sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O advogado e ex-deputado José Domingos Scarpelini quer impugnar mandato de Requião

Roger Pereira/ParanáOnline

O advogado José Domingos Scarpelini, ex-candidato a deputado federal pelo PSB, protocolou, ontem, uma representação no Ministério Público Federal para que seja impugnada a diplomação do senador eleito Roberto Requião (PMDB), ex-governador do Paraná.

Scarpelini sustenta que Requião deve ser enquadrado na lei do “ficha limpa”, por conta da condenação por órgão colegiado por abuso de poder no caso do uso da Rádio e Televisão Educativa para autopromoção e ataques a adversários.

“Encaminhei a representação à procuradora da República Lélia Sanches, que é a autora da ação civil pública que resultou na condenação do Requião, para que ela encampe uma impugnação por parte do Ministério Público Eleitoral”, disse Scarpelini. “Ele é ficha suja, não pode assumir o mandato”, prosseguiu.

A condenação a que Scarpelini se refere ocorreu em março de 2008, quando a 4.ª Turma do Tribunal Regional Federal determinou a Requião o pagamento de multas pela “utilização dos meios de comunicação; desvio de finalidade e abuso de poder” por conta das acusações e agressões verbais que fazia durante a Escola de Governo, reunião semanal do secretariado transmitida ao vivo pela Rádio e Televisão Educativa.

“Foram mais de sete anos que ele se serviu da TV Educativa, como se sua fosse, para intimidar e desmoralizar adversários, autopromover-se, gerar factoides de toda ordem, subordiná-la a seus projetos políticos eleitorais, de poder, que se evidencia em sua decisiva influência no processo eleitora”, sustenta Scarpelini que pede a inelegibilidade de Requião por oito anos.

Através da assessoria de imprensa, o Ministério Público Federal informou que, protocolada ontem, a representação está em trâmite interno e sequer chegou às mãos da procuradora Lélia Sanches. Assim, o MPF ainda não irá se pronunciar sobre a procedência ou não do pedido de impugnação.

Ex-deputado, aposentado, Scarpelini, que não conseguiu voltar para a Assembleia nas eleições deste ano, decidiu jogar duro contra a família Requião. O ex-deputado foi responsável, em julho, pela denúncia do roubo de dólares guardados na casa do ex-superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina, Eduardo Requião.

Segundo a denúncia, Eduardo teria sido roubado por uma empregada, que descobriu que o irmão do ex-governador guardava centenas de milhares de dólares em um armário em sua residência. De vítima, Eduardo passou a ser investigado, já que, até agora, não explicou a origem do dinheiro que guardava.

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