domingo, 27 de junho de 2010

Raios, trovoadas e fogo na Convenção Estadual do PMDB

Neste semi nublado e frio típico dia curitibano de inverno a partir das nove horas deste dia vinte e sete de Junho mesmo sem haver nuvens carregadas na Convenção do PMDB ocorrerá raios e trovoadas? Será que os raios disparados pelo Zeus Requionicus e os semideuses parlamentarus irão intimidar o “governus”, que alguns querem “interruptus”, do Pessuti?

Quando o Pessuti, que antes chegou até a dizer que não iria amarelar e renunciar a pretensão de ser eleito governador, pela forte pressão externa e interna sofrida acabou refluindo aceitando o debate em torno do apoio do PMDB a candidatura do Osmar, o que o levou a renuncia a pretensão de disputar, foi acertado:
1 – Orlando Pessuti concordaria em abrir mão da candidatura à reeleição;

2 – Orlando Pessuti indicaria o vice-governador na chapa do senador Osmar Dias (PDT);

3 – A indicação da primeira suplência de Gleisi Hoffmann (PT) seria prerrogativa de Pessuti;

4 – A indicação da primeira suplência de Roberto Requião (PMDB) seria prerrogativa de Pessuti; e

5 – Coligação na proporcional entre o PMDB, PDT, PT, PSC, PRB, PCdoB, PR e PRTB.

Do que foi discutido e aprovado no debate ocorrido entre o Pessuti, o Osmar e as direções nacionais do PMDB, PT e PDT nada do que foi acordado foi cumprido e o Pessuti depois de ter sido chamado de “estadista” por alguns e de o próprio presidente do PT Estadual, o Ênio Verri, dizer que ele era o cara (“Estou otimista, mas tem muita ainda para conversar. O Pessuti é o "Cara"”), o que não passou de mera baba e gravetos, se sentindo traído e enganado acabou refluindo. Novamente colocando a sua candidatura em pauta foi outra vez bombardeado por todos os que tornam o acordo impossível, já que os mesmos que querem que o governador recue de nada abrem mão e dos cinco pontos definidos no acordo eles só querem que se cumpra o primeiro:

1 – Orlando Pessuti concordaria em abrir mão da candidatura à reeleição.

Tal qual segundo a Lei de Murphy, onde "se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará", o resultado final deste choque de egos não poderia ser diferente, mas quando alguma coisa dá errada é mais fácil para o “coletivo” responsabilizar isoladamente alguém do que em conjunto todos os envolvidos assumirem os próprios erros na condução do processo e isto oportunisticamente já está acontecendo, tal qual fica claro no twitter do André Vargas:

"# Estive na reunião da Bancada do PMDB com OSMAR.Ele é candidato desde que PESSUTI restabeleça o combinado nacionalmente.Hora d desprendimento about 1 hour ago via web"

Que coerência possui o dirigente do PT ao querer cobrar do Pessuti o mesmo que a ele não querem oferecer?

Ele quer que o Pessuti faça o que o PT e demais envolvidos no impasse não estão dispostos a fazer em relação ao Pessuti e isto está claro no seu discurso anterior, também postado no twitter:

“# Coligação com Osmar e chapão já é um sacrifício, mas assimilada. Se não for isso, candidatura própria. about 2 hours ago via web”

Mesmo tendo colocado novamente a sua candidatura em pauta o Pessuti, que tem a alma grande, na noite de sexta feira assumiu que caso o acordo feito com os dirigentes nacionais fosse cumprido ele novamente renunciaria a pretensão de ser candidato:

“Temos que confeccionar as cédulas e acertar os detalhes da convenção neste sábado. Por isso eu e os demais companheiros de executiva do partido aguardaremos uma decisão final de Osmar das 12h às 13h”

isto não ocorreu e as conversações se prolongaram madrugada adentro!

O Pessuti e o PMDB em maioria, cansados pela enrolação a que foram sujeitos, querem a candidatura própria, o que é um direito, já que o PMDB é o maior partido do Estado e não aceitam que a palavra dada ao Pessuti não seja cumprida, o que consideram má fé e oportunismo.

Entre os acertos e desacertos o que deve vigorar é o que já havia sido dito pelo presidente do PMDB Waldyr Pugliesi:

“Não importa para qual cargo, um partido político só existe se disputar as eleições com candidatos próprios seja para a Câmara de Vereadores, deputado estadual ou federal, prefeito, governador, senador e presidente da República”

"O PMDB decidiu por candidatura própria no ano passado e apresentou o nome do Pessuti. O PT deveria, lá no começo, ter se juntado a nós e elegeríamos o Pessuti, o Requião, a Dilma e a Gleisi. Agora, nos querem num papel acessório"

"Mas vamos conversar, conversamos com todo mundo, mas sem esquecer que temos candidato"

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