domingo, 6 de março de 2011

Europa começa a discutir mudanças na política pesqueira


Ministros de toda a União Europeia iniciam nesta terça-feira os primeiros passos em direção ao fim da prática de descarte de peixes no mar - mudança mais radical nas políticas de pesca nos últimos 40 anos.

No primeiro encontro de alto nível sobre o tema, a comissária para assuntos de pesca da UE, Maria Damanaki, deve endereçar a mensagem de que o atual sistema de cotas de pesca deve ser reformulado para poupar os pescadores da necessidade de jogar fora grandes quantidades de peixe que capturam.

Mas ela deve enfrentar oposição de alguns setores, pois espera-se que os estados-membro com grandes indústrias pesqueiras disputem posições para tentar garantir que suas frotas desfrutem o melhor acordo no tocante às quotas.

Richard Benyon, ministro da pesca do Reino Unido, afirmou: "As fronteiras serão desenhadas no continente europeu. Temos de mudar essa prática, que é algo que as pessoas acham ofensivo, e com razão."


De acordo com ele, os ministros estão trabalhando a todo vapor para chegar a uma reforma das políticas pesqueiras comum a todos os estados-membro até janeiro de 2013. Benyon condenou o sistema em voga atualmente, chamando-o de "microgerência de Bruxelas."

Este mês, Damanaki fez a seguinte afirmação ao jornal britânico The Guardian: "Não podemos mais seguir assim, com esse pesadelo das devoluções do excesso pescado. Precisamos de uma nova política."

Quase dois terços do que é pescado em elgumas áreas é devolvido para a água, geralmente já sem vida, como resultado do sistema corrente de cotas de pesca. Quando as frotas excedem suas cotas, ou intencionalmente capturam espécies para as quais não têm licensa, elas devem descartar o excesso no mar. Só no mar do Norte, estima-se que cerca de 1 milhão de toneladas de pescado sejam devolvidas todo ano.

O desperdício de peixes comestíveis foi salientado em uma influente série de TV do canal 4, chefiada pelo expert em gastronomia Hugh Fearnley-Whittingstall, que ajudou a reunir mais de 650 mil assinaturas para uma petição a favor do fim da prática de devolução.

O Reino Unido tem trabalhado com os países escandinavos - incluindo a Dinamarca, que assumiu uma postura veemente sobre a questão - para a construção de apoio para as reformas na política de pesca da UE.

Benyon disse que iria propor três alternativas para o sistema vigente de cotas: um sistema de cotas de captura, no qual os pescadores desembarquem tudo o que pegaram, monitorados por câmeras de vigilância, mas tenham cerceada a quantidade de tempo gasto no mar; mudanças para combater a sobrepesca e técnicas para reduzir os descartes; e a abertura de novos mercados - tanto na Europa quanto nos demais continentes - para peixes que são pouco consumidos.

"Tentamos e testamos essas soluções e elas funcionam", disse Benyon. "Acreditamos que elas reduzirão os descartes em grande porcentual."

As indústrias de processamento de alimentos e de peixe nos Reino Unido apóia mudanças que reduzirão os descartes. Uma aliança sem precedentes entre os varejistas e as indústrias de processamento, incluindo Sainsbury's, Marks & Spencer e a Federação Britânica de Alimentos e Bebidas, foi arquitetada pela ONG WWF no mês passado. Eles criticaram a prática do descarte como o "resultado de um manejo pobre e de práticas pesqueiras não sintonizadas com o mercado e os desejos do consumidor", além de afirmar que a política atual não estava funcionando.

O grupo conclamou os governos a introduzir um plano de manejo de longo prazo que inclua os pescadores, dando às frotas um papel mais ativo no manejo compartilhado dos estoques ao invés de simplesmente a atribuição de cumprir as cotas, como acontece atualmente.

"Nós somos a favor do combate ao descarte, pois acreditamos que á uma prática inaceitável, um desperdício de recursos e uma barreira à sustentabilidade da atividade pesqueira. Fizemos campanha contra o descarte por muitos anos e acreditamos que o processo de reforma da política pesqueira deve ser abordado de forma prudente, porém, rápida porque não vamos ter uma pesca sustentável na Europa até que todos os peixes capturados sejam desembarcados e devidamente registados. Qualquer tempo perdido terá como resultado mais desperdício", afirmou Leendert den Hollander, executivo-chefe do Young's Seafood.(The Guardian)

Marchinhas de Carnaval de salão







Mitos e verdades sobre a bebedeira

Café, azeite, leite. Qual é o melhor remédio para curar a bebedeira? O senso comum costuma usar essas técnicas para amenizar os efeitos da embriaguez, mas será que algum deles funciona de fato? “O consumo de álcool em excesso pode gerar diversos riscos, e não há nada que possa diminuir os efeitos que ele acarreta”, afirma o Dr. Francis Fujii, médico de família e patologista clínico do Bronstein Medicina Diagnóstica/ DASA.

Um dos perigos do consumo abusivo de bebidas alcoólicas está relacionado à hipoglicemia, baixa na taxa de glicose sanguínea, que pode levar uma pessoa a desmaios ou ao coma alcoólico. “O uso do álcool, principalmente em momentos festivos, como o carnaval, pode ser agradável. Mas as consequências, principalmente se houver abusos, podem ser graves”, explica o especialista.

Ficar alcoolizado está relacionado à ingestão (quantidade) e metabolização do álcool, ou seja, sua eliminação do organismo. Isso acontece principalmente pelos rins, que fazem 90% do trabalho, mas também pelos pulmões e pele.

Segundo o patologista clínico, costumes como o de beber muita água antes do álcool, ingerir azeite, leite ou refrigerantes não ajuda a diminuir os efeitos do consumo excessivo de álcool.

“A ingestão dessas substâncias podem ajudar a combater os sintomas como desidratação e hipoglicemia, mas não corta a embriaguez”, afirma Dr. Fujii. No entanto, tomar uma xícara de café forte ajuda a deixar o corpo mais alerta, fazendo com que, aos poucos, os efeitos do álcool diminuam.(Opinião e Notícia)

Eletrobras Amazonas Energia inicia construção de termelétricas sem licença ambiental


A denúncia de um repórter do jornal A Crítica, de Manaus, levou a titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (SDS), Nádia Ferreira, e o presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Ademir Strosky, a uma visita aos municípios de Codajás, Anori, Anamã e Caapiranga nesta sexta-feira. Eles foram averiguar se a empresa Eletrobras Amazonas Energia estaria construindo termoelétricas movidas a gás natural sem a licença ambiental (licença de instalação) necessária para a emissão da ordem de serviço da obra.

Após a confirmação da irregularidade, as obras nos quatro municípios foram embargadas e só poderão ser reiniciadas após concluído todo o processo de licenciamento ambiental.

"Houve uma falta grave cometida pela empresa Amazonas Energia ao descumprir a legislação ambiental. O Amazonas anseia há muito tempo por uma energia limpa e estamos muito próximos dessa realidade. Porém, não a qualquer custo, sem o processo de licenciamento, sem ouvir a sociedade durante as audiências públicas que ainda não ocorreram", declara a titular da SDS, Nádia Ferreira, por meio de assessoria de imprensa.

A secretária afirma ainda que as multas deverão ser severas diante da gravidade da falta cometida, já que houve danos de cunho processual e ambiental.

Na vistoria ficou comprovado que as obras foram contratadas em 28 de outubro de 2010, e a entrega do EIA/RIMA no Ipaam ocorreu somente em 1º. de dezembro do mesmo ano. O presidente do Ipaam, Ademir Strosky, declara que a multa gerada pela ausência da licença ambiental nas quatro obras autuadas e embargadas já está em mais de 1 milhão de reais e poderá aumentar. "Os relatórios que serão emitidos e as notificações dessa ação de fiscalização poderão determinar a lavratura de outros autos de infração", explica Strosky.

Em nota de esclarecimento enviada à imprensa, a Eletrobras Amazonas Energia afirmou que, por uma atitude equivocada, o engenheiro responsável pela implantação das usinas baseou-se na Licença Prévia emitida no dia 24 de março de 2010 pela SDS, e também na apresentação do EIA/RIMA datado do dia 1º de dezembro de 2010 pelo Departamento de Meio Ambiente da Eletrobras Amazonas Energia, tendo decidido dar início às obras de construção das usinas sem a obtenção do documento final (licença de instalação).

As usinas termelétricas são compensações pela construção do gasoduto Coari-Manaus, que corta os quatro municípios em questão.

A empresa afirmou ainda em sua nota que as obras de construção das termelétricas somente serão retomadas após tudo estar perfeitamente regularizado junto aos órgãos ambientais. Enquanto isso, continuará atendendo normalmente à demanda de energia elétrica das referidas cidades, utilizando óleo diesel como combustível.(AE)

Ofensiva de Kadafi deixa pelo menos 100 mortos


Um bombardeio da Força Aérea líbia destruiu a base do Exército de Al-Rajma, 30 km a leste de Benghazi, a principal cidade controlada pelos rebeldes, matando pelo menos 100 pessoas e arruinando 430 peças de artilharia antitanque. Foi a maior ação militar desde o início dos confrontos, há duas semanas, e a primeira vez que a Força Aérea leal ao ditador Muamar Kadafi bombardeou uma instalação militar do Exército rebelde.


O ataque coincidiu com o avanço das forças rebeldes em direção oeste. Segundo opositores, pelo menos 30 pessoas teriam morrido depois que a melhor tropa de Kadafi - a Brigada Khamis, liderada por um de seus filhos - lançou uma nova ofensiva sobre Zawiya, cidade dominada pelos opositores a 30 km de Trípoli

Em Al-Rajma, o general rebelde Mohamed Zadia disse que entre 80 e 100 soldados e civis, além de 18 bombeiros, morreram no ataque à base, ocorrido às 18h30 de sexta-feira. Quando o Estado chegou ao local, na manhã de ontem, os pneus de algumas peças de artilharia ainda estavam pegando fogo. Dois aviões sobrevoavam uma área próxima, onde lançaram outro míssil.

“A vitória está muito próxima de nós”, exclamou o general. “Kadafi está matando o povo líbio, mas nós vamos tirá-lo de lá.” Civis recolhiam de um paiol abarrotado cartuchos de balas para fuzis-metralhadoras.(AE)

Céu deve ter poucas nuvens no Litoral na segunda-feira (07)


A segunda-feira(7) deve ser de sol no Litoral paranaense. Mas, algumas nuvens devem marcar presença no céu, deixando o tempo parcialmente nublado em alguns momentos.

De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, há possibilidade de chuviscos à tarde. As temperaturas devem ficar entre 17ºC e 27ºC.

Durante a madrugada, quando muitos foliões devem estar nas ruas, o tempo fica nublado e há possibilidade de chuvas leves.

PSYCHO CARNIVAL CURITIBA: Zumbis, monstros e múmias à solta em Curitiba


Mortos-vivos saíram de seus túmulos e vieram pelo sexto ano consecutivo comemorar o Carnaval no centro de Curitiba. A tradicional Zombie Walk reuniu neste domingo (6) mais de mil pessoas em uma caminhada que começou na Boca Maldita e seguiu rumo às Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem.

Como acontece em todos os anos, o encontro foi marcado por fantasias muito realistas. Passaram pelas ruas zumbis vestidos de monstros, múmias e até mesmo noivas, com os mais variados ferimentos em diversas partes do corpo.

Além das roupas inusitadas, os gritos agonizantes dos participantes marcaram
o percurso e chamaram a atenção de quem passava pelo Centro.

Nem mesmo os turistas que aguardavam para embarcar nos ônibus da Linha Turismo, na Praça Tiradentes, ficaram de fora. Aos gritos, os zumbis passaram por eles e assustaram pela janela os passageiros que já estavam no interior do veículo.

Eleita como a melhor fantasia da caminhada no ano passado, quando representou a morte, a professora Angélica Cristina da Silva, de 27 anos, subiu o Largo da Ordem vestida de múmia, digna de um sarcófago. Na produção de sua fantasia, ela usou 30 rolos de gaze para curativos e uma máscara. Para facilitar, ela costurou previamente as gazes na roupa que usava por baixo e ficou pronta em menos de 40 minutos.

Cristina, que participa pela terceira vez da Zombie Walk, comemora a programação diferente na cidade. “Sempre passo o Carnaval em Curitiba, mas antes não tinha nada para fazer. Agora sempre participo”, diz.

Nas Ruínas de São Francisco, ponto de chegada dos zumbis, a programação seguiu com shows das bandas que participam do Psycho Carnival.

Escandalosas vão tomar conta das ruas de Antonina


Uma das festas mais esperadas do carnaval no Litoral do Paraná, o Desfile das Escandalosas, acontece nesta segunda-feira (7) em Antonina. O tradicional concurso em que homens se fantasiam de mulheres é um dos destaques da programação da folia. As “escandalosas” irão desfilar na Avenida do Samba, a partir das 21 horas.

Outro destaque da segunda-feira é a passagem da Banda de Guaratuba. A festa começará às 21 horas, na Avenida Ponta Grossa. O percurso será da Avenida Ponta Grossa até a Praça Central.

A Avenida 29 de Abril e as transversais (entre as avenidas Curitiba e Ponta Grossa) serão interditadas às 18 horas desta segunda-feira para permitir a festa dos veranistas.

Os foliões de Matinhos e Caiobá também poderão pular atrás do trio. A concentração para a festa em Matinhos será na Avenida Curitiba, nas proximidades da rotatória, a partir das 20 horas. Em Caiobá, o trio sai da Avenida Atlântica, às 21 horas.

O carnaval em Paranaguá também continuará movimentado nesta segunda-feira. O Bloco dos Sujos passará pela Avenida Arthur de Abreu às 18 horas. Outra opção é o baile de fandango, no Marcado do Café, às 22 horas.

A Ilha dos Valadares, em Paranaguá, também terá folia nesta segunda. O Carnailha será na Praça Ciro Abalem (Praça da Matriz), a partir das 17h30.

Em Morretes, a festa de carnaval terá início às 20 horas, na Avenida Padre Saviniano, em frente à Estação Ferroviária, na Praça Rocha Pombo. Banda e Djs tocam samba e outros estilos.

Outro trio elétrico que animará os veranistas é de Praia de Leste, balneário de Pontal do Paraná. A partir das 22 horas, os foliões seguirão da Avenida Atlântica em direção à Rua Baronesa do Cerro Azul.

Em Ipanema e Shangri-la, também em Pontal do Paraná, bandas fazem a festa, nas praias centrais de cada balneário, a partir das 22 horas.

Para os pequenos foliões, a segunda-feira de carnaval reserva ainda duas festas. O baile infantil em Antonina será no Mercado Municipal e terá início às 14 horas. Em Morretes, a matinê infantil começará às 16 horas, na Avenida Padre Saviniano, em frente à Estação Ferroviária.(GP)

Nem chuva atrapalhou a folia da Matinbanda

A folia da noite de sábado (5) em Matinhos ficou por conta da Matinbanda, que não perdeu a animação nem com a pancada de chuva que caiu durante a folia. Por volta das 22 horas, o trio elétrico invadiu a Avenida Atlântica e foi seguido por uma multidão madrugada adentro.

Foliões de todos os cantos tomaram conta da beira-mar, das calçadas e das areias. Isso sem falar nas sacadas dos prédios, que ficaram ocupadas de uma ponta a outra. A carioca Priscila Fraga veio acompanhada de amigos do interior de São Paulo para conhecer o carnaval no Litoral paranaense. “Nós acabamos de chegar, depois de 11 horas na estrada e muito trânsito na chegada. Viemos direto para a avenida”, conta.

Mas há quem tenha vindo de mais pertinho, como as mulheres da família Andrade, que se enfeitaram e foram para a rua cheias de expectativa. “A gente espera que a festa seja boa, tranquila, sem brigas e sem chuva”, contou Luciana Andrade.

Mas a chuva não demorou a cair. Antes das 23 horas, uma típica chuva de verão deixou todo mundo encharcado. Mas não foi suficiente para estragar a festa, já que o número de foliões só aumentava.

A expectativa da prefeitura era de que 200 mil foliões participassem da festa, mas a Polícia Militar ainda não confirmou o número de pessoas.(GP)

ONDA DE REVOLTAS NO ORIENTE: Economia por si só não explica rebeliões


Tunísia e Egito estão entre os 14 de 135 países em que os indicadores sociais mais evoluíram, na média, nos últimos 40 anos, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010. A economia da Tunísia cresceu cerca de 4,7% de 2005 a 2009; o Egito, 6% (o Brasil, 3,6%).
Egito e Tunísia foram focos de revoltas contra governos autoritários no Norte da África e no Oriente Médio. Se desempenho econômico e situação social motivaram o tumulto, seus indicadores mais evidentes não parecem ligar causa a efeito, porém.
Ainda assim, algumas características socioeconômicos desses países poderiam explicar por que observadores da revolta egípcia ou tunisiana atribuem a revolta ao protesto de jovens sem trabalho ou à carestia da comida.
Ao contrário do resto de quase todo o mundo, na Tunísia, no Egito e na Jordânia, o desemprego entre pessoas que fizeram o ensino superior (15%) é maior que o da média nacional (12%). Desde 1990, a taxa de matrícula no ensino superior foi de 14% a 28% no Egito, e de 8% a 34% na Tunísia. No Brasil, a taxa comparável é de 34%.
Tunísia e Egito fazem parte de um grupo de países chamado de Mena6, junto de Jordânia, Líbano e Marrocos (há também o Mena dos exportadores de petróleo).

