segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O grande freio no progresso de sustentabilidade


Os EUA conseguiram baixar significativamente o nível das emissões de CO2 e chegaram ao menor nível em 20 anos. A causa é o uso de uma técnica de exploração de gás de xisto chamada “fraturamento hidráulico” ou “fracking”, em inglês. Esta tecnologia permite a extração de petróleo e gás natural em novos estratos. Os EUA são os grandes beneficiados pelo faturamento hidráulico e, assim, em poucos anos poderão se sustentar com autonomia e se tornarão o maior exportador de petróleo e gás natural do mundo.
Por um lado, este progresso tem um impacto positivo para o meio ambiente, já que os EUA estão mudando a produção de energia elétrica de carvão para gás natural. Dessa maneira, há uma ejeção menor do CO2 e um impacto menos negativo para o meio ambiente. Nos últimos cinco anos, principalmente em 2012, eles deixaram de depender do carvão de 50% em consumo para aproximadamente 30%.
Mas o “fracking” também tem seus problemas, entre eles a contaminação da água e a produção de metano. Além disso, o uso dele consiste na exploração das terras cujos produtos são combustíveis fósseis. Deste modo, o “fracking” não é uma solução para os problemas do ser humano em questão de preservar o meio ambiente e assegurar o fornecimento de energia. Em 50 anos as reservas irão acabar da mesma forma que o petróleo e o gás natural comum.
Assim, nas duas áreas mais importantes da inovação de sustentabilidade - produção de energia elétrica e mobilidade - há um impacto muito negativo em progresso. No Brasil, 80% da demanda em energia é atendida pela energia hidráulica, mas nos EUA e na UE a maioria da demanda ainda é atendida pela energia produzida por combustíveis fósseis.
Neste contexto, há muitas pesquisas procurando meios alternativos para a produção de energia elétrica. Na UE, as energias solar e eólica tornaram-se assuntos importantes e vários parques eólicos foram construídos. A primeira causa para iniciar os investimentos de inovação foi o preço alto dos combustíveis fósseis. Porém, o preço menor dos combustíveis tornou as pesquisas e investimentos deste ramo inviáveis, sendo que os meios tradicionais de produzir energia elétrica ganharão uma nova força.
O mesmo irá acontecer com os meios alternativos para as técnicas de condução. Há inovação no ramo porque houve uma grande chance de carros elétricos e célula de combustível chegarem a um nível acessível e viável para o consumidor final e transporte público. No entanto, esta chance está diminuindo drasticamente com os preços da gasolina caindo nos EUA e na UE.
No final das contas o “fracking” vai garantir preços baixos de energia, mas infelizmente irá trazer um ônus de atraso de todas as inovações que dependem de um preço alto dos combustíveis fósseis.
*Artigo escrito por Christoph Giffey, membro da Associação Mensa Brasil

Mais privatizações no governo petista: Governo Federal confirma arrendamentos no Porto de Paranaguá

Secretaria de Portos da Presidência da República divulgou, nesta segunda-feira (18), a lista de Portos Marítimos Organizados que poderão ser licitados dentro das condições previstas na Medida Provisória 595, a MP dos Portos, em tramitação no Congresso e que trata, entre outros itens, da concessão dos portos à iniciativa privada. Entre os terminas listados está o de Paranaguá, no Paraná.
A relação traz ainda portos como Belém-Miramar, na Região Norte; Aratu, Cabedelo e Suape, no Nordeste; Santos, no Sudeste; e Itajaí, no Sul.
O governo quer leiloar 158 terminais portuários até o fim de maio, mas o mais provável é que esse prazo não seja cumprido à risca. “Para você ter uma ideia, nos últimos cinco anos foram licitados nove ou oito”, diz o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia. “Teremos um esforço hercúleo.”Governo quer leiloar 158 terminais até maio
Do total a ser oferecido à iniciativa privada, 146 são terminais que já estão em operação, mas cujos contratos venceram ou estão por vencer. Para esses, o processo tende a ser rápido, pois não será necessário, por exemplo, obter licença ambiental. Os 42 restantes são áreas novas.
A oferta de terminais seguirá um modelo novo. Antes do pacote, os empreendedores eram obrigados a concordar com um pagamento à vista cujo valor era fixado em edital e, acima desse, davam um lance. Assim, o desembolso logo na etapa inicial do negócio inviabilizava a participação de empresas de menor porte.
Pelo modelo anunciado em dezembro passado, ganhará a concorrência quem se comprometer a movimentar maior volume de carga, a preços mais baixos. Será fixado um teto tarifário. “É um viés mais preocupado com o custo Brasil.”
O pacote portuário do governo foi regulamentado pela Medida Provisória (MP) 595, editada em dezembro passado. Em tramitação no Congresso, o texto sofre intensa pressão de diferentes setores. Foram apresentadas nada menos que 646 emendas e há disputa pela relatoria da matéria, para a qual o mais cotado é o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). (AE)

