segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Hollywood fugiu do 11 de setembro e escolheu o entretenimento, onde, além mar, os "super homens" norte americanos lutavam contra o "terrorismo"

COMENTÁRIO:

Como parte da guerra permanente, enquanto essência da estratégia da manutenção do poder "cultural" imperial, a indústria da indução comportamental, que é Hollywood, no segundo ataque direto ao território norte americano, que do ponto de vista do pânico causado foi pior que o anterior em Pearl Harbor, pois partiu de um inimigo sem face e de dentro do próprio território, está a serviço do estado e dos sistema foge do debate, pois as origens que causaram o ataque são o genocída neo-colonialismo com nova roupagem.

Ter de discutir o 11 de Setembro com mais profundidade implicaria na discussão das práticas invervencionistas adotadas pelo império pelas armas na sua manutenção e ampliação das áreas de influência econômica. Para que isto ocorra e o coração bélico da indústria norte americana continue a pulsar, já que é o carro chefe econômico industrial, a população tem de estar a favor das intervenções armadas.

Em vez de reproduzir o 11 de Setembro, que significou uma derrota para o discurso da inviolabilidade do território, o que piscologicamente dava tanta segurança para o povo, mera mão de obra nas guerras intervencionistas, a indústria cinematográfica, como fuga parte para divulgar a resposta contra um inimigo imaginário, estando este falsamente localizado no Iraque e para lá os porta aviões levaram a "PAX DEMOCRÁTICA" norte americana. Eles "esqueceram" de dizer que tanto o Iraque de Sadham como o Afeganistão de Bin Ladhen foram criações do EUA na sua luta pela manutenção de poder.

As tão propaladas armas químicas, made in USA, já haviam sido usadas pelo ex-aliado iraquiano na disputa contra o Irã e os curdos. No Afeganistão além de cassar Bin Ladhen, ex-aliado, e naquele momento o principal desafeto, o objetivo era outro, a manutenção de um território conquistado com o apoio da "inimiga" Al qaeda. Os EUA financiaram os talibans (guerrilheiros) para expulsarem os na época invasores russos e assim impedir que a Rússia construisse o hidrocarbo-duto para levar petróleo e gás para o Oriente, principalmente para a China, que assim ficaria mais independente do petróleo fornecido pelo Ocidente , e a Rússia mais capitalizada enquanto fornecedora dos produtos.

A Guerra Permanente Assimétrica, que ocorre de forma localizada, onde usando e estimulando o choque entre grupos locais e dividindo se obtém o poder pela instalação de prepostos, é intrínseca há própria existência da hegemonia política e militar econômica dos EUA. Sem a hegemonia oriunda das guerras e das riquezas que estas movimentam, os norte americanos param. O maior problema deles é que a expansão tem limites e está custa caro, para o mundo, como para o povo norte americano, pois a riqueza que era para ser revertida internamente em bem estar social ao ser desviada para a manutenção da hegemonia global faz aquele povo perder direitos sociais e a pagar mais impostos para tentar equilibrar o enorme déficit nas contas do Tesouro. Em Maio a dívida dos norte americanos atingiu o estratosférico limite legal dos 14,29 trilhões de dólares, o que a torna impagável, mesmo sem lastro imprimindo dólares, cortando os investimentos no social, diminuindo os juros e aumentando os impostos para a classe média e os de baixa renda pagarem, já que nestes períodos de crise os muitos ricos, responsáveis diretos pelas políticas antes adotadas e que levaram ao caos, recebem mais subsídios e incentivos. Estes serão novamente mal usados, na tentativa de manter um modelo estrutural falido. Assim eles vão aumentando o rombo já existente nos cofres públicos com a impressão de mais dinheiro, mas sem que está desvalorização do dólar ao injetar mais dinheiro sem lastro na economia interna venha equacionar a curto e médio prazo os graves problemas econômicos sociais em uma economia em recessão, que em sua queda arrasta e arrasa o mundo com ela. Disto a indústria do cinema não fala!