DESEMPREGO
O Mena6, sigla em inglês para Oriente Médio e Norte da África, é o grupo de países com a maior taxa média de desemprego (em torno de 12%) e também entre os jovens (22%), o dobro das taxas de economias desenvolvidas e quase 80% maior que a média latino-americana.
No Egito, cerca de 90% dos desempregados têm menos de 30 anos. Uma causa maior do desemprego é o crescimento rápido da população em idade de trabalhar, de 2,7% ao ano no Mena6, menor apenas que nos países da África subsaariana. As economias do Mena precisariam crescer entre 6% e 7% ao ano a fim de reduzir o desemprego na próxima década.
Apesar da aceleração do crescimento a partir de meados da década passada, os países do Mena6 são retardatários. Desde 1990, cresceram um terço menos que a média dos "emergentes".

INFLAÇÃO
A taxa média de inflação não parece também uma causa comum de deterioração da qualidade de vida nos países do Norte da África e do Oriente Médio. A inflação no Egito é cronicamente alta, e chegou a quase 11% em 2010.
No rico Bahrein, a inflação foi de 1,5%. Na Tunísia, de cerca de 4,5%, assim como na Líbia, ora em guerra civil. O PIB líbio cresceu 10,6% e o PIB per capita é quase o triplo do egípcio, além de o Estado oferecer mais serviços sociais, pagos com petróleo.
Mas o preço dos grãos chegou a subir 30%, e a inflação anual da comida é de 20% no Egito, onde trigo e milho são os alimentos básicos dos 40% da população pobre. Em 2008, já houvera protestos de rua contra a carestia.
A inflação dos alimentos deveu-se ao aumento do consumo global, liderado por China e Índia, e de alguma especulação financeira. Mas não apenas. Na Tunísia e, em particular, no Egito, houve redução da subvenção estatal ao consumo de comida (e de combustíveis), a fim de reduzir o gasto público.

ECONOMIAS DIFERENTES

As economias do Mena6 são diferentes do grupo Mena-exportador de petróleo: a renda per capita é menor, oferecem menos serviços sociais, são menos integradas ao comércio mundial. Mas dentro do Mena6 há diferenças grandes também entre Egito e Tunísia, por exemplo, os focos da revolta.
A economia tunisiana é sincronizada com a da União Europeia. Entre 75% e 90% das receitas de exportação, turismo, de remessas de imigrantes e do investimento estrangeiro (somados, 75% do PIB) vêm da Europa. A recessão de quase 5% na eurozona empobreceu os tunisianos, em particular os dependentes de remessas de parentes trabalhadores na Europa.(Folha)

Mocidade Azul é a vencedora do desfile de Carnaval de Curitiba


A escola de samba Mocidade Azul foi a grande vencedora do Carnaval 2011 em Curitiba. A premiação foi anunciada na tarde deste domigno (6) no memorial do Largo da Ordem, pela Fundaçao Cultural de Curitiba.A escola foi aplaudida até pelos adversários no momento do anúncio oficial.

A disputa foi apertada. Na pontuação, a escola campeã obteve 186 pontos. A Embaixadores da Alegria ficou em segundo lugar, com 181. A Acadêmcios da Realeza, campeã de 2010, somou 179. As três tiveram pontuação bem acima da quarta coloada, a Leões da Mocidade, que teve 159,5. Esta última acabou rebaixada.

Com o enredo “A Felicidade Pousou na Mocidade”, a Mocidade Azul levou o título pela 20ª vez na história. E rompeu um jejum que durava desde 2002. Por meio do relato do empenho da comunidade do Bairro Fazendinha, do reencontro das pessoas e do esforço em construir um espetáculo de impacto, a Mocidade Azul pretendia “desvendar o sentimento que parece tão simples, mas que muitas vezes não é percebido pelas pessoas”, segundo palavras de Ricardo Garanhani, responsável pelo enredo. A escola era a que tinha mais pessoas desfilando: 450 ao todo.

A Sociedade Cultural Embaixadores da Alegria festejava os 135 anos da imigração italiana no Brasil com o enredo “Mérica, que coisa é essa Mérica? Da fome às três santas felicidades...”, que apresenta a saga desses imigrantes.O desfile teve 230 integrantes.

A infância tecida em contos clássicos e populares integra o enredo “De um ponto faz-se um conto, de trás para frente fica diferente... e ponto” da Escola de Samba Acadêmicos da Realeza, que desfilu com 350 pessoas.

O tema da Escola de Samba Leões da Mocidade foi a conquista da moradia, dentro do enredo “De um sonho, a realidade que se deu. Um lugar para chamar de seu”. Os 277 componentes da escola utilizaram três carros alegóricos para expor a evolução da vida estabelecida em sociedade e o nascimento da noção de urbanidade.

Grupo de acesso
A escola de samba Internautas foi anunciada como vencedora do Grupo de Acesso do Carnaval 2011 de Curitiba. la somou 147,5 pontos, contra 132,5 d Unidos de Pinhais. No próximo ano, a escola vai disputar o Grupo Especial.

Forças terrestres leais ao líder líbio, Muammar Gaddafi, apoiadas por aviões de guerra, rechaçaram os rebeldes


Forças terrestres leais ao líder líbio, Muammar Gaddafi, apoiadas por aviões de guerra, rechaçaram os rebeldes da cidade costeira de Bin Jawad no domingo, para parar o seu avanço à cidade de Sirte.

Um combatente, que voltou ferido de Bin Jawad para Ras Lanuf, que ainda está nas mãos dos rebeldes, disse que apoiadores de Gaddafi haviam emboscado os rebeldes com metralhadoras e lançadores de granadas.

Ao ser perguntado sobre o que havia visto, ele respondeu: ""Morte". Atormentado e enfaixado, ele não disse mais nada.

