No Japão hoje foi o dia de lembrar um dos episódios mais trágicos da história da humanidade: o primeiro ataque atômico. Em Hiroshima, o sino da paz soou às 8h15, a hora exata em que caiu a bomba. Centenas de pessoas fizeram um minuto de silêncio e mil pombas foram soltas.
Após 65 anos, a lembrança daquele dia ainda provoca lágrimas. Esse ano, pela primeira vez, os Estados Unidos enviaram um representante à cerimônia. O primeiro-ministro Naoto Kan disse que o Japão, como único país que sofreu ataque nuclear, tem o dever de lutar por um mundo livre de ameaças atômicas.No dia 6 de agosto de 1945, os americanos lançaram a primeira bomba e 140 mil pessoas morreram. Três dias depois, a segunda bomba caiu sobre a cidade de Nagasaki, levando o Japão a se render e ao fim da Segunda Guerra Mundial.
A bomba libertou uma carga equivalente a quinze toneladas de TNT e uma onda de choque e calor que destruiu, em segundos, onze quilómetros quadrados.
Nos anos subsequentes, milhares de japoneses morreriam em consequência das elevadas radiações, de cancêr e outras mutações genéticas resultantes do ataque.Hiroshima construiu museus e memoriais em toda a cidade para recordar os ataques e homenagear as vítimas e o local onde caiu a bomba recebeu o nome de Parque Memorial da Paz, tendo sido considerado pela Unesco ‘património mundial', em 1996.
Todos os anos o Parque é palco de cerimónias em honra das vítimas do bombardeamento e dos hibakusha - nome que dão aos sobreviventes ao ataque, que são pouco mais de 200 mil.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Japão lembra os 65 anos da explosão de bomba atômica sobre Hiroshima


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