sábado, 5 de fevereiro de 2011

Começam audiências judiciais de maior quadrilha de traficantes do Paraná


Começaram, nesta semana, as audiências de instrução do processo no qual são rés nove pessoas, acusadas de integrar a maior quadrilha de tráfico de drogas do Paraná. Dentre os presos está Éder de Souza Conde, de 35 anos, apontado como o cabeça da quadrilha, e a suposta namorada dele, Suzimara Steff, segundo lugar no concurso Miss Curitiba 2010. O grupo foi preso em maio do ano passado durante a Operação Ressaca, deflagrada pela Polícia Federal (PF). As investigações apontaram que a quadrilha movimentava 100 quilos de drogas a cada três meses no estado.

As audiências ocorrem na 9ª Vara Criminal da capital, no bairro Santa Cândida. Os nove réus participam presencialmente de todas as sessões. Sete homens acusados de integrar a quadrilha, que estavam presos na Penitenciária de Catanduvas, foram trazidos a Curitiba para os procedimentos. Até o fim da série de audiências, eles permanecem encarcerados na sede da PF. As duas mulheres – entre elas, Suzimara – já estavam presas na capital.

Na segunda-feira (7), os nove réus devem ser interrogados. Na primeira etapa da audiência, eles devem responder as perguntas apresentadas pelo Ministério Público. Em seguida, os questionamentos são feitos pela defesa e, por fim, pelo juiz.

Nesta semana, foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa. O primeiro a depor foi o delegado da PF, Wagner Mesquista, responsável pelas investigações que terminaram com a prisão do grupo. Em quatro horas de depoimento, ele deu detalhes sobre as diligências e detalhou as provas que já foram apresentadas à Justiça. “Foi uma audiência produtiva, em que demonstramos a consistência das acusações e das provas, que são muito fortes contra todo o grupo”, disse o delegado.

Quadrilha e provas

Conde é considerado pela PF como o “Fernandinho Beira-Mar do Paraná”. O acusado se notabilizava por morar em mansões, ostentar carros de luxo e frequentar badaladas casas noturnas.

Segundo a PF, a droga que era distribuída pela quadrilha vinha de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, trazida ao Paraná em carros e ônibus. Cada carregamento do entorpecente adquirido por Conde custava em torno de R$ 250 mil. No Paraná, a droga era distribuída a traficantes menores e a usuários. De acordo com a PF, o grupo movimentava 100 quilos de drogas a cada três meses,com lucro anual estimado em R$ 6 milhões.

As investigações apontaram que o dinheiro levantado com o tráfico era investido em uma empresa de guincho e uma que financiava compras de veículos a uma loja de carros. Conde seria sócio de ambos os empreendimentos.

Duas pessoas que transportavam drogas para Conde chegaram a ser presas pela PF e apontaram-no como proprietário do produto. A polícia também conseguiu comprovante de compras de entorpecentes e monitoramento de viagens de Conde a Ponta Porã para negociar pessoalmente a compra dos carregamentos.

A PF localizou ainda uma casa, no bairro Cidade Industrial de Curitiba que funcionava como “quartel-general” da quadrilha. Em paredes ocas da casa, foram encontrados fuzis e 15 tijolos de cocaína.

Fonte: Gazeta do Povo

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