segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A milionária campanha do Osmar Dias

Mário Celso Petraglia

O candidato do PDT ao governo do Paraná, senador Osmar Dias, declarou à Justiça Eleitoral receitas parciais de R$ 9,7 milhões para sua campanha. Segundo o site G-1 do total até agora arrecadado pela candidatura Osmar Dias está já gastou R$ 9,6 milhões no primeiro mês de campanha. Os principais doadores da campanha do Osmar são pessoas jurídicas (R$ 5 milhões).

A arrecadação do Osmar representa quase cinco vezes a receita informada pelo seu principal adversário, o tucano Beto Richa, que declarou arrecadação de R$ 2,086 milhões, e praticamente 200 vezes o que foi gasto pelos candidatos dos partidos menores, cujos gastos no total não passaram de R$ 50 mil. O candidato Paulo Salamuni (PV) gastou R$ 42,3 mil. Luiz Felipe Bergmann (Psol) gastou apenas R$ 1.330 na campanha. Amadeu Felipe (PCB) arrecadou R$ 3 mil e gastou R$ 1,2 mil. Avanilson Araújo (PSTU) e Robinson de Paula (PRTB) não declararam nenhuma receita e despesa.

O grande arrecadador de fundos para a campanha do Osmar é o lernista Mário Celso Petraglia, que como o ex-governador Mário Pereira, coordenador geral da campanha do Osmar, é ligado ao grupo INEPAR. O grupo INEPAR é presidido pelo sogro do Petraglia, o também lernista Atilano Oms Sobrinho.

O Petraglia foi um dos personagens centrais da CPI dos Precatórios. A operação nascida de dentro do Banestado, que serviu como incubador de desvios do Bradesco e dos pequenos bancos que foram liquidados pelo Banco Central (BC) no rastro das denúncias feitas então pelos senadores Kleinubing (PFL-SC) e Roberto Requião (PMDB-PR).

O esquema de lavagem de dinheiro por meio da agência do Banestado (Banco do Estado do Paraná, privatizado em outubro de 2000) em Nova York, que movimentou US$ 30 bilhões entre 1996 e 1999, foi utilizado para "esquentar" dinheiro dos principais casos de corrupção brasileiros da década de 1990.

Os principais agentes da investigação do caso foram o analista do Banco Central do Brasil Abraão Patruni Júnior, o delegado da Polícia Federal José Francisco Castilho Neto, a procuradora Valquíria Quixadá Nunes e o perito criminal federal Renato Barbosa.

Em 1997 o senador Osmar Dias proferiu este discurso no senado:

..."Acusaram o Presidente Mário Celso Petraglia de ser conivente com a corrupção no futebol, como também o estão acusando de participar de outras maracutaias no País como, por exemplo, na CPI dos Precatórios, na qual seu nome aparece constantemente - ele é o tesoureiro da campanha do Governador Jaime Lerner, do Paraná, e, portanto, tem o seu nome inserido em irregularidades em nosso País.

Apesar de tudo isso, não é justo que os torcedores, dos mais humildes à elite, sofram pela decisão que deveria, sim, banir do futebol os dirigentes corruptos, mas jamais impedir que um time de futebol exerça seus direitos. E a sua torcida é a maior prejudicada nessa história toda."...

O DISCURSO DO OSMAR NA INTEGRA:

http://www.senado.gov.br/senadores/senador/odias/trabalho/Discursos/Discursos/Discurso1997/970609.htm


Será que o discurso de ontem não vale mais para os Dias de hoje?

1 comentários :

Anônimo disse...

Então ai que o senhor Petraglia fez o Clube Atletico Paranense, ou seja. Roubando!!

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