sexta-feira, 5 de março de 2010

As neoplantations




A escravidão dos negros em nosso país é uma doença social crônica e é um crime contra a humanidade aqui cometido a mais de 400 anos!

No Brasil maioria absoluta dos 30% da população que vive abaixo da linha da miséria é composta de brasileiros negros!

Desde que os Bantu, o Malês, Nagô, Ussá, etc. a força aqui aportaram dos navios negreiros a realidade de escravidão dos negros, sempre excluídos e marginalizados por não terem os seus direitos mínimos respeitados, é a mesma, mas hoje com nova face continua a sobreviver nos canaviais, nos desmatamentos, nos reflorestamentos e demais atividades rurais e urbanas, onde a construção civil é o maior péssimo exemplo.
Aqui eles encontraram formas de escravagismo piores do que as que vivenciavam na África e o álcool que obtinham da fermentação da palma foi substituído pela cachaça, como a maconha que antes nas suas origens era usada de forma ritual aqui virou hábito diário de consumo.

Sem nem poderem mais chorar as suas mágoas em bantu ou yorubá, já que até as suas culturas lhes foram tomadas, eles as afogam na cachaça e nas drogas, pois o que permanece são as palavras bantu, maconha, cachimbo, etc. também não lhes dão um destino diferente.
O pior desta história é o fato de que os grandes fazendeiros são estimulados pelo próprio governo a utilizarem desta enorme senzala com as suas neo-plantations chamada Brasil. Nela os novos "sinhôs", que faturam R$ 40 bilhões ao ano, em vez do chicote tem como aliados na produção o medo do desemprego, as propositais baixas condições culturais, além do álcool, do crack, da maconha, etc., que os trabalhadores rurais usam para poderem aguentar o trabalho pessimamente remunerado e degradante nos canaviais:

As atividades profissionais que desempenham exigem alto esforço físico, pois na lida do corte da cana é preciso dar 3.792 golpes com o facão e fazer 3.994 flexões de coluna para colher 11,5 toneladas no dia. Nos últimos anos uma grande parte das mortes de canavieiros foi associada ao excesso de trabalho.

São transportados pior do que gado em ônibus deteriorados e a ausência de equipamentos de segurança no trabalho no campo é uma realidade presente, as suas moradias são insalubres e o pagamento de salários inferiores ao mínimo não lhes garantem a mínima condição de sobrevivência com dignidade.
A maior parte das famílias de canavieiros dependem do Bolsa Família para sobreviverem.
Drogados uma boa parte deles se anestesiam e só assim conseguem aguentar a vida que levam:

“ O primeiro fumava maconha na colheita da cana porque "ficava com o corpo mais leve. Dava vontade de trabalhar. ”

“ Quanto mais eu bebia, mais tinha energia. Eu me sentia forte. ”

“ Quando usava ninguém me segurava. Cortei 21 toneladas em um dia. ”

Na Casa do Caminho, que é um centro de recuperação de dependentes químicos em Barrinha, região de Ribeirão Preto, os internados, que na maioria são negros trabalhadores no cultivo da cana, tentam voltar à tona deste novo abismo das drogas que os afligem, mas está triste realidade não ocorre somente lá, pois centros de tratamento similares estão espalhados em outras cidades, já que está realidade é a constante.

No projeto de "branquamento" da população com a importação da mão de obra européia a realidade do "sistema de barracão", onde os trabalhadores eram obrigados a comprarem do armazém do próprio patrão os colocou em uma realidade não muito diferente das de antes levadas pelos escravos.

Eles eram vigidos dia e noite por jagunços para que não fugissem, mas muitos conseguiam fugir e migravam para as frentes pioneiras onde conseguiam estabelecer uma vida um pouco menos sofrida.

Os mais enganados foram os japoneses, pois lhes eram oferecidos casa, escolas em língua japonesa, hospitais e que com o passar do tempo com o bom salário que receberiam iriam virar proprietários de terras.

Aqui chegando os nipônicos tiveram o mesmo péssimo tratamento que os italianos, espanhóis, etc. antes tiveram, pois nada do que tinha sido prometido aconteceu.

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