Guerrilha do Araguaia: identificada a ossada de Preto Chaves

Quatro décadas depois da Guerrilha do Araguaia, a comissão que tenta localizar e identificar os corpos dos insurgentes do PCdoB reconhece os restos do guerrilheiro mais misterioso do conflito: o ex-marinheiro Francisco Manoel Chaves. Ele viveu quase toda a vida adulta na clandestinidade e morreu, aos 66 anos, emboscado na selva num combate com militares, em 1972.


Ilustração: Isto É

Além disso, quase nada mais se sabia sobre ele, nem sequer seu local de nascimento. Supunha-se que tivesse nascido no Rio de Janeiro, mas recentemente foi confirmado que ele era mineiro. Conhecido por Preto Chaves, mas também chamado de Zé Francisco ou Velho Chico, Francisco Chaves era um dos 163 desaparecidos políticos cuja história ainda está em aberto, segundo estimativas da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República.

As circunstâncias de sua morte e sua trajetória de vida, no entanto, têm tudo para ser elucidadas a partir de agora. Depois de fazer uma série de escavações na região do conflito, especificamente no velho Cemitério de São Geraldo, peritos do Grupo de Trabalho Araguaia (GTA) descobriram três ossadas. Uma delas, que os peritos acreditam ser de um negro, foi identificada como sendo do guerrilheiro Preto Chaves. Como a investigação corre em segredo de Justiça, integrantes da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos do governo preferem não anunciar a descoberta oficialmente antes da conclusão do processo. Mas Diva Santana, representante da comissão, admite: “De fato, um dos restos mortais tem muita chance de ser do guerrilheiro Chaves”, disse Diva.

A ossada atribuída a Chaves está em Brasília sob os cuidados do governo federal para análise antropométrica. Não existe até agora nenhum indício de que o militante comunista tenha deixado parentes para reconhecê-lo a partir de exames de DNA, o que poderia facilitar o trabalho. “Precisamos ainda fazer outras análises técnicas do caso, pois não sabemos se ele teve filhos, mulher ou qualquer outro parente”, diz Sávio Andrade, representante do Ministério da Defesa no GTA.

Agildo Nogueira Júnior, pesquisador do Instituto Maurício Grabois, ligado ao PCdoB, é o único estudioso que tem ajudado o GTA com informações sobre a vida de Preto Chaves. Há alguns anos, ele levanta informações sobre o guerrilheiro para a produção de um livro. “Interessei-me pelo caso, já que quase ninguém falava sobre ele. Essa cantilena de que os militares não possuem mais informações tem atrapalhado a pesquisa”, diz Júnior. 

Agora, com a descoberta da ossada, a apuração do pesquisador pode contribuir para o reconhecimento definitivo do corpo. Ele mostra, por exemplo, uma entrevista publicada no “Jornal Opinião”, de Goiás, na década de 1990, na qual o sargento do Exército identificado como J. Pereira, que combateu no Araguaia, admite que seu grupo matou três guerrilheiros.

“Foi tiro pra lá, tiro pra cá. No final, três guerrilheiros estavam mortos”, disse J. Pereira, que ainda está vivo. O sargento fez outras revelações importantes. Ele conta que deixou os corpos dos guerrilheiros no mesmo local em que os restos mortais foram encontrados agora pelo GTA. O sargento revelou também que Preto Chaves carregava no peito um cordão de terecô, um patuá da religião afro cujo “terreiro” era frequentado pelo ex-marinheiro. “Tínhamos informações de que o guerrilheiro negro era considerado feiticeiro”, disse J. Pereira, que se referiu ainda a “uns cordões amarrados” usados pelo guerrilheiro.


