falou do modelo de gestão que pretende adotar, comentou sobre a sua boa avaliação como prefeito por parte da população e afirmou que “eleição se ganha e perde, mas que quem não pode perder é o Paraná”.

O Osmar, que tenta colar a sua imagem a de seu ex-inimigo político, fez a propaganda dos programas sociais do governo Lula falando sobre as “24 milhões de pessoas que saíram da pobreza” e ao também fazer campanha para Dilma tentou colar a sua imagem a mesma.

O Luis Felipe Bergman foi teatral ao dizer que os principais candidatos “fazem teatro, pois representam as empreiteiras, o pedágio”, etc..

O Paulo Salamuni deixou de lado as principais teses sobre o desenvolvimento sustentável, que a nível nacional é o grande mote de seu partido, para fazer um discurso moralista sobre os problemas que envolvem Assembléia, que tal qual ao som de disco arranhado é o principal e único alvo de seu discurso.

No primeiro bloco, houve sorteio apenas para definir quem perguntava para quem, mas o tema era livre.

O candidato Luiz Felipe Bergman (Psol), que em seu discurso segue a linha do Plínio Arruda, foi o primeiro a perguntar para o candidato Beto Richa.

Bergman citou o que ele considera como alguns problemas que teriam acontecido na administração do Beto na Prefeitura de Curitiba, entre eles o das vagas nas creches. Beto respondeu dizendo que o debate iria virar um “um circo”. “Então, o senhor acha que hipnotizei todos os curitibanos que aprovaram minha administração?”, questionou o ex-prefeito. “O senhor está mal informado sobre Curitiba. Caiu de paraquedas. A minha gestão na prefeitura foi campeã na criação de creches. Foram 9800 novas vagas” e também afirmou que na história de Curitiba sua gestão é a que mais criou vagas em creches.

O Beto tentou impor o debate propositivo, o debate do contraditório das idéias, no que quase foi impedido pelo adversário Osmar, que estava mais preocupado em descredenciar o principal oponente do que em mostrar o seu próprio programa de governo.

O Osmar tentou impor ao Beto a pecha de privatista e este retrucou dizendo que o Osmar enquanto senador também tinha votado a favor das privatizações: gás canalizado, jazidas, recursos naturais, potencial de energia hidráulica,etc. o que foi reforçado pelo Bergman em seu discurso ao acusar o Osmar de estar no lado do Requião e que este havia privatizado: “Olha, Osmar, não sei não. Requião, que te apóia, não fez nada contra o pedágio e privatizou a saúde. Não tenho certeza se você não vai continuar privatizando…”

O Beto questionou o fato de Osmar, como senador, ter votado a favor do fim da multa de 40% do FGTS em caso de demissão, o que tirou este direito dos trabalhadores.

O Osmar usando de uma pegadinha perguntou ao Beto sobre estradas federalizadas e este disse que está questão era uma pegadinha, uma questão secundária e relatou sobre uma postagem do Osmar no twitter afirmando que iria asfaltar uma rodovia que já está asfaltada desde 1974, o que demonstraria a ignorância do Osmar sobre o sistema viário.

O Beto afirmou sobre a carta enviada pelo Osmar ao diretório do PDT pedindo para ser senador da chapa do PSDB. O Osmar rebateu dizendo que o assunto é superado e que é candidato.

Outro ponto importante no debate foi quando o Beto ao se defender dos ataques por parte do Osmar comentou sobre o jogo sujo por parte da campanha osmarista:

“Nunca baixei o tom. Só me defendo dos ataques”

“Da minha parte, não há notícia de nenhuma apreensão de material apócrifo contra meu adversário. Não uso destas ferramentas escusas e reprováveis para vencer a eleição a qualquer custo.”

No total foram quatro os pedidos de direito de resposta registrados pelos candidatos, mas todos negados pela diretoria jurídica da emissora.

No geral o debate foi pouco propositivo, o que foi uma pena!

Data folha: O Beto Richa está na dianteira na disputa pelo governo do Paraná


O Beto Richa embora tenha deixado de ter alguns poucos pontos porcentuais (3%), o que é normal neste momento em que a disputa se encontra,já que até agora só havia crescido nas pesquisas, continua bem à frente.

Pelo conjunto de esforços de seus aliados instalados no governo federal e estadual seria impossível o oposicionista Osmar Dias continuar com a candidatura estagnada no patamar dos 34%.

O Beto Richa continua na dianteira com 44% dos votos contra os 38% de seu oponente.

O Osmar Dias com este resultado só agora conseguiu chegar ao mesmo patamar de votos, o de 38%, que obteve no primeiro turno da eleição de 2006 e não tinha o apoio do PT e do PMDB. Isto demonstra que o em 2006 derrotado Osmar não conseguiu nesta eleição começar a nova disputa com a mesma popularidade e que o apoio de seus ex-inimigos, apesar da descomunal ofensiva, até agora pouco acrescentou aos seus porcentuais neste processo eleitoral.

É difícil para o candidato do PDT mostrar ao eleitorado a sua imagem colada a de seus ex-adversários, no caso o Lula e o Requião, pois as antigas acusações disparadas entre eles, enquanto inimigos que foram em passado próximo, impedem que o povo possa hoje os ver como uma frente política coerente e confiável.

O Datafolha ouviu 1.229 pessoas entre o dia 8 e o dia 9.

 
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