sexta-feira, 24 de junho de 2011

Elevação da nota não influenciou preços de títulos brasileiros no exterior, diz coordenador da dívida

As recentes melhorias na avaliação da dívida brasileira pelas agências de classificação de risco teve poucos efeitos práticos nos títulos públicos brasileiros no exterior, disse nesta terça-feira, (21), o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido. Segundo ele, os preços dos papéis do país não mudaram depois das elevações da nota.

“A melhoria no rating [classificação de risco] não provocou reação dos preços de mercado dos papéis brasileiros. Na prática, os investidores já tinham precificado a elevação da nota [repassado a melhor classificação para os preços]”, afirmou o coordenador ao comentar os resultados da Dívida Pública Federal (DPF) em maio. Ele afirmou que o Tesouro Nacional ainda definiu se aproveitará a melhora na classificação de risco para emitir títulos e captar recursos no exterior.

Ontem (20), a agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota da dívida brasileira, o que na prática significa que o país reduziu a probabilidade de não pagar a dívida. Na semana passada, os seguros que os investidores pagam para cobrir os riscos de calote do Brasil ficaram menores que o dos Estados Unidos pela primeira vez na história.

Além de facilitar a captação de recursos no exterior, a elevação das notas da dívida brasileira, pode atrai o interesse de investidores estrangeiros na dívida brasileira. Apesar disso, Garrido disse as incertezas na economia global, decorrente das turbulências na Grécia e no restante da Europa, torna difícil prever se a entrada de recursos externos no país se intensificará.

Segundo o coordenador, não dá para estimar se o Brasil passará a receber mais dinheiro de investidores estrangeiros ou se a escassez de capitais vai afetar todas as partes do mundo. “É difícil avaliar o impacto do problema na Europa. Ao mesmo tempo em que há um ambiente de incerteza na economia global, os investidores internacionais podem enxergar o Brasil como lugar mais seguro e trazer recursos para cá”, afirmou.

No mês passado, a participação de estrangeiros na dívida interna subiu de 11,29% para 11,45%. O resultado, no entanto, não representa recorde. O maior percentual de presença de investidores internacionais foi de 11,80%, registrado em janeiro. (AB)

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