sábado, 11 de setembro de 2010

O debate na Rede Massa


Após as dezoito horas as torcidas organizadas começaram a se posicionarem em frente a emissora de TV e ocorreu um princípio de tumulto, quando os cabos eleitorais do Osmar Dias, desrespeitando o acordo feito anteriormente, tentaram tomar de assalto o lado que estava reservado aos apoiadores do Beto Richa, mas a PM impôs a ordem e cada agrupamento ficou em seu canto.

Depois das vinte e duas horas, já que a princípio o debate estava programado para começar as vinte duas e trinta, o que não ocorreu, começaram a chegar os candidatos e os rojões pipocaram junto com os ruidosos brados de “já ganhou”.

O Beto Richa chegou acompanhado do prefeito Luciano Ducci, pelo vereador João Claudio Derosso e o deputado federal Ricardo Barros, candidato ao Senado, sendo festivamente recebido por mais de uma centena de correligionários.

O Osmar, que já aprendeu a lição de que é uma fria ir acompanhado pelo Roberto Requião, chegou sozinho, pois deve ser terrível ter o ex-governador buzinando no ouvido, o que deve tirar totalmente a concentração e a tranqüilidade do candidato. Para o Osmar a festa promovida pela sua claque foi da mesma intensidade da que o Beto recebeu dos seus correligionários. Dizem que este tipo de acolhida antes do embate fortalece aos candidatos.

O debate, mais solto e franco do que o que ocorreu na Band, já que no da Rede Massa as perguntas foram feitas somente pelos próprios candidatos, também pecou no excesso de debatedores, o que gera a restrição do tempo para as perguntas, replicas e treplicas entre os mesmos.

No discurso de abertura para a apresentação dos candidatos o que prevaleceu foi o “padrão horário do TRE”, já que todos estavam tensos e por isto “a foto acabou ficando estilo 3X4”.

O Beto Richa falou do modelo de gestão que pretende adotar, comentou sobre a sua boa avaliação como prefeito por parte da população e afirmou que “eleição se ganha e perde, mas que quem não pode perder é o Paraná”.

O Osmar, que tenta colar a sua imagem a de seu ex-inimigo político, fez a propaganda dos programas sociais do governo Lula falando sobre as “24 milhões de pessoas que saíram da pobreza” e ao também fazer campanha para Dilma tentou colar a sua imagem a mesma.

O Luis Felipe Bergman foi teatral ao dizer que os principais candidatos “fazem teatro, pois representam as empreiteiras, o pedágio”, etc..

O Paulo Salamuni deixou de lado as principais teses sobre o desenvolvimento sustentável, que a nível nacional é o grande mote de seu partido, para fazer um discurso moralista sobre os problemas que envolvem Assembléia, que tal qual ao som de disco arranhado é o principal e único alvo de seu discurso.

No primeiro bloco, houve sorteio apenas para definir quem perguntava para quem, mas o tema era livre.

O candidato Luiz Felipe Bergman (Psol), que em seu discurso segue a linha do Plínio Arruda, foi o primeiro a perguntar para o candidato Beto Richa.

Bergman citou o que ele considera como alguns problemas que teriam acontecido na administração do Beto na Prefeitura de Curitiba, entre eles o das vagas nas creches. Beto respondeu dizendo que o debate iria virar um “um circo”. “Então, o senhor acha que hipnotizei todos os curitibanos que aprovaram minha administração?”, questionou o ex-prefeito. “O senhor está mal informado sobre Curitiba. Caiu de paraquedas. A minha gestão na prefeitura foi campeã na criação de creches. Foram 9800 novas vagas” e também afirmou que na história de Curitiba sua gestão é a que mais criou vagas em creches.

O Beto tentou impor o debate propositivo, o debate do contraditório das idéias, no que quase foi impedido pelo adversário Osmar, que estava mais preocupado em descredenciar o principal oponente do que em mostrar o seu próprio programa de governo.

O Osmar tentou impor ao Beto a pecha de privatista e este retrucou dizendo que o Osmar enquanto senador também tinha votado a favor das privatizações: gás canalizado, jazidas, recursos naturais, potencial de energia hidráulica,etc. o que foi reforçado pelo Bergman em seu discurso ao acusar o Osmar de estar no lado do Requião e que este havia privatizado: “Olha, Osmar, não sei não. Requião, que te apóia, não fez nada contra o pedágio e privatizou a saúde. Não tenho certeza se você não vai continuar privatizando…”

O Beto questionou o fato de Osmar, como senador, ter votado a favor do fim da multa de 40% do FGTS em caso de demissão, o que tirou este direito dos trabalhadores.

O Osmar usando de uma pegadinha perguntou ao Beto sobre estradas federalizadas e este disse que está questão era uma pegadinha, uma questão secundária e relatou sobre uma postagem do Osmar no twitter afirmando que iria asfaltar uma rodovia que já está asfaltada desde 1974, o que demonstraria a ignorância do Osmar sobre o sistema viário.

O Beto afirmou sobre a carta enviada pelo Osmar ao diretório do PDT pedindo para ser senador da chapa do PSDB. O Osmar rebateu dizendo que o assunto é superado e que é candidato.

Outro ponto importante no debate foi quando o Beto ao se defender dos ataques por parte do Osmar comentou sobre o jogo sujo por parte da campanha osmarista:

“Nunca baixei o tom. Só me defendo dos ataques”

“Da minha parte, não há notícia de nenhuma apreensão de material apócrifo contra meu adversário. Não uso destas ferramentas escusas e reprováveis para vencer a eleição a qualquer custo.”

No total foram quatro os pedidos de direito de resposta registrados pelos candidatos, mas todos negados pela diretoria jurídica da emissora.

No geral o debate foi pouco propositivo, o que foi uma pena!

1 comentários :

Anônimo disse...

Infelizmente o Osmar não tem idéias próprias, precisa do Requião para ajudá-lo a responder as perguntas. Acorda Paraná!!! Não entrem no jogo do Osmar ou corremos o risco de ter um governo tão ruim quanto foi o do Requião!!!

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