sábado, 5 de fevereiro de 2011

Hospital de Clínicas funciona com apenas metade dos funcionários

Os cerca de 15 mil pacientes que procuram o Hospital de Clínicas de Curitiba encontraram hoje (03) pela manhã, um atendimento lento e vários protestos. Devido a paralisação iniciada às 7h da manhã, o efetivo de servidores foi reduzido de aproximadamente 700 para apenas 300 funcionários. “ Pode ser que demore, porém, ninguém deixará de ser atendido”, garantiu Wilson Messias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, RMC e Litoral (SINDITEST-PR).

Ainda de acordo com Messias, as áreas que podem ser mais afetadas pela greve devem ser o laboratório e o centro cirúrgico, que no momento contam com escala geralmente adotada em finais de semana. “Devem ficar apenas umas cinco pessoas no centro cirúrgico, para dias normais isso é muito pouco”, disse o presidente.

Em reunião realizada também na manhã de hoje, no 7º andar da unidade, os funcionários aprovaram o indicativo de greve, que ainda não tem previsão de início. Além da paralisação de um dia, os funcionários prometem fazer uma passeata ainda no final da manhã de hoje até a Praça Santos Andrade, onde devem se reunir para tentar chamar a atenção da população para a sua causa. Para o dia 16 de fevereiro está prevista uma caravana de alguns dos manifestantes até Brasília, onde se encontrarão com o Ministro da Saúde para tentar colocar um ponto final no imbróglio.

Reinvidicações

Os servidores cruzaram os braços em protesto à medida provisória 520, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, podendo assim privatizar indiretamente todos os 46 hospitais universitários federais do país. Para os trabalhadores, esta medida põe em risco o emprego de vários profissionais, além de tornar o atendimento do hospital mais precário. “Esta medida aprovada no dia 31 de dezembro faz com que os hospitais universitários federais sejam administrados por uma empresa de caráter privado. Com isso corremos o risco de seguir o modelo do hospital de Porto Alegre que tem uma porta para os pacientes particulares e outra para os públicos. Além disso, todas as características do hospital, como pesquisa e desenvolvimento de tratamentos serão comprometidas”, afirmou Wilson.

Fonte: Banda B

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