Na cidade de Benghazi, tomada pelos rebeldes, uma fonte do movimento rebelde disse que eles haviam capturado "alguns soldados das forças especiais Britânicas" que estavam "a salvo e em boas mãos". Mais cedo, o ministro de defesa britânico disse que uma equipe diplomática do Reino Unido estava em Benghazi.

Os rebeldes haviam tomado Bin Jawad, a 160 km de Sirte (cidade natal de Gaddafi), no sábado, mas mais tarde se retiraram, o que levou unidades do exército a ocuparem residências locais e a posicionar atiradores de elite e obuses para fazer uma emboscada que forçou a retirada dos rebeldes de volta a Ras Lanuf.

"É um luta muito violenta, como no Vietnam", disse à Reuters Ali Othamn, um combatente rebelde. "Todo tipo de arma está sendo usado. Recuamos de uma emboscada e vamos nos reagrupar."

"As forças de Gaddafi atacaram com aviões e atiraram de cima das casas", disse Ibrahim Boudabbous, um combatente que participou do avanço rebelde.

Médicos e outros funcionários do hospital Ras Lanuf disseram que duas pessoas morreram e 22 feridos haviam chegado ao hospital dos confrontos em Bin Jawad. Testemunhas disseram que havia muitos mortos e feridos, incluindo civis, que não podiam ser resgatados devido aos combates.


Gaddafi lança contraofensiva com artilharia pesada

Tropas líbias leais a Muammar Gaddafi lançaram contra-ataques no domingo na tentativa de retomar cidades estratégicas dominadas por forças rebeldes, enquanto intensos tiroteios ecoavam pela capital.

A resistência das forças de Gaddafi, diante da revolta generalizada e da sua habilidade em contra-atacar, aumenta os temores de que a Líbia está caminhando para uma prolongada guerra civil.

Enquanto as tropas de Gaddafi atacavam e combates intensos se seguiram, um porta-voz do governo anunciava uma série de rápidas vitórias.

Os tiroteios começaram em Trípoli pouco antes do amanhecer, com rajadas de metralhadoras, algumas de grosso calibre, que ecoavam na cidade de 2 milhões de pessoas, seguidas pelo som de sirenes de ambulâncias, cânticos pró-Gaddafi e uma cacofonia de buzinas de carro.

"São comemorações porque as forças do governo retomaram o controle da todas as áreas até Benghazi e estão começando a tomar o controle de Benghazi," disse o porta-voz do governo, Mussa Ibrahim, referindo-se à segunda maior cidade controlada pelos rebeldes, situada no extremo oriente.

"Está tudo seguro. Trípoli está 100 por cento sob controle," ele disse, desaconselhando as pessoas de irem assistir às comemorações.

"Eu gostaria de aconselhá-los a não ir até lá, pela sua própria segurança."

Enquanto Benghazi se mantinha firme nas mãos dos rebeldes, tropas do governo apoiadas pela força aérea empurravam os rebeldes para fora da cidade de Bin Jawad, que eles haviam capturado no sábado, para Rãs Lanuf, cidade que é um porto petrolífero, a 660 km ao leste de Trípoli.


Perguntaram a um combatente que voltou ferido da linha de combate, para Ras Lanuf, o que ele havia visto. Ele respondeu: "Morte."

No hospital de Ras Lanuf, o Dr. Heitham Gheriani disse que pelo menos 15 feridos durante confrontos perto de Bin Jawad haviam chegado ao hospital. Um jornalista francês foi baleado na perna, ele disse.

Quatro rebeldes foram gravemente feridos e dificilmente sobreviverão, ele disse.

Mas os rebeldes afirmaram ter derrubado um helicóptero, durante o combate.

Três rebeldes falando de Ras Lanuf disseram ter visto o helicóptero cair no mar.

A TV estatal disse que as forças do governo também haviam retomado as importantes cidades costeiras Zawiyah e Misrata, imediatamente ao leste e ao oeste de Trípoli.

Um morador de Misrata insistiu que a cidade ainda estava sob o controle dos rebeldes, e um porta-voz dos insurgentes em Zawiyah disse que eles haviam repelido um novo ataque das forças do governo no domingo, depois repelir dois ataques de blindados, um dia antes.

"Essa manhã, houve um novo ataque, maior do que o de ontem. Ele durou uma hora e meia... Duas pessoas morreram do nosso lado e muitas foram feridas," disse o porta-voz Youssef Shagan, por telefone. "Ainda estamos com total controle da Praça. Agora está tudo quieto," ele continuou.

Em Trípoli, simpatizantes de Gaddafi estavam eufóricos devido a relatos sobre as cidades retomadas pelo governo e atiraram para o alto e agitavam cartazes de Gaddafi.(Reuters)

Petrobrás deve R$ 46 bi a bancos oficiais

A relação entre a Petrobrás e os bancos públicos nunca foi tão próxima. A estatal terminou 2010 com uma dívida líquida recorde de R$ 46,3 bilhões com BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, revelam dados coletados pelo pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mansueto de Almeida, no balanço mais recente divulgado pela empresa.

Esse montante respondeu por quase 40% do endividamento total da estatal, que chegou a R$ 117,9 bilhões em 2010. O levantamento demonstra um crescimento exponencial da dívida da Petrobrás com BNDES, BB e Caixa nos últimos três anos. Em 2006, a companhia tinha crédito a receber de R$ 2,55 bilhões com os bancos públicos.

Essa mudança suscita críticas entre os especialistas. "Uma empresa do porte da Petrobrás não deveria recorrer aos bancos públicos, porque tira recursos de outros setores da economia", diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). BNDES, BB e Caixa negam que, por causa dos empréstimos da Petrobrás, faltem recursos para outras empresas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobrás, o endividamento crescente reflete o apetite por novos projetos. Nos últimos quatro anos, os investimentos da Petrobrás mais que quadruplicaram, saindo de R$ 16,5 bilhões em 2006 para R$ 76,4 bilhões no ano passado.

