segunda-feira, 9 de agosto de 2010

NO GOVERNO LULA O BNDES ESTÁ A SERVIÇO DO GRANDE CAPITAL NACIONAL E INTERNACIONAL

Carlos Lessa

Carlos Molina

Em vez de fortalecer a pequena e a média empresa, o que manteria e geraria mais empregos, como alavancaria a distribuição de renda, o governo Lula usando um dinheiro que é de todos, o do BNDES, aposta na formação de oligopólios, o que é danoso para a economia nacional por concentrar demais as riquezas nas mãos de poucos.

Enquanto as pequenas, médias e até grandes empresas abrem falências o Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, se refere ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como “o melhor banco do mundo”. Não é somente o Eike que tanto se beneficia do dinheiro barato emprestado pelo BNDES, pois outro grande exemplo de favorecimento ao grande capital são os empréstimos concedidos as empresas JBS e a Marfrig, que receberam da instituição oficial R$ 18,5 bilhões e assim passaram a serem grandes oligopólios no setor de alimentos. Estas grandes empresas, graças ao imoral apoio do governo Lula acabam por engolir as demais que atuam no mesmo ramo de atividade, mas que não recebem este tipo de apoio oficial.

A existência dos oligopólios na maior parte das vezes leva a cartelização da economia e isto é ruim tanto para o mercado como para o consumidor final.

A existência dos cartéis normalmente ocorre em mercados oligopolísticos, nos quais existem um pequeno número de empresas que atuam na produção de produtos homogêneos. Na prática quando há a formação do cartel as mega-empresas operam como se fossem um único monopólio, isto é, como se fossem uma única empresa.

Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros de um cartel também prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam no mercado. Cartéis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda de competitividade da economia com o um todo.
Segundo estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os cartéis geram um sobre preço estimado entre 10 e 20% comparado ao preço em um mercado competitivo, causando prejuízos de centenas de bilhões de reais aos consumidores anualmente.
No setor de alimentos, circula a crítica de que um dos pontos fortes de JBS e Marfrig são suas conexões políticas. Líderes num setor que exibe margens de retorno baixas e riscos altos, a avaliação do mercado é que essas empresas não teriam ido tão longe sem o BNDES.
O JBS comprou mais de 30 empresas nos últimos anos, enquanto o Marfrig adquiriu 14 companhias fora do País.
Cerca de três anos atrás, outro frigorífico importante, o Minerva, procurou o banco na tentativa de conseguir apoio para sua expansão. Saiu de mãos vazias. Enquanto isso, apoiado pelo banco estatal, o JBS tornou-se o maior produtor de carne processada do mundo.
A grande questão é que as verbas do BNDES saem do bolso do contribuinte. Uma das principais fontes de captação do banco é o Fundo de Amparo ao Trabalhador, com recursos do FGTS, que são recolhidos de forma compulsória. Com esse dinheiro, que rende apenas 3% ao trabalhador, o BNDES faz empréstimos de longo prazo pela TJLP, que está fixada em 6% ao ano.

A segunda fonte de recursos do banco tem sido o Tesouro Nacional. Neste caso, a conta é repassada a toda a sociedade, pois o Tesouro capta recursos a uma taxa maior do que a TJLP - a Selic, usada nos títulos emitidos pelo governo, está em 8,75% ao ano. "O BNDES recebe um dinheiro de pai para filho e deveria usá-lo em atividades nobres, para criar coisas novas, não para financiar o que já existe", disse à DINHEIRO o professor Carlos Lessa, que foi o primeiro presidente do BNDES no governo Lula.

Além disso, Lessa é também um crítico insuspeito por ser considerado um dos principais economistas alinhados com o pensamento "desenvolvimentista". Uma de suas principais queixas é o fato de o BNDES financiar só as grandes empresas nacionais e multinacionais, as que teriam pleno acesso ao mercado global de capitais e pelo porte que estas tem não deveriam serem o principal alvo de um banco de fomentos, que é o que deveria ser o BNDES.

O Lessa disse:

“Isto faz com que essas entidades colossais não tenham mais as suas raízes no seu país de origem, pois elas não operam mais tendo como referência um país chamado Brasil, mas sim a sua dimensão como empresa a nível mundial. Isso não reforça em nada o desenvolvimento brasileiro.”

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles