sábado, 19 de março de 2011

JAPÃO: O papel da internet diante da tragédia

A internet se mostra cada vez mais uma importante ferramenta de comunicação em momentos de tragédia. Desde o terremoto no Japão, na sexta-feira [11/3], o Global Voices, um grupo internacional de blogueiros que traduz conteúdo de mídias sociais para diversas línguas, tem tido bastante trabalho. O tsunami que seguiu o tremor de 8.9 pontos da escala Richter e atingiu a costa leste do Japão, assim como as explosões na usina nuclear de Fukushima, levaram muitos cidadãos japoneses a se voltar às redes sociais, como Twitter e Facebook, para debater seus temores e a necessidade da energia nuclear no país, além de buscar informações sobre vítimas da catástrofe.

O Global Voices fez uma cobertura especial sobre o Japão, com links, artigos e mensagens em diversas línguas. A ideia do site é ampliar a comunicação. Nas mensagens traduzidas do Twitter, pessoas questionavam o uso de energia nuclear em um país comumente atingido por terromotos. Outros se queixavam dos grandes paineis luminosos acesos em Tóquio enquanto o país teme passar por racionamento de energia. "Se as pessoas não desperdiçassem energia, não haveria a necessidade destas instalações e coisas como esta não teriam que acontecer... Nós deveríamos pensar seriamente na questão do gasto de energia", desabafou um internauta.

Ajuda das redes sociais

Logo após o terremoto e o tsunami, as pessoas usaram as redes sociais para compartilhar informações e para procurar por parentes e amigos. O acesso à telefonia móvel foi afetado, mas pessoas das regiões atingidas conseguiam enviar mensagens de texto e usar dados de internet no celular.

No fim de semana, o Twitter publicou um guia – em japonês e inglês – para ajudar usuários no Japão a conseguir informações e se comunicar com conhecidos. O guia incluía as hashtags (termos com os quais é possível fazer buscas no microblog) mais usadas para falar sobre a tragédia. O Japão tem cerca de 10 milhões de usuários ativos no Twitter, o que corresponde a uma em cada 10 pessoas online.

O Google também disponibilizou uma ferramenta para auxiliar na busca por sobreviventes. Além de poder deixar mensagens, internautas têm acesso a informações e vídeos sobre o desastre, notícias e tweets em tempo real. Pode-se ainda fazer doações diretamente para a Cruz Vermelha do Japão.

O Facebook vem fornecendo informações atualizadas sobre a tragédia e sobre como as pessoas podem ajudar e fazer doações através da página Global Disaster Relief. Com informações do New York Times [13/3/11]. (Observatório da Imprensa/Larriza Thurler)

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