Foi uma mudança importante no perfil da petroleira, que desde o início dos anos 2000 privilegiava a redução da dívida e a remuneração dos acionistas.

Com a descoberta do pré-sal, a Petrobrás elevou o endividamento até o limite para manter sua classificação como grau de investimento pelas agências de rating.

O impulso foi tamanho que, para reduzir a alavancagem e garantir os projetos futuros, o governo fez recentemente uma megacapitalização na empresa. "A Petrobrás pisou no acelerador o máximo possível sem quebrar o carro", diz Edmar de Almeida, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Crise global. A dependência da estatal em relação aos bancos públicos cresceu na crise global. A turbulência secou o mercado de capitais e pegou a Petrobrás em ritmo acelerado de investimentos. O governo modificou as leis para permitir que a estatal tivesse acesso a crédito no Brasil e mobilizou seus bancos. Tradicional financiadora de habitação e saneamento, a Caixa chegou a criar uma área de petróleo.

Na prática, é quase como se o dinheiro saísse do Tesouro direto para o caixa da Petrobrás, explicam os especialistas.

Para garantir a capacidade de empréstimos do bancos públicos, o Tesouro fez aportes no BNDES e na Caixa. Na semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou um novo empréstimo de R$ 55 bilhões ao BNDES.

O problema é que a dívida da Petrobrás com os bancos públicos não caiu após a crise. Boa parte dos empréstimos são de longo prazo e vão se estender pelos próximos 20 anos.

E mesmo linhas de curto prazo têm sido renovadas. Em 2010, a Caixa emprestou mais R$ 2 bilhões à Petrobrás. "A estatal não está numa situação confortável o suficiente para abrir mão dos empréstimos internos", diz Almeida.

BNDES. Entre os bancos públicos, o BNDES é o maior credor da Petrobrás. O balanço de 2010 da petroleira apontava uma dívida líquida de R$ 36,3 bilhões com o banco. É seguido pela Caixa, com R$ 5,66 bilhões, e pelo Banco do Brasil, com R$ 4,35 bilhões. Os três bancos informaram que não comentam os empréstimos em respeito ao sigilo fiscal.

O BNDES também tem R$ 18,7 bilhões em ações da Petrobrás pelo seu braço de investimentos, a BNDESPar, e, graças a uma manobra do governo para reforçar o caixa, participou com R$ 24,75 bilhões da capitalização da estatal.

Somados aos empréstimos, a exposição do BNDES à Petrobrás chega a R$ 80 bilhões. Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, os empréstimos à Petrobrás não comprometem a capacidade de crédito do banco.

A participação das pequenas e médias empresas nos empréstimos subiu de 17,5% do total em 2009 para 27% em 2010.

Lugar de tecnologia é em Pato Branco


Com 72 mil habitantes, o município de Pato Branco (Sudoeste do Paraná) pretende se tornar um centro de referência na produção de software e eletroeletrônicos. O caminho para isso está sendo pavimentado: mais de 70 empresas desse segmento, de portes variados, estão instaladas na cidade, empregando, juntas, 6 mil pessoas. Atraindo investimentos por meio de benefícios fiscais e doação de terrenos, Pato Branco luta agora para aumentar a oferta de mão de obra qualificada, uma exigência das companhias interessadas em se instalar no município.

O sonho de investir em tecnologia teve início há mais de 20 anos, com a implantação do antigo Cefet, atual Univer­­sidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e ganhou força com a criação, em 1997, do Parque Tecnológico de Pato Branco (PTBC), que já abriga 75 empresas, das quais 65 atuam na produção de softwares e 10 na de eletroeletrônicos. O parque não compreende apenas um espaço físico com várias empresas. Toda a área do município é considerada ambiente tecnológico, e as empresas do segmento estão espalhadas em vários pontos da cidade.

Um dos atrativos está na tributação diferenciada desse segmento, estabelecida pela Lei Estadual 15.634, de 2007, que prevê redução de até 80% no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para empresas do ramo eletrônico que se instalam nos municípios de Pato Branco, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, no Sudoeste do estado, e Foz do Iguaçu, no Oeste. Além disso, o município também concede benefícios como doação de áereas para a construção de barracões e, em alguns casos, paga o aluguel dos estabelecimentos até que a empresa construa sua sede.

Novos investimentos

O polo tem atraído empresas de capital estrangeiro. A chinesa Guangzhou Guangxing Electronic Corporation, a GX-Áudio, deve iniciar suas atividades no mês que vem. Com investimentos de R$ 10 milhões, a multinacional vai fabricar bobinas e cones usados na montagem de alto-falantes. Numa segunda etapa, pretende fabricar equipamentos para home theaters. Também em maio, deve se integrar ao parque a Movix, líder brasileira na produção de aparelhos de GPS. Segundo a prefeitura, a empresa vai transferir sua sede de São Paulo para o Paraná.

A produção tecnológica de Pato Branco é destinada, em sua maior parte, para o mercado interno, mas algumas companhias apostam na exportação dos produtos. É o caso da Soft Sistemas Eletrônicos, que iniciou suas atividades há um ano e faz negócios com Argentina, Paraguai e Chile. A empresa, que também tem uma unidade em Curitiba, atua principalmente na montagem de travas elétricas para automóveis. Cinquenta pessoas trabalham na montagem dos kits eletrônicos e outras dez serão contratadas até junho.

Sandro Batistella Ricci, dono da Soft, diz que uma série de fatores contribuiu para a escolha de Pato Branco na hora de expandir os negócios. “Fizemos uma análise da qualidade da mão de obra e da própria estrutura que a cidade oferece”, diz. Os incentivos fiscais também pesaram na decisão, segundo ele.

