terça-feira, 18 de junho de 2013

Aos governantes: A gente não quer só comida, a gente quer direito a cidadania, queremos dignidade. Vê se entendem o nosso grito de alerta!!!!



"A gente não quer só comida

A gente quer comida

Diversão e arte

A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte..."

          Passando um pouco a euforia resultante do magnífico espetáculo de vivência da nacionalidade e conquista da cidadania propiciado pela juventude, que sai as ruas para dizer de tudo um pouco, pois as carências sociais vão muito além do aumento de 0,20 centavos das tarifas.

        O país inteiro se levanta para dizer: nós somos o povo e estamos despertos, somos muitos e queremos mais, queremos tudo o que  a nossa Constituição diz que são os direitos fundamentais, entre eles principalmente a prevalência dos direitos humanos.

Um Movimento que nasceu com a discussão sobre as péssimas condições de  mobilidade urbana, nas ruas ganha outras características, assume outras bandeiras em defesa da educação, saúde, melhores salários, combate a corrupção, etc., cada cartolina apontava para um objeto, mas todos convergentes, as melhores condições de vida para o povo.
"Roncou, roncou
Roncou de raiva a cuíca

Roncou de fome

Alguém mandou
Mandou parar a cuíca, é coisa dos home"
A juventude, quietamente impaciente com justa causa, não vinha para as ruas desde a derrubada do Collor, mas a mesma é herdeira dos que lutaram contra  ditadura, a que foi para as ruas nas marchas das Diretas Já, de novo assume o seu protagonismo, o que é muito bonito e significativo. Com ela saímos do comodismo e resgatamos a nossa soberana dignidade nacional.

Tenho três filhos adentrando a fase adulta, e eles, mesmo tendo uma situação mais privilegiada dos que a maioria dos jovens, podem ser considerados sem recursos, já que desde adolescentes sempre tiveram de estagiar para com o pouco ganho ajudar a cobrir suas despesas pessoais. A mais velha se formou em jornalismo, o filho homem termina o curso de Direito neste final de ano e a caçula tem mais três anos para também completar o curso de Direito. Formados terão de cair em um mercado de trabalho mau remunerado e altamente competitivo, e nele as vagas para os de nível superior são escassas. Se para os de situação econômica igual a deles a vida não está fácil, imagino como seja a vida dos realmente de baixa renda.

Deve ser muito dura a vida de um jovem casal com filhos tendo de no máximo sobreviver com dois ou três salários mínimos. Se somar aluguel, mercado, farmácia, transporte, vestuário, etc. o que sobra é desespero. Estes jovens também estavam na manifestação, que muitos tentam diminuir para como se fosse uma manifestação de filhinhos de papais, mentira! 

Do jeito que a força se acumula logo teremos eventos populares tão amplos e massivos como foram os da Diretas Já e o Fora Collor, onde a totalidade do conjunto social estará representada, até a tal da classe média alta que a mídia canalha tentou vender como se está fosse a força hegemônica dentro deste importante grito de nacionalidade mobilizado através da rede.

A maioria dos que lá estavam eram da classe média baixa ou pobres. Nem um potentado via sair as ruas para reclamar uma pauta tão amplamente popular. A maioria absoluta destas pessoas não são militantes ou quadros políticos de organizações, mas gente comum que para as ruas o foram para lembrar que o povo não é gado e dizer que estão acordados vendo tudo acontecer e não gostando do que aqui em Pindorama cronicamente acontece.

Os baderneiros

Enquanto a maioria do que foram as ruas lutavam por uma pauta concreta uma minoria, verdadeiros "iscas de polícia", buscavam como pauta o confronto, e pelos mais diversos motivos, pois entre eles estavam militantes de extrema, pouco importando se eram de esquerda ou de direita; membros de torcidas organizadas; sociopatas e também outros bichos exóticos, entre estes até bandos de pichadores.

Apesar das tentativas destes baderneiros de criar um clima de terror, o que vai contra a imagem do Movimento, estes não conseguiram o seus intentos. A população soube identificar bem que estes escrotos eram uma pequena minoria, embora os meios de comunicação tenham tentado de forma canalha vender a imagem de que estes representavam o conjunto dos participantes das passeatas.


"Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...

Houve mão mais poderosa:

Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil."



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