Zezinho (à direita) combateu na selva ao lado de Preto Chaves no Araguaia. Ele contou que o ex-guerrilheiro frequentava terreiros de umbanda

A revelação do sargento sobre os cordões de terecô no peito de Chaves coincide com a informação prestada pelo militante Micheas Gomes de Almeida ou “Zezinho do Araguaia” ao pesquisador do Instituto Maurício Grabois. Zezinho, que conheceu e combateu na selva ao lado de Chaves, contou em 2007 que ele frequentava as sessões de umbanda na região do conflito e que carregava o patuá no peito. Zezinho confirmou a participação de guerrilheiros em cultos de religiões afro. “O Chaves participava dos terreiros.

Não podíamos destoar do dia a dia dos moradores locais. O João Amazonas (principal líder do PCdoB), por exemplo, puxava um terço danado”, revela Zezinho. De acordo com fontes do GTA, essas informações são preciosas para o reconhecimento oficial do corpo de Preto Chaves. “É muito pouco provável que um guerrilheiro negro, o que era raro, fosse enterrado, naquele mesmo local, com os cordões de terecô sem ser o Chaves”, afirmou um dos integrantes do GTA.

Antes do Araguaia, há algumas informações mais precisas sobre Chaves. Em 1935, ele participou do levante comunista contra o governo de Getúlio Vargas. Preso e torturado, foi trancafiado por meses no presídio da Ilha Grande ao lado de Graciliano Ramos. O escritor faz referência ao marinheiro em seu livro “Memórias do Cárcere”. Na década de 1960, Chaves filiou-se ao PCdoB. A partir daí, sua trajetória é obscura.



O episódio envolvendo Preto Chaves ilustra bem como os órgãos de segurança ainda tratam as informações sobre os ex-militantes comunistas e reforçam as críticas de que os militares têm sido pouco colaborativos. Até outubro do ano passado, a Marinha se recusava a tornar público o prontuário do ex-funcionário e ninguém do GTA tinha nenhuma informação sobre o guerrilheiro. Nem mesmo sua ficha de entrada na Marinha existia (ele entrou para a corporação militar em 1º de julho de 1928). 

Depois de intensas negociações, apareceu uma tímida folha da Polícia Civil do Distrito Federal que trazia algumas informações sobre Chaves. “É inconcebível que não exista nenhuma informação sobre a história de um ex-militar que serviu durante 33 anos, foi expulso e chegou a receber pensão. A Marinha tem a obrigação de abrir seus arquivos”, defende Júnior. (Revista Isto É)