Uma das empresas mais antigas do polo é a Viasoft, que iniciou suas atividades em 1990 e hoje emprega 100 pessoas. Fabricante de softwares empresariais, a Viasoft atua com franquias e mantém negócios em 16 estados. “Tudo o que demanda desenvolvimento é centralizado aqui em Pato Branco”, diz o empresário Itamir Viola. Dono da Viasoft, ele também preside a Tecnópole Pato Branco, Oscip (Organi­­zação da Sociedade Civil de Interesse Público) responsável pela gestão do polo tecno­­­­­ló­­gico.

Turismo tecnológico

Toda a estrutura do parque tecnológico é apresentada em detalhes aos visitantes que pretendem conhecer o ambiente de negócios da cidade. Um roteiro de turismo tecnológico foi criado há um ano e meio pela Tecnópole Pato Branco. O projeto é desenvolvido em parceria com o Sindicato dos Hotéis, Bares e Res­­tau­­rantes, e as visitas são acompanhadas por um guia que re­­­passa todas as informações ao visitante. Fazem parte do roteiro informações sobre pesquisas científicas, visitas a instituições de ensino, incubadoras tecnológicas e empresas. “Um empresário não vem nos visitar à toa. Então, antes de falar em negócio, a gente o coloca no roteiro”, diz Viola.

Silvio Santos agora enfrenta os bancos


Executivos de primeiro escalão da Jequiti, uma das 43 empresas do Grupo Silvio Santos, passaram boa parte de fevereiro batendo à porta de bancos. O objetivo era conseguir um empréstimo para alongar o perfil de endividamento da fabricante de cosméticos. Até sexta-feira, haviam conseguido 30% do que buscavam.

Ainda assim, aceitando pagar juros altos para o porte da companhia (entre 1,40% e 1,90% ao mês) e mudando as garantias oferecidas aos credores: em vez de estoque de produtos, imóveis que pertencem ao Grupo.

Esse caso ilustra as dificuldades que o império do apresentador encontra para se financiar após a crise do Panamericano. Mesmo considerada a "joia da coroa" do Grupo e avaliada em R$ 800 milhões, a Jequiti tem suado para conseguir crédito.

O Grupo Silvio Santos disse, por meio da assessoria de imprensa, que "está obtendo crédito normalmente". "Essas informações são pura especulação."

O Panamericano teve um rombo de R$ 4 bilhões em decorrência de fraudes contábeis promovidas pela administração que comandou o banco até o início de novembro. No fim de janeiro, a instituição foi vendida para o BTG Pactual por R$ 450 milhões. Mas o negócio só saiu depois de o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) arcar com prejuízo de R$ 3,4 bilhões.

Em outras palavras, Silvio Santos deu um calote no Fundo, criado e mantido pelos bancos com objetivo de cobrir depósitos de correntistas em caso de quebra de alguma instituição. Em conversa com o Estado ao fim das negociações que culminaram na venda do Panamericano, um banqueiro já avisava: "Vingança é um prato que se come frio."

As razões. Não é só por questões emocionais que o Grupo enfrenta obstáculos. Afinal, banqueiros costumam ser racionais em suas decisões. O Estado ouviu sobretudo dois argumentos para explicar a mão mais fechada do que o normal com as empresas do apresentador.

O primeiro deles é a falta de governança e transparência no Grupo. "Se o Panamericano, que tem capital aberto e é fiscalizado pelo Banco Central, conseguiu promover uma fraude daquele tamanho, como confiar em empresas de capital fechado?", indaga um banqueiro.

"As empresas não têm boa gestão. O estilo paternalista e amigável de Silvio é pouco profissional e o mercado é muito competitivo", emenda outro executivo.

O segundo argumento mais citado é uma possível dívida de Silvio com a Receita Federal. Segundo o entendimento de alguns tributaristas, o empresário poderia ser obrigado a pagar até R$ 1 bilhão para o Fisco por causa da maneira como o Panamericano foi salvo. "Há um risco tributário envolvendo o Grupo", afirmou outro profissional.

Levando em conta só as maiores empresas (SBT, Jequiti e a varejista Lojas do Baú), o endividamento total do Grupo supera R$ 600 milhões. Cerca de 60% vencem em até um ano - o que se considera curto prazo. "Eles precisam alongar a dívida, estão com muita pressão no fluxo de caixa", diz um banqueiro.

A Jequiti iniciou seu périplo pedindo R$ 80 milhões para pagar em 4 anos. Baixou para R$ 50 milhões e, segundo informações de mercado, havia conseguido R$ 15 milhões até sexta-feira. A dívida total da empresa somava R$ 220 milhões no final de janeiro.

Fontes ligadas ao empresário afirmam que "muita gente" quer puxar para baixo o valor dos ativos do Grupo, especialmente do Baú. A empresa varejista está à venda e estaria negociando com as Casas Bahia e o grupo mexicano Elektra.(AE)

Principal shopping popular do país localizado em um grande centro distribuidor de contrabando, que é a 25 de Março, é condenado


O Shopping 25 de Março, tradicional ponto de comércio popular localizado na região central de São Paulo, terá que pagar multa de R$ 50 mil por dia caso não impeça, em seus boxes, a exposição e venda de produtos falsificados com as marcas Louis Vuitton, Oakley e Nike. Terá também que pagar indenização por danos morais aos titulares das três marcas.

Por três votos a dois, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que havia imposto essas penalidades à Calinda Administração, Participação e Comércio Ltda., empresa responsável pela locação dos espaços para os lojistas no centro comercial.

"Não se trata de atividade normal de shopping center, mas sim de atividade especificamente fornecedora de condições para o comércio de produtos falsificados, ofendendo direitos dos titulares de marcas", disse o relator do caso, ministro Sidnei Beneti. "A prática de tais atos ilícitos, amplamente noticiada pelos vários veículos de imprensa, já poderia ser considerada fato notório", acrescentou, citando as provas reunidas no processo.

