sábado, 16 de julho de 2011

Fogo consomiu 60 hectares de Vila Velha

Cerca de 60 hectares de vegetação do Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (Campos Gerais), foram consumidos por um incêndio na tarde de ontem. Homens do Corpo de Bombeiros e da Brigada de Incêndio da unidade de conservação levaram quatro horas para conter os focos. A área queimada tem o tamanho aproximado de 60 campos de futebol e equivale a 1,92% do parque, que tem 3.122 hectares.

O fogo começou perto do acostamento da BR-376, a cerca de três quilômetros da portaria da unidade. O Corpo de Bom­beiros suspeita de que o incêndio tenha iniciado com um cigarro aceso jogado na mata seca. O incêndio se alastrou por Furnas e quase atingiu a área da Lagoa Dourada, mas passou longe da região dos Arenitos, onde fica a central de visitação turística. As chamas chegaram à margem da estrada interna do parque que separa Furnas e os Arenitos.

Se o vento levasse fagulhas para o outro lado da estrada interna, a situação ficaria preocupante, disse o cabo do Corpo de Bombeiros, Sandro Luiz Copla. “Aí seria pior porque a mata está muito seca. Teríamos que chamar mais equipes”, completou. Quatro equipes, com 12 bombeiros, chegaram ao local por volta das 12h30 e só saíram às 16h30. Muitas pessoas que passavam pela rodovia ligaram ao serviço ao avistarem a fumaça.

Esse foi o primeiro incêndio de grandes proporções registrado neste ano no parque. Na tarde do último domingo já haviam sido registradas, também na região de Furnas, alguns focos que foram extintos pelos bombeiros.

O tempo seco na região contribuiu para que o fogo se alastrasse. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, o índice de umidade do ar foi de 41,3%, ontem à tarde, em Ponta Grossa. “O ideal é em torno de 50% a 60%”, explicou o meteorologista Paulo Barbieri. Embora a previsão seja de chuva para o próximo domingo, o Simepar registra médias baixas de umidade em todo o estado. O clima mais seco foi registrado ontem em Assis Chateaubriand, no Oeste do estado, que teve 23,4% de umidade, ao passo que Antonina, no litoral, teve o clima mais úmido, com taxa de 89%.

Segundo o tenente Bruno José Guedes Fidalgo, que comandou o combate ao incêndio em Vila Velha, além do tempo seco, que favorece as queimadas, outro fator que contribui para as ocorrências é a imprudência das pessoas, que jogam cigarros na beira da rodovia ou colocam fogo em terrenos baldios.

Entre o começo do ano e ontem, o Paraná registrou 4.191 ocorrências de incêndio ambiental, segundo o Corpo de Bom­beiros. O número é 2,7% menor que o do mesmo período do ano passado, quando aconteceram 4.307 queimadas. A Região Norte concentra a maioria dos casos. Somente neste ano, Ma­­ringá teve 967 casos e Londrina, 853. Ponta Grossa está em terceiro lugar, com 488 incêndios ambientais. “É preciso que as pessoas se conscientizem e evitem as queimadas”, disse o tenente. (GP)


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