Bento XVI: já vai tarde



Inspirada em várias fontes, eis algumas reflexões (e revelações para quem não sabe) sobre a renúncia de Beto XVI: um mix de dinheiro, poder e sabotagens, corrupção, espionagem, escândalos sexuais – a presença ostensiva desses ingredientes de filme de terror no noticiário constituía o dia-a-dia do Vaticano.
Tal frequência e a intensidade anunciavam algo nem sempre inteligível ao mundo exterior: o acirramento da disputa sucessória de Bento XVI nos bastidores da Santa Sé. Desta vez, mais do que nunca, a fumaça que anunciará o “habemus papam” refletirá o desfecho de uma fritura política de vida ou morte entre grupos radicais de direita na alta burocracia católica.
Mais que de saúde, razões de Estado teriam levado Bento XVI a anunciar a renúncia de seu papado.
A verdade é que a direita formada pelos grupos da Opus Dei foi o murro de arrimo deste Bento – no Brasil, sobretudo gente do PSDB como o jurista Ives Gandra, o jornalista Carlos Alberto di Franco, este, aliás, mentor do governador Geraldo Alckmin na organização. O falecido bispo de Guarulhos, D. Luiz Bergonzini, que serviu como cabeça-de-turco de Serra na campanha de 2010, acusando Dilma de “aborteira” em panfletos com assinatura falsa da CNBB, era igualmente vinculado à extrema direita católica. O ex-chefe da Casa Civil do governo de São Paulo Sidney Beraldo, agora no TCE, apontado então como um tucano com fortes vínculos junto a D. Bergonzini; ambos conterrâneos de São João da Boa Vista, onde Beraldo foi prefeito e Bergonzini nasceu e atuou.
A revista Época, pertencente às Organizações Globo, documentou na reportagem “O governador e a Obra” a iniciação do tucano Geraldo Alckmin na Opus Dei. Aliás, a revista IstoÉ também fez um ilustrativo mapeamento dos vínculos entre tucanos e os responsáveis pelo panfleto anti-aborto da extrema direita religiosa, em 2010.
Na União Européia, os “Legionários” e a “Comunhão e Libertação” (este último ligado ao berlusconismo) já haviam precipitado o fim do seu papado nos bastidores do Vaticano. Sua desistência oficializa a entrega de um comando de que já não dispunha. Devorado pelos grupos dos quais inicialmente tentou ser o porta-voz e controlar, Bento XVI jogou a toalha.
O gesto evidencia a exaustão histórica de uma burocracia planetária, incapaz de administrar democraticamente suas divergências, cada vez mais afunilada pela disputa de poder entre as várias facções direitistas, cuja real distinção resume-se ao calibre e volume das armas disponíveis na guerra de posições: ironicamente, Ratzinger foi a expressão brilhante e implacável dessa engrenagem comprometida.
Quadro ecumênico da teologia, inicialmente um simpatizante das elaborações reformistas de pensadores como Hans Küng (vide seu perfil feito por José Luís Fiori na Carta Maior), Joseph Ratzinger escolheu o apoio da direita para galgar os degraus do poder interno no Vaticano.
Em meados dos anos 70/80, ele consolidaria essa comunhão emprestando seu vigor intelectual para se transformar em uma espécie de Joseph McCarthy do fundamentalismo católico. Foi assim que exerceu o comando da temível Congregação para a Doutrina da Fé. À frente desse arremedo da Santa Inquisição, Ratzinger foi diretamente responsável pelo desmonte da Teologia da Libertação.
O teólogo brasileiro Leonardo Boff, um dos intelectuais mais prestigiados desse grupo, dentro e fora da igreja, foi um dos seus alvos: advertido, punido e desautorizado, seus textos foram interditados e proscritos. Por ordem direta do futuro papa. Antes de assumir o cargo supremo da hierarquia, Ratzinger “entregou o serviço” cobrado pelo conservadorismo.
Tornou-se mais uma peça da alavanca movida por gigantescas massas de forças que decretariam a supremacia dos livres mercados nos anos 80; a derrota do Estado do Bem Estar Social; o fim do comunismo e a ascensão dos governos neoliberais em todo o planeta. Não bastava conquistar Estados, capturar bancos centrais, agências reguladoras e mercados financeiros, era necessário colonizar corações e mentes para a nova era.
E dá-lhe pedofilia por debaixo dos paramentos sacrossantos!
Sob a inspiração de Ratzinger, seu antecessor, João Paulo II, liquidou a rede de dioceses progressistas no Brasil, por exemplo. As pastorais católicas de forte presença no movimento de massas foram emasculadas em sua agenda “profana”. A capilaridade das comunidades eclesiais de base da igreja ficou restrita ao catecismo convencional e, naturalmente, à Nova Carismática e o nunca por demais esquecido Padre Marcelo Rossi (cruzes!).
Ratzinger recebeu o Anel do Pescador em 2005, no apogeu do ciclo histórico que ajudou a implantar. Durou pouco. Três anos depois, em setembro de 2008, as finanças do conservadorismo sofreriam um abalo do qual não mais se recuperaram.
Resta desde então a imensa máquina de desumanidade que o Vaticano ajudou a lubrificar neste ciclo – como já havia feito em outros, é só invocar a História, a começar do que resta na memória popular de Papas como Rodrigo Borgia, ou Alexandre VI, com reputação de cruel e devasso, que nomeou o próprio filho Cesare Borgia, além de muitos outros parentes, como cardeais; de Júlio III, a nomeação como cardeal-sobrinho do amante de 17 anos, Innocenzo, sem esquecer Pio XII, contemporâneo do nazismo e aliado de Hitler, graças a quem subiu ao poder, ficando indelevelmente marcado por essa aliança e total “cegueira” e silêncio ultrajantes quanto ao Holocausto.
Fome, exclusão social, desolação juvenil não são mais ecos de um mundo distante. Formam a realidade cotidiana no quintal do Vaticano, em uma UE destroçada para a qual a Igreja Católica não tem mais nada a dizer há séculos. Sua tentativa de dar uma dimensão terrena ao credo conservador perdeu qualquer sentido perante a crise social devastadora.
Será lembrado (ou esquecido) como o Papa dos ricos e pedófilos.
Vade retro, Satanás!
Ou melhor: já vai tarde.