A Nike International, a Louis Vuitton Malletier, a Oakley Incorporation e três empresas brasileiras entraram na Justiça com ação contra a Calinda, alegando que ela teria o dever de impedir a venda de produtos falsificados em seus espaços comerciais. A ação foi julgada procedente, condenando a administradora do shopping a coibir as práticas ilegais. O TJSP, ao analisar recursos de apelação dos dois lados, reduziu a multa diária por descumprimento da ordem, de R$ 100 mil para R$ 50 mil, e reconheceu o dano moral.

Recurso

O principal argumento da Calinda, em recurso especial interposto no STJ, era o de que, sendo apenas administradora do empreendimento comercial, não poderia ser responsabilizada por atividades criminosas eventualmente desenvolvidas pelos lojistas. A ação, segundo a Calinda, deveria ter sido proposta contra os comerciantes.

A possibilidade de responsabilização do administrador de um shopping – ou de simples locador de espaço comercial – por atos ilícitos cometidos pelo lojista gerou intensos debates na Terceira Turma. O relator fez questão de destacar que seu entendimento no caso não poderia ser estendido a outros centros comerciais, em razão das particularidades do Shopping 25 de Março, conhecido publicamente pelos produtos de marcas famosas falsificadas.

Durante o julgamento, os ministros comentaram sobre uma grande operação policial realizada dia 16 no mesmo shopping popular para apreensão de produtos falsificados com famosas marcas internacionais. Ordenada pela Justiça, a operação nos mais de 500 boxes do shopping levou à apreensão de milhares de artigos.

De acordo com o ministro Sidnei Beneti, o tribunal paulista, diante das provas reunidas no processo, concluiu que a Calinda, quando menos, foi culpada por omissão e descumprimento do dever de vigilância, pois "permitia e incentivava as ilicitudes, tendo em vista o tipo diferenciado de contrato que firmava com os cessionários e também a espécie de contratantes que acolhia em sua prática comercial, fornecendo efetivamente as condições para o desenvolvimento de atividade contrafatora".

Segundo o TJSP, os contratos eram celebrados "por períodos certos e breves". Nesses contratos, havia cláusula prevendo a rescisão "se o espaço cedido for utilizado para qualquer fim contrário à lei". Para o relator do recurso, ao permitir o prosseguimento da "massiva e inignorável" atividade ilícita, a administradora "aderia a essa atividade, exercida por intermédio de terceiros, advindo-lhe a responsabilidade".

Psycho Carnival de Curitiba 2011





CARNAVAL CURITIBA: Escolas do grupo de acesso seguram público mesmo com a chuva


As escolas de samba Internautas e Unidos de Pinhais, ambas do grupo de acesso, fizeram a alegria do público que veio assistir neste sábado (05). Mesmo com a garoa fina, que acompanhou a Internautas do início ao fim da apresentação, os foliões permaneceram pela avenida e brincaram com a Gralha Azul que abriu caminho para os integrantes passarem. Neste ano, a Internautas presta homenagem ao município de Pinhais.

“Mesmo com essa chuvinha, o público não recuou, o que me leva a manter a previsão de 20 mil pessoas para este Carnaval”, reforçou o presidente da Comissão executiva do Carnaval de Curitiba, Jaciel Teixeira.

A escola Unidos de Pinhais, segunda a desfilar, mostrou na avenida um pouco do trabalho da artista plástica Tadica Veiga, que desenvolve os bonecos de rua do carnaval de Pinhais. Antes de terminar a apresentação da escola, a chuva cessou o que animou ainda mais o pessoal nas arquibancadas.

Mesmo integrantes das escolas, que vivem o ano inteiro a expectativa de realizar o desfile se rendeu a emoção das primeiras horas na Cândido de Abreu. “Quando pisei na avenida fui às lágrimas, tamanha foi minha emoção. É a primeira vez que participo, não contava que fosse tão contagiante”, disse a segunda princesa do Carnaval, Dayane Benetta, de 28 anos.


A rainha do Carnaval, a veterana Marcinha Aparecida de Souza, de 46 anos, reconhece que o espetáculo é muito envolvente e defende o valor do Carnaval leite quente.

“Quem não conhece, precisa vir para cá. Garanto que vão aplaudir de pé”, assegurou a rainha. “Carnaval é energia, é vida, e isso tem de sobra nas escolas que defendem a festa em Curitiba. É por isso que mais do que rainha, eu me vejo como uma palhaça da alegria, procuro enaltecer a alegria assim como os cortejos da realeza que, na origem do Carnaval, usavam os palhaços para causar esse sentimento nas pessoas que acompanhavam o trajeto”.



Veteranos no Rancho das Flores

Último bloco a se apresentar antes do início do desfile das escolas, o Rancho das Flores, trouxe aproximadamente 400 integrantes, na maioria idosos, que gostam ou descobriram nessa fase da vida as delícias do Carnaval.

O casal Edinei Oliveira e Eva Oliveira, juntos há 48 anos, estreou neste ano. “Nós nem éramos de dançar muito, e na escola começamos a apreciar. Agora quero participar todo o ano”, afirmou Eva. “Fomos na raça e na coragem, acho que não fizemos feio”, completou Edinei.

O enredo Circo das Flores foi aprovado pelo casal e pela amiga, Tereza Bonrruk, que incentivou a participação dos dois. “Somos amigos e sabia que eles iriam gostar”. Tereza desfila há seis anos e diz que é uma realização de um sonho de infância. “Sempre gostei de Carnaval, mas no meu tempo de menina meus pais proibiam. Faz seis anos que meu sonho vira realidade nesta avenida”.

Grupo Especial

A Mocidade Azul abriu o desfilo do Grupo especial com um enredo sobre a felicidade. Depois foi a vez da Leões da Mocidade tentar o título com o tema O sonho da casa própria.

Embaixadores da Alegria será a terceira a desfilar mostrando a imigração italiana no Brasil. Por fim, a tricampeã Acadêmicos da Realeza, encerrará a programação com um enredo sobre contos infantis.

 
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