Hollywood fugiu do 11 de setembro e escolheu o entretenimento

Em dez anos, apenas dois estúdios de Hollywood produziram filmes diretamente inspirados nos atentados mais mortíferos já cometidos em solo americano

Os atentados de 11 de setembro foram pouco explorados por Hollywood, que preferiu se afastar do trauma e e se virar como nunca para o entretenimento, em vez de gerar a rica filmografia como a que se seguiu após a Segunda Guerra Mundial ou a Guerra do Vietnã.

Em dez anos, apenas dois estúdios de Hollywood produziram filmes diretamente inspirados nos atentados mais mortíferos já cometidos em solo americano: o Universal, com "Voo 93" (2006), e o Paramount, com "World Trade Center", de Oliver Stone (2006).

No entanto, Hollywood reagiu - como é habitual - a este tema durante os meses que se seguiram ao ataque. "Havia um enorme interesse pelo 11 de setembro e suas consequências", afirmou à AFP Bonnie Curtis, que produziu para Steven Spielberg "O resgate do Soldado Ryan" e "A.I. - Inteligência Artificial", antes de se dedicar ao cinema independente.

"Muita gente começou a trabalhar em um material (dramático) que nem sequer teria existido se não fosse pelo acontecimento em si", acrescentou. Assim, durante um tempo, "circularam muitos projetos sobre o 11 de setembro" de 2001.

Mas começaram a surgir muitas dúvidas sobre eles. "Tínhamos muitos questionamentos, como: 'É muito cedo para fazer um filme sobre o ocorrido?'; 'O público terá algum interesse em vê-lo?'", comentou Bonnie Curtis. A resposta chegou na estreia de "Voo 93" e "World Trade Center": ambos fracassaram nas bilheterias.

O primeiro arrecadou 74 milhões de dólares em todo o mundo, o segundo 161 milhões. São números medíocres para Hollywood.

"Para os diretores dos estúdios, isto foi um sinal de que era preciso reconsiderar o tema", observou Jason E. Squire, professor da Escola de Artes Cinematográficas da Califórnia do Sul (USD), em Los Angeles.

De acordo com Bonnie Curtis, ficou claro que o público não tinha vontade de ir ao cinema e ver aquilo. "E Hollywood é uma indústria: então após o entusiasmo inicial e alguns filmes sobre o tema, ninguém teve a aprovação para realizar este tipo de projetos". "O dia 11 de setembro foi traumático. Eu estava traumatizado, como a maioria de nós. Não queríamos voltar a vê-lo", explicou à AFP Don Hahn, produtor dos estúdios Disney. "Preferimos nos divertir com filmes que nos fizessem esquecer de tudo aquilo".

"Talvez por isso estamos vendo tantos filmes de super-heróis, tantos Capitão América, Homem de Ferro, porque estes personagens podem derrotar os homens maus", sorri Hahn, que produziu "O Rei Leão" e atualmente trabalha em "Frankenweenie", de Tim Burton.

Para Squire, não há nenhuma dúvida disso. "O dia 11 de setembro pôs em evidência a importância do entretenimento na sociedade como meio de evasão".

No entanto, Richard Walter, roteirista e professor da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), discorda desta visão: "Dizer que os filmes hollywoodianos permitem escapar é como dizer que o presidente Barack Obama é democrata. Não tem nada de novo".

Segundo Walter, o mundo do cinema foi tão afetado pelos atentados quanto o resto do mundo, mas "Hollywood está fazendo o que sempre fez e não mudou em nada a forma como faz filmes".

Bonnie Curtis assinalou, por sua vez, um maior apetite após o 11 de setembro pelos filmes leves. "Houve um grupo de cineastas em Hollywood que pensou que a única coisa que o público queria era fugir na fantasia, nos efeitos especiais e nos super-heróis", disse.

Isto não impediu - acrescentou - que "alguns cineastas quisessem se aprofundar na tragédia e mostrar os efeitos que ela teve em nosso país e em nosso planeta", como ilustra a quantidade de filmes inspirados nas guerras do Iraque e Afeganistão, assim como "Guerra ao Terror", de Kathryn Bigelow, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em 2010.

Don Hahn quer acreditar, por sua vez, que os atentados levaram Hollywood a ser menos caricatural e mais aberto. "Uma das coisas negativas do 11 de setembro é que muitos de nós voltamos mais desconfiados e muito zelosos de nossa cultura. Espero que em dez anos tenhamos nos tornado mais tolerantes".


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