Suplicy: PT precisa aprender lições do mensalão


No terceiro mandato no Senado, petista acredita que o partido que ajudou a fundar deve melhorar a transparência nos seus gastos. Mudanças internas, para ele, são necessárias para evitar perdas de quadros para outras siglas
Para o senador, a população tem de ser informada das medidas para melhorar a cultura política entre os petistas. “Temos de mostrar isso claramente ao povo: que nós aprendemos com os problemas havidos, e estamos dispostos a caminhar corretamente”, analisou Suplicy, em entrevista ao site no sábado (16) à noite.
O senador acredita ser possível até que a nova legenda de Marina caia “nas mesmas armadilhas” em que o PT foi envolvido. “A vida política muitas vezes leva a problemas sérios. Mas espero que não”, disse. Pelo PT, Suplicy está no terceiro mandato como senador, que se encerra em janeiro de 2015. Também foi deputado federal e vereador.
Questionado se, a exemplo do DEM, o PT corre o risco de perder muitos quadros, como já ocorreu com Marina e Heloísa Helena, Suplicy diz ser necessário evitar isso com mudanças internas na legenda. “Por isso eu quero insistir com o PT sobre a aprovação dessas medidas de democratização, como o processo de escolha dos candidatos, e também a transparência, em tempo real, das contribuições ao partido.”
O senador destaca que é preciso, até como forma de redenção do PT, acabar com o uso de dinheiro do caixa dois em campanhas eleitorais. “Obviamente, também o compromisso de se utilizar os recursos contabilizados. Acho que o PT precisa aprender as lições com os problemas que aconteceram”, afirma.
No episódio do mensalão, ex-dirigentes do partido foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal à prisão sob a acusação de terem comprado apoio político no Congresso, com vistas a garantir votos na aprovação de projetos de interesse do governo Lula. Em sua defesa, alguns réus afirmaram que não houve pagamento de propina, mas “apenas” caixa dois de campanha eleitoral.
Confiança
Apesar das críticas, o senador acredita que as mudanças são metas realizáveis. Assim, o partido não perderia sua importância. “O PT veio pra ficar”, disse Suplicy ao site, depois de declarar, cercado por Marina Silva e Heloísa Helena, que estava tentado a “cair na Rede”.
O senador nega que vá deixar a legenda para garantir uma candidatura ao Senado nas eleições de 2014. “Não vou realizar ações para me incompatibilizar com os anseios maiores do PT”, afirmou. Mas Suplicy anda insatisfeito. O PT, sob a influência do ex-presidente Lula, cogita apoiar candidato de outro partido ao Senado no ano que vem, quando haverá apenas uma vaga em disputa. A ideia inicial é apoiar um nome do PMDB, como o deputado Gabriel Chalita (SP), em troca de aliança com os peemedebistas para o governo de São Paulo. Até o nome do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) já foi levantado como hipótese para substituir Suplicy no Senado com o apoio do PT. O senador diz que só deixa o cargo se for em favor do próprio Lula.
Em 2012, Suplicy foi eleito pelos internautas o melhor senador do país, na votação do Prêmio Congresso em Foco. Na cerimônia de premiação, ele roubou a cena ao cantar um sucesso deBob Dylan ao lado do deputado Tiririca (PR-SP), também um dos premiados.
A entrevista completa:

Congresso em Foco – O senhor disse que está tentado a cair na rede. Vai sair do PT?
Eduardo Suplicy – 
É porque a Marina e a Heloisa são pessoas com quem tenho grande afinidade. Mas, ao mesmo tempo, me sinto como tendo realizado uma decisão de vida de estar no PT. De minha parte, não vou realizar ações para me incompatibilizar com os anseios maiores do PT, que são os mesmos que me fizeram ser convidado a fundar em o PT em 10 de fevereiro de 1980. Continuo sempre a defender os propósitos que me fizeram ingressar no PT.
A Rede não pode ser surpreendida pelas armadilhas em que o PT caiu?Pode acontecer, a vida política muitas vezes leva a problemas sérios. Mas espero que não, por isso que vim aqui [no lançamento de Rede Sustentabilidade], para dar força.
Marina e Heloisa são duas ex-petistas que se desfiliaram porque, no conceito delas, o partido se corrompeu. O PT corre o risco de virar um DEM em termos de dissidências de seus quadros históricos?Por isso eu quero insistir com o PT sobre a aprovação dessas medidas de democratização, como o processo de escolha dos candidatos, e também a transparência, em tempo real, das contribuições ao partido. Obviamente, também o compromisso de se utilizar os recursos contabilizados. Acho que o PT precisa aprender as lições com os problemas que aconteceram.
Mas o povo brasileiro via entender essas mudanças internas?Temos de mostrar isso claramente ao povo, que nós aprendemos com os problemas havidos, e estamos dispostos a caminhar corretamente.
Então o senhor se mantém no PT para evitar que o partido vire um DEM, que não corra o risco de ir se extinguindo aos poucos…Espero poder contribuir ainda para o fortalecimento do PT. Eu acredito que isso possa ser uma meta realizável. Tenho a convicção de que não [o partido perca forca]. O PT veio pra ficar.

Yoani Sánchez desembarca em Recife em meio a protesto


A blogueira e oposicionista cubana Yoani Sánchez desembarcou no Aeroporto dos Guararapes, em Recife, sob protesto de entidades de solidariedade a Cuba.
Ativistas do Forum de Entidades de Solidariedade a Cuba a receberam no saguão do aeroporto aos gritos de "Fora Yoani", e palavras de ordem acusando-a de ser agente da CIA, de estar a serviço do governo dos Estados Unidos.
Manifestantes abriram faixas que diziam "Segundo a Unicef, existem 146 milhões de crianças subnutridas no mundo, nenhuma delas cubana" e "Fora Yoani, agente do serviço dos EUA contra o povo cubano". Um ativista ainda tentou esfregar dólares em seu rosto. Surpresa e desconcertada, ela se limitou a dizer: "Isto é a democracia".

Carlos Alexandre Azevedo PRESENTE!!!





A ditadura, que não foi nenhuma ditabranda, ainda continua torturando. Quem passou pelas masmorras dos aparelhos da repressão e tortura jamais esquece!!!




Aos meus amigos e às minhas amigas,

LUTO

Meu coração sangra de dor. O meu filho mais velho, Carlos Alexandre Azevedo, suicidou-se na madrugada de hoje, com uma overdose de medicamentos. Com apenas um ano e oito meses de vida, ele foi preso e torturado, em 14 de janeiro de 1974, no DEOPS paulista, pela "equipe" do delegado Sérgio Fleury, onde se encontrava preso com sua mãe. Na mesma data, eu já estava preso no mesmo local. 


Cacá, como carinhosamente o chamávamos, foi levado depois a São Bernardo do Campo, onde, em plena madrugada, os policiais derrubaram a porta e o jogaram no chão, tendo machucado a cabeça. Nunca mais se recuperou. Como acontece com os crimes da ditadura de 1964/1985, o crime ficou impune. O suicídio é o limite de sua angústia. 

Conclamo a todos e a todas as pessoas que orem por ele, por sua mãe Darcy e por seus irmãos Daniel, Estevao e Joana, para que a sua/nossa dor seja aliviada.


Tenho certeza de que Cacá encontra-se no paraíso, onde foi acolhido por Deus. O Senhor já deve ter-lhe confiado a tarefa de consertar alguns computadores do escritório do céu e certamente o agradecerá pela qualidade do serviço. Meu filhinho, você sofreu muito. Só Deus pode copiosamente banhar-te com a água purificadora da vida eterna. 


Seu pai
Dermi Azevedo



MAIS:

http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/46424_A+DITADURA+NAO+ACABOU+/5

Marina, mai$ do me$mo, surfa nas verdejante$ onda$ da realpolitik

A verdejante pentecostal Marina, antes participante nos memoráveis Empates promovidos pelo Chico Mendes, hoje empata seus esforços na construção de sólidas alianças com setores da oligarquia. Ela disse sobre os rumos de seu "novo partido": "Nem oposição e nem situação", ou seja, "nem pelo sim e nem pelo, muito pelo contrário".

 
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